Rezem para Santa Bárbara e para Nossa Senhora de Forma Geral! O governo sumiu!
Por Reinaldo Azevedo
Uma semana hoje de caos no Rio, e os repórteres continuam a falar de “áreas inacessíveis”. 
As famílias enterram seus mortos nos barrentos quintais de suas casas. 
Ainda não chegou um centavo de dinheiro público às vítimas, e as medidas anunciadas pelos governos são patéticas — algumas delas beirando o escárnio. 
A imprensa não existe para incensar incompetentes sob o pretexto de que o momento é de união nacional. 
É também! 
Mas há um propósito na existência de governos: atender às necessidades dos cidadãos. 
Não fosse o voluntariado, que faz o que pode, a população da região serrana do Rio estaria reduzida à condição de zumbis da lama.
Dilma Rousseff e Sérgio Cabral tomaram chá de sumiço. 
Ela continua a flanar no noticiário como a gerentona pudorosa, que não gosta de aparecer — e o governo federal, com efeito, se faz ausente na região da catástrofe. 
Ele se limita a pedir mais dinheiro e a distribuir broncas por conta das ocupações irregulares, que são, sim!, um problema. 
Quando se candidatou ao cargo duas vezes, já sabia disso. 
Falando por intermédio de seus muitos intérpretes, a presidente competente, embora quase clandestina, baixou um pacote de medidas. 
Coube a Aloizio Mercadante, o ministro da Ciência e Tecnologia, anunciar para daqui a quatro anos o pleno funcionamento de um centro de prevenção de catástrofes, com um supercomputador capaz de fazer prognósticos mais precisos sobre a ocorrência de chuvas e coisa e tal. 
O PT está no nono ano de governo. 
Mas promete o tal centro para daqui a quatro, depois de 12 no poder! 
Até Mercadante parecia um pouco constrangido ao tratar do assunto — e olhem que ele não se constrange com facilidade, não é?
Incompetência, sim! 
Este post deixa isso claro com impressionante clareza. 
Tenho a impressão de que o tempo vai se esgotando também para certo sotaque que a cobertura jornalística adquiriu nesses dias. 
A dor já foi dramatizada o que basta. 
Está chegando a hora de o cidadão-leitor-telespectador-ouvinte se perguntar: 
“Mas, afinal, o que há de errado com essa gente, que não consegue pôr um mínimo de ordem no trabalho de assistência?”
É uma boa pergunta.
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