HABEMUS PAPAM

Acho que não deveria, mas vou dar pitaco, afinal... como dizem... tenho lugar de fala.
Certamente, o papa Leão XIV encantou o mundo, por seu sorriso, por sua fala, por sua emoção verdadeira.
A mim também e não estou dando ouvidos às análises "humanas", principalmente àquelas guiadas por interesses pessoais, ideológicos e que tentam puxar o papa cada um pro seu lado.
O que mais me tocou foi a citação do "amor incondicional", quando nos acostumamos ao amor relativo, seletivo e que aprofundou polarizações a ponto de ficar escancarado quem eram acolhidos ou rejeitados. Isso é inconcebível quando se fala no representante do Senhor.
Tenho lido as tais análises sobre o que nem deveria ser prioridade para o cristão tão carente do resgate ao divino, acima de questões que remetem ao paganismo como a adoração à mãe terra tal qual os que adoram o deus sol.
Uma das preocupações é a ligação ao papa Leão XIII pelo nome adotado pelo novo papa.
A intenção evidente é a de direcionar a “encíclica Rerum Novarum” ou “Das coisas novas”, que surge no final do século XIX durante o papado de Leão XIII, a movimentos radicais, enquanto outros afirmam que o então papa não era nem marxista nem se aproximou de qualquer luta social da esquerda e lamentam que a encíclica é reconhecida como um dos freios que foram colocados aos movimentos revolucionários de trabalhadores da época.
Por outro lado, li algo que contraria os que estão empolgados com um possível apoio aos movimentos de luta de classes, pois a encíclica denunciava claramente os partidos de esquerda como “manipuladores” das “verdadeiras” aspirações dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, criticava o socialismo marxista por sua proposta de abolir a propriedade privada.
Se apenas isso interessa, fiquei aliviada ao ouvir palavras que colocam Cristo acima de questões do mundo, como o meio de construir pontes de diálogos e de encontros. Falou sobre amor, caridade, unidade e sobre o trabalho de homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para anunciar o Evangelho, para serem missionários. E o mais importante para um cristão, que podemos caminhar todos juntos rumo à pátria que Deus preparou para nós.