A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço e angaria algumas simpatias só por não ser Lula.
É um bom motivo, claro!, mas insuficiente. 
E a oposição baba na gravata
Por Reinaldo Azevedo
Reportagem de ontem de O Globo mostrou que o governo federal executou só 0,5% do programa “Minha Casa, Minha Vida” e que a liberação de recursos para algumas das principais promessas de Dilma Rousseff para este ano não chega a 10%.
(...)
Já demonstrei que, no ritmo que o governo federal entrega as casas, serão necessários 26 anos para cumprir a promessa dos 3 milhões de moradias. 
Ontem, a Folha noticiou que, na base da pura canetada, a Infraero aumentou o número de passageiros/ano dos 13 aeroportos da Copa em estupendos 107 milhões. 
Foi assim, num estalo de dedos: “Ooops, erramos as contas!”
Ruim de serviço
A verdade insofismável é que Dilma é ruim de serviço pra chuchu. 
Já era, não custa lembrar.
1 - Foi a gerentona no governo Lula e assistiu impassível ao estrangulamento dos aeroportos. Nada fez! 
2 - O marco regulatório que inventou para a privatização das estradas federais não conseguiu fazer o óbvio: duplicar rodovias, melhorar o asfalto, diminuir o número de vítimas. 
Cobra um pedágio “barato” para oferecer serviço nenhum. 
Ou seja: é caro demais! Um fiasco completo!
3- O Brasil foi escolhido para a sede da Copa do Mundo há 47 meses. 
Em apenas nove, de abril a dezembro de 2010, ela esteve fora do governo. 
Era a tocadora de obras de Lula e é a nº 1 agora. 
E o que temos? 
Seu governo quer uma espécie de AI-5 das Licitações para fazer a Copa. 
Quanto às obras de mobilidade, Miriam Belchior entrega o jogo: melhor decretar feriado.
4 - Na economia, há um certo clima de barata-voa.
A elevação do IPI dos carros importados é um sinal de que estão seguindo a máxima de que qualquer caminho é bom para quem não sabe aonde vai. 
O único que vai perder é o consumidor…
5 - Na seara propriamente institucional, Dilma deixa que prospere o debate da reforma política como se ela não tivesse nada com isso. 
6 - Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, afirma que o governo vai tentar, sim, um novo imposto para financiar a Saúde — a presidente prometeu de pés juntos que o governo não recorreria a esse expediente.
7 - As promessas na área social para seu primeiro ano de governo naufragaram. 
Não vai entregar as UPAs, as quadras, as casas, os postos policiais…
Não obstante, a presidente tem angariado algumas simpatias mesmo em setores não exatamente entusiasmados com o petismo. 
É compreensível. 
A gigantesca máquina de propaganda, como sempre, atua com grande competência. 
Mas não responde sozinha pelo “sucesso”. 
A oposição no país, excetuando-se alguns guerreiros isolados, é sofrível, beirando o patético. 
Como a presidente pôs na rua alguns valentes, mais fatura ela com a “faxina” dos que seus adversários com as acusações. 
Falta uma agenda — quando não sobra, sei lá como chamar, “adesismo tático” que se finge de estratégia.
(...)
Lá com os seus botões, Dilma deve pensar: 
“Governar o Brasil é bolinho; nem é preciso acertar. 
Enfrentar a oposição é fácil; difícil é aturar a base aliada”…
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