Merval Pereira, O Globo
À
 medida que o tempo passa e novas denúncias vão surgindo, fica mais 
claro que a CPI do Cachoeira é uma grande oportunidade para fazer a 
verdadeira faxina ética que os acontecimentos estão a exigir da 
sociedade brasileira.
Criada por interesses nem sempre 
os mais transparentes, essa CPI pode se transformar na nossa chance de 
zerar o jogo político e começar de novo, diante das evidências de que os
 tentáculos da quadrilha do bicheiro goiano há muito evoluíram para além
 de suas próprias fronteiras.
Parece claro a esta 
altura que a CPI dificilmente servirá aos interesses partidários que a 
geraram, dentro do PT ou até mesmo na oposição, que começou o processo 
como a grande vítima devido à descoberta das ligações do senador 
Demóstenes Torres com o bicheiro, e quer virar o jogo trazendo para o 
centro do ringue o onipresente José Dirceu, ícone de uma ala da esquerda
 petista que pretendia, nas palavras de um de seus mais importantes 
seguidores, o presidente do PT, Rui Falcão, usar a CPI para denunciar “a
 farsa do mensalão”.
(...)
Nascida da sede de 
vingança do ex-presidente Lula contra o governador tucano de Goiás, 
Marconi Perillo, uma CPI de amplo espectro como esta dará oportunidade a
 todos de tentar apanhar seus desafetos em algum “malfeito”.
(...)
Essa
 briga de foice no escuro, sem uma organização clara, pode, afinal, ser 
boa para a cidadania, pois apenas os que não estão fazendo militância 
política não têm nada a perder com ela.
(...)
O
 ambiente político desencadeado pela convocação da CPI, em vez de 
neutralizar o julgamento do mensalão, está estimulando o anseio da 
sociedade pela punição dos responsáveis pela corrupção, venha de onde 
vier.
Íntegra AQUI
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 

Nenhum comentário:
Postar um comentário