Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”
O
 governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, fez a coisa certa. 
Foi ao 
Congresso e entregou um requerimento ao presidente da CPI do Cachoeira, 
senador Vital do Rego, oferecendo-se para falar à comissão.  
Em 
entrevista coletiva, disse não ter nada a temer, negou que tenha alguma 
relação indevida com Carlinhos Cachoeira ou que o contraventor tenha 
interferido em seu governo.
“Pura 
estratégia! Puro despiste!”, podem dizer muitos. Digamos que sim… Mas 
então cabe uma pergunta: por que Agnelo Queiroz (PT), governador do 
Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio, não fazem o
 mesmo? Assim, todos demonstrariam não temer as indagações dos membros 
da comissão. 
E olhem que Perillo teria um verdadeiro exército da base 
aliada pela frente, não é? 
Cabral e Agnelo, ao contrário, enfrentariam 
uns poucos aguerridos da oposição — todos parlamentares experientes, sem
 dúvida, mas poucos.
Ao se 
apresentar à CPI, Perillo tenta furar uma bolha no noticiário criada 
pelo PT, inflada hoje em vídeo gravado por Rui Falcão, segundo a qual 
ele temeria ser convocado. 
Ao ir ao Congresso e se apresentar, 
concedendo entrevistas, perguntou na prática: “Por que Agnelo e Cabral 
não fazem o mesmo?”.
Taí: por que eles não fazem o mesmo?
Por Reinaldo Azevedo
 

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