QUE FIQUE CLARO! AVANÇO DE LULA SOBRE O STF É AINDA MAIS GRAVE DO QUE ESCÂNDALO DO MENSALÃO. É A MAIS GRAVE AGRESSÃO AO ESTADO DE DIREITO DESDE A REDEMOCRATIZAÇÃO.
Por Reinaldo Azevedo
Caros,
 é preciso dar à iniciativa de Lula, de tentar encabrestar o Supremo 
a sua devida dimensão. Espalhem a verdade na rede. 
Um ex-presidente da República, chefe máximo do maior partido do país  — 
que está no poder —, atuou e atua como chantagista da nossa corte 
suprema. Lula se coloca no papel de quem pode chantagear ministros do 
STF.
Nosferatu
 não quer largar o nosso pescoço e o do estado de direito! Chega, 
Nosferatu! Vá militar no Sindicato dos Vampiros Aposentados!
A reportagem
 que VEJA traz na edição desta semana expõe aquela que é a mais grave 
agressão sofrida pelo estado de direito desde a redemocratização do país
 — muito mais grave do que o mensalão!!! 
Alguns setores da própria 
imprensa resistem em dar ao caso a sua devida dimensão, preferindo 
emprestar relevo a desmentidos tão inverossímeis quanto ridículos, 
porque se acostumaram a ter no país um indivíduo inimputável, que se 
considera acima das leis, das instituições, do decoro, dos costumes, do 
razoável e do bom senso. Quanto ao dito “desmentido” de Nelson Jobim, 
acho que o post publicado pelo jornalista Jorge Moreno fala por si mesmo.
Não há por 
que dourar a pílula. O que Lula tentou fazer com Gilmar Mendes tem nome 
nos dicionários: “chantagem”. O Houaiss assim define a palavra, na sua 
primeira acepção:
“pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças de revelação de fatos criminosos ou escandalosos (verídicos ou não)”.
“pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças de revelação de fatos criminosos ou escandalosos (verídicos ou não)”.
(...)
Aplausos 
para o ministro Gilmar Mendes, que não se acovardou!  
É bom lembrar que, 
pouco depois dessa conversa, seu nome circulou nos blogs sujos, 
financiados com dinheiro público, associado à suposição de que teria 
viajado à Alemanha com o patrocínio de Carlinhos Cachoeira. Não 
aconteceu, claro! Mendes tomou as devidas precauções: comunicou o fato a
 dois senadores, ao procurador-geral da República e ao Advogado Geral da
 União. Poderia mesmo, dada a natureza da conversa e seu roteiro, ter, 
no limite, dado voz de prisão a Lula. Imaginem o bafafá!
Não é segredo para ninguém
As ações de Lula nos bastidores não são segredo pra ninguém.
As ações de Lula nos bastidores não são segredo pra ninguém.
TODOS — REITERO: TODOS!!! — OS JORNALISTAS DE POLÍTICA COM UM GRAU 
MÍNIMO DE INFORMAÇÃO PARA SE MANTER NA PROFISSÃO SABEM DISSO! 
E sabem 
porque Lula, além de notavelmente truculento na ação política — 
característica que passa mais ou menos despercebido por causa de estilo 
aparentemente companheiro e boa-praça —, é também um falastrão. Conta 
vantagens pelos cotovelos. 
Dias Toffoli, por exemplo, é um que deveria 
lhe dar um pito. O ex-presidente e seus estafetas têm a pretensão não só
 de assegurar que ele participará do julgamento como a de que conhecem o
 conteúdo do seu voto.
Lula perdeu a
 mão e a noção de limite. Não aceita que seu partido seja julgado pelas 
leis do país, assim como jamais aceitou os limites institucionais nos 
quais tinha de se mover. Considera que a legalidade existe para tolher 
seus movimentos e para impedir que faça o que tem de ser feito 
“nestepaiz”.
Sua ação 
para encabrestar ministros do Supremo é, se quiserem saber, mais nefasta
 do que o avanço do Regime Militar contra o Supremo. Aquele cassou 
ministros — ação que me parece, em muitos aspectos, menos deletéria do 
que chantageá-los. 
O mensalão foi uma tentativa de comprar o Poder 
Legislativo, de transformá-lo em mero caudatário do Executivo. 
A ação de
 agora busca anular o Judiciário — na prática, o Poder dos Poderes.
Obrigação do Supremo
O Supremo está obrigado, entendo, a se reunir para fazer uma declaração, ainda que simbólica, à nação: trata-se de uma corte independente, de homens livres, que não se submete nem à voz rouca das ruas nem à pressão de alguém que se coloca como o dono da democracia — e, pois, como o líder de uma tirania.
O Supremo está obrigado, entendo, a se reunir para fazer uma declaração, ainda que simbólica, à nação: trata-se de uma corte independente, de homens livres, que não se submete nem à voz rouca das ruas nem à pressão de alguém que se coloca como o dono da democracia — e, pois, como o líder de uma tirania.
Chegou a 
hora de rechaçar os avanços deste senhor contra as instituições e lhe 
colocar um limite. 
A Venezuela não é aqui, senhor Luiz Inácio. E nunca 
será! 
De resto, é inescapável constatar: ainda que haja ministros que 
acreditem, sinceramente e por razões que considera técnicas, que os 
mensaleiros devem ser inocentados, não haverá brasileiro nestepaiz que não suspeitará de razões subalternas. Pior para o ministro? Pode até ser, mas, acima de tudo, pior para o país.
Lula se tornou um vampiro de instituições. É um passado que não quer passar. É o Nosferatu do estado de direito!

 

Nenhum comentário:
Postar um comentário