Uma das maiores consultorias empresariais do mundo, a McKinsey & 
Company, ganhou acesso a dados produzidos por ministérios, submeteu 
servidores da Presidência a questionários sobre desempenho e vem atuando
 desde outubro do ano passado sob um manto de sigilo em duas salas do 
Palácio do Planalto. 
(...)
O escopo do 
trabalho se choca com atribuições de órgãos do governo, como o 
Ministério do Planejamento e a Controladoria-Geral da União. Procurada, a
 McKinsey não se pronunciou.
(...)
Escolha
A parceria com a McKinsey foi sugerida no dia 7 de julho do ano passado, durante uma reunião de seis horas entre os empresários da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade e a ministra Gleisi Hoffmann. O órgão serve para debater soluções para a gestão pública, sendo integrado pelos empresários Abílio Diniz, Antonio Maciel Neto e Henri Philippe Reichstul. O industrial Jorge Gerdau preside o grupo.
A parceria com a McKinsey foi sugerida no dia 7 de julho do ano passado, durante uma reunião de seis horas entre os empresários da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade e a ministra Gleisi Hoffmann. O órgão serve para debater soluções para a gestão pública, sendo integrado pelos empresários Abílio Diniz, Antonio Maciel Neto e Henri Philippe Reichstul. O industrial Jorge Gerdau preside o grupo.
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A
 Casa Civil nega acesso a dados sensíveis, mas informou que a 
consultoria tem a praxe de assinar acordos de confidencialidade em todos
 os seus contratos.
Nos 
bastidores, servidores de carreira questionam a versão da equipe da 
ministra Gleisi e dizem que os consultores conseguem dados e têm acesso a
 autoridades de alto escalão enquanto recebem salário do setor privado, 
criando conflitos de interesse. A agenda de Gleisi registra seis 
encontros com a consultoria.
A McKinsey 
não analisa só programas considerados prioritários pelo Planalto, mas 
também a própria Casa Civil. No ano passado, todos os funcionários de 
carreira foram submetidos a questionário pela consultoria. O 
procedimento gerou críticas e protestos internos. O objetivo, dizem 
fontes do Planalto, era verificar o desempenho e a necessidade de alguns
 cargos na estrutura da Casa Civil. 
 

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