Miriam Leitão , O Globo
O PIB ficou 
estagnado no primeiro trimestre. É isso que mostraram os dados 
divulgados ontem pelo Banco Central.
O governo vai agir e de novo pensa 
em medidas casuísticas e que beneficiem a indústria automobilística.
A
 lei da oferta e da procura deveria valer para as montadoras. Se há 
carro demais no pátio, as empresas deveriam dar desconto, oferecer 
vantagens para atrair o consumidor, em vez de pedir socorro ao governo.
O
 Brasil não tem política industrial, tem política para a indústria 
automobilística.
A cada engasgada da economia, os ministérios da Fazenda
 e do Desenvolvimento desenham medidas para ajudar as montadoras, e a 
presidente aprova.
O que está sendo pensado agora é uma sucessão 
de erros.
Confiram AQUI.
Segue alguns trechos:
* A carteira de financiamento de automóveis teve um aumento 
de mais de 100% na inadimplência. 
* Cinco anos para comprar um 
automóvel é um prazo mais do que razoável. Incentivar o 
superendividamento das famílias por prazo longo demais apenas para 
esvaziar o pátio das montadoras é insensatez.
* Banco do Brasil e Caixa não devem ser empurrados para aumentar a concessão de crédito. Devem fazê-lo se for o caso.
* A briga com os bancos é boa quando travada 
no campo técnico. Politizada e formatada para enfeitar palanques, vira 
um risco. 
* Os altos spreads começaram a ser enfrentados no 
período Armínio Fraga, no Banco Central, quando o órgão começou a dar 
mais transparência às taxas, apostando que isso levaria à maior 
competição. Não deu o resultado desejado, ainda que a informação tenha 
ajudado o país a tomar mais consciência do problema.
* O 
país está crescendo pouco e o crédito é uma das ferramentas para 
reativar a economia. Mas ela tem que ser usada com precisão. Do 
contrário, cria problemas no futuro.
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