Dora Kramer
Convocado ou não, o governador Marconi Perillo está 
pronto para ir à CPMI que investiga as conexões público-privadas da 
organização Cachoeira e nesta terça-feira decide, além da quebra de 
sigilos da matriz da construtora Delta, se chama ou não para depor os 
governadores de Goiás, Brasília e Rio de Janeiro.
Caso a comissão resolva não convocar os governadores, Perillo (GO) 
examina fortemente a hipótese de ainda assim se oferecer para depor. 
Contraria, nessa posição, a opinião de seu partido (PSDB) que considera 
sua ida arriscada por expor o governador a um massacre político 
patrocinado pelo PT.
Marconi Perillo concorda em parte. Acha que é mesmo alvo de "uma CPMI
 que nasceu direcionada para atingir a imprensa, desmoralizar o 
procurador da República, enfraquecer a oposição e desviar o foco do 
julgamento do mensalão".
Por isso, em princípio não veria "razão objetiva" para ser convocado.
 Mas, segundo ele, as "razões subjetivas" existem e não podem ser 
ignoradas.
Dos três governadores, reconhece, é o mais atingido. Portanto, melhor
 ir "e esclarecer tudo de uma vez" do que não ir e sangrar na opinião 
pública como suspeito.
Uma espécie de contra-ataque no qual incluirá a apresentação de uma 
proposta para que se faça a CPI das Empreiteiras.
"Aí se poderia obter 
um quadro bastante realista sobre financiamentos de campanhas eleitorais
 no Brasil."
O roteiro de Perillo na CPMI já está praticamente concluído: da 
exposição inicial - em que ressaltará a importância de instrumentos de 
fiscalização como comissões de inquérito - aos documentos que levará 
mostrando que os negócios da Delta em Goiás começaram no governo do PMDB
 e prosperaram também em administrações do PT.
(continua)
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