terça-feira, 31 de maio de 2016

FILHO DE LULA EMBOLSOU QUATRO VEZES MAIS DO QUE SE SUSPEITAVA

ZELOTES DESCOBRE QUE FILHO DE LULA RECEBEU R$10 MILHÕES



Investigadores da Operação Zelotes afirmam que o caçula de Lula, de Luís Cláudio Lula da Silva, e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milhões de origem suspeita. Luís Cláudio é suspeito de se beneficiar do esquema de venda de medidas provisórias, inclusive no governo do pai.

Até essa descoberta, estimava-se que Luís Cláudio havia recebido R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, empresa de “consultoria” de comprar medidas provisórias. Mas haviam sido quase R$ 4 milhões.

O problema do filho de Lula, um ex-auxiliar de preparação física de times de futebol, é demonstrar e provar a prestação de “serviço de consultoria” que sua defesa aponta para justificar o recebimento de valores tão significativos.

Os valores encontrados pelos investigadores decorrem da quebra dos sigilos de Luís Cláudio no Período entre 2009 a 2015. A LFT foi constituída em 2011.

A Zelotes apura se Lula, um dos investigadores, indicou empresas para “contratar” a empresa de Luís Cláudio, que, apesar das quantias recebidas, não tem funcionários registrados, nem qualquer experiência como “consultor”.

O trabalho usado para justificar o recebimento de dinheiro para a Mautoni foi copiado da internet.

Os investigadores da Operação Zelotes também suspeitam do recebimento de propina na compra dos caças Gripen, da fabricante sueca Saab, durante o governo Dilma. 

(Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

domingo, 29 de maio de 2016

CRESCE EXPECTATIVA PELA PRISÃO DE LULA

TEMENDO ODEBRECHT, LULA ESPERA PRISÃO A QUALQUER MOMENTO


Diário do Poder

As relações promíscuas com a Odebrecht, agora expostas pelas investigações da Lava Jato, metem tanto medo nos políticos que até dão garantia ao mais poderoso deles, o ex-presidente Lula, de que será preso. Isso ficou claro numa das gravações do ex-senador Sergio Machado, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros, conta ter ouvido do próprio Lula a certeza da sua prisão “a qualquer momento”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

As gravações também revelam um Renan Calheiros convicto do envolvimento de Dilma com a empreiteira que mais roubou o País.

O medo da língua de Marcelo Odebrecht, segundo Delcídio do Amaral, fez Dilma nomear um ministro para STJ sob o compromisso de soltá-lo.

Segundo fontes ligadas à Lava Jato, Marcelo Odebrecht tem oferecido elementos de prova capazes de prender toda a “república petista”.

Na Operação Janus (nada a ver com Lava Jato), o MPF investiga Lula por tráfico internacional de influência, a serviço da Odebrecht.

TERRORISMO PETRALHA VIROU PIADA

Editorial do Estadão: Blogueiros chapa branca

A carta retrata o nível de indigência intelectual e moral dos integrantes da máquina de difamação que, sustentada por dinheiro público, se especializou em contar mentiras, plantar boatos e caluniar adversários políticos do PT

Depois de três dias de discussões sobre a crise do País, os participantes do 5.º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais – que contou com a participação da presidente afastada Dilma Rousseff numa de suas sessões – lançaram uma carta aberta à sociedade cujo teor parece ter sido inspirado em escrachadas patuscadas da televisão ou em chanchadas do cinema.

Escrita com o objetivo de denunciar o “golpe parlamentar” que afastou Dilma do poder e denunciar a ilegitimidade do governo do presidente interino Michel Temer, a carta, escrita em português precário – meio parecido com o que a presidente afastada fala, o que mostra que fez escola –, raciocínio tortuoso, viés ideológico e aversão à verdade, é mais do que um besteirol. Retrata de modo inequívoco o nível de indigência intelectual e moral dos integrantes da máquina de difamação que, sustentada por dinheiro público durante os 13 anos e meio do lulopetismo, se especializou em contar mentiras, plantar boatos, caluniar adversários políticos do PT e agredir moralmente repórteres e colunistas dos grandes jornais, sempre sob o pretexto de defender a “democratização da comunicação”.

A carta aberta começa acusando o Supremo Tribunal de Federal de ser um “poder acovardado”. Prossegue afirmando que o governo Dilma teria subestimado a força dos jornais, revistas e televisões “a serviço do conservadorismo”. Alega que Temer é elitista e machista, por não ter indicado nenhuma mulher, negro ou trabalhador para seu Ministério. Diz que ele destruirá as empresas estatais do País e entregará os recursos do pré-sal “às multinacionais do petróleo, recolocando o Brasil na órbita dos Estados Unidos”. Criticam, ainda, a demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que havia sido nomeado por Dilma dias antes da votação da abertura do impeachment pelo Senado. Aparelhada pelo PT, a empresa é uma tevê estatal disfarçada de televisão pública que foi criada em 2007 pelo governo Lula. Apesar de ter consumido mais de R$ 3,6 bilhões de recursos federais nos últimos anos, só conseguiu chegar a 1% da audiência duas vezes – quando mostrou um documentário sobre o Rio Reno e quando apresentou um filme de Mazzaropi. Nos demais dias, a EBC – que emprega a peso de ouro alguns participantes do 5.º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais – jamais saiu do traço.

A carta aberta também apoia ocupações de prédios públicos, como forma de “resistência contra o governo golpista”. Propõe ampla cobertura das manifestações contra Temer, das ações que permitam o retorno de Dilma ao Palácio do Planalto e das notícias que mostrem mulheres, jovens negros, militantes da reforma agrária e povos indígenas como “vítimas mais imediatas da escalada autoritária”.

Dois parágrafos da carta aberta merecem destaque. Um é o que afirma que o governo interino priorizará a “comunicação chapa branca, favorecendo a Globo na distribuição de verbas públicas e usando dinheiro do contribuinte para salvar organizações moribundas, como a editora Abril e o ex-Estadão” (sic), cujos proprietários, além de participar do “sistema corrupto de poder que tenta se perpetuar sob a presidência de Temer”, seriam “beneficiários de contas suspeitas em paraísos fiscais”. O outro afirma que o golpe faz parte de uma “estratégia de recolonização do continente e de desestabilização dos Brics” – plano esse que teria entre seus líderes o titular do Ministério das Relações Exteriores, José Serra, que é classificado como “conspirador parceiro da Chevron”.

Na parte final da carta, os blogueiros são taxativos. “Não daremos trégua à Globo, a Temer, aos traidores que se dizem sindicalistas, nem aos tucanos e empresários da Fiesp, que agiram a serviço do golpismo. Resistiremos nas ruas e nas redes”, prometem eles. Se alguém deve recear essas ameaças certamente são os redatores de programas de humorismo da televisão. Agora eles têm nesses blogueiros e ativistas fortes concorrentes.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

LULA GERENCIOU CORRUPÇÃO PESSOALMENTE, AFIRMA DELATOR

EX-DEPUTADO CONTA COMO LULA COMANDAVA O ROUBO À PETROBRAS


O ex-presidente Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras, segundo afirmou em depoimento o ex-deputado Pedro Corrêa, condenado do mensalão e preso na Lava Jato. 

Corrêa disse que Lula coordenada tudo, inclusive a indicação dos diretores corruptos da estatal e a divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. A revista Veja teve acesso aos 72 anexos do depoimento de Pedro Corrêa 
*
Pedro Corrêa faz relato contundente de envolvimento de Lula no petrolão

Revelações do ex-deputado ao MP compõem documento de 132 páginas. Depoimento aguarda homologação pelo Supremo Tribunal Federal

Por: Robson Bonin, VEJA

Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é de longe o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades. Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa é conhecido pelo jeito bonachão. Conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu. 

Confessar crimes é algo que o ex-deputado vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada com a Justiça, há quase um ano. Corrêa foi o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos. Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015. Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. De bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras - um inventário de quase quarenta anos de corrupção.

VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares, à breve gestão de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, até chegar ao nirvana - a era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.

Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-­presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.

Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da "invasão". Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho". 

Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras.

PETROBRAS PODE SER CONDENADA A PAGAR R$350 BILHÕES A ACIONISTAS ESTRANGEIROS

AÇÃO BILIONÁRIA CONTRA PETROBRAS NOS EUA SERÁ JULGADA EM SETEMBRO

Tiago de Vasconcelos


O julgamento da ação coletiva de acionistas da Petrobras na Justiça de Nova York, nos Estados Unidos, teve data marcada para o dia 19 de setembro deste ano.

A indenização exgida deve custar à estatal até US$ 98 bilhões, cerca de R$ 350 bilhões, segundo estimativas de advogados próximos ao processo. O julgamento estava previsto para maio, mas a chamada “class action suit” sempre acaba em acordo. Os réus fogem de sentenças, porque a Justiça americana é duríssima com picaretagens e escândalos de corrupção como o “petrolão”.

Os principais autores da ação são o Universities Superannuation Scheme Limited (USS), um fundo inglês para professores universitários que vale US$ 56 bilhões, e o Employees Retirement System do Havaí, outro fundo, para pensionistas do estado norteamericano, além do Departamento estadual do Tesouro.

Petrolão e o governo Dilma

A Justiça dos EUA aceitou as reclamações dos acionistas estrangeiros, que exigem compensações pela fraude cometida na estatal brasileira durante os últimos anos e até agora não houve um acordo entre as partes. A Justiça decidiu também que os acionistas brasileiros devem apelar à Justiça do Brasil; a class-action é exclusiva a acionistas estrangeiros.

A Petrobras, que negocia ações na bolsa de Nova York, é acusada de não seguir regras da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a Securities and Exchange Comission.

Um grupo de bancos de investimentos americanos, alguns de origem brasileira, também foram arrolados como petenciais réus no caso por falhar em detectar a fraude na Petrobras e pior: recomendar negócio com a empresa brasileira. O Citigroup Global Markets; J.P. Morgan Securities; Itau USA; Morgan Stanley; HSBC Securities USA; Mitsubishi UFJ Securities USA and and Scotia Capital U.S negam todas as acusações.

A ação proposta contra a Petrobras nos EUA argumenta que a estatal brasileira omitiu informações e é responsável por perdas bilionárias. Constam na ação as revelações da Operação Lava Jato de o pagamento de propinas milionárias ao envolvimento da classe política dominante, incluindo também a presidente afastada Dilma Rousseff, que também presidiu o Conselho de Administração da Petrobras até 2010. O esquema de corrupção começou em 2004.

Os ex-presidentes da Petrobras na era petista Graça Foster e José Sérgio Gabrielli e condenados na Lava Jato, como Renato Duque e Paulo Roberto Costa, constam como potenciais réus da ação coletiva, que será julgada no U.S. Southern District Court.

'REPATRIAÇÃO' É FALÁCIA

REPATRIAÇÃO DE RECURSOS DE BRASILEIROS É PÍFIA

LEI NÃO DEVE REPATRIAR NEM 10% DOS R$400 BILHÕES ESPERADOS



Há cada vez mais suspeição sobre a lei, pela qual o governo Dilma se empenhou, para repatriação só este ano de até R$ 400 bilhões ilegais de brasileiros no exterior. Os defensores da lei 13.254 dizem que há lá fora US$ 650 bilhões de origem lícita de brasileiros e que estes teriam interesse “patriótico” de repatriar entre R$ 370 bilhões e R$ 400 bilhões somente em 2016. Convém o País esperar sentado, para não cansar. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Prospera a suspeita de que a lei foi criada para atender a grupo restrito de pessoas ou de empresas ligadas aos governos do PT.

Detalhe que levanta suspeita contra a lei de repatriação de recursos é a autoria do projeto original: o ex-senador Delcídio do Amaral, ex-PT.

Cauteloso, o novo governo acredita na repatriação de no máximo R$35 bilhões, este ano. Mas na Fazenda poucos acreditam nesses números.

LÁ VEM O ELETROLÃO - JUSTIÇA AMERICANA INVESTIGA ELETROBRÁS POR CORRUPÇÃO

DENÚNCIAS DE ENVOLVIMENTO NA LAVA JATO COLOCARAM EMPRESA NA CONDIÇÃO DA PETROBRAS


Estadão

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a Eletrobrás devido a denúncias do envolvimento da empresa na Operação Lava Jato, nos moldes do que já faz com a Petrobrás desde o final de 2014 e mais recentemente com construtoras envolvidas em corrupção. A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão federal que regula o mercado de capitais americano, também investiga a companhia elétrica brasileira, que não conseguiu entregar seu balanço dentro do prazo.

As investigações do Departamento de Justiça na Eletrobrás e em outras companhias brasileiras foram citadas por advogados com conhecimento do caso em um evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA em Nova York nesta quarta-feira, 25, que reuniu especialistas em legislação sobre o combate à corrupção e lavagem de dinheiro. A companhia brasileira tem ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York, que suspendeu a negociação dos papéis e iniciou processo de deslistagem dos American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações. A Eletrobrás está recorrendo da decisão.

Andrew Haynes, advogado do escritório Norton Rose Fulbright, ressaltou em sua apresentação no evento que tanto o Departamento de Justiça quanto a SEC resolveram ampliar as investigações de corrupção de empresas brasileiras que têm negócios nos EUA, ou lançaram ações ou bônus no país, além da Petrobrás. “As investigações sobre a Petrobrás levaram outras empresas, como a Eletrobrás, a serem também investigadas”, disse Haynes. “Provavelmente, deve ter corrupção pior em países como Rússia, Índia e China, mas uma diferença chave (em relação ao Brasil) é que muitas das empresas desses países não costumam captar recursos em Nova York”, disse, destacando que as companhias brasileiras emitem bônus e outros títulos nos EUA com frequência.

Um outro advogado disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no final do evento que, além da Eletrobrás, mais empresas brasileiras envolvidas em denúncias de corrupção podem ser alvo das investigações do Departamento de Justiça e da SEC nos próximos meses por violarem a Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês). O judiciário brasileiro permite que se abra investigações sobre corrupção contra pessoas, mas não contra empresas, enquanto a Justiça dos EUA tem foco amplo em empresas, afirmou. Procurada, a Eletrobrás afirmou não ter conhecimento das investigações.

Balanço atrasado. A Eletrobrás não entregou seu balanço para a SEC dentro do prazo, que foi prorrogado várias vezes. A KPMG se recusa a assinar o informe de resultados, por conta da dificuldade de calcular prejuízos com as irregularidades. A Eletrobrás contratou o escritório Hogan Lovells para fazer uma investigação interna.

O advogado especialista em investigações governamentais do escritório Norton Rose Fulbright, Richard Smith, ressaltou no evento de hoje que ainda não se sabe onde as investigações da Lava Jato vão parar, porque a cada dia mais coisas são descobertas e novos acordos de delação premiada são fechados, mas a operação cria oportunidades de negócios no Brasil, porque os ativos estão baratos. A questão é que a análise das empresas que vão ser adquiridas, a chamada due diligence, precisa ser ainda mais cautelosa. “Temos de evitar que nossos clientes façam negócios que os levem a ter problemas.”

O sócio da KPMG, Gerónimo Timerman, também destacou que a Lava Jato cria oportunidades de negócios no Brasil. “Os ativos estão muito baratos em dólares e em reais”, afirmou.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O DESESPERO DE LULA PARA FUGIR DE MORO

Lula pede que STF reconheça que ele foi ministro de Dilma



No Estadão:

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam levadas a julgamento no plenário da Corte. Na peça, os advogados pedem que o Tribunal reconheça que Lula teve o status de ministro de Estado no período entre 16 de março e 12 de maio e também as “consequências jurídicas decorrentes dessa situação”.

A defesa do ex-presidente argumenta que ele “preenchia, como ainda preenche, todos os requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o exercício do cargo de Ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos”.

Relator dos mandados de segurança impetrados pelo PSDB e pelo PPS, o ministro Gilmar Mendes determinou o arquivamento das ações após a exoneração de Lula ser publicada no Diário Oficial da Uniãono último dia 12, quando a presidente Dilma Rousseff deixou o cargo.

Caso o Supremo reconheça que Lula já era ministro desde o dia 16 de março, isso pode abrir uma brecha para que a defesa do ex-presidente questione atos do juiz Sérgio Moro, inclusive a divulgação das conversas entre ele e Dilma. Há uma discussão no meio jurídico sobre a validade dos áudios.

As gravações, nas quais Dilma indica que está enviando o termo de posse a Lula para que ele use em “caso de necessidade”, foram citadas por Gilmar Mendes em sua decisão para suspender a nomeação do ex-presidente do cargo. Para o ministro, havia indícios de que a petista indicou o ex-presidente para o governo com o objetivo de que as investigações contra ele fossem examinadas pelo Supremo e não mais pelo juiz da 13ª Vara de Curitiba.

Em manifestação sobre o assunto esta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também afirmou entender que houve “prejuízo” das ações que analisavam o caso de Lula após a sua exoneração. A indicação aconteceu em uma ADPF que trata do assunto e está sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.

JANOT DEFENDE LEGALIDADE DE GRAMPO ENTRE LULA E DILMA

Rodrigo Janot durante sessão do STF para decidir se o ex-presidente Lula pode ser nomeado para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil - 20/04/2016

Por: Laryssa Borges, VEJA

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que defende a legalidade dos grampos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi flagrado em conversas pouco republicanas durante as investigações da Operação Lava Jato, discutindo com a hoje presidente afastada Dilma Rousseff a assinatura do termo de posse na Casa Civil "em caso de necessidade". A manifestação do chefe do Ministério Público está inserida no processo em que a Advocacia Geral da União (AGU) questionou no STF a validade das escutas e a publicidade dos áudios, na época em poder do juiz federal Sergio Moro.

A AGU defendia que os grampos eram ilegais porque atingiriam a presidente Dilma, autoridade com foro privilegiado que não poderia ter sido monitorada por ordem do juiz Moro. Na época, o então ministro José Eduardo Cardozo afirmava que o foro privilegiado de Dilma exigiria que eventuais monitoramentos fossem feitos apenas com aval do STF. Para Janot, no entanto, os grampos não são irregulares porque não tiveram a presidente afastada como alvo, já que buscaram rastrear conversas do ex-presidente Lula, então sem foro, que pudessem ser úteis às investigações sobre o escândalo do petrolão. O procurador-geral não analisou possíveis ilegalidades na divulgação dos grampos, tornados públicos por autorização de Moro.

"O levantamento do sigilo (...), por si só, igualmente não caracteriza violação da competência criminal do Supremo Tribunal Federal. É preciso enfatizar à exaustão: só poderia se cogitar da violação de competência se, diante da prova produzida (mesmo que licitamente, como no caso), a reclamação indicasse, a partir desta, elementos mínimos da prática de um fato que pudesse em princípio caracterizar crime por parte da presidente da República", disse Rodrigo Janot em sua manifestação.

Em março, o ministro Teori Zavascki, relator do petrolão no Supremo Tribunal Federal, decretou sigilo sobre os grampos telefônicos que flagram diálogos entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em pedido de liminar entregue ao STF, a AGU afirmava que a decisão de Moro colocou em risco a "soberania nacional". "Tomar a decisão de divulgar o conteúdo de conversas envolvendo a presidente da República coloca em risco a soberania nacional, em ofensa ao Estado democrático republicano", dizia o texto. Para a AGU, Moro "usurpou a competência do STF" ao tornar públicos os grampos envolvendo Dilma. "A decisão de divulgar as conversas da presidente - ainda que encontradas fortuitamente na interceptação - não poderia ter sido prolatada em primeiro grau de jurisdição, por vício de incompetência absoluta. Deveria o magistrado ter encaminhado o material colhido para o exame detido do tribunal competente."

Desde a revelação dos grampos, a PGR já pediu a abertura de inquérito para investigar a presidente afastada Dilma Rousseff, seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo por suspeitas de tentarem barrar as investigações da Lava Jato.

terça-feira, 24 de maio de 2016

TEMER SABE LIDAR COM BANDIDOS

Temer bate na mesa e diz que sabe o que fazer no governo: 'Eu tratava com bandidos'

Presidente interino também afirmou que é vítima de uma série de "agressões psicológicas para amedrontar o governo"

Por: Felipe Frazão, VEJA

Michel Temer, presidente em exercício

O presidente da República interino, Michel Temer, disse nesta terça-feira a parlamentares de sua base aliada que "não terá compromisso com equívocos" e que os "homens do governo são todos falíveis". Em uma tentativa de demonstrar força, Temer rechaçou ser chamado de "coitadinho", deu um tapa na mesa e disse que já lidou com bandidos quando era secretário da Segurança Pública nos governos dos peemedebistas Franco Montoro e Fleury Filho.

"As pessoas estão acostumadas a quem está no governo não poder voltar atrás, se errou tem que ter compromisso com o erro. Nós somos como JK [Juscelino Kubitschek], não temos compromisso com equívoco. Portanto quando houver algum equívoco, nós reveremos este fato. De modo que... Eu vi aqui, 'ah, bom, mas o Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar...' Conversa! Eu fui secretário da Segurança Pública duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos. Então eu sei o que fazer no governo e saberei como conduzir", disse o presidente. "Agora, meus caros, quando eu perceber que houve um equívoco na fala e na condução do governo, eu reverei essa posição. Não tem essa coisa de não errei, não aceito errar. Posso errar, não tem problema nenhum em errar, mas, se o fizer, consertá-lo-ei."

A fala de Temer ocorreu um dia depois de exonerar o ministro do Planejamento, Romero Jucá, que conversou sobre estancar a Operação Lava Jato com o ex-dirigente da Transpetro Sérgio Machado. Jucá foi a primeira baixa do governo interino depois de apenas doze dias. Ele reassume nesta terça o mandato de senador por Roraima.

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Uma das principais críticas à presidente afastada Dilma Rousseff era que ela, até deixar o cargo provisoriamente, nunca assumiu enfaticamente os erros na condução da economia, no modo de governar ou nas escolhas de ministros. Em vez de demitir, Dilma também manteve no cargo os investigados Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha e ex-ministro da Comunicação Social, e Aloísio Mercadante (PT), ex-titular da Casa Civil e da Educação. Assim como Jucá, Mercadante foi gravado em conversa nebulosa sobre como o governo Dilma poderia interferir na Lava Jato, com um assessor do ex-senador Delcídio do Amaral (MS), delator da operação.

No discurso, Temer também afirmou que é vítima de uma série de "agressões psicológicas para amedrontar o governo", mas que "vai cuidar do país". Na véspera, quando pisou pela primeira vez no Congresso, parlamentares do PT o receberam com gritos de "golpista". No fim de semana, movimentos sociais ligados ao partido haviam ocupado a vizinhança da casa dele em São Paulo. "Não temos que dar atenção a isso, temos que cuidar do país. Aqueles que quiserem esbravejar façam-no o quanto quiserem, mas pela via legal e democrática."

Ele disse que respeita a oposição, mas o clima no país mostra que "todos querem testar as instituições nacionais" e atualmente não permite adiamento nas votações de matérias econômicas no Congresso Nacional, como a revisão da meta fiscal.

"Isso revela, aos olhos de quem vê o país como uma finalidade, e não um governo ou um partido político, a absoluta discordância de uma tranquilidade institucional no país", afirmou. "Não podemos permitir a guerra entre os brasileiros, a disputa quase física."

segunda-feira, 23 de maio de 2016

A TURMA DO "CABIDÃO" NÃO QUER CULTURA, QUER "BOQUINHA", OU SERIA "BOCÃO"?

GOVERNO DO PT APARELHOU ESTATAL COM AMIGOS



A estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil, foi transformada em cabide de boquinhas para amigos de Dilma, do antecessor Lula e do PT. Milhões de reais dos contribuintes foram desperdiçados em programas de amigos petistas. Um deles, o diretor de teatro Aderbal Freire Jr, casado com a atriz Marieta Severo, recebia R$ 91 mil por mês, cinco vezes mais que o presidente da própria EBC.

Sócia da FBL, produtora do “ABZ do Ziraldo” levava R$ 717 mil/ano, Rozane Braga assinou manifesto “anti-golpe”. Inútil: foi cancelado.

O programa “Papo de Mãe”, de Mariana Kotscho, filha de ex-assessor de Lula, custava ao contribuinte R$ 2,4 milhões/ano. Foi cancelado.

O programa “Observatório da Imprensa”, comandado por Alberto Dines, faturava R$ 233 mil por mês e R$ 2,8 milhões ao ano na estatal EBC.

O programa “Expedições”, produzido pela empresa Roberto Werneck Produções, teve o contrato de R$ 1,6 milhão cortado pela metade.

domingo, 22 de maio de 2016

NOVO CHANCELER AFIRMA QUE IMPEACHMENT É A SALVAÇÃO DO BRASIL

O GOVERNO NÃO TEM A OPÇÃO DE FRACASSAR, DIZ SERRA


Revista Época

O novo chanceler, José Serra, enumera os erros da política externa dos 13 anos de governo do PT, anuncia que vai discutir uma “atualização” do Mercosul em sua primeira viagem internacional, hoje, à Argentina, e assume um compromisso com a opinião pública e os diplomatas: “Vamos turbinar o Itamaraty”.

Serra disse estar acertando com o ministro do Planejamento, Romero Jucá, como cobrir a carência de R$ 800 milhões do Itamaraty, que tem até atrasado salários e aluguéis e imóveis no exterior. Fora isso, há dívidas de R$ 6,7 bilhões do Brasil a organismos e bancos internacionais, tema também em discussão.

Ele também prometeu abrir o País ao mundo e uma relação melhor com os Estados Unidos. “Nossa relação comercial com os EUA deve com certeza se tornar mais próxima e o grande investimento aí é a remoção de barreiras não tarifárias”, disse ele nesta entrevista, na qual resumiu os desafios do governo Michel Temer: “Não temos a opção de fracassar. Tem que dar certo”.

O que é uma política externa “regida pelos valores do Estado e da Nação”?
A política externa lida com os interesses nacionais num contexto mundial e vamos ter uma política de Estado, numa nova modalidade de política externa independente. Além de não se alinhar às potências, será independente de partidos e de aliados desses partidos no exterior, diferentemente do que havia nos governos do PT.

O sr. não vê diferenças entre a política externa de Lula e a de Dilma? O sr. chegou a ficar bem próximo do chanceler de Lula, Celso Amorim, quando o sr. era ministro da Saúde e ele embaixador em Genebra e atuaram juntos para a quebra de patentes de medicamentos contra a Aids.
Trabalhamos muito bem e de forma produtiva. Aliás, o Celso deixou de fumar cachimbo por minha causa. Eu disse que ele não podia fumar cachimbo e ir a reuniões antitabagismo e ele jurou que tinha deixado de fumar. Minha relação com o Celso foi muito boa. Depois, no Itamaraty, prefiro não analisar.

Uma crítica a Amorim era que ele era antiamericanista, mas o sr. pelo passado de UNE e de esquerda, também é visto assim.
Não é bem assim, mas, de todo modo, não tenho condições agora de revisar a minha biografia e o que eu pensava a respeito. Só que tive uma experiência pessoal que foi muito importante, quando passei parte do meu exílio nos Estados Unidos, nas Universidades de Princeton e Cornell, e comecei a conhecer a sociedade e a democracia americanas muito de perto. Daria uma outra entrevista eu contar o impacto que eu tive ao viver o cotidiano e junto à base da sociedade a democracia americana.

O sr. assume num momento em que o Brasil precisa revigorar as relações com Washington, depois que elas ficaram esgarçadas pela contaminação ideológica no Brasil e pela espionagem da NSA até da presidente...
NSA, o que é isso? Os EUA são uma peça essencial do mundo contemporâneo, embora já não tão dominante como no passado, pois você tem novos centros de poder e de economia, caso típico da China. Nossa relação com os EUA é secular e fundamental e deve com certeza se tornar mais próxima no comércio. O grande investimento aí é a remoção de barreiras não tarifárias. Eles têm uma rede de proteção não tarifária, na área fitossanitária, por exemplo, que exige negociação. Vamos trabalhar incessantemente nessa direção.

Uma eventual eleição do republicano Donald Trump pode atrapalhar esse processo?
Prefiro não acreditar nisso...

No seu discurso de posse o sr. defendeu a reaproximação com parceiros tradicionais, como EUA, Europa e Japão. É o fim da política Sul-Sul?
Veja, se o Brasil é um país continental, tem de ter relações com o mundo inteiro. Nós vamos levar adiante nossa relação com a África, mas não com base em culpas do passado ou em compaixão, mas sabendo como podemos cooperar também beneficiando o Brasil. Aliás, minha ideia é fazer um grande congresso no ano que vem entre Brasil e África, para discutir comércio, cooperação e trocas, inclusive na área cultural, onde temos grande afinidade.

Quando fala em compaixão, o sr. quer dizer que o Brasil não vai mais perdoar dívidas de países africanos, como fez Lula?
Pedi um levantamento para definir o que será feito daqui em diante. O Brasil não é um país que tem dinheiro sobrando, não somos um país desenvolvido. Não implica estabelecer relações predatórias com nenhuma parte do mundo, mas temos que gerar empregos e combate à pobreza aqui dentro também.

Dilma disse em entrevista ser ignorância uma política externa sem os vizinhos e sem os Brics.

A impressão que eu tenho é de que ela não sabe o que está dizendo. Entendo as dificuldades e até esse certo desnorteamento e me sinto constrangido e pouco à vontade para debater com ela nessas condições.

Muitos elogiaram, mas muitos consideraram acima do tom diplomático suas notas contra o diretor da Unasul e os países “bolivarianos” que criticaram o processo político brasileiro. Foram acima do tom?
Foi um tom abaixo das agressões feitas. Na minha primeira reunião no ministério eu disse que não iríamos nem calar nem escalar. Essa é a linha. O que fizemos foi apontar o que não era verdadeiro. Dizer que a democracia está atropelada no Brasil? Que não há garantias democráticas? Basta qualquer um de fora passar uns dias aqui para ver que a democracia está funcionando normalmente. Foi um processo traumático? Foi. Mas todo dentro da democracia e do previsto pela Constituição.
(...)

E se o governo Michel Temer naufragar?
Os desafios são imensos, mas não temos a opção de dar certo ou fracassar. Tem de dar certo, pelo País. O impeachment é doloroso e traumático, mas é uma questão de salvação do Brasil.

Leia na íntegra AQUI.

sábado, 21 de maio de 2016

‘JANUS’, MAS PODE CHAMAR DE ‘OPERAÇÃO LULA’

FOCO DA INVESTIGAÇÃO É TRÁFICO INTERNACIONAL DE INFLUÊNCIA



O noticiário sobre a Operação Janus, nesta sexta (20), da Polícia Federal, fez parecer que, apesar do envolvimento do sobrinho, o ex-presidente Lula não era investigado. Porém, é mais que isso: trata-se do principal investigado. Nota do Ministério Público Federal do DF deixou claro que o objetivo da “Janus” é apurar se Lula “praticou tráfico internacional de influência em favor da construtora Odebrecht”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.


A primeira fase da Janus, nesta sexta, teve a ver apenas com o financiamento do BNDES para uma obra da Odebrecht em Angola.

Lula e quem o ajudou a batalhar negócios para a Odebrecht no exterior podem esperar novas fases da Janus. Experimentarão fortes emoções.

Também são investigados os contratos do BNDES relativos a obras em Cuba, Venezuela, República Dominicana e Angola, entre muitos outros.

Três desassombrados procuradores pilotam a Operação Janus: Francisco Guilherme Bastos, Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro.

NA OPERAÇÃO JANUS, PF INVESTIGA ‘CRIME PERFEITO’
A Operação Janus investiga o que o submundo da corrupção em Brasília chamava de “crime perfeito”. A suspeita é que Lula fechava acordos com ditadores, a maioria africanos, para o BNDES financiar grandes obras naqueles países, mediante juros ínfimos, longo prazo de carência e contratos secretos, sob a condição de serem entregues a empreiteira brasileira. No Brasil, mandava o BNDES financiar a obra.

OPERAÇÃO TRIANGULAR
Após o entendimento de Lula, o Brasil assinava acordos de cooperação com a ditadura atraída para o esquema, que contratava a Odebrecht.

DIRETO, SEM ESCALA
O BNDES financiava a obra lá fora, mas pagava a Odebrecht no Brasil. Dinheiro público saído do Tesouro para a empreiteira, sem licitação.

Ditaduras não se deixam fiscalizar, nem os órgãos de controle do Brasil podiam auditar os contratos no BNDES, classificados de “secretos”.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O POVO "DESUNIDO" JAMAIS SERÁ VENCIDO

Um dia disseram que "o povo unido jamais seria vencido".
Vê-se que, unido, é o crime organizado: a elite que está no comando manda, a militância obedece.
Ruth Cardoso dizia o contrário e é o que está prevalecendo: "O povo desunido jamais será vencido", pois é a soma das diferenças, com liberdade de opinião e participação voluntária, que está vencendo a batalha contra a tirania populista do PT e de seus companheiros latinos.


O golpe cubano

O Antagonista

Cuba enviou uma nota para mais de uma dezena de organismos internacionais alertando para o “golpe” no Brasil.

A descoberta escandalosa foi feita por Jamil Chade, do Estadão:

"Na mensagem datada de 15 de maio, o governo cubano descreve o conteúdo da declaração como sendo 'sobre o golpe do estado parlamentar e judicial no Brasil'. Em anexo, os diplomatas que abriam o documento podiam ler a declaração assinada em Havana no dia 12 de maio e já publicada que acusava Temer de ter 'usurpado o poder', apoiado pela 'grande imprensa reacionária e o imperialismo'.

'Dilma, Lula, o PT e o povo do Brasil contam e contarão sempre com toda a solidariedade de Cuba', indicou a nota, que ainda denuncia as 'manobras' da 'oligarquia' e a 'contraofensiva reacionária'.

O e-mail com a declaração foi direcionado para altos dirigentes da Organização Internacional do Trabalho, Organização Mundial do Comércio, para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para a secretaria da ONU, Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Organização Mundial da Saúde, União Internacional de Telecomunicações, UNAids, para o Programa da ONU para o Desenvolvimento e para o Programa da ONU para o Meio Ambiente, além de várias outras".

domingo, 15 de maio de 2016

NEM COR NEM GÊNERO

No texto deste domingo, Mary Zaidan toca em dois pontos que fazem parte do enredo petralha que visa atrair para sua teia grupos específicos, uns com dinheiro, outros com discurso populista.

Quanta besteira certo tipo de argumento! Falta do que fazer. De que adianta fazer tipo com mulheres, pobres, negros, seja quem for, e depois jogar na cara, como fez Lula com Joaquim Barbosa?


Se o estímulo ao confronto entre os diferentes já é deplorável, vale também a reflexão sobre quem reivindica privilégios, no caso os artistas acostumados a receber milhões que faltam nas escolas, nos hospitais, etc.

"...Ao fazê-lo, diminuem o valor da cultura, igualando-se aos que reivindicam privilégios. Não se diferem em nada daqueles políticos condenáveis que, acima de tudo, querem manter regalias para si ou para o segmento que representam."


Dilma e Temer (Foto: Divulgação)

Há pouco mais de uma semana vieram à tona as negociações do então vice e agora presidente em exercício para formar o governo, dando conta de barganhas ao estilo toma-lá-dá-cá, tão usuais na política brasileira. Para abrigar aliados, Michel Temer teria de ceder na ideia de reduzir pastas. Teria de fazer mais do mesmo. Não foi o que se viu: anunciou uma equipe menos obesa, com 23 ministros. Mas, em vez de elogios, tomou uma saraivada de críticas pela ausência de mulheres no primeiro escalão – como se governo fosse questão de gênero -- e por fundir os ministérios da Educação e Cultura.

Grossa bobagem. Não de Temer, mas dos que esperneiam.

É deplorável que artistas do porte de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros tantos avalizem a sandice de que sem um ministério próprio o Brasil “fechará as cortinas de um grandioso palco aberto para o mundo”, como, dramaticamente, afirmam na carta aberta enviada a Temer.

Na missiva, dizem que a economia a ser feita com a fusão é pífia – como se não fosse obrigatório poupar cada tostão – e que o setor merece, por sua importância, excepcionalidade. Ao fazê-lo, diminuem o valor da cultura, igualando-se aos que reivindicam privilégios. Não se diferem em nada daqueles políticos condenáveis que, acima de tudo, querem manter regalias para si ou para o segmento que representam.

Triste país este em que seus artistas creem que cultura depende de ter ou não um Ministério.

Acusado de machista, de manter em casa uma linda primeira-dama “recatada e do lar”, Temer cometeu o pecado de não incluir uma mulher no primeiro escalão. Até desejou levar a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), mas acabou extinguindo a pasta pensada para ela.

Foi execrado nas redes sociais e pelos movimentos de mulheres que hierarquizam o gênero antes da competência. E que têm como ícone a presidente afastada Dilma Rousseff, que adora atribuir parte de seus problemas a uma ilusória discriminação sexista.

Sem demora, Dilma aproveitou-se de sua condição de mulher para espinafrar Temer. Na entrevista à imprensa internacional, repetiu a ladainha da ilegitimidade do novo governo e lamentou a ausência de mulheres e negros no time que passou a comandar o país.

É claro que não contou aos jornalistas que o seu governo também não tinha um único negro, mesmo quando ostentava 39 ministérios. Algo que não tem importância alguma, não fosse o fato de ela reclamar da pele de quem a sucede sem olhar o próprio umbigo.

Ter ou não negros, amarelos, católicos, judeus ou evangélicos nada garante. As exigências sabidamente são outras.

Lula teve Benedita da Silva, mulher, negra e evangélica. Durou pouco mais de um ano. Foi afastada depois de ser flagrada usando dinheiro público para custeio pessoal em um evento de sua crença, na Argentina. E teve homens brancos que acabaram atrás das grades, condenados pelo mensalão.

Teve oito ministros em dívida com a Justiça, mesmo número de ministros investigados de Temer, muito aquém dos 21 enrolados do grupo de Dilma, uma equipe que figura como a pior que já se viu.

Além da presidente, o governo Dilma também tinha mulheres. E isso não se refletiu em êxito. E sua derrocada veio pela incompetência gerencial, inabilidade política e soberba, não pelo fato de ela ser mulher. O país sabe disso e ela finge não saber.

Quem insiste na representação por gênero, cor ou credo, o faz por ignorância, desonestidade intelectual ou má-fé. Ou por tudo isso.

sábado, 14 de maio de 2016

TIMAÇO NO COMBATE AO CRIME

Moraes quer parceria com Serra no combate à violência

Por: Severino Motta

O governador Geraldo Alckmin durante a apresentação do novo secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes.

Diferente de José Eduardo Cardozo, que sempre fez cara de paisagem quando se discutia o elevado número de assassinatos no país, Alexandre de Moraes fez questão de chamar para si a responsabilidade na primeira reunião ministerial.

Ele disse aos colegas de Esplanada que quer criar um plano para combater este tipo de crime e fará parceria com secretários estaduais e, até mesmo com o Itamaraty de José Serra para enfrentar o tráfico internacional de armas e drogas.

ALERTA PREOCUPANTE SOBRE LEGADO DA ERA PT

Às vésperas da Olimpíada, Abin rompe colaboração com agências internacionais

Por: Vera Magalhães

Sem parcerias

Na primeira reunião ministerial, o novo titular do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, fez um alerta preocupante: a Abin rompeu colaboração com as principais agências internacionais de inteligência.

O general e os ministros Raul Jungmann (Defesa), José Serra (Relações Institucionais) e Leonardo Picciani (Esporte) vão discutir na semana que vem a reestruturação da segurança dos Jogos do Rio.

O MITO DAS TRÊS DILMAS QUE NUNCA EXISTIRAM

A “gerentona”, a “faxineira” e, agora, a “vítima”. O marketing oficial tentou criar várias personagens para a presidente, mas nenhuma resistiu aos fatos

Por: Daniel Pereira, VEJA

A FAXINEIRA - Dilma viu sua popularidade crescer quando demitiu do governo ministros corruptos. Depois, chamou-os de voltaA FAXINEIRA - Dilma viu sua popularidade crescer quando demitiu do governo ministros corruptos. Depois, chamou-os de volta(ANDRE DUSEK/Estadão Conteúdo)

Eufórico, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfiava seu rosário de palavrões prediletos para comemorar o sucesso de um leilão de concessão de rodovias, que, segundo a oposição, seria um fracasso. Era 2007, o primeiro ano de seu segundo mandato. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sua principal bandeira de marketing, já estava nas ruas. E o encantamento com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, celebrada como a responsável pelo resultado do leilão, só aumentava. Aos olhos do presidente, Dilma enquadrava a burocracia, tirava projetos do papel, destravava investimentos, fazia o governo acontecer. Era a novidade. A melhor novidade. Por isso, anos mais tarde, com nomes históricos do PT abatidos pelo mensalão, Dilma, "a mãe do PAC", "a mulher do Lula", "a gerentona", foi escolhida para ser a candidata à Presidência. O plano era ambicioso: em mandatos sucessivos, Lula e Dilma garantiriam ao partido pelo menos vinte anos no poder, curiosamente o mesmo número cabalístico que os tucanos pretendiam ficar no governo depois que Fernando Henrique Cardoso foi reeleito. O foco de Dilma, uma vez eleita, seria melhorar a infraestrutura do país, sem inventar moda na política ou na economia. Uma meta simples. Nada podia dar errado. Mas, como se sabe, tudo deu errado.

Eleita com 55,8 milhões de votos em 2010, Dilma estreou como presidente promovendo a defunta "faxina ética". Em apenas um ano, demitiu seis ministros suspeitos de tráfico de influência, corrupção e desvio de verbas públicas. A comparação com Lula, defensor obstinado de companheiros encrencados, era inevitável e lhe rendia dividendos. Setores tradicionalmente refratários ao PT estendiam o tapete vermelho para ela. Lula acompanhava esses movimentos com um pingo de desconfiança. A petistas ressabiados, dizia que Dilma, ao usá-lo como escada, engambelava setores conservadores da sociedade, conquistava a simpatia da mídia e se fortalecia. Além de competente, seria esperta. Em 2012, surgiram os primeiros ruídos entre os dois. Agindo de modo republicano, Dilma desprezou a ideia de Lula de usar uma CPI do Congresso para intimidar a imprensa e o Ministério Público. O contraponto com o antecessor, de novo, era inevitável.

Em março de 2013, a presidente bateu recorde de popularidade. E justamente aí começou sua derrocada. Mandona, centralizadora e irritadiça, Dilma tornou-se imperial. Enviava projetos ao Congresso para aprovação - sem direito a debate, afago ou cafezinho com os parlamentares. Na economia, recorreu à batuta do intervencionismo e determinou a redução, na marra, das taxas de juros e da conta de luz, e ainda tentou tabelar o lucro de empresários, emperrando uma série de projetos. A inflação já dava seus primeiros galopes. Apreensivo, Lula passou a mandar recados à sucessora.

Os porta-vozes do petista ecoavam as queixas do empresariado contra a mão pesada da presidente e defendiam uma troca de comando no Ministério da Fazenda. Dilma, cuja dificuldade para reconhecer os próprios erros tem contornos patológicos, ignorava olimpicamente as advertências. Foi assim até as históricas manifestações de rua de junho de 2013, que dinamitaram sua popularidade. Do centro do ringue, Dilma foi jogada às cordas. Aproveitando essa fragilidade, petistas e empresários, como Marcelo Odebrecht, preso pela Operação Lava-Jato, lançaram um movimento para trocar Dilma por Lula como candidato à Presidência em 2014. Alegavam que Dilma estava tirando a economia dos trilhos. A presidente, tratada agora como incompetente e amadora, resistiu à pressão, manteve-se no jogo e, cumprindo sua própria profecia, fez o diabo para conquistar um novo mandato.

A GERENTONA - A administradora durona nunca percebeu que um gigantesco esquema de corrupção se apoiava nas suas costasA GERENTONA - A administradora durona nunca percebeu que um gigantesco esquema de corrupção se apoiava nas suas costas(Ricardo Stucker/PR/VEJA)

De olho na reeleição, Dilma cometeu três pecados capitais. Abandonou de vez a faxina ética, rendeu-se gostosamente ao toma lá da cá e formou uma aliança eleitoral com os principais expoentes do fisiologismo nacional. Demitidos em 2011, os ex-ministros Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR) recuperaram as credenciais para mandar e desmandar em seus feudos no governo. A presidente também gastou muito mais do que podia e arruinou as finanças do país a fim de impulsionar programas carreadores de voto, como o Bolsa Família. Antes e depois da reeleição, usou bancos públicos para custear despesas do Tesouro Nacional. A prática, conhecida como pedalada fiscal, embasou o pedido de impeachment.

Leia mais AQUI.

LULA PODE SER O PRIMEIRO PRESIDENTE A SER PRESO POR CRIMES COMUNS

Lula pode ser o primeiro presidente a ser preso por crimes comuns.
São muitas as denúncias, devidamente comprovadas com documentos e gravações, mas o que pode antecipar sua prisão é a tentativa de melar a Lava Jato. O procurador-geral Rodrigo Janot concluiu que Lula exerceu papel de mando numa quadrilha cujo objetivo principal era minar o avanço das investigações do petrolão. Leiam abaixo:

PGR NÃO TEM MAIS DÚVIDAS DE QUE LULA COMANDOU TRAMA CONTRA A LAVA JATO

Depoimento de Delcídio do Amaral, combinado a provas como mensagens eletrônicas e extratos telefônicos, reforçam a convicção dos investigadores de que o ex-presidente coordenou operação para comprar o silêncio de uma testemunha que poderia comprometê-lo

Parceria: Em acordo de delação premiada, o ex-senador Delcídio do Amaral revelou que seguia ordens do ex-presidente

Por: Thiago Bronzatto

Em sua última aparição pública, na manhã de quinta-feira, Lula estava abatido. Cabelos desgrenhados, cabisbaixo, olhar vacilante, entristecido. Havia motivos mais que suficientes para justificar o comportamento distante. Afinal, Dilma Rousseff, a sucessora escolhida por ele para dar sequência ao projeto de poder petista, estava sendo apeada do cargo. O fracasso dela era o fracasso dele. Isso certamente fragilizou o ex-presidente, mas não só. Há dois anos, Lula vê sua biografia ser destruída capítulo a capítulo. Seu governo é considerado o mais corrupto da história. Seus amigos mais próximos estão presos. Seus antigos companheiros de sindicato cumprem pena no presídio. Seus filhos são investigados pela polícia. Dilma, sua invenção, perdeu o cargo. O PT, sua maior criação, corre o risco de deixar de existir. E para ele, Lula, o futuro, tudo indica, ainda reserva o pior dos pesadelos. O outrora presidente mais popular da história corre o risco real de também se tornar o primeiro presidente a ser preso por cometer um crime.

VEJA teve acesso a documentos que embasam uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente. São mensagens eletrônicas, extratos bancários e telefônicos que mostram, segundo os investigadores, a participação de Lula numa ousada trama para subornar uma testemunha e, com isso, tentar impedir o depoimento dela, que iria envolver a ele, a presidente Dilma e outros petistas no escândalo de corrupção na Petrobras. Se comprovada a acusação, o ex-presidente terá cometido crime de obstrução da Justiça, que prevê uma pena de até oito anos de prisão. Além disso, Lula é acusado de integrar uma organização criminosa. Há dois meses, para proteger o ex-presidente de um pedido de prisão que estava nas mãos do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, a presidente Dilma nomeou Lula ministro de Estado, o que lhe garantiu foro privilegiado. Na semana passada, exonerado do governo, a proteção acabou.

Há várias investigações sobre o ex-­presidente. De tráfico de influência a lavagem de dinheiro. Em todas elas, apesar das sólidas evidências, os investigadores ainda estão em busca de provas. Como Al Capone, o mafioso que sucumbiu à Justiça por um deslize no imposto de renda, Lula pode ser apanhado por um crime menor. Após analisar quebras de sigilo bancário e telefônico e cruzar essas informações com dados de companhias aéreas, além de depoimentos de delatores da Lava-Jato, o procurador-geral Rodrigo Janot concluiu que Lula exerceu papel de mando numa quadrilha cujo objetivo principal era minar o avanço das investigações do petrolão. Diz o procurador-geral: "Ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues, José Carlos Costa Marques Bumlai e Maurício de Barros Bumlai (...), Luiz Inácio Lula da Silva impediu e/ou embaraçou a investigação criminal que envolve organização criminosa".

ARTISTA QUE PENSA POR CONTA PRÓPRIA NÃO VAI NA ONDA DO PT

Crítico do PT, Juliano Cazarré vai viver um senador petista em novo filme

Por: Bruno Meier

Juliano Cazarré

Em março, quando se encerraram as gravações de A Regra do Jogo, da Globo, Juliano Cazarré fez um apelo à emissora para não se esquecer dele - mesmo tendo um contrato assinado até 2018. "Não posso ficar longe da TV. O país está quebrado. Tenho duas bocas para sustentar", diz, referindo-se aos dois filhos. O trabalho apareceu, mas no cinema. Por indicação de um amigo, o ator Emilio Orciollo Netto, Cazarré viverá um senador petista (com o bigodão maranhense que se vê na foto) no filme 3 000 Dias no Bunker, baseado no livro homônimo de Guilherme Fiuza, que conta como nasceu o Plano Real. "Não julgo personagens. Não é porque não concordo com o PT que eu não poderia aceitar." Crítico do partido recém-­afastado do poder, o ator não se sente muito à vontade para conversar sobre política com seus colegas. "O meio artístico tem a ideia errônea de que, se você é contra o PT, você é contra o povo. Nada a ver. Quem tem de ficar bravo com o PT é a esquerda, pois foi o partido que a desmoralizou", diz.

FIM DAS "BOQUINHAS"

1º DISCURSO PRESIDENCIAL - TEMER EMPOSSA MINISTROS E PROMETE ELIMINAR COMISSIONADOS E FUNÇÕES

André Brito



Em seu primeiro discurso após assumir a Presidência da República, Michel Temer promete diálogo e pede a confiança de todos para superar a crise econômica. Segundo ele, o Estado deve se preocupar mais com Educação, Saúde e realizar parcerias público-privadas em áreas de investimento mais dinâmicas como infraestrutura.

O presidente interino revelou que há uma série de propostas em tramitação no Congresso Nacional para reorganizar o País. Além disso, Temer reafirmou que nenhum deles irá alterar direitos adquiridos pelos trabalhadores e programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Fies e Pronatec serão mantidos no seu governo. "Mais do que nunca, precisamos acabar com um hábito no Brasil em que, assumindo outrem o governo, você destrói o que foi feito", disse.

Outro ponto abordado pelo presidente foi a quantidade de cargos e funções comissionadas no governo federal. Ele adiantou que pediu um estudo para reduzir esse número e desinchar a máquina pública. Temer disse que é preciso melhorar o ambiente de negócios para estimular o investimento privado que tem como consequência aumento da produtividade e geração de emprego.

Um pouco antes, o presidente Michel Temer empossou 24 ministros. Confira abaixo a lista dos novos ministérios e seus comandantes.

Advocacia Geral da União - Fábio Medina

Agricultura - Blairo Maggi

Casa Civil - Eliseu Padilha

Cidades - Bruno Araújo

Ciência, Tecnologia e Comunicações - Gilberto Kassab

Fiscalização, Transparência e Controle - Fabiano Augusto Martins Silveira

Educação e Cultura - Mendonça Filho

Defesa - Raul Jungmann

Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra

Desenvolvimento, Indústria e Comércio - Marcos Pereira

Esporte - Leonardo Picciani

Fazenda - Henrique Meirelles

Integração Nacional - Helder Barbalho

Justiça e Cidadania - Alexandre de Moraes

Meio Ambiente - Sarney Filho

Minas e Energia - Fernando Bezerra Filho

Planejamento - Romero Jucá

Relações Exteriores - José Serra

Saúde - Ricardo Barros

Secretaria de Governo - Geddel Vieira Lima

Secretaria de Segurança Institucional - Sérgio Etchegoyen

Trabalho e Previdência Social - Ronaldo Nogueira

Transportes - Maurício Quintella

Turismo - Henrique Alves

GOLPE

CÉLIO PEZZA

O legítimo processo de impeachment da presidente Dilma finalmente foi votado no ultimo dia 11 de maio pelo Senado, que decretou por 55 votos a favor e 22 contra, o afastamento de Dilma e o início do fim do governo petista. Dilma e seus aliados destruíram a economia do país, mas, felizmente, não acabaram com o sonho de muitos brasileiros que acreditam na justiça e na forma honesta de governar.

Graças ao Juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal, muita sujeira já foi mostrada ao povo brasileiro. O “projeto criminoso de poder”, conforme definição do Ministro do STF, Celso de Mello, durante o julgamento do Mensalão, veio à tona, e Lula e Dilma não tem como negar, a não ser pela repetição do mantra “é golpe” que criaram para seus fanáticos seguidores.

Os próprios ministros do STJ já afirmaram que “impeachment não é golpe”, uma vez que se trata de instrumento legal previsto na Constituição brasileira. Não podemos nos esquecer de que o fato de um presidente ter sido eleito, não lhe dá o direito de destruir a economia do país, fazer uso inapropriado de recursos públicos e participar do maior esquema de corrupção que já se viu na História para abastecer de propinas a sua base governista e campanhas eleitorais, como está sendo mostrado nas investigações da Operação Lava Jato.

As revelações, inclusive do Senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo petista no Congresso Nacional, são ainda mais contundentes, pois mostram que Lula e Dilma não só sabiam como participaram de inúmeras operações criminosas. Isso sim pode ser chamado de golpe. O verdadeiro golpe foi praticado pelo governo petista, quando saqueou os cofres públicos e usou a máquina governamental para levar o país à bancarrota.

Esse golpe acabou com algumas conquistas, como o controle da inflação, o equilíbrio das finanças públicas e causou uma enorme crise econômica e desemprego no Brasil. Golpe é o marqueteiro do partido, João Santana, ter criado mentiras para iludir o povo brasileiro e promover a reeleição de Dilma. Golpe é a destruição da maior empresa brasileira, a Petrobras, através de roubos bilionários.

O Brasil clama por justiça e ela vai chegar para colocar na cadeia os verdadeiros golpistas, independente de partidos. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, já afirmou que o PT tinha o plano perfeito para se eternizar no poder, mas a operação Lava Jato estragou tudo. A verdade apareceu e a casa caiu.

Não adianta mais os governistas, como fanáticos religiosos, repetirem seu mantra “é golpe” e tentarem de todas as maneiras burlarem um verdadeiro processo democrático.
*

Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

FUNDADOR DO PT LIVROU O BRASIL DO PT

MÉRITO DO IMPEACHMENT É DO POVO, DIZ SEU COAUTOR HÉLIO BICUDO

JURISTA ESPERA QUE DILMA NÃO VOLTE, E GOVERNO TEMER O PREOCUPA


Diário do Poder

Assim que o Senado encerrou a votação e aceitou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Hélio Bicudo divulgou uma carta repercutindo a decisão e demonstrando profunda preocupação com a formação do novo ministério do futuro presidente interino Michel Temer. Bicudo, que participou da fundação do PT, é um dos signatários do pedido de afastamento da petista que culminou nesta quinta-feira, 12, no afastamento por até 180 dias da presidente.

Bicudo inicia a carta dizendo: "está consumado". "A partir de agora, Dilma Rousseff está afastada da Presidência da República, para onde certamente não haverá de voltar". O jurista salienta que o "mérito dessa luta vitoriosa pertence ao povo, não aos partidos".

Ele afirma que está muito feliz por perceber que a iniciativa de três cidadãos - ele, a professora Janaína Paschoal e o jurista Miguel Reale Jr. - tenha chegado a "bom termo, levando a efeito a vontade de milhões de brasileiros indignados com a corrupção e a incompetência de Dilma, Lula e PT".

Apesar de sua satisfação com a decisão do Senado Federal, Bicudo faz questão de externar "preocupação com as mais recentes notícias sobre a formação do novo governo".

"O povo brasileiro foi às ruas para repudiar a cleptocracia comandada pelo PT. O povo brasileiro não foi às ruas para sofrer mais desapontamentos." Ele salienta que a crise que o Brasil atravessa é tão grave quanto é diminuta a paciência do povo com a classe política, sem exceções.

Bicudo encerra o texto afirmando: "Oxalá saibam os homens públicos atender ao justo clamor popular por decência".

O GOLPE INEXISTENTE E O PLANEJADO PELO PT

PERCIVAL PUGGINA



Ao longo das últimas semanas tive oportunidade de observar a conduta da tropa de choque petista na Câmara e no Senado durante as longas etapas de deliberação sobre o impeachment da presidente Dilma. Havia duas linhas paralelas de atuação e ambas convergiam para aquela câmera que dava publicidade às infindáveis sessões. A primeira das linhas de defesa do governo repetia, à nossa fadiga, que assistíamos a um "golpe". A segunda pretendia, com gritos, tumultos, questões de ordem e contestações, evitar que fossem mencionados outros crimes não constantes do processo. Desses não poderíamos ouvir falar. O PT insistentemente varria seu lixo para debaixo do tapete.

Quem são os agentes do "golpe" que o PT insistentemente denuncia? Vamos a eles:

1. a população brasileira, que aos milhões saiu às ruas para sacudir as instituições de sua inércia;

2. os autores de dezenas de requerimentos de impeachment que, ao longo de 2015, foram transformados por Eduardo Cunha em moeda de negociação para salvar a própria pele;

3. os signatários do requerimento finalmente escolhido para prosseguir, subscrito, entre outros, por um fundador do PT e, não por acaso, o que reduzia a apenas dois os muitos crimes de responsabilidade praticados pelo governo (opção que muito contrariou a Dra. Janaína Paschoal, como ela fez questão de deixar bem claro);

4. o Tribunal de Contas da União, que por seus técnicos e pela unanimidade de seus ministros rejeitou as contas e apontou os crimes de responsabilidade ao Congresso Nacional;

5. o Supremo Tribunal Federal, que definiu minuciosamente o moroso rito a ser seguido pelas duas casas do Congresso em sua deliberação;

6. a Câmara dos Deputados, que em duas etapas e por quase três quartos de seus membros votou pela admissibilidade do processo;

7. o Senado Federal, que na próxima quarta-feira, por grande maioria de seus membros, salvo contratempo, acolherá a denúncia e dará início ao processo público de julgamento da presidente.


É a todos esses que a presidente e sua tropa de choque se referem quando insistem no discurso do golpe, cuja única utilidade é legitimar as ações efetivamente golpistas que se sucederão e para as quais estão sendo motivadas as milícias a serviço do partido e do governo. Não é mesmo, Gilberto Carvalho? Não basta terem, através de uma organização criminosa, assim designada pelo Procurador Geral da República, conduzido o país à mais caótica situação dos últimos 80 anos. É preciso, por todos os meios, impedir que ele se recupere.

Assim, de um lado, temos um processo transparente, fundamentado, dispondo de amplo apoio popular e congressual, contando com reiterado reconhecimento judicial. De outro, as motivações e condutas golpistas do governo, como essa traquinagem inventada pela AGU com a cumplicidade do presidente interino da Câmara dos Deputados, que ronrona fidelidade nos ouvidos do governo pedindo cafuné.
*

Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

terça-feira, 10 de maio de 2016

DEPUTADO CONVIDA POPULAÇÃO PARA 'MUDANÇA' DE DILMA

PAULINHO DA FORÇA ORGANIZA MUDANÇA DE DILMA DO PLANALTO


Gabriel Garcia

O presidente do Solidariedade, Deputado Paulinho da Força (SP), convidou toda a população insatisfeita com o governo Dilma Rousseff e com o PT para, nesta quarta-feira (11), a partir das 14h, acompanhar a votação do Senado que decretará o afastamento da presidente. A concentração será em frente ao Congresso Nacional e contará com movimentos sociais.

Segundo Paulinho, a votação do impeachment "É um dia histórico! Toda a população deve se mobilizar para acompanhar de perto a votação dos Senadores. Lembrem que desde as manifestações de 2013 o brasileiro se interessou mais por política e passou a cobra mais de seus políticos. Amanhã (11), será decretado o afastamento da Dilma e o início da tão esperada retomada Nacional. Eu vou ajudá-la com um caminhão de mudança!”, finaliza o parlamentar.

A MÃE DO GOLPE


ELA SABIA DE TUDO
Dilma ontem fingiu surpresa, mas participou de cada passo da armação de domingo que resultaria na assinatura do ato de Waldir Maranhão.

“Foi um acordo produzido nas profundezas do Palácio do Planalto”, afirma o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), sobre a decisão de Waldir Maranhão de tentar anular a sessão do impeachment.

Waldir Maranhão recebeu de Dilma, domingo, juras eternas de pronto atendimento as suas “demandas políticas”. Do tipo que “furam poço”.

Ministros do Supremo Tribunal Federal acreditam que a decisão de Waldir Maranhão não se sustenta: além de tentar anular uma decisão do plenário soberano, o processo está precluso, é fato vencido.

ISSO VAI DAR CPI
Além de ampliar seu “espaço” no governo do Maranhão, o presidente interino da Câmara exigiu recompensas do governo Dilma, segundo a oposição, como o ambicionado controle da Codevasf.

ABUSANDO DO PODER
Para o deputado Arthur Maia (PPS-BA), a tentativa de Waldir Maranhão de melar o impeachment “é um ato de abuso de autoridade” que constitui quebra de decoro. E não tem dúvida de que será cassado.

OPOSIÇÃO SE EMPENHA PARA CASSAR MARANHÃO
Os partidos de oposição estão determinados a cassar o mandato do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), por meio de processo no Conselho de Ética. Ele é acusado de usar o cargo para “melar” o impeachment da presidente Dilma, tentando transformar em minoria a maioria acachapante de 367 deputados (71,5%) favoráveis à abertura do processo, agora sob exame do Senado.

A reputação de Waldir Maranhão o precede, por isso a oposição não duvida que logo descobrirá a suposta negociata que o inspirou.

NEM LEU O QUE ASSINOU
Na Câmara, ontem, dizia-se que dificilmente Waldir Maranhão terá lido o texto que assinou, tentando inviabilizar o impeachment em curso.

TUDO ARMADO
Jatinho da FAB saiu domingo de São Luís com o governador Flávio Dino e Maranhão, para encontrar na capital o advogado-geral de Dilma.

AUTORIA INTELECTUAL
Nas redes sociais, o governador maranhense Flávio Dino (PCdoB), que mantém o deputado Waldir Maranhão na coleira, não negou sua participação na jogada para melar o impeachment. Até se jactou disso.

Seguindo cegamente a orientação de Flávio Dino, seu chefe politico no Estado, o deputado Waldir Maranhão nem sequer consultou a Mesa Diretora da Câmara. Que decidiu fazê-lo pagar caro por isso.

STF DECIDIRÁ
O governo tentará medida no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir o Senado de votar nesta quarta o relatório do impeachment. Antes disso, a oposição protocolou mandado de segurança no mesmo STF para garantir a validade da votação do dia 17 de abril.

PERGUNTA NO CONGRESSO
Se Waldir Maranhão poderia reverter atos de Eduardo Cunha e impedir o impeachment, Michel Temer poderia fazer o mesmo com Dilma?

DILMA PODE DEIXAR BURACO DE ATÉ R$600 BI NAS CONTAS PÚBLICAS

‘ESQUELETOS’ DO GOVERNO DILMA PODEM PASSAR DE R$250 BILHÕES

Alexa Salomão/Estadão

A AGÊNCIA DE RISCO ACHA QUE O TESOURO TERÁ DE SOCORRER PETROBRAS, ELETROBRAS, CAIXA...

Já se sabe que um eventual governo de transição terá de administrar um déficit monumental para ajustar o orçamento público. O buraco pode ir a R$ 360 bilhões. Quem acompanha o funcionamento da máquina pública, porém, lembra que há outra conta, essa oculta, mas igualmente expressiva, de “esqueletos” que podem ser herdados da gestão de Dilma Rousseff.

Como se tratam de gastos desconhecidos até que sejam devidamente contabilizados, vivem no terreno das estimativas. Numa projeção conservadora, feita por especialistas de diferentes áreas, a conta pode passar de R$ 250 bilhões. Mas há quem diga que pode ser ainda maior. Em relatório, a agência de classificação de risco Moody’s estimou que, no pior cenário, a conta vai a R$ 600 bilhões.

O que popularmente se chama de esqueleto, na literatura econômica é chamado de gasto contingente: despesa excepcional gerada por derrapadas na gestão da política econômica que fica escondida até que exploda ou que alguém jogue luz sobre ela. Para os especialistas em contas públicas, essa despesa tende a proliferar.

“Tem uma coisa que precisa ficar clara: a dinâmica do gasto social, do gasto com previdência, do gasto com pessoal, tudo isso, é muito previsível. Não há surpresa. A gente conhece e não deixou esqueletos. Mas a política setorial deixou”, diz o economistas Mansueto Almeida, especialista em contas públicas.

As estimativas de gastos extras feitas a pedido da reportagem incluem eventuais capitalizações que o Tesouro tenha de fazer nas estatais Petrobrás, Eletrobrás e Caixa Econômica Federal, a negociação das dívidas dos Estados, que vão gerar perdas para a União, o risco de inadimplência com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e a manutenção do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Estimativas. A agência de risco Moody’s dedicou um relatório inteiro à discussão dos passivos contingentes no Brasil observando apenas os grandes desembolsos que podem vir pela frente. Pelas suas estimativas, ao longo dos próximos três anos, os gastos extraordinários podem variar entre 5% e 10% do PIB, o Produto Interno Bruto: algo entre R$ 295 bilhões e R$ 590 bilhões.

Como esse tipo de gastos afeta o fôlego financeiro da União, a Moody’s estimou que os gastos levariam a dívida – hoje perto de 70% do PIB – para 90% do PIB em 2018.

A agência avaliou que há possibilidade de o governo socorrer tanto a Petrobrás quanto a Eletrobrás, porque ambas estão sob pressão financeira. Entre 2016 e 2018, apenas a Petrobrás demandaria cerca de R$ 300 bilhões – mais de R$ 100 bilhões apenas para pagar dívidas.

A agência analisou também a saúde dos bancos públicos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Considerou que a Caixa é a instituição mais sensível a um eventual socorro. Hoje, a Moody’s não vê risco no segmento, mas, se houver deterioração e estresse das instituições, o passivo contingente tende a explodir, indo a R$ 600 bilhões.

DILMA - "PAPEL DE EMBRULHAR PREGO"

DILMA AMEAÇA ASSESSOR QUE NÃO ACOMPANHÁ-LA AO 'GOVERNO PARALELO'

PROMETE DEMITIR ATÉ QUARTA QUEM ACHA 'GOVERNO PARALELO' MÁ IDEIA


Diário do Poder

Após a longa convivência com assessores, que humilha rotineiramente, a presidente Dilma agora ameaça os que hesitam acompanhá-la ao “governo paralelo”. Ela listou 20 nomes para assessorá-la no período do seu afastamento do cargo, a ser definido nesta quarta (11), até ser julgada, em até 180 dias. Mas alguns preferem tentar ficar no governo de Michel Temer, com quem sempre mantiveram relações cordiais. A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Aos gritos, na porta do seu gabinete, Dilma avisou que vai exonerar, na quarta (11), quem se recusar a segui-la no “governo paralelo”.

"Quem for para o Alvorada, sabe que não voltará mais"
, afirmou à coluna uma assessora de Dilma, que já conta com o impeachment.

A relação de Dilma com subordinados é rotineiramente desagradável. Em alguns casos, os assessores até comemoram o impeachment.

O tratamento de Dilma a funcionários, desde os tempos de ministra da Casa Civil, rendeu a ela apelidos como “Papel de embrulhar prego”.

domingo, 8 de maio de 2016

MARCELO ODEBRECHT RELATA COAÇÃO E ESQUEMA DE DILMA PARA TIRÁ-LO DA PRISÃO

DENUNCIADA CHANTAGEM DE MANTEGA E COUTINHO POR 'DOAÇÕES' PARA DILMA

MARCELO ODEBRECHT CONTOU A CHANTAGEM DA DUPLA POR DOAÇÕES PARA CAMPANHA DE DILMA, E QUE NOMEAÇÃO DE MINISTRO DO STJ TEVE O OBJETIVO DE SOLTÁ-LO.


O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, chantagearam empresários, condicionando a liberação de novos financiamentos do banco a doações milionárias à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

A chantagem foi revelada pelo empresário Marcelo Odebrecht, em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato no âmbito de acordo de delação premiada que está sendo negociada com o ex-presidente da empreiteira, conforme antecipou em primeira mão o colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Odebrecht contou a procuradores da Operação Lava-Jato que Mantega e Coutinho pediram a empreiteiros que se reunissem com o ministro Edinho Silva, na época tesoureiro da campanha de Dilma, para que "continuassem a ser ajudados" pelo governo.

O presidente do BNDES teria perguntado a um ex-executivo de empreiteira, em agosto de 2014, se ele conhecia Edinho. O ex-executivo teria entendido a pergunta como uma forma de pressão, e sua empresa fechou acordo para doação à campanha nas semanas seguintes. À “Folha de S.Paulo”, Coutinho, Mantega, Edinho Silva e o PT negaram a acusação de Odebrecht. O empresário negocia termos de um acordo de delação premiada.

Marcelo Odebrecht confirmou também a denúncia do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) sobre a tentativa da presidente Dilma Rousseff de obter a revogação de sua prisão decretada pelo juiz federal Sérgio Moro. Marcelo confirmou que a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tinha o objetivo de garantir o relaxamento da prisão dos empreiteiros presos na Lava Jato.

A denúncia de Delcídio, agora confirmada por Marcelo Odebrecht, levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a solicitar ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff por crime de obstrução da Justiça.

O depoimento de Marcelo Odebrecht é objeto de reportagem da edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo, que confirmou a negociação de acordo de delação premiada com o ex-presidente da empreiteira, noticiada em primeira mão pelo colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Os procuradores aguardam explicações sobre o esquema de financiamento de projetos no exterior, obtidos pelo ex-presidente Lula, para fechar o acordo de delação premiada. Em uma primeira sentença, Marcelo Odebrecht foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

sábado, 7 de maio de 2016

LULA NA PRISÃO, O QUE FALTA?

REVISTA MOSTRA O QUE FALTA PARA LULA SER PRESO
É IMINENTE A PRISÃO DE LULA, SEGUNDO A REVISTA SEMANAL 'ISTOÉ'




Denunciado pela Procuradoria da República e com pedido de prisão nas mãos de Sérgio Moro, o ex-presidente nunca esteve tão perto da cadeia, informa reportagem de Débora Bergamasco para a revista IstoÉ. 


Segundo apurou ISTOÉ junto a fontes da Lava Jato, Moro aguarda apenas o afastamento de Dilma na quarta-feira 11 para se debruçar sobre o pedido de prisão.

Leia trecho abaixo:

Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desabou. Não seria a primeira recaída desde o início das investigações do Petrolão, responsáveis por tisnar sua imagem de homem probo semeada desde os tempos do sindicalismo no ABC Paulista. Mas ao contrário dos outros momentos de fragilidade, Lula desta vez expôs um sentimento insólito a companheiros de longa data: o de culpa. Pela primeira vez, pôs em xeque o próprio faro político – considerado indefectível no seio do petismo. Em uma longa conversa, em Brasília, com um amigo, o ex-presidente lamentou em tom de desabafo, depois de fazer uma breve retrospectiva de sua vida pública: “Não me perdôo por ter feito a escolha errada”. O petista se referia ao fato de ter apostado todas suas fichas e ter feito de Dilma Rousseff sua sucessora. O arrependimento, porém, tem pouco a ver com o desastre político-econômico provocado pela gestão da pupila. Lula é um pote até aqui de mágoas porque, em sua avaliação, ela nada fez para blindá-lo e o seu partido das garras afiadas da Lava Jato. Para Lula, Dilma queria entrar para a história como a presidente do combate à corrupção – mesmo que, para isso, tivesse de sacrificar o próprio criador. Não logrou êxito, e é isso que emputece Lula.

Hoje, ambos rumam para um abraço de afogados. Dilma está à beira de deixar o comando do País, alvo de um processo de impeachment, e na iminência de ser investigada pelo crime de obstrução de justiça – a solicitação, feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na semana passada, depende apenas do aval do STF. Ele, Lula, enfrenta o mais tenebroso inverno de sua trajetória pública. Atingido em cheio pela Lava Jato, o ex-presidente nunca esteve tão próximo de voltar à cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em sua residência pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão – desta vez em tempos democráticos e por um temporada provavelmente mais longa – é iminente.

São pelo menos sete frentes de investigação contra Lula, na primeira instância e na Suprema Corte. Lula é acusado de liderar o comando da quadrilha, que desviou milhões da Petrobrás, participar da tentativa de comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal, obstruir a Justiça ao ser nomeado na Casa Civil para ganhar foro privilegiado, receber favores de empreiteiras ligadas ao Petrolão em reforma de um sítio em Atibaia, frequentado pela família; ocultar patrimônio e lavar dinheiro por meio de um apartamento tríplex no Guarujá, – que Lula jura não ser dele – , e de receber dinheiro de propina, por meio de empreiteiras, por palestras realizadas no Brasil e no exterior.

Além disso, ele ainda pode ser encrencado na Operação Zelotes, que apura suspeita de venda de medidas provisórias com suposto beneficiamento de seu filho Luís Cláudio Lula da Silva. No pedido para incluir Lula no chamado inquérito-mãe da Lava Jato, Janot foi contundente ao dizer que o petista foi peça-chave no esquema: “Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”. 
(...)



Leia na integra AQUI.

ESPIONAGEM - QUE BOATARIA SERÁ QUE VEM POR AÍ PARA ENCOSTAR O JUIZ NA PAREDE?

Arapongas espionaram Teori Zavascki

Por: Severino Motta

Grampeado

Arapongas andaram espionando a vida do relator da Lava-Jato, Teori Zavascki.

O setor de inteligência do Supremo Tribunal Federal foi informado, há cerca de dez dias, de que espiões de Brasília dispunham de detalhes dos hábitos e horários do ministro, e iniciou investigação sigilosa para saber se Teori teve telefones grampeados e que outros tipos de monitoramento sofreu.

A inteligência está em busca de elementos que levem aos mandantes da operação.

Se conseguir apontá-los, a prisão de Delcídio do Amaral parecerá coisa de juizado de pequenas causas.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

PROPINAS PARA O PT SAÍRAM DE ‘OBRAS PASSADAS, PRESENTES E FUTURAS’

EX-PRESIDENTE AFIRMOU QUE A ANDRADE GUTIERREZ PAGOU R$ 40 MILHÕES AO PARTIDO

ACERTO FOI DISCUTIDO EM 2008, ABRANGENDO CONTRATOS DESDE O PRIMEIRO ANO DO GOVERNO LULA (2003) EM DIANTE, SEGUNDO OTÁVIO AZEVEDO (FOTOS: AGÊNCIA PT)

Estadão


Na petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que pede a inclusão do ex-presidente Lula no rol de investigados da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, usa como um de seus argumentos a delação premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. Janot transcreve trechos dos relatos dos ex-presidentes da empreiteira Otávio Marques de Azevedo e Rogério Nora e do executivo Flávio Machado.

“As colaborações firmadas com executivos da empresa Andrade Gutierrez vão no mesmo sentido dos depoimentos de Nestor Cerveró (ex-diretor da área Internacional da Petrobrás) e Delcídio Amaral (senador e ex-líder do Governo) e acrescentam informações ainda mais detalhadas de como funcionou o esquema de arrecadação de propina nas diversas obras executadas por essa empreiteira”, afirma Janot.

De acordo com o documento, Otavio Azevedo, em seu primeiro Termo de Colaboração, ‘foi claro ao dizer que em 2008 teve reunião, a pedido do PT, com o então presidente do Partido, hoje ministro, Ricardo Berzoini, que de forma bastante clara e na presença do então tesoureiro do PT, João Vaccari e do executivo da Andrade Flavio Machado, cobrou, a título de propina, 1 % de todas as obras negociadas entre a empresa e o governo federal, desde o início de 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu o governo’.

O porcentual, nas palavras do colaborador, deveria ser pago em relação às ‘obras presentes, passadas e futuras da AG, isto é, de 2003 pra frente’.

Segundo Janot, baseado no conteúdo das delações, ‘ficou acertado que o pagamento da propina seria feito em relação a algumas obras em andamento e a todas as futuras’. Ainda segundo Otávio Azevedo, a propina era paga por meio de doações oficiais ao partido e ‘cobrada sistematicamente por João Vaccari’.

O procurador-geral informa ao Supremo que no período de 2009 a 2014, a Andrade doou oficialmente em torno de R$ 94 milhões ao PT.

“O colaborador não soube distinguir com exatidão o que era contribuição espontânea e o que era pagamento de propina. Todavia, na sua avaliação, em torno de R$ 40 milhões daquele valor foi a título de propina”, aponta Janot.

Em um trecho do documento, o procurador cita dois ex-ministros dos governos petistas, Antonio Palocci e Erenice Guerra. Também menciona o assessor especial de Dilma, Giles Azevedo e a agência de publicidade Pepper, alvo da Operação Acrônimo – inquérito que tem como principal investigado o governador de Minas e ex-ministro Fernando Pimentel (PT).

“Relatou ainda Otávio Azevedo que Antonio Palocci e Giles Azevedo pediram que a Andrade pagasse diretamente a Pepper (agência de publicidade) uma dívida relacionada a dívida do PT na campanha de 2010. Palocci e Erenice Guerra também teriam atuado de forma decisiva no esquema ilícito relacionado a construção da Usina Belo Monte. Nessa obra, ficou acertado que a empresa pagaria, a título de propina, 1% dos valores recebidos, sendo 0,5% ao PT e 0,5% ao PMDB”, afirma Janot.

O procurador-geral aponta para a suposta participação do ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, e do ministro Ricardo Berzoini.

“Já em relação à campanha presidencial de 2014, Otávio Azevedo afirma que Edinho Silva pediu que a Andrade depositasse R$ 100 milhões, conforme havia deliberado o comitê da campanha. O montante sugerido por Edinho levava em consideração os diversos negócios mantidos entre a empresa e o Governo. Em outras palavras, estava claro que ambos os interlocutores que se tratava de valor arbitrado a partir dos lucros auferidos pela empresa, na lógica já defendida na reunião realizada entre o presidente do Grupo Andrade e o então presidente do PT, Ricardo Berzoini. Giles de Azevedo também teria pressionado a Andrade para pagamento.”

quarta-feira, 4 de maio de 2016

QUADRILHÃO - OBSTRUIR DÁ CADEIA, MADAME!

JANOT PEDE AO STF INQUÉRITO PARA INVESTIGAR DILMA POR OBSTRUIR A JUSTIÇA, O CRIME DE DELCÍDIO

Diário do Poder

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu que já há elementos suficientes para pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois serão investigados juntos, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Obstruir a ação da Justiça é um dos poucos crimes que dão cadeia na certa, no Brasil. O próprio senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS), que na ocasião era o influente líder do governo Dilma no Senado, foi preso em flagrante quando foi gravado tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava um acordo de delação premiada.

A investigação tem como base a delação de Delcídio e o imbróglio causado pela tentativa de Dilma indicar Lula para ministro-chefe da Casa Civil. Para que a presidente seja formalmente alvo de inquérito no STF, o procedimento ainda precisa ser autorizado pelo ministro Teori Zavascki.

Para os procuradores do grupo de Janot, a nomeação de Lula para o ministério fez parte de um "cenário" em que foram identificadas diversas tentativas de atrapalhar as investigações criminais da Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras.



Em parecer enviado ao Supremo, Janot diz que a decisão de Dilma (foto) de transformar Lula em ministro teve a intenção de "tumultuar" o andamento das investigações ao tentar retirar o caso do ex-presidente das mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

Esse entendimento foi reforçado após o vazamento de conversas telefônicas entre Dilma e Lula. Em uma delas, a presidente afirma que vai enviar o termo de posse com antecedência para que o petista use caso seja necessário.

Em sua delação, Delcídio também fez declarações nesse sentido. Ele citou como exemplo uma investida do Planalto sobre o Judiciário para influir nas investigações com a suposta indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.

A decisão de Janot de pedir uma investigação contra Dilma acontece no momento em que o Senado se prepara para votar o pedido de impeachment da presidente. Se o processo for aprovado pela maioria do plenário, Dilma ficará afastada do cargo por até 180 dias e o vice, Michel Temer, assume a Presidência no seu lugar.

Dilma, no entanto, continua com foro privilegiado até a análise sobre o processo que pede o seu afastamento ser concluída pelo Congresso. Por isso, a competência sobre os casos que envolvem Dilma permanece do Supremo.

No ano passado, Janot descartou a possibilidade de investigar a presidente mesmo após menção ao nome de Dilma por delatores da Lava Jato. Pela Constituição, alegou o procurador, não caberia uma investigação de presidente da República durante o mandato por atos alheios ao período e à função de presidente.

Lula
Nesta terça-feira, Lula foi denunciado pelo procurador-geral da República com base na delação de Delcídio. Ele e outras 29 pessoas também foram incluídos no principal inquérito da Lava Jato, conhecido como quadrilhão. Para Janot, a organização criminosa que atuou na Petrobras "jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dela participasse".