sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ALGUÉM ESTÁ MENTINDO, SERÁ O ELEITOR?

Por que será que inventaram mais uma novidade nessa eleição? A proibição do uso do celular. De acordo com o critério estabelecido, crimioso não é quem frauda a urna, mas quem tentasse comprovar uma eventual denúncia.

PSDB faz bem em pedir auditoria das urnas; é crescente a desconfiança de milhões de eleitores; descrença também reflete inconformismo com a reeleição de Dilma

Urna eletrônica: ela está sob suspeita; descrença se generaliza
Urna eletrônica: ela está sob suspeita; descrença se generaliza

Por Reinaldo Azevedo

O PSDB decidiu pedir uma auditoria nas urnas eletrônicas. Já há alguns dias estou para tratar do assunto aqui. Eis a melhor hora. Faz sentido cobrar a verificação? Faz, sim., e vou dizer por quê. Como nunca antes na história “destepaiz”, para citar o Babalorixá de Banânina, multiplicaram-se as denúncias e as suspeitas de ocorrências estranhas envolvendo as urnas eletrônicas. Digo com clareza o que penso: pessoalmente, não acredito na possibilidade de fraude. Pessoas tecnicamente competentes, que conhecem a área, me dizem que seria muito difícil isso acontecer — há quem sustente ser impossível. Sem entrar em minudências, digo que me deixei convencer. Mas também não posso ignorar algumas coisas.
Minutos depois de desligadas as urnas, recebi esta mensagem em meu celular. Apago o nome do emissor porque não lhe pedi autorização para divulgar a mensagem. Sugiro que ele procure a Corregedoria do TSE para relatar o episódio.
Recebi a seguinte mensagem em meu celular:

denúncia lacre
Transcrevo:
“Sou presidente de mesa numa seção do Mackenzie — ele se refere a uma escola do bairro de Higienópolis, em São Paulo. Acabo de ser orientado a não lacrar o disquete/mídia da urna. Na verdade, não tenho nem envelope para lacrar, como é de costume. Foi dito que é em função da urgência para a apuração; que vão recolher rapidamente os disquetes, antes mesmo de entregar os outros materiais aos fiscais, para que seja levada rapidamente para apuração. Pra que a pressa se o Acre leva ainda mais não sei quantas horas?”
Se o coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio, quiser mais dados, é só me procurar que eu os forneço. A não lacração, da forma como relata o presidente de mesa, poderia abrir caminho para alguma irregularidade? Não sei. É preciso verificar.
A fraude pode ser uma dessas lendas que surgem de vez em quando? É claro que sim! Feito a Loura do Banheiro que assediava crianças nas escolas. Reitero que tendo a não acreditar na fraude, mas é tal a quantidade de denúncias que alguma resposta precisa ser dada. Quando menos porque o eleitorado tem de acreditar na lisura do processo. Ou tenderá a se abster cada vez mais.
Uma coisa é fato: a descrença nas urnas não tem corte de escolaridade, de renda, de ideologia, de nada. É generalizada. Até compreendo os motivos. Nestes dias em que os anseios participativos estão aflorados, em que se fala até em democracia direta, o controle que a cidadania exerce sobre o sistema, convenham, é praticamente igual a zero. O tal sistema é obra para especialistas. Considerando que se trata de urna e eleição, não de uma usina nuclear, é justo que o eleitor queira saber mais a respeito.
Inconformismo
É claro que as múltiplas denúncias e a desconfiança inédita nas urnas refletem também o descontentamento de muitos milhões com o resultado da eleição, que deu a vitória a Dilma por pouco mais de três pontos. Há coisas interessantes em curso: já topei com pessoas, nesses quatro dias, que votaram na petista e se dizem agora arrependidas, mesmo com a onipresença da represidenta na televisão, em múltiplas entrevistas.
Que se faça a auditoria. Reitero que não tenho elementos para desconfiar das urnas, mas milhões de eleitores julgam ter, e eles merecem, sim, uma resposta.

Mais uma denúncia grave sobre as urnas, que chega com RG, CPF, nome e sobrenome


Recebo da leitora T. M. a seguinte mensagem. Leiam. Volto em seguida.
Prezado Reinaldo Azevedo,
eu voto no colégio Rio Branco, em frente e o Sion. Quando chegou minha vez de votar, no primeiro turno, a mesária me pergunta se eu já havia votado. Eu disse que não. Ela chamou o fiscal e me conduziu para a coordenadora-geral porque lá constava que eu já havia votado.
Sumiram com meu título eleitoral. No final, exigi 2a. via do meu título e certidão de quitação eleitoral, já que sou aposentada (ELA CITA O ÓRGÃO PÚBLICO PARA O QUAL TRABALHOU) e preciso da quitação, senão não recebo meus proventos.
Esperei por duas horas lá, até chegar minha segunda via e a quitação. E disse que eu só sairia de lá após ter votado.
Não sei como fizeram, mas o fiscal me conduziu à sala de votação e consegui votar. Tenho o comprovante da certidão de quitação eleitoral, datada do dia 05 outubro.
Esta é a prova.
É preciso sim, que o PSDB exija apuração das urnas.
Atenciosamente,
T.M
Voltei
T. M. manda nome, sobrenome, RG, CPF e órgão público do qual é aposentada. Eis aí um caso. Se ela estiver falando a verdade — e por que mentiria? —, a questão é grave. Se constava que ela já tinha votado, então o comando eletrônico do seu voto — o número que libera a urna — já tinha sido acionado. Como é que ele foi acionado uma segunda vez? O mesmo número, então, teria de permitir dois votos.
É evidente que isso tem de ser apurado. E com rigor. Os dados estão à disposição do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que cuida do assunto no PSDB.

UMA BABÁ MUITO SUSPEITA

Leiam o que informa a EFE.
*
A babá da família do ministro venezuelano das Comunas e Movimentos Sociais, Elías Jaua, foi liberada em São Paulo, após ser detida na sexta-feira com uma arma no aeroporto internacional de Guarulhos. Yaneth do Carmen Anza, de 39 anos, estava em prisão preventiva acusada de tráfico internacional de armas. Ela deixou a prisão na noite da quarta-feira, depois de a justiça aceitar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa, embora o processo continue em andamento.
O habeas corpus foi concedido pelo juiz de apelações José Lunardelli e a decisão deverá ser publicada na sexta-feira, embora já tenha sido cumprida, informou à Agência Efe na sala terceira do Tribunal Regional Federal de São Paulo. No recurso, a defesa de Anza alegou que a arma pertencia a Jaua, que estava no Brasil acompanhando sua mulher em um tratamento médico, e afirmou que o ministro pediu a babá que levasse uma mala de sua propriedade que continha documentos e uma arma, registrada em seu nome.
Segundo a defesa, embora Anza tenha sido alertada por Jaua que devia retirar a arma da mala antes de viajar, “o babá não a encontrou e, devido à pressa para os preparativos da viagem, se esqueceu de avisá-lo que não encontrou a arma e que viajaria com a mala como a encontrou”, assinalou o tribunal. Na segunda-feira, a juíza Gabriella Naves Barbosa, da quinta Sala da Justiça Federal da cidade de Guarulhos, ordenou a prisão preventiva da babá. Lunardelli argumentou que não há razões para manter a babá na prisão por possuir residência fixa, ocupação lícita e não ter antecedentes criminais.
Anza aguardará o julgamento em liberdade provisória e está obrigada a comparecer a todas as audiências do caso. Anza viajou de Caracas para São Paulo em um avião da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) e, quando as bagagens passaram pelo controle, os funcionários do aeroporto identificaram a arma e acionaram as autoridades. Jaua ocupou diversos postos no governo venezuelano nos últimos anos e, até ser designado ministro de Comunas e Movimentos Sociais, foi ministro das Relações Exteriores, em substituição ao atual presidente, Nicolás Maduro.

PARCERIAS PRÁ LÁ DE SUSPEITAS

Um dos trogloditas da Venezuela encarregados de descer o sarrafo no povo está no Brasil e firma “acordos” com o MST, com a anuência de Dilma e de Carvalho, o que não gosta da imprensa livre. Ah, sim: o cara é o ministro dos “movimentos sociais” daquele país, como Carvalhinho…

Por Reinaldo Azevedo
O jornalista Claudio Tognoli informa em seu blog blog que decidiu entrar no site do Ministério do Poder Popular para as Comunas da Venezuela, que é um dos aparelhos daquele país que organizam as milícias chavistas, aquelas que andaram matando estudantes e oposicionistas. E descobriu coisas interessantes.
Sabem quem está em visita oficial ao Brasil? Elías Jaua, que é um vice-presidente setorial (um cargo que existe por lá) do Desenvolvimento do Socialismo Territorial da Venezuela e titular do tal Ministério das Comunas. O governo bolivariano informa que, nesta terça, foi firmada uma série de acordos, em Guararema, entre o governo venezuelano e o MST nas áreas de treinamento e desenvolvimento da produtividade comunal. Vejam vídeo.

Segundo Jaua, os “acordos têm o objetivo de incrementar a troca de experiências e formação para fortalecer o que é fundamental numa revolução socialista, que é a formação da consciência e a organização do povo para defender suas conquistas e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.”
Ah, bom!!! Eu nem sabia que havia uma revolução socialista em curso no Brasil. Agora sei.
Deu para entender por que Gilberto Carvalho quer tanto os conselhos populares? Eis aí: depois de o chavismo — agora nas mãos de Nicolás Maduro — ter conduzido a Venezuela ao caos, chegou a hora de “trocar experiências” com o Brasil. Imaginem vocês se um líder de alguma ditadura de direita andasse por aqui a firmar convênios com grupos organizados da sociedade. Seria uma gritaria danada! Eu mesmo seria o primeiro a protestar. Mas, como se trata de uma ditadura de esquerda, bem, nesse caso, pode.
Quando se aponta a má intenção do Decreto 8.243, de Dilma, que será sepultado pelo Congresso, é evidente que não se trata de um delírio paranoico de reacionários, como quer fazer crer o sr. Carvalho. Nada disso! Atenção! A área dos chamados “movimentos sociais”, na qual se insere o MST, é da competência do ministro, e o troglodita venezuelano que veio para cá fazer proselitismo e acordos com o movimento certamente não está no país sem o seu estímulo e a concordância do governo Dilma.
Assim, o MST, um movimento fartamente financiado com dinheiro público, firma convênios obscuros — o que a Venezuela tem a lhe ensinar? — com um governo que mata seu próprio povo na rua. Vai ver os gloriosos seguidores de Stedile querem saber como é viver num país em que se racionam a comida e o papel higiênico.
É… faz sentido! Como entra menos, sai menos. Menos rango, menos consumo de papel. É uma piada!
A presença deste senhor no Brasil é a prova da falta de inocência do decreto do senhora Dilma Rousseff. Vai ser enterrado pelo Congresso. E, do modo como ela o quer, será enterrado quantas vezes for apresentado.
A Venezuela não é e não será aqui, represidenta!
Outra denúncia gravíssima no vídeo abaixo:

O PREÇO DA REELEIÇÃO - O MAIOR ROMBO DA HISTÓRIA

O governo Dilma Rousseff gastou além de sua arrecadação pelo quinto mês consecutivo, e o Tesouro Nacional agora acumula até setembro um deficit inédito em duas décadas. No mês passado, as despesas com pessoal, programas sociais, investimentos e custeio superaram as receitas em R$ 20,4 bilhões, o maior valor em vermelho já contabilizado em um mês. Com isso, o resultado do ano passou de um saldo fraco para um rombo de R$ 15,7 bilhões.

Em outras palavras, o governo federal teve, de janeiro a setembro, deficit primário, ou seja, precisou se endividar para fazer os pagamentos rotineiros e as obras de infraestrutura. Nas estatísticas do Tesouro, é a primeira vez que isso acontece por um período tão longo desde o Plano Real, lançado em 1994 -os dados anteriores são distorcidos pela hiperinflação e não permitem comparações apropriadas.

A deterioração das contas federais começou em 2012, quando o governo acelerou seus gastos na tentativa de estimular a economia, e o descompasso entre receitas e despesas se agravou neste ano eleitoral. As primeiras, prejudicadas pela debilidade da indústria e do comércio, tiveram expansão de 6,4% até o mês passado; as segundas, de 13,2%.

A escalada dos gastos neste ano é puxada pelos programas sociais -especialmente em educação, saúde e amparo ao trabalhador- e pelos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O desequilíbrio fiscal produziu um círculo vicioso na economia, ao elevar a dívida pública, alimentar o consumo e dificultar o controle dos preços. Com credores mais temerosos e inflação elevada, o Banco Central precisa manter juros altos, comprometendo ainda mais o crescimento da economia e a arrecadação.

Passadas as eleições, o mercado aguarda o anúncio de medidas para conter despesas e elevar receitas. As alternativas à disposição do governo, porém, não são animadoras. Cerca de três quartos do Orçamento são ocupados por pagamentos obrigatórios, como salários, repasses ao Sistema Único de Saúde, benefícios previdenciários e assistenciais. Por isso, as vítimas preferenciais dos ajustes são as obras públicas, das quais o país precisa para enfrentar as deficiências da infraestrutura.

Um aumento de impostos elevaria ainda mais a carga tributária do país, a mais alta do mundo emergente ao lado da argentina -e criaria um desgaste político adicional para uma presidente que acabou de passar por uma reeleição apertada.

(Folha de São Paulo)

ECONOMIA: PIOR QUE ESTÁ PODE FICAR

SEM MANTEGA E COM NELSON BARBOSA: DE MAL A PIOR

APÓS RECUSA DE BANQUEIROS, NELSON BARBOSA (FOTO) PODE SUBSTITUIR MANTEGA


Sondados, banqueiros recusaram a missão impossível de chefiar o Ministério da Fazenda de Dilma, e como Lula veta Aloizio Mercadante e Jaques Wagner, a opção pode ser pior: o ex-secretário-executivo Nelson Barbosa. Ele instituiu a fracassada “nova matriz econômica”, do início da era Dilma, provocando o desarranjo das contas públicas que ainda hoje atormenta autoridades econômicas e o Banco Central.
Nelson Barbosa tentou reinventar a roda, com um “novo equilíbrio macroeconômico” em lugar do tripé que prevalecia desde o Plano Real.
A ideia de Nelson Barbosa, de operar a economia com um câmbio mais desvalorizado e taxa de juros mais baixa, levou o País ao atual atoleiro.
No blog de Zé Dirceu, Nelson Barbosa criticou a visão “industrialista”, que preconiza câmbio lá em cima (desvalorizado) e os juros baixos. 

PSDB PEDE AUDITORIA DO PROCESSO ELEITORAL

O PSDB entrou nesta quinta-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de auditoria especial do resultado da eleição presidencial. Em nota divulgada à imprensa, o partido pede que o TSE crie uma comissão formada por integrantes dos partidos políticos para fiscalizar todo o processo eleitoral, desde a captação até a totalização dos votos.
O teor da nota é polido, como deve ser, talvez manso demais, mas espero que o acompanhamento seja firme. Confiram:
Foi com muita ansiedade que a nação brasileira aguardou o anúncio do resultado da eleição presidencial, em segundo turno, no último dia 26 de outubro. Enquanto aguardava, em todos os cantos deste país começaram a ser apresentadas denúncias sobre fatos ocorridos durante a votação, principalmente com relação à própria totalização dos votos.
Temos absoluta confiança de que o Tribunal Superior Eleitoral – TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral. Todavia, com a introdução do voto eletrônico, as formas de fiscalização, auditagem dos sistemas de captação dos votos e de totalização têm se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a não intervenção de terceiros nos sistemas informatizados.
Diante deste quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB decidiu apresentar ao TSE, no dia de hoje (30/10), um pedido de auditoria especial, por meio de uma comissão formada por pessoas indicadas pelos partidos políticos, objetivando a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral, iniciando-se com a captação do sufrágio, até a final conclusão da totalização dos votos.
Este pedido objetiva, acima de tudo, manter a confiança dos cidadãos brasileiros em suas Instituições e na nossa democracia, pois é este o elemento indispensável para que a legitimidade dos poderes constituídos seja preservada.
Reiteramos nossa confiança na Justiça Eleitoral. Portanto, o que pretendemos com essa medida judicial é garantir que todo e qualquer cidadão também possa ter a certeza de que nossos representantes políticos são, de fato, aqueles que foram escolhidos pelo titular da soberania nacional: o povo brasileiro.
*
A PETIÇÃO PARA RECONTAGEM DE VOTOS E AUDITORIA DA ELEIÇÃO CONTINUA COLHENDO ASSINATURAS.

CLIQUE AQUI.

MOVIMENTO "FORA DILMA!"

Toffoli entra na mira dos eleitores insatisfeitos

faixas

Leandro Mazzini, Coluna Esplanada

Um movimento ‘Fora, Dilma!’ iniciado nas redes sociais promete infernizar a vida da presidente Dilma e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro José Antonio Dias Toffoli.

O grupo, ainda não identificado, fixou duas faixas na manhã desta quinta-feira em frente ao Palácio do Planalto, pedindo o impeachment da presidente. Promete também levá-las para a frente do TSE.

Os eleitores insatisfeitos com o resultado da eleição ainda questionam, em fóruns nas redes ainda não divulgados, o perfil do ministro presidente do TSE. Ele foi advogado do PT e indicado por Lula para o STF. E este ano não fez o tradicional teste de segurança das urnas.

POLÊMICA DOS BUs

Desde domingo à noite, pipocam na internet cópias de Boletins de Urnas (BU) nos quais a presidente Dilma aparece com supostos votos computados antes das 7h. Mas nenhum dos BUs têm registro de horário de impressão para comprovar a suposta fraude.

Os Boletins de Urnas são impressos por mesários nas seções, por regra, após às 17h, findo o horário do pleito, e são afixados nas portas das mesmas. Antes da eleição, campanha de ONG nas redes sociais alertou os eleitores para tirarem fotos dos boletins.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DE MENSALÃO A PETROLÃO - A ERA DAS TREVAS

Joice Hasselmann e Augusto Nunes no Aqui entre Nós, da TVeja: ‘O que o PT precisa é de um controle policial da sigla’

Joice Hasselmann e Augusto Nunes comentam os fatos que anteciparam o início de 2015. 
A derrubada do decreto de inspiração bolivariana que transferia atribuições do Legislativo para “conselhos populares”, a convocação de ministros envolvidos no Petrolão, a insubordinação do PMDB, o renascimento da oposição combativa e os sinais de desconforto no PT avisam que Dilma Rousseff terá um segundo mandato bem mais complicado e turbulento que o primeiro. 
Apesar do emagrecimento da bancada companheira, a ala radical do PT insiste no “controle social da mídia” ─ que, segundo os colunistas de VEJA, deveria ser substituído urgentemente por um “controle policial da sigla”.

VERMELHOS E AZUIS ADERINDO À PAUTA DO LULA

O BRASIL NÃO ESTÁ DIVIDIDO ENTRE "NORTE" E "SUL", MAS ENTRE A LIBERDADE E A SUBMISSÃO

A imagem que está sendo estampada os jornais nos últimos dias. A quem interessa esse tipo de abordagem a não ser aos que estimularam o confronto, mais do que àqueles que cairam na artimanha diabólica que dividiu o Brasil?

Para quem pensa em separar, melhor olhar para o próprio quintal.


Separatismo é conversa de cretinos — não importa se vermelhos ou azuis

Essa conversa sobre separatismo no Brasil é asquerosa, é revoltante. Foi inventada por Lula, e, claro!, os porta-vozes do PT na imprensa logo aderiram à tese, atribuindo a adversários do PT o rancor separatista.
Ainda voltarei ao assunto, sim. Não! Não foram Norte e Nordeste que deram a vitória a Dilma porque há lá, se me desculpam a tautologia, muitos nortistas e nordestinos. A questão é de outra natureza: está relacionada à pobreza, que se concentra, como se sabe, no Norte e Nordeste do país — onde, de fato, está o maior número de pessoas atendidas pelo Bolsa Família. A questão é bem mais séria. Um programa social, que tem apenas o condão de tirar as pessoas da miséria e da indigência social e econômica, transformou-se numa máquina de produzir votos — e isso, sim, é imoral.
A população pobre, além de vítima das circunstâncias, não pode agora ser responsabilizada por um resultado eleitoral que eu também acho ruim para o Brasil. Vou escrever sobre tudo isso com mais vagar. De imediato, acho que é hora de a gente rechaçar essas teses de Nordeste contra Sudeste, não importa quem a advogue, sejam os petistas, obedecendo à orientação de Lula, sejam os seus adversários.
Aliás, Lula, ele mesmo, deveria ter vergonha de investir nessa história: afinal, é um nordestino que se tornou a maior liderança nacional no Sudeste. Durante um bom tempo, diga-se, ele despertava temores extremos justamente na população do… Nordeste!
Rebatam essa besteira. Esse negócio de falar em separatismo é um atentado à inteligência, ao bom senso e até à decência. Voltarei a esse assunto neste blog e falarei a respeito na minha coluna de amanhã, na Folha.
Quem fala em separar o Sudeste e o Sul do resto do Brasil, lamento!, não entendeu nada. Ao contrário: precisamos é somar esforços com os pobres do Brasil, do Nordeste ou não, para que eles se libertem da caridade que hoje os escraviza e os torna alvos fáceis do terrorismo de um partido político.
Por Reinaldo Azevedo

OS SANTOS DO PAU OCO ESTÃO F...ALINDO O BRASIL

Parabéns aos brasileiros que se consideram tão superiores que se recusaram a "sujar" seus dedos na urna. Seu protesto de araque é responsável pela continuidade disso que está aí, incompetência e corrupção.

" O eleitorado brasileiro é composto, neste 2014, de 142.821.348 pessoas. Logo, Dilma foi eleita por apenas 38% dos eleitores. Votaram em branco 1.921.819 pessoas (1,71%), e preferiram anular outros 5.219.787 (4,63%). Ocorre que um contingente gigantesco de 30.137.479 (21,1% do total) preferiram não comparecer às urnas. 

Vale dizer: 37.279.085 pessoas — quase a população da Argentina — preferiu não votar em ninguém. Estamos falando de mais de um quarto do eleitorado: 27,44%. 

Assim, temos uma presidente ungida com o voto da minoria do eleitorado."

Sinceramente, eu não consigo ter o menor respeito por quem fugiu à responsabilidade, mesmo que fosse para assumir seu compromisso com um desgoverno corrupto e fracassado. E foi no que deu. Quem não votou, evidentemente que contribuiu para a reeleição de uma figura comprovadamente medíocre.

MANIFESTANTES PEDEM IMPEACHMENT

Se as autoridades são omissas, que o povo exerça seus direitos
Se tivéssemos o mínimo de respeito às Leis, os adoradores da $eita só encontrariam seus ídolos no lugar onde devem estar todos os que cometem crime - na cadeia.

Atos organizados no Facebook pedem impeachment de Dilma

Revista Exame

A reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) tem motivado a mobilização, por meio das redes sociais, para protestos pedindo o impeachment da petista, com base nas denúncias de corrupção na Petrobras. As manifestações foram marcadas em São Paulo, Estado onde o adversário de Dilma, Aécio Neves, teve a segunda maior vitória: 64,31% dos votos válidos. Em Santa Catarina ele alcançou 64,59%.
*

Os noticiários das redes de TV, dependentes de concessões públicas, de financiamentos do governo para cobrir suas dívidas e de verbas da publicidade oficial, não mostram a reação da grande maioria do povo brasileiro, ou seja, dos quase noventa milhões de eleitores que não votaram na Dilma, mas são milhares de brasileiros que continuam nas ruas, agora exigindo o impeachment da presidente envolvida em escândalos e denúncias gravíssimas. Sem esquecer o crime eleitoral, comprovado em vídeo, do uso indevido dos Correios na sua campanha.

Tem gente mais importante e perigosa do PT na PAPUDA, que a Justiça funcione também quanto aos fatos que estão sendo investigados e contra os crimes eleitorais dessa senhora. E não venham acusar de golpe os que infernizaram o governo tucano com o "FORA FHC".

PERDEMOS GANHANDO

‘Todos precisam entender que ganhamos perdendo’

REYNALDO ROCHA
Oliver, não sou o menino da piada que, ao receber um pote de estrume como presente de aniversário, procura pelo cavalo. Mas queria compartilhar contigo algumas visões mais otimistas (realistas, penso eu) do que vivemos nestas eleições.
1 – Houve, sim, um movimento que esteve sufocado nos 12 últimos anos.
2 – O PT não mete mais medo. Eles  que estão com medo. A bolivarização do Brasil está muito mais distante do que há um ano.
3 – Há uma oposição. Saímos dos teclados. E mesmo nos teclados ganhamos novas companhias.
4 – Aprendemos a jogar o jogo deles. Aceitamos o Brasil dividido. Eles – que ganharam – rastejem em busca de tratamento para a fratura que provocaram.
5 – O PMDB não será mais o eterno sócio minoritário dos que detêm o poder. O PMDB tem faro aguçado. Que o PT não conte com a docilidade dos alugados de praxe. Não a terá.
6 – Prefiro os dez senadores atuais do PSDB (mais o Reguffe, do PDT) que aquela massa amorfa que nunca nos representou.
7 – Não há como evitar o esclarecimento do Petrolão. A história ainda está em seu começo. Alguém duvida que será maior que o Mensalão?
8 – Quem no PT tem formação acadêmica para ser ministro da Fazenda? Alguém com escopo para evitar o desastre?
9 – O PT vendeu em hasta pública tradicionais aliados como Sarney, Eduardo Cunha, Henrique Alves e Jader Barbalho. Terá troco?
10 – Quem imagina que as vozes das redes sociais serão silenciadas? Quem imagina que a derrota não fortaleceu a ira santa contra a seita?
11 – Gilberto Kassab será ministro? E Aloizio Mercadante? Faltará tema para que o PT se enferruje ainda mais aceleradamente?
12 – Quem disse que esqueceremos a Rosemary Noronha?
13 – E Lulinha? Quantos escândalos ainda estão por surgir? Quem acha que deixaremos de cobrar quem elegeu a presidAnta?
Como disse, o povo perdeu o medo do PT. E Lula, hoje, é só um doente, desequilibrado, desbocado e perdedor. Dilma ganhou a eleição (graças a João Santana). Lula perdeu. Perdeu em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Pernambuco. E mesmo em Minas Gerais (onde o PT ganhou) a cor da campanha de Pimentel era azul.
O que nos resta é entender ( Marina acertou ao menos uma vez) que perdemos ganhando. Veremos o apodrecimento progressivo desse infame projeto de poder.
E estarei por cá, lembrando nomes, sobrenomes, endereços e fatos que mostrarão que corpos podres desaparecem quando expostos ao sol.
A oposição aprendeu. Sobretudo, perdeu o medo de dar nome aos bois, vacas e mulas. Como a gente sempre fez.
Abraços. E vamos em frente!

CREDIBILIDADE DO TCU EM XEQUE

AROLDO CEDRAZ ASSUMIRÁ PRESIDÊNCIA DO TCU COM COLEGAS PREOCUPADOS



Negócios da Petrobras, sob investigação do Tribunal de Contas da União, serão analisados durante a gestão do futuro presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, a partir de dezembro. Vários ministros do TCU andam preocupados com as atividades de um filho advogado de Cedraz, Tiago, que atuou na venda de uma refinaria da Petrobras para empresário argentino por uma “taxa de sucesso” de US$ 10 milhões.
Tiago Cedraz admitiu ao jornal O Globo, há um ano, defender cerca de 150 processos no TCU, e garantiu que seu pai se daria por impedido.
Aroldo Cedraz entregou ao TCU uma lista de advogados, incluindo o filho Tiago, cujos processos se considera impedido de examinar.
A atuação do filho, apesar do impedimento de Cedraz, constrange até os ministros que têm o futuro presidente no TCU em alta conta. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

NADA DE RECONCILIAÇÃO, OU SEJA, SUBMISSÃO

Goooool do Brasil! É essa oposição que nós queremos! A que derruba decreto bolivariano na Câmara. E detona com Aloysio Nunes no Senado: “Não quero ser sócio de um governo falido, e nem cúmplice de um governo corrupto”Felipe Moura Brasil

Oposição derruba decreto
Eu havia anotado no Facebook na tarde de terça-feira:

Captura de Tela 2014-10-29 às 13.02.43
Mas, enquanto eu tentava descansar da cobertura eleitoral, a oposição deu sinal de vida.
Para desgosto do PT e de suas linhas auxiliares PSOL e PCdoB, além de parte do PROS (e da Folha de S. Paulo, parece), a Câmara dos Deputados derrubou o decreto bolivariano da presidente Dilma Rousseff, destinado a criar “conselhos populares” em órgãos da administração pública. O Senado ainda tem de avaliar o projeto de decreto legislativo para que a determinação do Planalto seja suspensa, mas o golaço está marcado.
Aécio Neves apontou o perigo durante a campanha:
“Me preocupa inclusive a criação desses conselhos, propostos pelo governo federal às vésperas das eleições, que na verdade buscam substituir em parte a responsabilidade e o poder do Congresso Nacional. São conselhos indicados pelo governo para ocupar o papel daqueles que são eleitos pelos cidadãos.”
A finalidade do decreto é “consolidar a participação social como método de governo” e sua definição de “sociedade civil” abrange “o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”, ou seja: os movimentos sociais controlados e financiados pelo PT. E quem seria a nobre alma dotada do poder de indicar os “integrantes da sociedade civil” para as instâncias de participação e definir a forma dessa participação? Ele mesmo: o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Ainda bem que o Congresso já o conhece.
Os três depoimentos abaixo foram certeiros.
Deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM e autor do projeto que susta o decreto:
[O projeto de Dilma] “Impõe, via decreto presidencial, um modelo de consulta à população que é definido pelo Poder Executivo. É uma forma autocrática, autoritária, passando por cima do Parlamento, do Congresso Nacional, da Casa do Povo, de estabelecer mecanismos de ouvir a sociedade.”
Deputado Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, para quem o decreto inverte a lógica da democracia representativa:
“Com esse decreto, a presidente Dilma quer que a escolha dos representantes do povo seja feita pelo governo do PT.”
Deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS:
“A oposição brasileira não concorda com esse decreto baixado pelo Poder Executivo em que traz os conselhos populares para determinar ao Executivo o que deve fazer. É o aparelhamento formalmente falando do petismo brasileiro através dos conselhos populares dentro do Poder Executivo.”
Eu assisti à votação ao vivo na TV Câmara e comentei em tempo real no Twitter as declarações dos governistas.
Meus destaques:
Captura de Tela 2014-10-29 às 14.15.39Captura de Tela 2014-10-29 às 14.17.36

E não poderia faltar a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ):
“Estou vendo uma certa alegria no Plenário pela possibilidade de derrotar o decreto, como se isso fosse uma derrota retumbante do governo, mas, depois da vitória retumbante da presidente Dilma, isso é uma coisa menor.”
Eu entendo que, como boa comunista auxiliar, Jandira não saiba vencer nem perder com educação. Mas retumbante, na verdade, foi o heroico brado da oposição na Câmara, mostrando que a suposta vitória nas urnas não é passe livre para a ditadura dos companheiros.
Captura de Tela 2014-10-29 às 14.46.20
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) já avisou: o decretão da Dilma não vai passar no Senado



Que o diga o líder do PSDB no Senado e candidato derrotado como vice de Aécio Neves, Aloysio Nunes, cujo discurso desta terça-feira na tribuna – este sim – representou os 50 milhões de eleitores que votaram pela mudança:
“Transformar as redes sociais em um esgoto fedorento para destruir adversários: foi isso que fizeram. Não diga a candidata Dilma que não sabia o que estava acontecendo. Todo mundo percebia as insinuações que fazia nos debates e os coros nos debates sociais, dizendo que o Aécio batia em mulheres, era drogado. Quem faz isso não tem autoridade moral para pedir diálogo. Comigo, não. Estende uma mão e, com a outra, tem um punhal para ser cravado nas costas.”
Aloysio também rechaçou a possibilidade de plebiscito para reforma política, como defendeu Dilma em seu discurso de vitória:
“Volta a cantinela da reforma política atropelando o Congresso Nacional. Vi declaração sua, senhor presidente (Renan). Vamos discutir reforma política, sim, mas primeiro concluir as investigações dos escândalos da Petrobras para não dizerem que existe corrupção na política porque faltam recursos de financiamento público para as campanhas.”
O senador disse ainda, como informa o Globo, que a presidente “injuriou” a corporação ao dizer que no tempo do Fernando Henrique todos os diretores da PF eram militantes do PSDB.
“E Vossa Excelência foi ministro da Justiça do PMDB. Como é possível exercitar a mentira com tanta desfaçatez? Quero dizer que, da minha parte, da nossa parte, nós não daremos trégua. Vamos cobrar cada uma das promessas, inclusive as que ela fez na área da segurança pública e não foram cumpridas nenhuma delas, em relação inclusive à PF e à Polícia rodoviária Federal. Não cumpriu nada em relação ao fundo penitenciário, fronteiras, reaparelhamento da PF. Nada. Eu fui pessoalmente agredido por canalhas escondidos nas redes sociais a serviço do PT, de uma candidatura. Eu devo essa satisfação às minhas famílias, amigo e à nação. Não faço acordo. Não quero ser sócio de um governo falido, e nem cúmplice de um governo corrupto.
Perfeito. É essa a oposição que nós queremos: atenta, combativa, intransigente e absolutamente consciente da perversidade dos que tentam destruí-la.



CONSELHOS À MODA CUBANA CRIARIAM UM EXÉRCITO DE DEDOS DUROS

A Dilma nem bem comemorou a vitória e já levou um chega pra lá na Câmara dos Deputados quando teve rejeitado o decreto presidencial que criaria os conselhos populares, núcleos, a exemplo dos que já existem em Cuba e na Venezuela, para vigiar vizinhos e manter o governo informado sobre prováveis conspirações. Além disso, teve que recuar da proposta de tentar fazer a reforma política por plebiscito quando levou outro chega pra lá do Renan Calheiros, presidente do Senado, que sugeriu fazer um referendo à população depois que as reformas forem discutidas e votadas no Congresso Nacional, local adequado para esse embate.
É assim que o Brasil vai caminhar nesses mais quatro anos sob o comando de uma presidente desinformada, desarticulada e fantoche do Lula que passa a exercer de fato o seu quarto mandato sem precisar ser votado. A Dilma é uma pessoa confusa, não consegue concluir um raciocínio, e quando sai do script é um Deus nos acuda. Veja o que ela disse no discurso que festejou a vitória: “Meu compromisso, como ficou claro (sic) durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma. Que deve ser realizada por meio de consulta popular. Como instrumento dessa consulta, o plesbicito”.
Dois dias depois, ela jogou a proposta no lixo depois da reação do parlamento de que isso era atribuição do Congresso Nacional. Sem convicção no que diz, incapaz de sustentar uma proposta política mesmo que polêmica, a presidente recua levianamente do que acabara de propor aos brasileiros. Ao contrário do que Lula apregoou durante a campanha de que a palavra leviana remeteria a “prostituta” para acusar o Aécio de ofensa à mulher brasileira, leviana, segundo Aurélio Buarque de Holanda, “é sem seriedade, inconstante”. E é isso o que a presidente do Brasil é: uma pessoa sem certezas políticas, sem determinação e despreparada para a função que exerce.
Ao propor a criação dos conselhos populares, o que seria mais uma sinecura petista, a exemplo do que já acontece na Venezuela bolivariana e na Cuba dos irmãos Castro com os conselhos da revolução, Dilma, orientada por Lula, pretendia institucionalizar a deduragem no país. Seriam espalhados conselhos petistas no país que trabalhariam como linha auxiliar dos órgãos da administração direta e indireta na criação de estruturas de participação social, um eufemismo para disfarçar a verdadeira função desses núcleos. Como as indicações seriam feitas pelo próprio governo,  pressupõem-se que esses cargos seriam ocupados por militantes que formariam um exército de dedos duros no Brasil. Ou seja, além do Bolsa Família, o PT também contaria com essas facções ideológicas para cooptarem votos numa eleição.
(...)

CAPITALISMO TUPINIQUIM



O socialismo que fracassou no mundo inteiro se consolida como o regime que satisfaz aos brasileiros que votam no PT, ou seja, aceitam a corrupção, mas recriminam quem produz; repudiam o capital privado porque o estímulo ao consumo e a carga tributária mais elevada do planeta garantem os cofres do governo sempre cheios para sustentar a "cumpanheirada" que ocupa os cargos públicos.

O caminho está aberto para a "partilha" (palavra bonita, né?) da propriedade privada e da renda do trabalhador com os que não trabalham (isso vai além do Bolsa Família, teremos a poupança fraterna, cujo projeto está pronto para ser levado adiante)

Tá bom assim?


Abaixo, importante matéria de Ricardo Amorim, Revista Isto É:

Segundo estimativas da empresa de pesquisa de mercado IHS iSuppli, os componentes de cada iPhone 5 de 16GB custam R$388,00 e sua montagem R$15,00, totalizando R$403,00. Ao conhecer esta informação, a maioria dos brasileiros tem dois tipos de reação. Uns ficam indignados com os lucros abusivos da empresa. Outros a defendem, apontando custos não computados, como distribuição e impostos, por exemplo. Portanto, os lucros seriam “normais”.

Efetivamente, no Brasil os impostos respondem por uma parcela significativa da diferença. O mesmo aparelho que é vendido por R$1.265,00 nos EUA, custa R$2.600,00 aqui. A maior diferença vem de impostos. No Brasil, ao comprarmos um iPhone, pagamos dois, um à Apple, outro ao governo.

Além disso, em nossa sociedade que demarca diferenças socioeconômicas pelos padrões de consumo, os consumidores dispõem-se a pagar preços que, em outros países, fariam o produto encalhar. Isto permite que as empresas tenham margens de lucro mais elevadas aqui.

Estas distorções não afetam apenas o preço do iPhone, mas de tudo que compramos aqui. Pelo preço de uma Ferrari 458 Spider no Brasil, compra-se o mesmo carro, um apartamento e um helicóptero em Nova York.

Devido ao péssimo uso dos recursos arrecadados, nossos impostos elevados causam-me particular indignação, mas outra distorção brasileira preocupa-me ainda mais. Associamos lucros a bandalheira e, portanto, margens de lucro altas precisam ser limitadas ou, no mínimo, justificadas.

Nos EUA, o iPhone que custa R$403,00 para ser produzido é vendido por R$1.265,00. Mesmo descontando impostos – ainda que menores do que os nossos – e outros custos, sobra à Apple uma margem de lucro gorda, explicando porque ela se tornou a mais valiosa companhia do planeta. Lá, lucratividade elevada é considerada mérito pelo trabalho bem feito, neste caso particularmente em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e marketing. Por aqui, o lucro é o capeta, razão de desconfiança e vergonha.

Se não mudarmos nossa mentalidade, o Brasil nunca será um país rico. Ou acabamos com as distorções de nosso modelo econômico ou seremos o país do futuro do pretérito. Ao contrário do que pensam muitos, a valorização do lucro não precisa ser antagônica à melhora do padrão de vida da população como um todo. Aliás, pode e deve ser exatamente o contrário, como provam os países nórdicos.

No Brasil, isto teria de começar por uma intromissão muito menor do Estado na economia. É na promiscuidade do público com o privado que surge a maioria das distorções que mancham a percepção da opinião pública brasileira quanto ao lucro. Em uma economia onde o Estado é onipresente, com frequência é mais lucrativo ser amigo do rei do que acertar as decisões empresariais ou inovar. A partir daí, lucro vira pecado.

Infelizmente, o contrário tem acontecido. Nos últimos anos, o montante de recursos que o Estado desvia da iniciativa privada através de impostos tem aumentado, assim como as intervenções na gestão de empresas públicas e privadas. Salta aos olhos o papel crescente do BNDES. Capitalizações com recursos públicos superiores a R$300 bilhões desde 2008 permitiram que ele se tornasse um acionista importante em várias grandes empresas brasileiras. Além do risco aos cofres públicos, este processo reforçou a percepção de que temos um capitalismo de compadres. Muda Brasil, enquanto é tempo.

Ricardo Amorim

Apresentador do Manhattan Connection da Globonews, colunista da revista IstoÉ, presidente da Ricam Consultoria, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e economista mais influente do Brasil segundo o Klout.com.

BANQUEIROS, ESPERANÇA E ESTELIONATO ELEITORAL

Mansueto Almeida

Hoje os jornais trazem uma lista de nomes possíveis para o ministério da fazenda, o que era esperado dado que o atual ministro da fazenda já foi demitido pela sua chefe atual, a presidente Dilma, e pelo seu ex-chefe, o ex-presidente Lula, e está em vias de se matricular, por sugestão da presidente Dilma, no PRONATEC.

O interessante da lista que circula nos jornais hoje são os nomes de banqueiros. Segundo o jornal Valor Econômico, o ex-presidente Lula fez três indicações para o cargo de ministro da fazenda: (1) Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, (2) Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, e (3) Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

O que se pode falar dos três nomes acima? Todos são competentes e estão à altura do cargo. Mas há um problema para os simpatizantes do PT explicarem: os três representam um grande estelionato eleitoral.

Trabuco e Meirelles fazem parte do seleto grupo que, nas propagandas do PT, fumava charuto e ria sobre a proposta de independência do Banco Central, enquanto a comida desaparecia da mesa dos mais pobres. Será interessante ver a presidente nomear qualquer um dos dois que são banqueiros e têm carreira como altos executivos de instituições financeiras privadas.

A terceira opção, Nelson Barbosa, não é banqueiro e participou do governo Dilma como o secretário executivo do Ministério da Fazenda até 2013. Dos três nomes acima seria o único que poderia obedecer a presidente Dilma. Os outros dois são ricos e não se curvariam a vontade da presidente eleita. Mas aqui há outro problema.

Nelson, desde que saiu do Ministério da Fazenda, tem sido muito claro nas suas palestras sobre o que o próximo governo, que agora sabemos que é o atual, deverá fazer para recuperar o superávit primário. Na lista entram aumento da TJLP, redução dos empréstimos do Tesouro para bancos púbicos, extinção ou revisão do abono salarial, revisão do sistema de pensões, aumento da CIDE e IPI, etc.

Apesar de Nelson não ser banqueiro, o seu conjunto de políticas, em especial a redução dos empréstimos para bancos púbicos, aumento da TJLP, além da revisão do seguro desemprego e o fim do abono salarial, são sim medidas que são o oposto daquelas que a presidente prometeu ao longo da sua campanha. A presidenta sempre prometeu não apenas manter como ampliar os subsídios.

Infelizmente, os cenários possíveis não agradarão a todos. A nomeação de qualquer um dos candidatos acima representará uma forte guinada no discurso de campanha – um típico estelionato eleitoral. A campanha da presidente Dilma ficaria com a indesejada fama de ter enganado duplamente o seus eleitores – enganou quando não discutiu as reformas que faria e enganou quando demonizou os candidatos de oposição quando os mesmos mostravam a necessidade de ajustes.

O outro cenário, a nomeação de alguém muito próximo a presidente Dilma, como o governador da Bahia Jacques Wagner para ministro da fazenda, teria o fato positivo de ir ao encontro da sua propaganda eleitoral, mas o fato negativo que não acalmaria o mercado e poderia acelerar o nosso rebaixamento pelas agências de risco e problemas adicionais como inflação elevada, juros altos, etc. A não ser que Jacques Wagner montasse um “dream team” econômico na linha do que fez o ex-ministro Antônio Palocci no primeiro governo Lula. Mas neste caso o ministro seria da casa, mas os formuladores da politica econômica de fora. Novamente, estelionato eleitoral.

Pode parecer paradoxal, mas a única forma de o segundo governo Dilma começar bem é se houver um claro estelionato eleitoral e todos nós soubermos que o ex-presidente Lula terá mais influência do que realmente teve no primeiro mandato da presidente Dilma. Mas e o estelionato eleitoral? Se a economia se recuperar e o Brasil voltar a crescer, os eleitores esquecerão rapidinho o estelionato eleitoral, mas não a oposição.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

PLEBISCITO DA DILMA

Plebiscito da Dilma: "você apoia a proposta do PT ou quer perder a Bolsa Família?"

Coturno



Ontem Dilma disse que quer fazer o plebiscito sobre reforma política porque recebeu milhões de assinaturas de entidades e movimentos sociais. Entre os quais a CNBB que manda índio invadir fazenda produtiva incentivando conflitos; o MST que invade terras tituladas e destrói plantações;a OAB que nega registro de advogado para Joaquim Barbosa: a UJS que invade de depreda a sede da Veja; e por aí vão os apoios que se completam nos blogs sujos, nas mídias ninjas e nos coletivos de vagabundos que sugam os cofres públicos.

Qualquer plebiscito de Dilma e de PT será semelhante ao que se viu na campanha eleitoral que reelegeu a presidente tendo como base a mentira, a calúnia, o ataque à honra de gente decente e, especialmente, o uso do medo como estratégia para escravizar o voto dos humildes e dos que dependem dos programas sociais do governo. Qualquer plebiscito de Dilma e de PT terá uma única pergunta: "você apoia a nossa proposta ou quer perder a Bolsa Família?". Foi assim que eles venceram as eleições, é assim que eles querem derrotar a democracia representativa e destruir o Congresso Nacional.

ÁGUA E AZEITE

José Maurício de Barcellos

Lanço um repto. Duvido que exista uma só pessoa adulta neste Brasil, homem ou mulher que, nestes últimos doze anos, tenha deixado de tomar conhecimento de pelo menos um fato comprovado relativo a desmandos, roubos e achaques aos cofres públicos, por parte dessa gente de Lula e Dilma, que está no governo. Quem em sã consciência pode dizer que desconhece o quanto o PT corrompeu a máquina pública?
Diante disto, pergunta-se: O que levou, então, uma maioria de eleitores a escolher no último pleito eleitoral, dentre tal gente, uma pessoa em tudo e por tudo despreparada, com um passado desonroso e que trouxe o País para um pré caos?
Certamente que Dilma não foi reeleita em virtude de suas qualidades pessoais. É claro que não. Até entre seus correligionários, jocosamente, ficou conhecida como uma presidente “anta” ou “presidanta”. Seus pensamentos, e as frases que ela constrói, com extrema dificuldade para expor os primeiros, são risíveis e, na maioria das vezes, incompreensíveis. Pensa mal e se expressa pior ainda.
Sua presença não inspira senão desconfiança, ambiguidade, nenhuma segurança transmite. Não tem carisma e numa primeira impressão pessoal deixa transparecer antipatia e arrogância. Sua postura toca o limite do grotesco e está sempre deixando se antever um comportamento deselegante, grosseiro, ou falta de compostura ao falar.
Como pode uma pessoa desse jaez, que nunca consolidou carreira política alguma, apresentada ao País como uma marionete de um chefe inescrupuloso, lograr que cinquenta milhões de eleitores sufragassem seu nome? Se não foi pelos atributos pessoais, Dilma foi reeleita por quê? Porque atingiu a faixa mais medíocre da população?
Além deste fator, Dilma foi reeleita principalmente porque a fantástica máquina partidária que a mantém no poder, em troca da licença para roubar a vontade, tomou conta dos cofres do Brasil e com o dinheiro de lá desviado, arquitetou o maior esquema de compra indireta de votos que país algum, no mundo, jamais viu. É só por isto.
Os denominados programas sociais do atual Governo da União e outros que tais não têm diferente finalidade além de viabilizar a presença do PT no poder, porém isso não é o pior. O pior é que a perpetuação dessa camarilha vermelha objetiva tão somente a “cubanização do Brasil ou a implantação aqui de um “bolivarianismo tupiniquim”.
A esta altura dos acontecimentos, figuras abjetas e repugnantes que restaram conhecidas como o “Garcia Top… Top…”, como o “Arauto Gilberto” e como o “Enrustido F. Martins”, além do “Falcão com cara de D’Angola”, estão se “lavando em água de rosas”, mas advirto, considerando o que há de advir com os escândalos do Petrolão, a reeleição de D. Dilma abreviou em muito o fim da horda de malfeitores que tomou a Nação de assalto. Nada perdem por esperar.
Essa turma bem sabe disso e teme o que poderá acontecer num futuro próximo. Não é por outro motivo que agora que foram bem sucedidos, por conta de suas artimanhas e golpes eleitoreiros, covardemente pretendem usar o poder que desfrutam para afastar o nascimento de uma oposição mais renhida, ou como afirmam com eufemismo: “querem unir o povo”. Para tanto diz agora, também, a presidente Dilma que vai apurar – mercê de um sovado “doa a quem doer” – os roubos na Petrobrás. Vai apurar agora? Agora que a polícia já bateu em cima e que o Ministério Público colocou tudo a nu é que ela vai apurar? E antes não fez por quê? Nem mesmo um dos principais envolvidos no esquema de achaque aos cofres da Petrobrás, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, foi exonerado ainda do Conselho de Administração da Itaipu binacional. Tudo me soa como preparativo de se armar um grande conchavo no Parlamento, nada mais.
Ponderem, a união que dizem pretender não é aquela decorrente do dever cívico de se acatar o resultado das urnas pelos vencidos, nem pelo respeito à vontade da minoria pelos vencedores. Quem pode ter essa pretensão é a oposição, e reúne todas as condições para fazê-lo. Espero que faça. Auguro que cumpra o seu papel.
Unir de que jeito? Toda a proposta do PT, tudo quanto ele pretendeu foi dividir este País por classe, por cor, por diferença social. Pregou a divisão, dissimulou a discórdia e incentivou a cizânia, bem como a revolta entre os desiguais e agora quer unir o quê?
O País está dividido e por culpa deles, ou seja, dessa gente ignóbil, incensadores de mensaleiros. Os outros cinquenta milhões que não votaram na D. Dilma e nem na sua turma de larápios, não têm porque a àqueles se unirem, nem agora, nem nunca. São como água e azeite, não se misturam e devem, ante a gravidade e a procedência das denúncias oriundas do Petrolão, lutar pelo impeachment da atual presidente. É o que sustento e é o que prego, porque este Brasil merece que continuemos a lutar por ele.
Jose Mauricio de Barcellos, ex Consultor Jurídico da CPRM/MME é advogado.