quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LULA, O REI DE BANÂNIA, RESOLVE PATRULAR SHEHERAZADE

Por Reinaldo Azevedo

Vejam um vídeo com um comentário da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. Volto em seguida.
Na terça-feira, o ex-presidente Lula almoçou com a bancada do PTB. Com aquele seu estilo muito característico, disse que vai reeleger Dilma em 2014. O homem toma o lugar do eleitorado sem nenhuma cerimônia. E avisou que está se preparando para 2018 se for preciso. Em novo almoço nesta quarta, no Senado, embora em certo tom de pilhéria, repetiu que se apresentará, sim, daqui a cinco anos caso encham o seu saco. Que se entenda: para “encher o saco” do Apedeuta, basta existir alguém que lhe faça oposição. Mas voltemos àquele encontro com o PTB. A parte mais significativa foi outra.
Segundo informou Lauro Jardim no “Radar”, Lula fez outras considerações. Transcrevo em vermelho:
Na conversa, dedicou-se também a um dos seus esportes favoritos, descer a borduna na imprensa, a qual chamou de despreparada e parcial em relação aos políticos. Contou que recentemente assistia TV e, ao zapear, parou no SBT. Sem dar nomes, diz que viu uma jornalista de “vinte e poucos anos” criticar pesadamente o governo e os políticos. Em sua avaliação, as críticas não tinham embasamento algum.
Retomo
Todo mundo entendeu. Lula só poderia estar se referindo a Rachel Sheherazade, âncora do SBT Brasil. Este senhor sabe que suas opiniões, diatribes e acusações acabam vazando. Não satisfeitos em manter com dinheiro público uma rede de difamação na Internet, parece que os petistas agora decidiram que é chegada a hora de apontar o dedo contra os profissionais. Sei bem do que estou falando, hehe…
Sheherazade não se ajoelha no altar do politicamente correto nem recita a cartilha do “partido” em seus comentários. É dona de suas opiniões. Não é uma legião que fala em seu lugar. E isso, definitivamente, a muitos parece insuportável. O homem mais poderoso do Brasil — sim, é Lula — resolve se insurgir contra a âncora de um programa jornalístico. Trata-se de um absoluto despropósito. Mais um vídeo:
“Opiniões polêmicas”
Aqui e ali, sites e blogs que reproduziram a nota de Lauro Jardim aproveitaram para classificar as opiniões de Sheherazade de “polêmicas”. Soubessem a origem da palavra, poderiam estar dizendo a verdade. Ocorre que se empresta à dita-cuja o sentido de “coisa exótica”, que está fora dos parâmetros, dos cânones ou do decoro.
E, nesse caso, não há nada de polêmico no que diz a jornalista. Ela só não segue a manada. Celerados invadem um laboratório de pesquisas para resgatar animais? Em vez de fazer média, ela diz na TV que isso é inaceitável. Baderneiros saem quebrando tudo por aí, ela afirma que assim não pode ser. O assunto é Bolsa Família? Ela pensa que um país cresce mesmo é com trabalho.
Afinal de contas, o que há de tão “polêmico” nisso? Parece que o seu pecado é se negar a endossar falsos consensos.
Absurdo!
As TVs, no Brasil, não é segredo pra ninguém, são, no geral, governistas — pouco importando o regime ou o governo. Há razões para ser assim, mas não entro nelas agora. As opiniões de Sheherazade, com a clareza com que as emite (e ninguém precisa gostar delas), são um das poucas exceções dentro da regra. E notem: não é que ela seja antigovernista. O que andei vendo na Internet revela apenas alguém que não pede licença a milicianos do politicamente correto.
Mas Lula já resolveu se comportar como uma espécie de dedo-duro. Espero que Sheherazade não se intimide e continue a dizer o que pensa. E torço para que o SBT não se deixe patrulhar por Lula. Encerro com mais um vídeo.

CENSURA DECLARADA, TOTAL DESRESPEITO À LIBERDADE DE OPINIÃO


Quando não conseguem corromper ou calar um jornalista, vai na marra.
*
Ativistas pedem em abaixo-assinado saída de Rachel Sheherazade do SBT 
(tentem adivinhar quem deu ordens para perseguir a jornalista)

Âncora do 'SBT Brasil' recebeu críticas do ex-presidente Lula e de executivos da Jaquiti Cosméticos

Tribuna Hoje

Depois de ser criticada pelo ex-presidente Lula e por executivos da Jequiti Cosméticos, a jornalista Rachel Sheherazade, âncora do "SBT Brasil", não está agradando em nada os ativistas que defendem os direitos dos animais.

Está correndo na internet um abaixo-assinado que pede uma retratação pela opinião de Rachel sobre o Instituto Royal, onde ela, segundo os ativistas, defendeu o uso de animais em testes com cosméticos.

"Punição legal, retratamento (sic) em rede nacional e retirada do SBT da jornalista Rachel Sheherazade. Solicitamos em caráter ético e moral, que a jornalista Rachel Sheherazade receba as devidas punições da promotoria pública, que regem e garantem a efetivação das leis, da justiça e da ética, diante das falas e opiniões que ela vem emitindo em rede nacional, a favor dos atos de crueldade vivenciados na sociedade e se posicionando contra pessoas que defendem as leis contra a crueldade com animais", diz a chamada do abaixo-assinado.

Até o fechamento desta matéria, cerca de 3.650 pessoas já assinaram o documento, que deverá ser entregue para o Ministério Público e para o SBT. Nas redes sociais, muitos apoiam a iniciativa. Outros, porém, dizem que o abaixo-assinado fere o direto à liberdade de expressão.

Até o momento, tanto a jornalista Rachel Sheherazade quanto o SBT não falaram sobre o documento.

PARCERIA HADDAD & DILMA/ KASSAB - Haddad deu cargo a auditor preso por corrupção

Por Felipe Frazão, na VEJA.com:

O auditor tributário Ronilson Bezerra Rodrigues, preso nesta quarta-feira sob acusação de integrar um esquema de desvio de até 500 milhões de reais na prefeitura de São Paulo, foi nomeado em fevereiro deste ano para comandar a diretoria administrativa e financeira da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa que gerencia o sistema de ônibus na capital paulista.
Rodrigues foi subsecretário de Receita Municipal na gestão Gilberto Kassab (PSD) e foi investigado pela então Corregedoria-Geral do Município, que recebeu uma denúncia anônima de que ele operava um esquema de fraudes na cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS). Na atual gestão, também foi alvo das investigações da nova Controladoria-Geral do Município, que suspeitou de sua evolução patrimonial.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo, em nota oficial, confirma que Rodrigues foi ouvido pelo ex-corregedor Edilson Bonfim sobre as acusação e afirma que “o servidor foi nomeado para cargo na SPTrans no início de 2013, antes da realização da análise patrimonial e da suspeita de enriquecimento ilícito. A partir de março, com o início da operação conjunta MP-CGM, o funcionário passou a ser monitorado e ficou decidido que sua exoneração, naquele momento, poderia ‘alertar’ o suspeito a respeito da investigação ou modificar a conduta dele ou da quadrilha. Sua saída do cargo em 2 de junho foi articulada de forma a evitar vazamento interno ou externo da investigação.”
Exonerado do cargo ao término da administração Kassab, Rodrigues ficou na SPTrans durante a gestão Haddad de fevereiro a junho deste ano. Ele é servidor de carreira da prefeitura, lotado na pasta de Finanças, e só pode ser demitido após processo disciplinar.
Ex-secretário de Finanças de Kassab, Mauro Ricardo Costa afirmou que Ronilson Rodrigues foi exonerado do cargo de subsecretário por “insubordinação”. “Ele passou a faltar nas reuniões, deixou de cumprir ordens nossas”, disse Costa. “Eu o chamei para conversar e ele me disse que não confiava mais na nossa gestão porque estávamos desconfiando dele, porque ele estava sendo investigado. Disse que estava revoltado.”
A gestão Haddad afirma que a investigação sobre a evolução patrimonial de Rodrigues e outros três servidores começou há cerca de sete meses. O controlador-geral da cidade, Mário Spinelli, porém, admitiu nesta tarde que tinha conhecimento do interrogatório do auditor no ano passado. O Ministério Público disse ter sido acionado apenas neste ano.
Fraudes
O esquema de desvio de verbas operado por quatro servidores da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo na gestão Kassab concedia descontos de até 50% no pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) a empreiteiras. De acordo com a investigação do Ministério Público, os servidores presos montaram também empresas de fachada para receber propina.
A fraude consistia em cobrar das companhias do ramo imobiliário um valor “ínfimo” na guia do ISS e emitir para as imobiliárias o certificado de pagamento da taxa, documento necessário para obtenção do “Habite-se”. Assim, além de conseguir o alvará para ocupação dos imóveis construídos, as construtoras pagavam somente a metade do que deveria. O restante era depositado na conta das empresas fantasmas, de titularidade dos auditores fiscais de carreira na prefeitura.

Lula, o Bolsa Família, os detalhes de uma farsa e uma falha escandalosa da imprensa

Por Reinaldo Azevedo

Já expus a questão aqui algumas vezes. Mas que se volte ao ponto, ué, se isso se mostra necessário. O governo Dilma promoveu nesta quarta uma cerimônia de comemoração dos 10 anos do “Bolsa Família”. Em si, já se trata de uma fraude. 
As práticas reunidas sob a rubrica “Bolsa Família” estavam em curso no governo FHC. 
O que o petismo fez foi reuni-las, o que, no caso, foi uma boa medida. Mas não criou nada. O convidado de honra do evento foi Lula. Falou, como de hábito, pelos cotovelos. Disse que são preconceituosos os que afirmam que os pobres recorrem ao Bolsa Família porque não querem trabalhar. Mas esperem aí: quem acha? Quase ninguém, que se saiba!
Afirmou o ex-presidente:
“O que essa crítica denota é uma visão extremamente preconceituosa no nosso país. Significa dizer que a pessoa é pobre por indolência, e não porque nunca teve uma chance real em nossa sociedade. É tentar transmitir para o pobre a responsabilidade pelo abismo social criado pelos que sempre estiveram no poder em nosso país”.
Que coisa! Já demonstrei aqui dezenas de vezes que o primeiro a dizer que os programas de bolsas deixavam os pobres vagabundos foi Lula. 
E o fez de maneira explícita, arreganhada. No vídeo abaixo, ele aparece em dois momentos: exaltando o Bolsa Família, já presidente da República, e no ano 2000, quando chamava os programas de assistência direta (como o Bolsa Família) de esmola. Vejam.
Pobre vagabundo
Mas foi bem mais explícito. Nos primeiros meses como presidente, Lula era contra os programas de bolsa que herdou de FHC. Ele queria era assistencialismo na veia mesmo, distribuir comida, com o seu programa “Fome Zero”, uma ideia publicitária de Duda Mendonça, que ele transformou em diretriz de governo. Deu errado. O Fome Zero nunca chegou a existir.
Já demonstrei isso aqui. No dia 9 de abril de 2003, com o Fome Zero empacado, Lula fez um discurso no semiárido nordestino, na presença de Ciro Gomes, em que disse com todas as letras que acreditava que os programas que geraram o Bolsa Família levavam os assistidos à vagabundagem. Querem ler? Pois não!
Eu, um dia desses, Ciro [Gomes, ministro da Integração Nacional], estava em Cabedelo, na Paraíba, e tinha um encontro com os trabalhadores rurais, Manoel Serra [presidente da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura], e um deles falava assim para mim: “Lula, sabe o que está acontecendo aqui, na nossa região? O povo está acostumado a receber muita coisa de favor. Antigamente, quando chovia, o povo logo corria para plantar o seu feijão, o seu milho, a sua macaxeira, porque ele sabia que ia colher, alguns meses depois. E, agora, tem gente que já não quer mais isso porque fica esperando o ‘vale-isso’, o ‘vale-aquilo’, as coisas que o Governo criou para dar para as pessoas.” Acho que isso não contribui com as reformas estruturais que o Brasil precisa ter para que as pessoas possam viver condignamente, às custas do seu trabalho. Eu sempre disse que não há nada mais digno para um homem e para uma mulher do que levantar de manhã, trabalhar e, no final do mês ou no final da colheita, poder comer às custas do seu trabalho, às custas daquilo que produziu, às custas daquilo que plantou. Isso é o que dá dignidade. Isso é o que faz as pessoas andarem de cabeça erguida. Isso é o que faz as pessoas aprenderem a escolher melhor quem é seu candidato a vereador, a prefeito, a deputado, a senador, a governador, a presidente da República. Isso é o que motiva as pessoas a quererem aprender um pouco mais.
Notaram a verdade de suas palavras? A convicção profunda? Então…
No dia 27 de fevereiro de 2003, Lula já tinha mudado o nome do programa Bolsa Renda, que dava R$ 60 ao assistido, para “Cartão Alimentação”. Vocês devem se lembrar da confusão que o assunto gerou: o cartão serviria só para comprar alimentos?; seria permitido ou não comprar cachaça com ele?; o beneficiado teria de retirar tudo em espécie ou poderia pegar o dinheiro e fazer o que bem entendesse?
A questão se arrastou por meses. O tal programa Fome Zero, coitado!, não saía do papel. Capa de uma edição da revista Primeira Leitura da época: “O Fome Zero não existe”. A imprensa petista chiou pra chuchu.
No dia 20 de outubro, aquele mesmo Lula que acreditava que os programas de renda do governo FHC geravam vagabundos, que não queriam mais plantar macaxeira, fez o quê? Editou uma Medida Provisória e criou o Bolsa Família? E o que era o Bolsa Família? A reunião de todos os programas que ele atacara em um só. Assaltava o cofre dos programas alheios, afirmando ter descoberto a pólvora. O texto da MP não deixa a menor dúvida:
(…) programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação – “Bolsa Escola”, instituído pela Lei n.° 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação – PNAA, criado pela Lei n.° 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde – “Bolsa Alimentação”, instituído pela medida provisória n.° 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto n.° 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto n.° 3.877, de 24 de julho de 2001.
Compreenderam? Bastaram sete meses para que o programa que impedia o trabalhador de fazer a sua rocinha virasse a salvação da lavoura de Lula. E os assistidos passariam a receber dinheiro vivo. Contrapartidas: que as crianças frequentassem a escola, como já exigia o Bolsa Escola, e que fossem vacinadas, como já exigia o Bolsa Alimentação, que cobrava também que as gestantes fizessem o pré-natal! 
Esse programa era do Ministério da Saúde e foi implementado por Serra.
E qual passou a ser, então, o discurso de Lula?
Ora, ele passou a atacar aqueles que diziam que programas de renda acomodavam os plantadores de macaxeira, tornando-os vagabundos, como se aquele não fosse rigorosamente o seu próprio discurso, conforme se vê no vídeo.
A imprensa
Notem: o que vai acima não é uma invenção minha. Lula efetivamente achava que políticas assistenciais viciavam os pobres e corrompiam suas respectivas consciências. Lula efetivamente achava que os programas que resultaram no Bolsa Família desestimulavam a plantação de macaxeira… Se alguém achava que um assistido pelo benefício se tornava vagabundo, esse alguém era… Lula!
Não obstante, ele é convidado para o aniversário do programa, faz proselitismo da pior espécie e é poupado de seu próprio passado e de suas próprias palavras.

GOVERNO ATUA PARA BARRAR CPI QUE INVESTIGARIA GASTOS DA COPA

Nada de CPI

Maracanã: um estádio bilionário
Maracanã: um estádio bilionário
O Palácio do Planalto entrou em ação para tentar barrar a CPI da CBF – chamada assim pelo senador Mário Couto, que colheu as assinaturas necessárias para a sua criação, mas que, na verdade, é para investigar os gastos com estádios da Copa 2014.
Senadores que assinaram o requerimento estão recebendo telefonemas de governadores e de ministros pedindo que retirem suas respectivas assinaturas do documento.  Pelo tamanho da pressão, a tendência é a de que o Planalto tenha êxito.
Por Lauro Jardim

É PRECISO QUE AS RUAS SEJAM DEVOLVIDAS AOS SEUS VERDADEIROS DONOS

Reynaldo-BH

Bandidos! Na fantasia de mascarados, na covardia de não assumirem as identidades, no método e principalmente no ROUBO das ruas que nunca foram deles. Instrumentalizados desde o início. Não podemos esquecer que o tal Movimento Passe Livre, quando da primeira manifestação dirigida ao Governo Alckmin, usou punks para barbarizar e aterrorizar a população. O estratagema foi admitido pelos tais líderes do MPL.
Daí ao próximo passo, o caminho foi curto. Saem os punks e entram os bandidos covardes de cara tampada.
O ROUBO das ruas – que em junho e julho foram do povo – é mais um dos cometidos pelos nazifascistas da Era da Mediocridade. No Rio de Janeiro, atacam Sérgio Cabral e esquecem que as obras da Copa são de responsabilidade do governo federal.
Em São Paulo, voltam às ruas contra Alckmin e elogiam Haddad pelo aumento extorsivo do IPTU que – será promessa? – financiará para todos o passe livre em ônibus, trens e metrô na maior cidade da América Latina. Como se alguma conta pudesse suportar esta ridícula proposição.
Que fique claro: estes bandidos de preto, covardes com as caras cobertas são animais numa manada sem vontade própria nem capacidade de ruminar ideias. São frutos diretos (e diletos) do aparelhamento das manifestações por parte de quem era alvo das mesmas.
Não são contra o estado. São contra Estados da federação que são governados por partidos de oposição. Escolhem alvos secundários em substituição aos verdadeiros responsáveis. Alteram as palavras de ordem.
O povo nas ruas não pediu passe livre em transportes. A palavra de ordem era: “Não é pelos R$ 0,20!”, lembram-se? As manifestações eram contra a impunidade dos mensaleiros, pelo fim da ameaça ao Ministério Público, pela exigência de escolas e hospitais minimamente decentes e pela mudança do que vivemos.
A tentativa primeira (e primária) de se apoderar do movimento por parte do lulopetismo, resultou na expulsão sumária destes manifestantes. Na queima de bandeiras. No nojo declarado e explicitado.
A segunda tentativa está em curso e parece ter funcionado. Atemorizar o cidadão, tirando-o das ruas e das manifestações.
É preciso dar o nome às mulas desta carroça de criminosos. Além da violência física, da agressão vulgar, do vandalismo (que se transforma em furto de lojas), há o ROUBO das ruas. A violência maior.
Devolvam nossas ruas, bandidos mascarados. Juntem-se aos bandidos sem máscaras. Vão para as ruas, mas no subsolo das mesmas.
A terceira tentativa é buscar um cadáver. De preferência em SP, para que o Estado (e a PM) seja estigmatizado como selvagem e assassino. Pouco importa quem seja o assassinado. Contanto – na covardia que demonstram – não seja um deles. De preferência, um popular qualquer, um cidadão sem culpa. São bandidos. E covardes.
Não prego a violência em resposta à violência. EXIJO a aplicação da lei. Sem que a OAB vá defender bandidos em nome sabe-se lá de quê. Que o Ministério Público se lembre que o POVO foi às ruas para garantir a independência do Parquet Público e este não está usando a mesma para o que dele se espera.
Que a imprensa PARE de chamar bandidos de “vândalos” ou de “manifestantes”. São BANDIDOS. Em defesa do MEU DIREITO de manifestação, é preciso que as ruas sejam devolvidas aos verdadeiros donos: NÓS!

DILMA FINGE QUE ALGEMOU A INFLAÇÃO

Blog de Augusto Nunes

Nos últimos dez meses, enquanto recitava que a inflação estava sob controle, Dilma Rousseff tentou rebaixar a “pessimistas de plantão” ou “pessoas que torcem para que o Brasil dê errado” todos os que enxergaram o perigo escancarado pela altitude dos índices.

Nesta segunda-feira, durante a cerimônia festiva promovida por uma revista estatizada, a presidente enfim admitiu ter visto o que até agora jurava não enxergar. Mas a assombração, além de ter aparecido uma vez só, já foi algemada, mentiu a supergerente de araque.

“A inflação que no início do ano se mostrava alta e incomodava a todos foi enfrentada sem tréguas”, decolou a oradora. A salva de palmas reiterou que Dilma estava em casa.

Se houvesse por lá um único e escasso jornalista de verdade, é improvável que a presidente se atrevesse a usar verbos no passado ─ “mostrava”, “incomodava” ─ para tratar de um problema presente que tende a agravar-se no futuro imediato. E talvez evitasse confinar “no início do ano” uma sequência de algarismos inquietantes que vai chegar a dezembro sem ter sido interrompida.
(...)

A exemplo da companheira Cristina Kirchner, Dilma acha que o resto do mundo não sabe o que fez no mês passado (e fará no próximo). Também parece convencida de que o País do Carnaval acredita em tudo: “Nós vencemos a inflação, estabilizamos as contas públicas, pagamos a dívida externa, saímos da supervisão do FMI e emergimos neste século como uma das maiores economias do planeta”, flutuou na estratosfera a presidente que comemora até leilão de um lance só. Se melhorar, estraga, concordou a ovação dos áulicos.

Leia mais em Dilma finge que algemou a inflação

PROJETO DO PSDB ACABA COM O TERRORISMO POLÍTICO

Erich Decat e Débora Álvares, Estadão

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG, foto abaixo), disse nesta quarta-feira, 30, que o momento não é para comemorações em torno do Bolsa Família, mas de cuidar das famílias que compõem este programa. Com base nisso, ele protocolou projeto no Senado que altera a lei que trata da assistência social e vincula o Bolsa Família ao Fundo Nacional de Assistência Social, com recursos garantidos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS).

"A partir da aprovação desse projeto, o Bolsa Família deixa de ser um programa de um governo ou de um partido político e passa a ser uma política de Estado", afirmou."Hoje temos 2 milhões de crianças do Bolsa Família que não são acompanhadas. Existe mais de 1,5 milhão de crianças que estão com rendimento escolar abaixo da média. Nós queremos deixar para trás o tempo da comemoração para efetivamente cuidarmos de verdade das famílias que compõem o programa", disse o tucano.



Leia mais em Aécio apresenta projeto para que Bolsa Família seja 'política de Estado'
*

O projeto de Aécio é uma reação às declarações do ex-presidente Lula de que, se a oposição assumir o comando do país, poderá extinguir o Bolsa Família. Aécio disse que as famílias cadastradas no programa não podem conviver com o "terrorismo" de sua extinção, com ameaças feitas por aliados da presidente que desejam se "perpetuar no poder".

"Toda véspera de eleição, há sempre a tentativa de colocar o Bolsa Família como patrimônio de um partido ou de um governo. Não é. O Bolsa Família, a partir da aprovação desse projeto --que eu espero que ocorra com o apoio do PT, porque se não ocorrer esse apoio é porque querem eternizar a utilização política do programa-- queremos transformá-lo em uma política de Estado. Não há mais espaço para manipulação eleitoral de um programa importante", afirmou.

Aécio apresentou o projeto no dia em que o governo realizou solenidade para comemorar os dez anos do Bolsa Família, com a presença de Dilma e Lula. O tucano disse que sua maior homenagem aos beneficiários do Bolsa Família é "tirar-lhes o tormento, a angústia de serem atemorizados pela irresponsabilidade e leviandade de alguns que acham que seus adversários irão interromper o programa". 

(Folha Poder)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

QUANDO NÃO É CONTRA TUCANOS, PROTESTO DE BLACK BLOCS É A FAVOR

FUNCIONÁRIOS DO GOVERNO PETISTA DO DF PARTICIPARAM de PROTESTOS

SÃO LIGADOS A PARTIDO DO DIRETOR DO DF-TRANS E ATÉ FORAM HOMENAGEADOS


Pelo Facebook, Marcelo Tigre diz que vai defender o pré-sal com CampanellaPelo Facebook, Marcelo Tigre diz que vai “defender o pré-sal” com o chefe Campanella, diretor do DF-Trans

As confusões no  protesto do leilão do Campo de Libra do pré-sal, no Rio de Janeiro, tiveram a participação de black blocs organizados pelo Partido da Pátria Livre do Distrito Federal. Liderado pelo presidente da legenda, o diretor do DFTrans, Marco Antônio Campanella, o ex-lutador de MMA, Marcelo Tigre, anunciou, pelo Facebook, o apoio ao quebra-quebra.
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Campanella (ao centro) homenageia black bloc de sua turma
Por celular, Marcelo Tigre postou em sua página pessoal no dia 20 de outubro que iria “defender o pré-sal”. “Eu e toda a equipe da Fight Club, junto com Campanella, vamos tentar mudar o Brasil para melhor”, registrou o ex-lutador. De fato, Marcelo cumpriu a promessa. Protestou, levou três tiros de bala de borracha na cara e acabou exonerado.
Ele era chefe da assessoria de gabinete da Administração Regional do Jardim Botânico, cargo de confiança dado aos cabo eleitorais no governo do Distrito Federal, e deixou a cadeira na mesma data em que  participou do protesto no Rio de Janeiro.

Dilma anuncia pela 2ª vez recurso para mesma obra

Pedro Venceslau, Estadão

Em sua quarta viagem ao Paraná neste ano, a presidente Dilma Rousseff reuniu nesta terça-feira, 29, tucanos e petistas no mesmo palanque para anunciar, em Curitiba, investimentos em obras do metrô que já tinham sido prometidos em 2011, mas nunca saíram do papel. Em outubro daquele ano, a presidente organizou um grande evento no Parque Barigui, na região norte da capital, para dizer que o governo federal liberaria R$ 1 bilhão a fundo perdido (sem necessidade de devolução).

A obra estava orçada em R$ 2,25 bilhões e o então prefeito, Luciano Ducci (PSB) era aliado do governador tucano Beto Richa. Na ocasião, o ato foi interpretado no meio político paranaense como o lançamento informal da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT), ministra-chefe da Casa Civil, ao governo do Estado.



Leia mais em Dilma anuncia pela 2ª vez recurso para mesma obra

INVERSÃO MORAL

Amigos de rapaz preso, acusado de agressão covarde a coronel da PM, transformam a vítima em algoz

Por Reinaldo Azevedo
Mais coronel agredido
Não fossem certas ideias mais perigosas do que algumas doenças, eu tenderia a achar que há um estranho vírus por aí. O principal efeito de sua toxina é diluir os argumentos racionais e lógicos e a coerência. Por quê? Vocês se lembram da agressão covarde ao coronel Reynaldo Simões Rossi. Há um preso em flagrante. Chama-se Paulo Henrique Santiago. Tem 22 anos e estuda Relações Internacionais na faculdade Santa Marcelina.
Muito bem. Um grupo de estudantes resolveu divulgar uma carta de apoio ao colega, leio na Folha. Sustentam que Santiago não pertence ao Movimento Passe Livre nem é adepto dos black blocs. Seus amigos afirmam ainda que “ele não é um homicida e não participa de quadrilha que objetiva matar policiais”.
O fato, reitero, é que ele foi preso no local, em flagrante. Que se apure tudo para saber se é um dos culpados. Seus amigos, no entanto, precisam tomar mais cuidado. Como advogados de defesa, podem se transformar em testemunhas da acusação. Na tal carta, resolveram fazer algumas especulações sociológicas:

“(…) é preciso questionar por que tantos jovens, provenientes de diversas experiências, lugares e estratos sociais estão cada vez mais se dispondo a enfrentar a polícia em manifestações”.
Como? Digamos que isso rendesse um bom debate… 
Estou enganado, ou se lê acima uma espécie de justificação da violência, tentando transformar a vítima em culpada pelo mal que a atingiu? 
Estou enganado, ou uma cena covarde, de tentativa de linchamento, está recebendo uma espécie de endosso ou, no mínimo, de condescendência? Não fosse a intervenção de um policial do Serviço Reservado, o coronel poderia ter sido assassinado ali.
No mesmo texto, há esta outra joia:
“Os moderados falam em negociação. Mas pergunta-se: Como se negocia quando uma das partes possui uma arma, mais ou menos letal? Como qualquer pessoa que não tenha sangue de barata ficaria diante de pessoas sendo espancadas, chutadas?”
É uma boa pergunta. O único espancado, no caso em questão, foi o coronel. O único chutado, no caso em questão, foi o coronel. Os signatários da carta discordam, então, da moderação e da negociação? Talvez o militar tenha apanhado por isto: ele é considerado um bom “negociador” e um “moderado”, um grande pecado nestes dias. 
Quanto às armas… Esses estudantes já ouviram falar que, nas democracias, a alguns se concede o uso legítimo da força? E não é aos arruaceiros… Armados, já são linchados. Imaginem se vão às ruas apenas com argumentos.
Santiago não precisa de inimigos. Ele já tem os amigos.

ROSE, DE LULA, ESTÁ SUJEITA A 25 ANOS DE PRISÃO

Íntima do ex-presidente Lula e ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha é alvo de Processo Administrativo Disciplinar que pegou leve com ela, apenas destituindo-a do cargo em comissão, por recomendação do ministro petista Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). 
Transferidas para o âmbito penal, as acusações contra “Rose” podem somar mais de 25 anos de cadeia. 
Rosemary Noronha é suspeita dos crimes de falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha.

Jorge Hage empurrou com a barriga o processo administrativo ao Ministério Publico Federal, para “providências”. O MPF resolveu agir.

Em junho, a Casa Civil da Presidência chegou a negar acesso ao Ministério Público Federal ao processo administrativo de Rose.

Um ano após o escândalo, a poderosa Rose, íntima de Lula, ainda não foi punida por nenhuma das 11 irregularidades a ela atribuídas.

FALTA DE TRATAMENTO ADEQUADO LEVOU O BRASIL À MISÉRIA CRÔNICA

Milhões de brasileiros recebem a Bolsa Família há 10 anos. Dilma, Lula e o PT, cinicamente, comemoram.

No Coturno



Hoje tem uma grande festa em Brasília para comemorar a eternização da pobreza para alguns milhões de brasileiros que recebem a Bolsa Família. Eles não tiveram, em 10 anos, nenhuma oportunidade para deixar a miséria, a não ser retirar o benefício no banco, a cada final de mês. 

Hoje 50 milhões de brasileiros dependem deste gesto para garantir a sobrevivência. Sem emprego digno, sem saúde organizada, sem expectativa de uma vida melhor e menos tutelada pelo Estado. 

Como sobre estes milhões sempre paira a ameaça, a cada nova eleição, de que se o PT não continuar no poder a Bolsa Família acabará, eles não reclamam e vão a cabresto para os locais de votação. Sustentados pela esmola oficial, sustentam o PT no poder. É isso que Lula e Dilma estão festejando hoje, debaixo das luzes das câmeras do João Santana, certamente com a presença de alguns miseráveis que beijarão a mão do Lula e terão olhos marejados para Dilma... 

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O CAMINHO PERIGOSO DO "JEITINHO" AO CRIME

Foto: Isso aí...

Protestar civilizadamente contra o mal, viu?
Nada de vandalismo a favor do erro, como fazem esses trogloditas que defendem o partido mais corrupto da história do país, ou quem sai quebrando tudo se achando salvador da humanidade.

Triste Brasil que vê a apologia ao crime ser tratada como manifestação ou ativismo.
Por mais justas que sejam quaisquer dessas causas que têm mobilizado o povo brasileiro, nada justifica a violência, a invasão e a destruição de propriedade privada, a delinquência em geral que temos visto nos últimos tempos sob o silêncio cúmplice de instituições importantes na formação do caráter das pessoas, como a CNBB, e com o apoio de setores da imprensa e da OAB que prioriza os direitos dos "manos" em detrimento do cidadão.

Leiam o artigo Anomia

Por Rodrigo Constantino

“Estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social.” Assim o dicionário define o termo anomia, cunhado pelo sociólogo Durkheim. É a palavra que melhor define o perigoso momento que vivemos atualmente.

Que as normas de conduta no Brasil sempre foram elásticas, isso todos sabemos. Afinal, esse é o país do “jeitinho”. Só que há algo novo no ar. Agora, muitos acreditam que a violência e a criminalidade são recursos legítimos para suas causas, vistas como nobres.

A tarifa do ônibus incomoda? Os hospitais públicos não são “padrão Fifa”? O salário dos professores é baixo? Cães são usados em pesquisas de laboratórios? As causas são as mais diversas possíveis, mas os métodos se repetem: vandalismo, depredação, coquetéis molotov, ruas fechadas, gente mascarada atacando policiais.

O sociólogo alemão Ralf Dahrendorf, que acompanhou os terríveis anos nazistas de Berlim, escreveu em 1985 um livro chamado “A Lei e a Ordem”, que o Instituto Liberal traduziu, no qual traçou alguns paralelos entre a situação que estavam vivendo os países desenvolvidos nessa época e a era que antecedeu o nazismo.

Seu principal alerta era quanto ao caminho para a anomia, que costuma anteceder regimes totalitários. Afinal, os índices de criminalidade estavam em alta nesses países desenvolvidos, ameaçando a paz e a ordem dos cidadãos.

Dahrendorf estava preocupado com a incidência da impunidade, cuja consequência é a anomia, “quando um número elevado e crescente de violações de normas torna-se conhecido e é relatado, mas não é punido”.

A anomia é, pois, “uma condição em que tanto a eficácia social como a moralidade cultural das normas tendem a zero”. Tudo passa a ser visto como permitido, já que nada é punido.

Quando atos criminosos são praticados à luz do dia, carros da polícia são incendiados, cachorros são furtados, e ninguém é preso, ou se é, logo acaba sendo solto, isso é um convite para novos e mais ousados atos criminosos.

Nova York já foi a capital do crime na década de 1970, e foi somente quando as autoridades compreenderam a teoria da “janela quebrada” que as coisas começaram a mudar. Haveria tolerância zero, mesmo com pequenos delitos, como grafiteiros no metrô. O respeito à lei e à ordem deveria ser pleno.

Reparem que sequer entrei no mérito das bandeiras que esses vândalos e criminosos levantam. Isso é secundário. São os métodos que estão sendo julgados, e condenados. Cada um pode achar que sua causa é a mais justa, mas, se todos pensarem que isso justifica atos ilegais, então estaremos perdidos na completa anomia.

Reinaldo Azevedo, em sua coluna de estreia na “Folha”, foi preciso quando disse: “Em política, quando o fim justifica os meios, o que se tem é a brutalidade dos meios com um fim sempre desastroso.” E não foi assim em toda revolução cheia de boas intenções?

Não resta dúvida de que nossa democracia está bastante disfuncional. Para começo de conversa, há uma completa hegemonia de esquerda. Além disso, há mais legendas de aluguel do que partidos. Por fim, o corporativismo e a corrupção são as marcas registradas na política nacional.

Dito isso, ainda temos uma democracia, por mais imperfeita que seja. E isso deve ser valorizado. Aqueles que estão insatisfeitos, como eu, devem lutar pelas vias legais e democráticas por mudanças. A linguagem da violência é a dos bárbaros, e nunca traz bons resultados.

Por isso considero tão temerária a reação de muitos artistas e intelectuais frente à escalada de atos violentos desses baderneiros. Tentam justificá-los, quando não endossá-los, alguns chegando a se fantasiar de “Black Bloc”. Acabam jogando lenha na fogueira da anomia, ameaçando nossa frágil democracia.

Disse que havia algo novo, mas me enganei. Maio de 1968 foi parecido. Escrevendo nesse mesmo ano para esse mesmo jornal, Nelson Rodrigues dissecou o “velho mito” de que as ruas são a voz divina:

“Hoje, todo mundo protesta. Há sujeitos que acordam indignados e não sabem contra quem, nem por quê. [...] Não existe, hoje, palavra mais vã, mais sem caráter, e, direi mesmo, mais pulha do que ‘liberdade’. Como a corromperam em todos os idiomas! [...] Na hora de odiar, ou de matar, ou de morrer, ou simplesmente de pensar, os homens se aglomeram. As unanimidades decidem por nós, sonham por nós, berram por nós. Qualquer idiota sobe num para-lama de automóvel, esbraveja e faz uma multidão.”

ATIRARAM A PRIMEIRA PEDRA, A SEGUNDA, A TERCEIRA,...

Acompanhando a polêmica sobre o uso de animais em pesquisas científicas e a agressão de ativistas a um desses institutos, lembro da crueldade de supostos "salvadores da Pátria" contra os proprietários da Escola de Base. Vale a pesquisa para relembrar o caso.

Quanto à invasão e depredação do Instituto Royal, deixo um questionamento: quem adiciona imagens fakes nas redes sociais associando cenas de terror ao Instituto tem algum respeito à ética? 

Mais. Por que ninguém protesta contra o uso de embriões humanos em pesquisas, afinal, são bebês na forma intra-uterina? Não estou relativizando nem polemizando, mas ainda não estou convencida que só o lado que condena sem a devida investigação dos fatos tem razão absoluta.

'Royal não maltrata bichos', afirma ambientalista que resgata cachorros

Folha de S.Paulo



Há mais de seis anos, a ambientalista Deise Mara do Nascimento, 50, representa a sociedade civil na comissão de ética do Instituto Royal.

Dona de dez cachorros e dois gatos, ela coordena uma organização de proteção ambiental e animal na região de Campinas. Seu parecer: "Não existe dentro do Instituto Royal o uso indiscriminado de cobaias".

Criadora do Instituto Árvore da Vida, ONG de proteção à fauna e flora silvestres no entorno de Campinas, Deise começou a trabalhar com assistência a animais domésticos alguns anos após ter fundar a entidade em 2005. A organização é baseada no município de Barão Geraldo, que possui grande população de bichos de estimação.

"Aqui tem mais cachorro do que gente", diz. "Tem morador que mantém 20 ou 30 na mesma casa."

O dinheiro da ONG, que antes era todo voltado a programas de proteção de nascentes e de matas ciliares, passou a ser usado também para resgate de animais em situação de risco.

"A gente se sensibilizou com os casos de enchentes e deslizamentos em que as pessoas eram socorridas, mas os animais eram deixados para trás", conta. Sua meta é construir um abrigo de animais, mas ainda não há dinheiro.


A ambientalista Deise Mara do Nascimento, 50, com alguns de seus dez cães; ela diz que instituto não maltrata aniamais

ÉTICA EM PESQUISA

Após dois anos de existência, o Árvore da Vida incluiu uma missão a mais em seu estatuto: "Acompanhamento e monitoração de atividades científicas e de estudo, pesquisa e testes com seres vivos, com objetivo de manutenção da ética e respeito pela vida".

Desde então, Deise é voluntaria nas comissões de ética da Uninove e do Instituto Royal --sem salário.

Aprovada para a posição, ela passou a ter acesso a detalhes de todos os projetos de pesquisa da entidade, incluindo a composição dos medicamentos em teste, que não são divulgados ao público geral por questão de sigilo de patente.

Mensalmente, ela se reúne com outros integrantes da comissão para avaliar propostas de pesquisa no Royal. Diz que entrou nos laboratórios e biotérios ("ambientes limpos e com conforto") sempre que quis e nunca viu evidência que sugerisse maus tratos.

"Temos acesso às substâncias que estão sendo pesquisadas, ao número de cobaias que estão sendo usadas, a detalhes do procedimento e ao método de análise dos resultados", afirma. "Uma discussão que sempre ocorre lá é a de como reduzir ao mínimo o número de animais testados."

Ela diz não ver incoerência em gostar de bichos e ao mesmo tempo defender o uso de animais em pesquisas para desenvolver drogas, pois é preciso considerar que há vidas humanas em jogo. "Faço todas as perguntas que eu quero lá, porque não sou cientista e preciso entender quais substâncias vão ser testadas", conta. "Sempre recebi explicações coerentes."

Deise afirma que o problema por trás da invasão do instituto é de desinformação. 

"Existe um mau entendimento por parte das ONGs voltadas exclusivamente à proteção animal sobre o que são as pesquisas", afirma. "Tem gente que simplesmente não quer receber informação."

Black Bloc, codinome pernóstico de uma ramificação dos fora-da-lei

Blog de Augusto Nunes

Num parágrafo do artigo que publicou em seu blog neste domingo, ilustrado por vídeos que documentam a ação abjeta dos agressores e a reação exemplarmente sensata do coronel Reynaldo Simões Rossi, da PM de São Paulo, o jornalista Josias de Souza fez o resumo da ópera: “Já passou da hora de definir melhor as coisas. Está nas ruas uma estudantada corpulenta, de cara coberta e violenta. Esse grupelho adquiriu o vício orgânico de tramar contra o sossego alheio. Vândalos? É muito pouco! Black Blocs? O escambau! Traduza-se para o português: bandidos, eis o que são”.


Coronel Reynaldo Simões Rossi é agredido por Black Blocs.
Foto: Iacio Teixeira / Coperphoto / Estadão Conteúdo


Perfeito: bandidos, é isso o que são os integrantes dessa ramificação da grande e prolífica família dos fora-da-lei. Em sua versão brasileira, Black Bloc é o nome pernóstico de uma quadrilha sem chefe.

No País do Futebol, o time vestido de preto é o primo mais idiota da pior das torcidas uniformizadas. No País do Carnaval, é o filhote poltrão do Comando Vermelho, que cobre o rosto com máscaras para fazer em liberdade o que os colegas engaiolados fazem de cara lavada.

Leia mais em Black Bloc, codinome pernóstico de uma ramificação dos fora-da-lei

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O HARAKIRI DE DILMA

Suely Caldas, O Estado de S.Paulo

No dia em que o campo gigante de Libra foi vendido para a Petrobrás e quatro empresas estrangeiras, a presidente Dilma Rousseff foi à TV comemorar o sucesso do leilão e garantir que seu governo não privatizou o petróleo do pré-sal.

Ora, então por que leiloou? Por que despachou equipes para a Europa, EUA e China com a missão de "vender" o petróleo do pré-sal como um bom negócio? Por que a tristeza e a decepção de seu governo quando as gigantes Chevron, British Petroleum e Exxon Mobil desistiram da licitação?

Por que a alegria e o alívio quando a francesa Total e a anglo-holandesa Shell aderiram ao consórcio vencedor? Por que negar algo tão simples e óbvio?


Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras formaram consórcio vencedor.
Foto: Fernando Frazão / ABr


A resposta veio de um ex-tucano (hoje aliado querido de Dilma), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes: "O discurso antiprivatista ainda resiste no Brasil de 2013, quando a gente vê pessoas fazendo questão de dizer que não estão privatizando ou negociando com o setor privado", afirmou ele na manhã seguinte ao discurso da aliada, misturando espanto, lamento e decepção.

Afinal, em mais de 20 anos a privatização já deu provas e provas de que mais enriquece a população do que empobrece o patrimônio público. Privatização e autonomia do Banco Central nasceram liberais e tornaram-se políticas universais.

Mas com espantosa insistência ela ainda é atacada, por oportunismo político de quem usa o argumento do falso nacionalismo para impressionar e comover os brios do sincero patriotismo dos brasileiros. Pura enganação.

O que os políticos defendem são seus interesses e privilégios, temem o desmanche de uma parcela do Estado que sempre usaram para trocar favores, comprar aliados, fazer caixa para suas campanhas eleitorais. Só alguns exemplos: os bancos estaduais, as elétricas estaduais, as siderúrgicas federais, a Rede Ferroviária Federal (a Valec pode seguir caminho igual) e muitas outras. Felizmente privatizadas.

A Vale privada ganhou em qualidade de gestão e passou a arrecadar para o Estado mais dinheiro em impostos do que em dividendos quando era estatal.

Não parece o caso da presidente Dilma. O combustível que a move é ideológico, mas de uma forma tão confusa e atrapalhada - porque contraditória (afinal, ela precisa do capital privado) - que mais tem prejudicado sua gestão do que satisfeito seu preconceito.

Leia a íntegra em O harakiri de Dilma

OAB E OUTRAS INSTITUIÇÕES QUE SILENCIAM PROVAVELMENTE JULGAM QUE AINDA FALTAM PROVAS DA AGRESSÃO


Trecho da entrevista do coronel da PM Reynaldo Rossi, que foi linchado por bandidos em São Paulo, ao jornal O Globo:

"Estes grupos sempre existiram nas manifestações, mas, com o passar do tempo, passaram a se apropriar delas. São manifestações legítimas e isso não atinge apenas a mim. Uma manifestação bem sucedida é a aquela em que o protagonista é o que expõe ideias e que a Polícia Militar tem um papel secundário, de garantir a livre manifestação. Esses grupos se apropriam das manifestações porque não têm pauta clara. A intenção é de produzir danos e eles se julgam no direito de fazer isso

Depredar é um instrumento para atacar o Estado constituído. Naquele momento, a face do Estado é a Polícia Militar. 

São muitas as ofensas e agressões dirigidas aos policiais. Eles são contra este modelo de sociedade, esse contrato social. Meus policiais são insultados, agredidos e aviltados por horas. 

Essa discussão não é importante porque sou coronel. Sou um policial como outro qualquer e tenho mais de 70 PMs feridos apenas na minha área. Tem desde fratura de ossos da face, da mandíbula até alguns que quase perderam a visão. A lesão que eu sofri teve impacto na mídia, mas há policiais feridos há muito tempo... só porque eu era o comandante."

VERDE QUE NUNCA "DESVERMELHOU"


Marina Silva não nega a sua origem. Como eterna petista de coração, mesmo que busque um partido para chamar de seu, a exemplo de Luis Inácio que faz sua militância de gato e sapato, sua fala em programas de debates e entrevistas tem revelado sua arrogância, característica peculiar dos caciques do PT. Vejam o que comenta a jornalista Dora Kramer no Estadão:


Se o combinado entre Marina Silva e Eduardo Campos era não dar espaço para que se disseminasse a cizânia entre os dois, a ex-senadora foi a primeira a quebrar o acordo.

Ao dizer - no programa Roda Viva - que a aliança com a Rede permitiu a Campos ganhar "um pouquinho mais de substância" para fugir à construção de uma candidatura "no diapasão" da velha política.

Ou seja, considera-se uma espécie de salvação da lavoura sem cuja presença o pernambucano ficaria entregue à própria inconsistência e obsolescência

REVOLTA DOS RESERVAS

Dora Kramer, O Estado de S. Paulo

Depois de três mandatos presidenciais como dono das regras de funcionamento da aliança partidária montada em 2003 e consolidada em 2006 com a entrada oficial do PMDB na coligação de governo, o PT enfrenta uma espécie de rebelião dos reservas.

Continua sendo o protagonista, mas seus aliados já não se conformam com o papel de coadjuvantes passivos. Por uma razão simples e objetiva: eles precisam sobreviver, o que significa disputar eleições locais para se fortalecer no Congresso e no jogo político como um todo, além de trabalhar com a hipótese de um plano B no âmbito federal.

É o que provoca essa movimentação toda nos partidos ditos governistas, cuja adesão é cobiçada pelos oposicionistas que lhes oferecem em troca espaço que os petistas imaginavam em seu projeto inicial ocupar paulatinamente até se tornarem irremediavelmente hegemônicos. Na política e na sociedade.


Como a banda não toca nesse ritmo e ninguém espera o aniquilamento de braços cruzados, cada um dá o seu jeito na base do salve-se quem puder.

A boa posição da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas nessa altura não é garantia de nada. Nem de vitória nem de parceria leal nos Estados, de modo a que os outros integrantes da aliança possam fugir do destino que coube a partidos de oposição esmagados pela fortaleza governista.

Foi isso que moveu o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a se afastar do PT a partir da eleição municipal de 2012 - quando percebeu que o combinado com o ex-presidente Lula em relação à disputa em Recife não era "à vera"; apenas uma maneira de ganhar tempo, levá-lo na conversa e mantê-lo atrelado ao governo com a vaga promessa de uma candidatura presidencial de 2018.

"Tem gente ainda esperando o cumprimento de acordos feitos em 2002", comentou Campos com amigos no início do processo de decisão de se candidatar ou não em 2014.

A desconfiança também é o pano de fundo da rebelião que se avoluma no PMDB, onde a cada dia aparece uma seção estadual querendo sair do jugo do PT.

Há ainda a tentativa de antecipar a convenção que decidirá sobre a aliança presidencial para 2014. Já são 11 os Estados que reivindicam liberdade para voar.

E mesmo que não haja convenção antecipada, na data oficial o PMDB pode até não romper, mas não ficará unido a reboque do projeto alheio.

domingo, 27 de outubro de 2013

FALSOS BRILHANTES

Mary Zaidan

“Esgoto não é magnífico na sua aparência; esgoto tem de ser tratado, coletado, e tem que se traduzir em projetos técnicos de qualidade.” Dita em dilmês castiço, a frase da presidente foi aplaudida por centenas de prefeitos que se aglomeravam no Palácio do Planalto, quinta-feira, 24, durante o anúncio de R$ 13,5 bilhões do PAC para saneamento e pavimentação.

A 45 quilômetros dali, os 170 mil moradores de Águas Lindas de Goiás ainda esperam pelos R$ 113 milhões prometidos para coletar e tratar o esgoto da cidade. Se já deixou o papel, o dinheiro festejado em maio deste ano foi parar em outros subterrâneos.

Mais um anúncio sem lastro. Isso tem sido uma constante nos governos Lula-Dilma, useiros e vezeiros em alardear o que não se concretiza. Para Dilma – assim como foi para Lula –, o que interessa é usufruir da publicidade. O depois não importa. É futuro pós-eleição. A conta do diabo.

Quem dá as cartas, inventa, cria e recria os programas de governo é o marketing. Foi assim desde o primeiro dia de Lula. Ali, a mágica era o Fome Zero, saído da varinha de condão de Duda Mendonça. Para eleger a sucessora vieram o PAC e o filhote PAC 2, ambos sem perspectivas de conclusão até o fim do governo Dilma.

Ou seja, prometer e não fazer, lançar e nem mesmo começar, anunciar e não liberar os recursos não é um comportamento apenas eleitoral, é um estilo de governar.

Cacareja-se o ovo que a galinha não botou.




E isso é algo que custa caro. A polêmica e grandiosa obra de transposição do Rio São Francisco que o diga. Quase parada - deveria estar pronta no final do governo Lula ao custo de R$ 4,6 bilhões -, já alcança R$ 8,18 bilhões e não será entregue antes de 2015.

Destino igual têm moradias recém-inauguradas do Minha Casa Minha Vida, inauguradas sem luz, água e esgoto, e as seis (ou oito) mil creches prometidas por Dilma, a maior parte delas puro gogó.

Tem sempre sido assim.

O primeiro barril do Campo de Libra só deve sair das águas profundas em 2020. Produção, se tudo der certo, só em 2022 ou 2023. Mas o incerto lucro futuro foi estrelado em rede de rádio e TV pela presidente Dilma, ainda que não se saiba o preço do óleo negro daqui a 10 anos, muito menos a quantidade de produção. Até lá, a Petrobrás vai continuar gastando o que não tem, ostentando o primeiro lugar entre as maiores devedoras do mundo.

Um contraste e tanto com as cenas de Lula e as mãos sujas de petróleo para comemorar a autossuficiência brasileira, que, na época, fizeram parecer crível.

Deve ser por essas e outras que os marqueteiros insistem em desafiar as pernas curtas da mentira. Talvez se esqueçam de que mais cedo ou mais tarde o dito prevaleça. Afinal, não é à toa que ele se tornou popular.

NO SETOR EXTERNO, UM DESASTRE MADE IN BRAZIL

Rolf Kuntz, O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff deve terminar o ano com mais um troféu econômico, o pior resultado das contas externas em mais de uma década — exportações estagnadas, importações em alta e um enorme buraco na conta corrente do balanço de pagamentos.

Nos 12 meses terminados em setembro o déficit na conta corrente chegou a US$ 80,51 bilhões, equivalentes a 3,6% do produto interno bruto (PIB), informou nesta sexta-feira o Banco Central (BC).

No relatório recém-divulgado foram mantidas as projeções para 2013: saldo comercial de US$ 2 bilhões, déficit em conta corrente de US$ 75 bilhões (3,35% do PIB) e investimento estrangeiro direto de US$ 60 bilhões.

Alguma melhora será necessária, portanto, para se chegar ao fim de dezembro com o cenário estimado pelo BC. Um quadro mais positivo, neste e no próximo ano, dependerá principalmente de uma recuperação da balança comercial e nesse quesito o País continua muito mal.

A exportação rendeu neste ano US$ 192,59 bilhões até a terceira semana de outubro, 1,1% menos que no ano passado em igual período. A importação consumiu R$ 193,19 bilhões, 8,7% mais que um ano antes, segundo os dados oficiais.

O saldo acumulado em quase dez meses, US$ 605 milhões, só foi possível graças ao resultado favorável obtido nas três primeiras semanas do mês, um superávit de US$ 1 bilhão. Mas esse resultado embute uma exportação meramente contábil de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 1,9 bilhão. Outras plataformas foram contabilizadas nos meses anteriores, mas foram sempre vendas fictícias, vinculadas à concessão de benefícios fiscais.

Se esses números fossem eliminados, o quadro do comércio exterior brasileiro, já muito feio pelos números oficiais, seria bem menos favorável. Para acertar as contas seria também preciso, poderiam dizer os mais otimistas, eliminar as importações de combustíveis efetuadas em 2012 e registradas só neste ano graças a um arranjo especial da Petrobrás.

É verdade, mas é indispensável lembrar uma diferença entre essas compras e as vendas de plataformas. Estas só ocorreram na contabilidade, mas as compras de combustíveis foram realizadas e seria necessário incluí-las nos cálculos em algum momento. Se tivessem entrado nas contas do ano passado, o superávit comercial teria ficado bem abaixo dos US$ 19,41 bilhões divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Leia a íntegra em No setor externo, um desastre made in Brazil