quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ESPETÁCULO DO ABSURDO

Sob o olhar conivente das igrejas, o Ministério da Saúde se reuniu com especialistas, ainda em meados de 2012, para preparar uma cartilha às mulheres que decidirem abortar. Isso depois da execração do PT e de setores da imprensa à José Serra, que se posicionou contra a liberação do aborto na campanha de 2010, e de autoridades do então governo Lula mandarem a Polícia Federal caçar religiosos e leigos católicos que distribuíssem ou recebessem panfletos com orientação para que não votassem em candidatos que defendessem o aborto, no caso, Dilma Rousseff, como mostram os vídeos abaixo:









"Não é um sistema para incentivar o aborto, mas aconselhar a mulher que já tomou sua decisão", afirma uma das participantes. O aconselhamento, completa, é uma reivindicação antiga do movimento feminista. 

As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

Fico imaginando se alguma denominação cristã abrisse as portas de seus templos para abrigar encontros de "progressistas" a fim de discutirem a liberação do aborto. A exemplo da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que permitiu que estrelas petistas se reunissem na entidade para atacar a ... IMPRENSA, assim também alguma igreja abrigaria a militância petista para atacar ... a IGREJA, que é contrária à liberação do aborto, prática que é defendida nos estatutos do partido.

SERÁ QUE ISSO JÁ NÃO ACONTECE POR AÍ?

No caso da ABI, é fato e é notícia:


Dia da Vergonha para a ABI – Associação de jornalistas abre as portas para Dirceu atacar a imprensa livre e o Judiciário. Quando será a vez de Fernandinho Beira-Mar e de Marcola?

A fascistada está inquieta. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), de tão sólida tradição democrática, mergulhou ontem na abjeção e abriu suas portas para um ato intitulado “Pela Anulação do Julgamento do Mensalão”. A estrela da noite: José Dirceu! 
Antes que continue, vamos botar os pingos nos “is”. O evento ocorreu no auditório da ABI, no Rio. Alguém dirá que a entidade apenas cedeu o espaço sem se comprometer com o conteúdo do evento. É mesmo? A associação agora virou salão de festa? Aluga para quem paga? Virou meretriz da história política? Abriga qualquer um que tenha uma versão a oferecer, ainda que a despeito dos fatos? Uma ova! 
A ABI, palco de atos contra a ditadura, recepcionou ontem um ato contra a democracia. Lixo!
Leio o que informa Felipe Werneck no Estadão. Os principais alvos do corruptor e quadrilheiro José Dirceu — segundo decidiu a Justiça —, com vaga já reservada na cadeia, foram a imprensa independente — NO AMBIENTE DE UMA ASSOCIAÇÃO QUE CONGREGA JORNALISTAS — e a Justiça. 
(...)
Segundo o corruptor e quadrilheiro, a imprensa ataca a classe política para se proteger da tal regulação: “É o caminho das ditaduras, uma tentativa de desmoralizar a política, os políticos e o Congresso”. Para ele, “no dia em que o Congresso não tiver medo da Globo, da mídia, faz a regulação”. Isso é música para os ouvidos da esquerda cascuda e dos venais do subjornalismo disfarçados de esquerdistas, que hoje se penduram nos países baixos do estado e vivem à custa do financiamento de estatais. 
(...)
O ataque à imprensa e ao Judiciário é concertado. À tarde, na Câmara dos Deputados, na presença de José Genoino (outro condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha), Rui Falcão, presidente do PT, atacou os mesmos alvos. Igualmente alertou para o risco de uma ditadura — de caráter nazifascista, segundo ele!!!
Entendi! Quando os petistas massacravam a reputação de homens inocentes, como fizeram com Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência do governo FHC, estavam apenas exercitando a democracia — e Dirceu compôs a linha de frente do ataque. Agora que o STF condenou a petezada por peculato, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção ativa etc., de posse de uma pletora de provas, a democracia está em risco. Corolário: quando os petistas lincham inocentes, a civilização sorri; quando a civilização pune petistas, segundo a lei e o estado de direito, a democracia está em risco.
Íntegra AQUI.

A PETROBRAS PERDEU ATÉ O SENSO

Carlos Alberto Sardenberg, O Globo

Sabe qual a melhor coisa que poderia acontecer para a Petrobras? Uma forte queda do preço internacional do petróleo. Isso derrubaria também as cotações da gasolina e do diesel, produtos que estão quebrando a estatal brasileira. Como não há produção interna suficiente desses combustíveis, a companhia tem que importá-los.

Como o governo Dilma segura os preços internos para conter a inflação, a Petrobras se vê na situação esdrúxula de comprar caro e vender barato — que perdura mesmo depois do reajuste anunciado na última terça. Prejuízo na veia.

Logo, se o governo não deixa aumentar mais o preço interno, resta torcer pela queda da cotação internacional.

Pode? Uma companhia petrolífera, dona de reservas elevadas, dependendo de uma queda no preço de seu principal ativo!

Acrescente aí uma forte valorização do real e o quadro “melhoraria” ainda mais para a estatal. Se o dólar voltasse, digamos, para R$ 1,70, a Petrobras economizaria cerca de 15% nas suas compras externas de combustível.

Claro que, nesse caso, também cairia o valor das reservas da Petrobras. De novo, pode? Uma companhia precisando de queda no valor de seu patrimônio.

Por outro lado, que sempre tem, a queda do preço internacional de petróleo colocaria em risco a operação no pré-sal. Ainda não se sabe o custo exato, pois a tecnologia está em desenvolvimento, mas certamente será muito caro retirar o óleo lá do fundão do oceano. Assim, se a cotação global cair muito, o pré-sal torna-se economicamente inviável.

Consequências: a Petrobras não conseguiria financiamento para as novas operações e os estados e municípios perderiam os royalties pelos quais tanto brigaram.

Ou seja, é uma ideia de jerico torcer pela queda dos preços internacionais do óleo e dos combustíveis.

De outro lado, ainda, um dólar mais barato facilitaria as importações de equipamentos para extração e refino. Bom, não é mesmo?
Seria, se as políticas para o setor tivessem alguma lógica. Ocorre que a Petrobras é obrigada pelo governo a dar preferência ao produtor nacional, mesmo pagando mais caro, até um certo nível.

Ora, com o real valorizado, a diferença de preços entre o local e o estrangeiro ficará bem maior, de modo que a estatal não terá como justificar a compra do equipamento made in Brasil.
Isso destruiria a política do governo para estimular a indústria nacional ou, caso o modelo fosse mantido, aumentaria os custos da Petrobras em reais.

Ou seja, é outra ideia de jerico torcer pela valorização do real neste caso.

Voltamos assim ao senso comum, pelo qual uma companhia de petróleo deve se dar bem quando o preço do petróleo está em alta. Esta lógica não mudou.

O que a subverte é a gestão do governo brasileiro. Um desastre de grande competência: não é fácil fazer uma petrolífera perder dinheiro.

Outra coisinha: lembram-se de toda aquela campanha do governo Lula comemorando a autossuficiência em petróleo? Pois é, foi só marketing eleitoral. Só não, porque a estatal, que não pertence só ao governo, muito menos ao PT, pagou por aquela fraude.

Custo na veia da população.

Leia a íntegra em A Petrobras perdeu até o senso

QUALQUER SEMELHANÇA, SERÁ QUE É MERA COINCIDÊNCIA?

Presidente do PT acha que imprensa e Ministério Público podem levar o país ao nazismo e ao fascismo. Aceito o desafio de demonstrar que o petismo pode ser herdeiro dos fascistas, mas jamais o jornalismo livre

Por Reinaldo Azevedo

Rui Falcão, presidente do PT, ainda não se conformou com a imprensa independente e afirmou, na Câmara, que esse jornalismo que ele deplora e o Ministério Público podem conduzir o país ao nazismo e ao fascismo. Esta quarta-feira foi um dia adequado para tratar do tema. Há 80 anos, Adolf Hitler chegava ao poder na Alemanha. Escrevi um post a respeitoO nazismo — a forma que tomou o fascismo alemão — tinha um ideário e um programa para a imprensa. Já chego lá.
Falcão, reconduzido à presidência do PT com o apoio unânime dos mensaleiros, acha que os jornalistas e o Ministério Público demonizam a política. 
(...)
Falcão, este notável pensador de rapina, acaba se traindo e revela o que ele próprio pensa da oposição: é fraca e irrelevante. Na verdade, ela não o preocupa e aos petistas; tiram de letra! 

Chato mesmo é ter de aguentar o jornalismo que ainda não se rendeu, que ainda não caiu de joelhos. 

E olhem que vocês conhecem a rotina de sabujice que tem caracterizado a grande imprensa nestes tempos. O próprio Falcão foi tratado na CBN, por exemplo (leia post), como o defensor das criancinhas, embora tenha feito um projeto de lei inconstitucional. Fernando Haddad aparece como herói da cidade. Políticos de oposição têm sido impiedosamente ridicularizados. 

O petismo emplaca a pauta que bem entender em certos veículos. Não está bom para Falcão.
Nota antes que continue: quem ouvia atentamente o discurso de Falcão em seu primeiro dia de trabalho na Câmara? José Genoino, o deputado condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha. O presidente do PT só não incluiu o Poder Judiciário entre os agentes do novo nazifascismo porque se acovardou.
Quem repete os nazistas mesmo?

Pois é… Ontem lembrei trechos aqui do programa dos nazistas e afirmei que qualquer semelhança com as teses dos partidos de esquerda não era mera coincidência. Ao contrário: a raiz do pensamento é comum. 

A tentação de se criarem entes que vigiem a sociedade — quando, nas democracias, é a sociedade que vigia esses entes — é a mesma. 

Fascismo e comunismo reúnem os fanáticos da reengenharia social e do controle das vontades. E a imprensa livre está muito além daquilo que eles podem tolerar.
Vejam se o item 23 do programa nazista não se encaixa à perfeição no discurso de Rui Falcão (em vermelho AQUI).
Aliás, boa parte da pregação petista seria abraçada pelo nacional-socialismo sem hesitação, como se pode ver aqui
(Clique no título para ler na íntegra.)

DILMA TIROU COM UMA DAS MÃOS E "DEU" COM A OUTRA NO SETOR ELÉTRICO

Sponholz

Segundo revela o “Estadão”, as empresas concessionárias de energia começaram a reajustar suas tarifas tão logo a presidente Dilma anunciou, em outubro do ano passado, a intenção do governo de reduzi-las. 

Já em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou um reajuste de 12%, mas alguns estados, como o Rio de Janeiro, aumentaram a conta de luz em cerca de 27,5% pouco antes de Dilma informar na TV que as contas de luz seriam reduzidas em até 18%. 

Técnicos do setor elétrico e parlamentares ouvidos pelo jornal, como o Líder do PSDB, senador Alvaro Dias, acreditam que a estratégia do governo de anunciar a redução com antecedência deu tempo às empresas para reajustar seus preços. “É a velha prática de dar com uma mão e tirar com a outra”, criticou o senador tucano.

Combustíveis mais caros, corrupção e incompetência!

” A corrupção e a impunidade desvalorizam a Petrobras e o brasileiro paga o combustível mais caro do mundo Não podemos nos omitir. Omissão é cumplicidade! Veja o video com montagem do nosso leitor Danilo Pastre, a quem agradecemos."

Senador Álvaro Dias


Superfaturamento e má gestão complicam a Petrobras

Prejuízos bilionários decorrentes de corrupção, da má gestão e do uso político da Petrobras ameaçam empresa e penalizam os brasileiros, que devem pagar mais caro pela gasolina a partir de amanhã (31/01/13). Há vários anos venho alertando sobre a claudicante gestão da empresa. Protocolamos na PGR 16 representações denunciando graves irregularidades. 
Assista o vídeo com um dos pronunciamentos que fiz nos ultimos anos alertando o governo e os brasileiros!

Senador Álvaro Dias

USO DA MÁQUINA DO GOVERNO PARA PROMOÇÃO PESSOAL É CRIME

O Globo

O PSDB protocolou na terça-feira uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) em que pede a investigação de um possível desvio de finalidade cometido pela presidente Dilma Rousseff durante pronunciamento sobre a redução da conta de luz.

Os tucanos solicitam que o Ministério Público Federal apure se o conteúdo veiculado em rede nacional de rádio e TV no último dia 23 teve caráter político-partidário.

Segundo o líder eleito do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), o PSDB entende que o último pronunciamento da presidente fugiu do padrão se comparado aos anteriores e pode ser visto como uma "campanha eleitoral antecipada".

"Essa é uma situação inédita. A presidente Dilma fez clara antecipação da campanha eleitoral. Agiu de maneira a condenar a existência da oposição e tratou a oposição como sendo pessoas que não amam o país", declarou.


Para o departamento jurídico do PSDB, a presidente se aproximou de um "verdadeiro crime de responsabilidade" com a peça institucional.

O corpo de advogados da sigla avaliou que houve promoção pessoal da presidente, além de "desvirtuamento do escopo legal" durante o pronunciamento.

Além disso, os tucanos destacaram que a fonte utilizada no vídeo é similar àquela que foi usada durante a campanha eleitoral e que o vídeo institucional utilizou o logotipo da gestão atual que, segundo o partido, ocupou o espaço tradicionalmente destinado ao brasão presidencial - o que poderia ser lido como indícios de campanha eleitoral antecipada.

O PSDB ainda questionou as críticas indiretas de Dilma contra a oposição ao mencionar aqueles "que foram contrários à redução da tarifa".

Leia em PSDB acusa Dilma de fazer campanha antecipada

TAXA DE DESEMPREGO CONSIDERANDO QUEM "PROCURA" EMPREGO

Desemprego sobe nas 7 regiões avaliadas pelo Dieese
AGÊNCIA ESTADO
A taxa de desemprego no conjunto das sete regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) subiu para 10,5% em 2012, ante 10,4% em 2011. A PED é realizada nas regiões metropolitanas do Distrito Federal Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.
Segundo o levantamento, a alta no ano passado ocorreu pelo aumento de 7,9% para 8,1% na taxa de desemprego aberto, ou seja, dos que só procuraram emprego no ano passado, já que a taxa de desemprego oculto recuou de 2,5% para 2,4%. O desemprego oculto reúne os que procuraram emprego, mas fizeram os chamados bicos no período.
(...)

DÍVIDA EXTERNA TOTALIZA 316,831 BILHÕES EM 2012



A dívida externa somou US$ 316,831 bilhões no final de 2012, com acréscimo de US$ 18,627 bilhões no ano, ou 6,24% a mais que os US$ 298,204 bilhões registrados em dezembro de 2011, de acordo com o Relatório do Setor Externo, divulgado hoje, 23, pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC). As reservas internacionais cresceram, porém, um pouco mais, alcançando expansão de 7,55% no mesmo período.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 279,295 bilhões, enquanto a dívida de curto prazo aumentou para US$ 37,535 bilhões, de acordo com o chefe do Depec, Túlio Maciel.

Ele disse que os principais fatores de variação da dívida foram as captações de empréstimos tomados pelo governo e pelo setor bancário, a colocação de títulos pelo setor não financeiro e as amortizações de títulos pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN).
(economiasc)

DÍVIDA PÚBLICA ATINGE R$ 2 TRILHÕES


Ajuda a bancos públicos totalizaram R$ 76,1 bilhões.
Foto: Divulgação

A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou 2012 superando a barreira de R$ 2 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, a DPF atingiu R$ 2,008 trilhões em dezembro, contra R$ 1,965 trilhão registrados no fim de novembro. Em relação a 2011, o estoque da DPF cresceu 11,5%.

O principal fator que contribuiu para a alta da dívida pública foram as ajudas aos bancos oficiais por meio da injeção de títulos federais. No ano passado, os aportes nos bancos públicos totalizaram R$ 76,1 bilhões. As instituições financeiras recebem os papéis do governo e os revendem no mercado conforme a necessidade de aumentar o capital.

O maior beneficiado por essa política de ajuda foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recebeu R$ 55 bilhões - R$ 10 bilhões em janeiro, R$ 10 bilhões em junho, R$ 20 bilhões em setembro e R$ 15 bilhões no mês passado. A Caixa Econômica Federal recebeu R$ 13 bilhões em setembro, e o Banco do Brasil foi beneficiado com R$ 8,1 bilhões.

Os números detalhados da DPF só serão divulgados na próxima quinta-feira (31), inclusive as emissões, os resgates e a composição da dívida pública. De acordo com o Tesouro Nacional, o estoque acima de R$ 2 trilhões está dentro das bandas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipulava que a DPF encerraria 2012 entre R$ 1,950 trilhão e R$ 2,050 trilhões.
(ECONOMIASC)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DESAPROPRIA, DILMA!


Lágrimas de crocodilo

Por Reinaldo Azevedo
Eu estou muito decepcionado com a Democracia Socialista, a corrente marxista do PT à qual pertence o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Eu estou muito decepcionado com o governo Dilma Rousseff, que é capaz de, numa penada, submeter todo um setor da economia a seus caprichos ideoloógicos.
E por que a minha decepção? Porque parece que o Planalto está disposto a produzir um novo PINHEIRINHO no interior de São Paulo. E, ora vejam, basta a caneta para que isso não aconteça. Em vez de agir, o governo federal fica impassível.
Qual é o busílis? Lembram-se daqueles assentados que ocuparam por um dia instalações do Instituto Lula, o que deixou, segundo seus porta-vozes, o Apedeuta chateado? Pois é. Eles cobravam que o governo federal desaproprie uma área, em Americana (interior de São Paulo), que abriga 70 famílias: o assentamento Milton Santos. 
Nota: não são invasoras. Foram instaladas lá pelo Incra.
Ocorre que há um litígio entre o grupo Abdalla/Usina Ester e o INSS, a cujo patrimônio a área foi incorporada em razão de dívidas que não teriam sido quitadas. A empresa recorreu e obteve a reintegração de posse. A sentença final foi dada em 2012 pelo Tribunal Regional Federal. O prazo para a saída dos assentados vencia hoje. Uma liminar obtida pelo INSS adiou a operação.
Decisão Judicial
Atenção, meus caros! A reintegração de posse, quando há resistência, tem de ser executada pela Polícia Militar, que não tem como mandar a Justiça plantar favas. O assentamento Milton Santos é produtivo, e as famílias lá estão, convenham, dentro de um programa de reforma agrária conduzida pelo estado.
A exemplo do que poderia ter feito no caso do Pinheirinho, o governo federal poderia resolver a pendenga com a desapropriação da área. 
fim de conversa! 
Há uma penca de motivos que a justificam. Mas notem que nada se fez. E se o INSS não tivesse conseguido a nova liminar? O que esperavam que o governo do estado e a PM fizessem? Que dessem de ombros para a Justiça?
Imposturas
Isso me lembra todas as imposturas cometidas pelo governo federal no caso do Pinheirinho — o conflito ocorreu há um ano —, a que se seguiu uma cobertura de certos setores da imprensa que ultrapassou todos os limites da delinquência ideológica. Sem jamais ter movido uma pena para resolver o problema, o primeiro escalão do governo Dilma se dedicou à demonização da Polícia Militar de São Paulo. Chegou-se a denunciar um “massacre”. Felizmente, não houve mortes. Era só uma dessas mentiras de que é capaz a máquina oficial de difamação.
O que espera Dilma, sempre tão buliçosa quando se trata de pegar a caneta e decidir, para desapropriar a área de Americana, onde setenta famílias já vivem e produzem?  
Querem ver a Polícia Militar de São Paulo atuando “contra os oprimidos” para que petistas possam verter lágrimas de crocodilo?
Desapropria, Dilma!

Manifestantes são impedidos de lavar rampa do Congresso


Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online:

Cerca de 20 manifestantes fizeram hoje um protesto no gramado em frente ao Congresso Nacional contra a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) à Presidência do Senado. Impedidos pela segurança do Congresso de “lavarem” a rampa numa “faxina” para limpeza da Casa, os manifestantes fizeram a lavagem simbólica no lago em frente à sede do Legislativo. O grupo desenhou uma cruz no gramado principal formada com baldes e vassouras. O gesto, segundo o coordenador do movimento, representa a necessidade do Senado “limpar” sua imagem, elegendo um candidato “ficha limpa” para o comando da instituição.
“Pretendíamos fazer um ato simbólico de lavagem da rampa. Seria uma experiência lúdica de uma demanda da sociedade, que não quer ter um presidente ficha suja”, disse o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa. A organização não-governamental é responsável por recolher assinaturas, em uma petição eletrônica, contra a candidatura de Renan. O grupo argumenta que a eleição do líder do PMDB para a Presidência do Senado representa um “tapa na cara da sociedade brasileira e mais um passo das lideranças políticas que hoje controlam o Congresso Nacional para a desmoralização do parlamento”.
(…) 

O QUE O BRASILEIRO ESTÁ FAZENDO COM A DEMOCRACIA

Por que Renan deve ser o presidente do Senado pela segunda vez? Ou: Um homem e as NOSSAS circunstâncias

Por que Renan Calheiros (AL), apesar de sua biografia — e temo que possa ser “por causa dela” —, deve ser o presidente do Senado pela segunda vez? 

Uma coisa se pode dizer com absoluta certeza: essa cadeira ele não vai roubar de ninguém. Se chegar ao posto, mesmo depois de ter sido obrigado a renunciar a ele, não será como um usurpador, senão, isto sim, como um ungido pela maioria — que, então, merece tê-lo naquele lugar. E essa maioria também não foi nomeada por um ditador; não é constituída pelos famigerados “senadores biônicos” do Pacote de Abril, de Geisel (quem ainda se lembra?). Nada disso! Os eleitores de Renan foram eleitos por Sua Majestade o povo. 

Nas democracias, no que concerne à política, é raro que o povo tenha menos do que aquilo que merece, entendem?
Eu já disse mais de uma vez o que penso de Renan Calheiros. Também expliquei por que as oposições, o PSDB em particular, só têm uma coisa decente a fazer  — votar em Pedro Taques (PDT-MT), mesmo para perder. Parece que os tucanos podem ir por esse caminho; podem votar em Taques, mas notem que o partido não move uma palha para criar, assim, uma espécie de movimento. É que, se Renan vencer, também não é tão mau assim. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) o convidou a retirar a sua candidatura. Renan agradeceu, mas não aceitou o convite…
A verdade dramática, meus caros, é que, independentemente do que achemos de Renan e do que sabemos de sua trajetória, ele não é um marginal na Casa. Ao contrário: é uma de suas estrelas mais reluzentes. 

Isso fala um tanto sobre o Senado, mas também sobre a política e as escolhas populares, ora essa! 

Jaqueira não dá maçãs. E Renan está aí não é de hoje, certo?
(...)
Muitos dos analisas que ficam horrorizados com Renan — e por bons motivos — são, por exemplo, críticos azedos dos republicanos dos EUA, que estariam interessados em impedir Santo Barack Obama de governar. Pois é… Por lá, os Renans e Sarneys não rendem frutos porque a política é pão, pão, pasta de amendoim, pasta de amendoim. Por aqui, temos a conciliação como um vício, e a clareza é considerada coisa de gente de maus bofes. 

No Brasil, a raposa política que sempre se dá bem, que sempre está no poder, que sempre está por cima é vista como expressão da sagacidade.
Vejam o tratamento que certa imprensa tem dispensado a José Serra, por exemplo. Há quem goste dele, há quem não goste — e não há novidade nisso; assim é com todo mundo. Mas não se pode dizer que o homem ora está lá, ora está cá. Ao contrário: certa fama de intransigência o acompanha. Perdeu e ganhou eleições. Quando perde, fica fora do poder. Quando ganha, ele o exerce. Nunca pôde ser um Sarney — que é governo desde a era a Juscelino — ou mesmo um Renan Calheiros. 

Dia desses, uma charge bucéfala num jornal o caracterizava entre as coisas fora de moda. A convicção caiu da moda. Não é coisa de espertos.
Eu posso, sim — e mais alguns tantos, mas não muitos — , lastimar que Renan chegue à Presidência do Senado pela segunda vez porque, em política, eu acho que a ausência de confronto e a permanente conciliação criam o ambiente ideal para a prosperidade dos maus representantes do povo. Eu gosto de clareza e de gente que ou é palmeirense ou é corintiana; ou é vascaína ou é flamenguista. 
(...)
Eu lamento a possibilidade, quase a certeza, de que Renan chegue à Presidência do Senado pela segunda vez. Mas ele não surge do nada. É a expressão do que os brasileiros fizeram até aqui com a sua democracia.
Por Reinaldo Azevedo

TODAS AS AUTORIDADES SÃO CULPADAS, DE NADA ADIANTA O JOGO DE EMPURRA-EMPURRA

Esperadas desde domingo, as explicações públicas para a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul acabaram se resumindo, nesta terça-feira, a um jogo de empurra e de acusações mútuas entre autoridades municipais e estaduais.

Pressionados por amigos e familiares dos mais de 230 jovens mortos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, e pela imprensa nacional e internacional, prefeitura e Corpo de Bombeiros entraram em rota de atrito.

15h30

O primeiro sintoma da crise veio a público às 15h30min, quando o major Gerson Pereira, chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, concedeu entrevista coletiva na sede da corporação no município. No meio da conversa, transmitida ao vivo por veículos de comunicação, ele foi desautorizado a falar com jornalistas pelo governador Tarso Genro.

A reprimenda veio depois que o major, exaltado, disse que “a culpa” pelo incidente não pode ser atribuída à sua equipe, mas admitiu que havia “coisas erradas” na casa noturna. Pereira negou que as falhas fossem de responsabilidade dos bombeiros e insistiu em afirmar que o estabelecimento podia funcionar mesmo com o alvará de prevenção e proteção contra incêndio vencido.

Depois de ter sido chamado com urgência por um colega para o lado de fora da sala, Pereira voltou e avisou que não poderia mais se pronunciar:— Recebi uma determinação de que quem trata desse assunto agora é o governador.

Minutos antes, em outra entrevista no Palácio Piratini, Tarso já havia demonstrado descontentamento com a postura assumida pelos comandos do Corpo de Bombeiros e da Brigada Militar no caso. O governador reconheceu que a danceteria não deveria estar aberta “de jeito nenhum”. — O chefe dos bombeiros não falou demais. Ele falou completamente errado. Bombeiros não autorizam o funcionamento de nada. Quem dá o alvará é a prefeitura — corrigiu Tarso.

16h30

Em mais uma rodada de entrevistas, foi a vez da prefeitura evitar as responsabilidades. Diante de um batalhão de cinegrafistas, fotógrafos e repórteres, o prefeito Cezar Schirmer fez um comunicado oficial de 13 minutos e liberou o acesso a documentos referentes à boate, que comprovam que o alvará de prevenção e proteção contra incêndio perdeu a validade em 10 de agosto de 2012. Mas, visivelmente tenso e cansado, saiu sem responder a nenhuma pergunta. Mais tarde, Schirmer explicou que não tinha condições, naquele momento, de prestar esclarecimentos.

— Eu cumpri rigorosamente o meu dever. Não há como colocar um fiscal ao lado de cada pessoa para ver se ela está cumprindo a lei. A avaliação das condições de segurança foi atestada pelos bombeiros — falou Schirmer, horas mais tarde.

16h45

No meio da tarde, porém, após do pronunciamento do prefeito, o secretário de Governo, Giovani Mânica, garantiu: — A prefeitura não é responsável.

18h00

Na Delegacia Regional da Polícia Civil em Santa Maria, uma quarta coletiva de imprensa havia jogado mais lenha na fogueira. — Ainda não recebemos nenhum documento do Corpo de Bombeiros sobre em que fase estava o processo de renovação da licença da boate e se os requisitos exigidos haviam sido atendidos — disse o delegado regional Marcelo Arigony.

A promessa era de que essas informações chegariam ainda ontem aos inspetores. Até as 18h, conforme Arigony, a espera pela documentação prosseguia. A impaciência dos policiais com os bombeiros em enviar os dados era tanta que um delegado sugeriu ingressar na Justiça para obter o dossiê por força de lei. Foi dissuadido, mas a hipótese não está descartada. Além de aguardar o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio, os responsáveis pela investigação solicitaram uma lista de funcionários municipais responsáveis pela emissão de alvarás e a fiscalização.

19h22

Numa tentativa de amenizar o mal-estar, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, divulgou nota oficial às 19h22min de terça-feira para prestar “esclarecimentos”. Em seu texto, deu a entender que a culpa é dos proprietários do empreendimento. Entre outros fatores, era dever deles, segundo Abreu, “manter as rotas de fuga totalmente desobstruídas, o que não ocorreu”.

O que ainda não tem resposta
  1. Por que a boate seguiu aberta com o alvará vencido?
  2. Por que a Kiss foi autorizada a funcionar mesmo sem ter requisitos básicos de segurança?
  3. Por que as autoridades não mostram o plano de prevenção contra incêndios da casa, que embasou a autorização para o funcionamento?
  4. Por que os efeitos pirotécnicos eram rotina nas apresentações da banda e não foram coibidos?

(Matéria do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre)

‘Boate Kiss não poderia estar funcionando’, afirma delegado

Sérgio Roxo, O Globo

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul ficou convencida nesta terça-feira de que a boate Kiss, destruída por um incêndio na madrugada de domingo que causou 234 mortes, apresentava uma série de irregularidades e não poderia estar funcionando. Simultaneamente, o Ministério Público abriu inquérito para apurar falhas na fiscalização e se houve falha ou omissão de agentes públicos da prefeitura da Santa Maria e do Corpo de Bombeiros.

O delegado Marcelo Arigony, que coordena as investigações, enumerou pelo menos cinco irregularidades passíveis de impedir o funcionamento da boate: recebia frequentemente mais público do que o alvará permitia; a saída de emergência era insuficiente para o tamanho da movimentação; o PPCI (Plano de Proteção e Combate a Incêndio) estava vencido desde 10 de agosto de 2012; o alvará sanitário tinha perdido a validade em 31 de março de 2012; e a planta baixa havia sido modificada e estava em desconformidade com o alvará de localização.

Tumulto na boate Kiss Foto: Zero Hora


IRRESPONSABILIDADE - Banda usou sinalizador para ambiente externo em boate do RS

O Globo


O sinalizador usado durante um show na boate que pegou fogo matando 235 pessoas em Santa Maria não era para uso interno, disse a polícia nesta terça-feira, mesmo dia em que autoridades revisaram o número de mortos na tragédia e em que familiares das vítimas fizeram uma manifestação responsabilizando agentes públicos pelo desastre.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul disse ter chegado à loja na qual integrantes da banda Gurizada Fandangueira compraram o sinalizador para ser usado na apresentação na boate Kiss e comprovou que o artefato era apenas para uso externo, e não em ambientes fechados.

A escolha se deu, de acordo com a polícia, por conta da diferença de preço. Enquanto o valor do artefato externo era de 2,50 reais, o sinalizador adequado para uso interno custava 70 reais.

A investigação encontrou uma série de outras irregularidades, como alvarás vencidos, extintores falsificados ou vencidos, o tamanho pequeno da porta do estabelecimento e a superlotação.
(...)


A entrevista coletiva chegou a ser interrompida por cerca de 100 manifestantes, entre parentes e amigos das vítimas da tragédia, que pediram em cartazes o impeachment do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), e chamaram ele e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), de "omissos".

"Não foi uma fatalidade", disse um dos manifestantes usando um megafone.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

VOCÊ CAIU NO CONTO DA CONTA DE LUZ?






Dilma sobe gasolina 6,6%, sem cadeia nacional de TV.
Coturno

A Petrobras comunica o reajuste nas refinarias de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, a vigorar a partir da meia noite do dia 30 de janeiro de 2013. A noticia está no Portal da empresa.

Dilma, claro, não vai chamar cadeia nacional.
*
Leiam também o que informa o jornalista Claudio Humberto:

Luz aumentou
antes de Dilma
anunciar redução

Empresas de energia passaram a reajustar tarifas tão logo a presidenta Dilma anunciou em outubro a intenção de reduzi-las. Já em novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou um reajuste de 12%, mas alguns estados, como o Rio de Janeiro, segundo queixas de consumidores, aumentaram a conta de luz até 27,5% antes de Dilma informar na TV, dia 23, que as contas seriam reduzidas em até 18%.


Dando tempo

Técnicos do setor elétrico e políticos acham que anunciar a redução com antecedência deu tempo às empresas para reajustar seus preços.

Velha prática

A oposição estrilou. “É a velha prática de dar com uma mão e tirar com a outra”, criticou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).


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(Vejam o que o senador Álvaro Dias disse ainda em 2009 a respeito da gestão da direção da PETROBRAS. 

"A oposição, na verdade, quer proteger a empresa. Ela foi loteada entre os partidários do governo que fazem uma administração claudicante e temerária da companhia. O governo está possuído pela paranoia. O comportamento [de atacar a oposição] mostra a ausência de argumentos mais inteligentes para contestar uma ação que é um dever da oposição", disse Álvaro Dias.

A justificativa do desgoverno, diga-se Lula e Dilma, foi a de que o senador era um "golpista", torcia pelo pior e contra o Brasil, que os tucanos tinham interesse em usar a CPI para "desmoralizar" a empresa e prepará-la para a privatização. 

A versão petista enganou muita gente. O rombo da empresa, que deveria ser manchete na imprensa,  foi abafado e só agora começam a aparecer os resultados catastróficos. Mais Aqui na Folha

Agora é Dilma que volta com esse discurso requentado sobre a falta de investimentos em energia, o que faz com que o Brasil venha sofrendo uma série de apagões, como mostra matéria do Estadão.)

VOCÊ VAI CAIR NO CONTO DA GERENTONA?

O GOSTO DO ELEITOR: INFELIZMENTE, OS QUE QUEREM O MELHOR PARA O BRASIL SÃO A MINORIA

Serra, o voto distrital e o gosto de cada um. Ou: Quem pede a aposentadoria de quem

Por Reinaldo Azevedo

Apontei aqui ontem, analisando um texto opinativo da Folha, a histeria anti-Serra e anti-Alckmin que toma conta de setores da imprensa paulistana. Não me lembro de ter visto coisa parecida. Os dois políticos são tratados por certos “analistas” como se fossem usurpadores do mandato popular e nunca tivessem sido eleitos por ninguém. 

Essa gente nunca pediu a aposentadoria de Paulo Maluf. Essa gente nunca pediu a aposentadoria de José Sarney — era colunista da Folha até outro dia, se a memória não me trai. Essa gente nunca pediu a aposentadoria de Lula, que decide candidaturas e dá aulas de gestão para o prefeito Fernando Haddad e para auxiliares de primeiro escalão de Dilma. Mas praticamente exige, como se houvesse alguma legitimidade ou sentido, a aposentadoria de Serra.
Além do petismo quase militante presente nas redações, há, claro, as frações do tucanato que se dedicam à fofoca e à delinquência política. 

Até parece que o PSDB está em condições de hostilizar um dos fundadores do partido e um dos políticos mais tecnicamente preparados do país. 

Mas a hostilidade existe, sim, em certos nichos e se converte em maledicência nas colunas de notas. Petistas podem se odiar — e há ódios incontornáveis por lá, saibam disso. Mas evitam a prática do tiro ao alvo contra aliados de partido, esporte predileto de alguns tucanos. O resultado é o que se vê. Adiante.
No texto que comentei ontem, o autor, Ricardo Mendonça, emprestava quase tom de denúncia ao fato de que Serra havia sido convidado para dar uma palestra sobre sistema eleitoral brasileiro na sede do diretório estadual do partido. Por alguma, razão, Mendonça achou o convite descabido. Por alguma razão, pareceu-lhe impróprio o convite feito a um dos fundadores do PSDB, deputado constituinte, senador, ministro, prefeito da capital, governador e duas vezes candidato à Presidência. Onde já se viu uma coisa dessas?
É que ele estava anunciando uma descoberta, tanto que exclamou: “Bingo!”. Segundo disse, no encontro de hoje, os aliados de Serra o lançariam como pré-candidato à Presidência, e Mendonça, que não censura Lula por ter disputado cinco vezes a Presidência (e uma o governo de São Paulo), acha que Serra já foi candidato demais! Como antevi aqui, no encontro desta segunda, nem se tocou em 2014, e o ex-governador, indagado a respeito, se negou a falar sobre o assunto.
VOTO DISTRITAL

Serra falou, isto sim, em defesa do voto distrital, uma tese abraçada por este blog há muito tempo, como sabem. 
Fez o elenco das vantagens do modelo: 

1) barateia as campanhas uma vez que o deputado disputa a eleição num colégio menor de eleitores; 

2) aproxima o representante do representado; 

3) torna a representação mais justa.
(...)
É a primeira intervenção pública de Serra depois da eleição municipal. Aos jornalistas, disse estar em “fase de descanso e arrumação” e afirmou que voltará a tratar de política em março ou abril. 

Os que apreciam a biografia de Maluf, Sarney e Lula nunca lhes pediram que se aposentassem. 
Eu, com ênfase, cobro que Serra não se aposente.
Cada um com seu gosto.

Em fase de 'descanso e arrumação', Serra defende voto distrital

O Globo

Em fase de "descanso e arrumação", segundo suas palavras, o ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB derrotado na disputa pela Prefeitura da capital paulista, José Serra, defendeu que os tucanos façam do voto distrital uma bandeira partidária na discussão sobre a reforma do sistema eleitoral brasileiro.

O tucano fez a afirmação durante a abertura do congresso estadual do PSDB-SP, nesta segunda-feira, em São Paulo. Para Serra, o sistema atual é caro e enfraquece os partidos. "Defendo o sistema distrital nos municípios grandes e o distrital misto nos Estados. Uma parte de eleitos pelo distrito e uma por uma lista elaborada pelo partido".


O tucano defendeu que a sigla empunhe a bandeira do voto distrital. "Creio que, se for transformada em uma proposta partidária e aprovada no plano nacional, será um avanço muito grande. Ter como questão partidária definida é um passo na afirmação do processo democrático", observou.

No sistema de votação distrital, desejado por Serra, o território é dividido em distritos, de acordo com o número de parlamentares. Os candidatos passariam então a concorrer apenas em um determinado distrito, o que em tese baratearia o custo da campanha. "Hoje um deputado tem de percorrer o Estado todo em busca de voto", argumentou Serra.

Na saída do evento, o tucano não quis falar à imprensa. "Estou em uma fase de descanso e arrumação", limitou-se a dizer. Sobre os rumores de que poderia deixar o PSDB para concorrer novamente à Presidência da República, em 2014, rechaçou: "Tem muita plantação, muita bobagem".