segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A PRODUÇÃO QUE SALVA O BRASIL, APESAR DO DESGOVERNO QUE QUEBRA A INDÚSTRIA, DA FUNAI, DO INCRA, DO MST, DO CIMI E DAS ONGS QUE FINANCIAM O ECOTERRORISMO

Leiam no EDITORIAL publicado no Estadão de hoje, com o título "Recordes no campo":

O setor mais dinâmico da economia brasileira será de novo, em 2013, a agricultura, se estiverem certas as projeções da safra de grãos e oleaginosas divulgadas quarta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A Conab calcula uma safra de 180,4 milhões de toneladas, 8,6% maior que a anterior. Segundo o IBGE, a produção aumentará 9,9% e chegará a 178 milhões de toneladas. Qualquer dos dois números representará mais um recorde. A colheita de 2011-2012 também foi sem precedente - 166,2 milhões, de acordo com uma das estimativas, 162,1 milhões, segundo a outra.

Mesmo com a perspectiva de alguma acomodação de preços no mercado internacional, as cotações devem permanecer bastante altas, principalmente no caso da soja, para compensar o esforço dos produtores.

Mais uma vez, tudo indica, o agronegócio deverá ser a principal e mais segura fonte de receita e de superávit no comércio externo. Em 2012, as exportações do agronegócio atingiram o recorde de US$ 95,8 bilhões. Esse valor foi apenas 1% maior que o de igual período de 2011, por causa das condições de demanda.

A crise esfriou os grandes mercados e os preços caíram em média 7,1%. No entanto, mesmo com a desaceleração da economia da China, as exportações para aquele país foram 8,9% maiores que as de igual período do ano anterior e chegaram a US$ 17,9 bilhões. 

No conjunto, o agronegócio ainda proporcionou um superávit comercial - outro recorde - de US$ 79,4 bilhões, suficiente para neutralizar a maior parte do déficit acumulado no ano pela indústria manufatureira.

No fim do ano, somados os resultados positivos e negativos dos vários setores envolvidos no comércio internacional, a balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 19,4 bilhões. Em 2013, tudo indica, a agropecuária e a indústria processadora de alimentos deverão novamente ser importantes fatores de segurança para as contas externas do Brasil.

Isso dependerá, naturalmente, também da produção e do comércio de outras lavouras, como as de café e cana, e das condições de mercado das carnes. De janeiro a novembro, a exportação de soja e derivados, no valor de US$ 25,5 bilhões, forneceu a principal contribuição para a receita cambial do agronegócio. Mas as vendas de carnes também foram muito importantes, com faturamento externo de US$ 14,3 bilhões. Em terceiro lugar ficaram as vendas de açúcar e álcool, US$ 13,5 bilhões. Mas é sempre bom levar em conta um detalhe: a produção de milho e de outras fontes vegetais de ração é essencial para o bom desempenho das exportações de carnes.

Alguns dos plantios já estão bem avançados para permitir uma avaliação razoavelmente exata da área cultivada. A estimativa de maior produção baseia-se, em parte, na expectativa de melhores condições de chuva nas Regiões Sul e Nordeste, afetadas até agora por secas. Também se levam em conta os resultados médios obtidos em safras passadas e o uso de tecnologias adequadas. A Conab projeta grandes aumentos de produção de soja (24,5%), feijão (13,8%) e arroz (4%). A de milho deve praticamente repetir-se, com redução de 1,1%, e a de algodão deve diminuir (23,2%). A redução mais ampla, de 25,7%, é a do trigo.

Apesar da produção ligeiramente menor, a Conab estima para a temporada 2012-2013 um aumento do estoque final do milho, de 6,7 milhões para 12,7 milhões de toneladas. Os estoques de soja em grãos devem passar de 444 mil para 4,7 milhões de toneladas, mesmo com exportações bem maiores. A disponibilidade final de arroz e de feijão deve ser pouco menor que a da temporada anterior, mas, de modo geral, as condições de abastecimento devem permanecer bastante favoráveis.

A variação dos preços no mercado interno deverá depender, portanto, principalmente das condições do mercado internacional, se as previsões de produção se confirmarem. Isso dependerá em boa parte, é claro, de condições de tempo melhores que as do ano passado, com chuvas em volume adequado nos lugares e nos momentos certos.

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