quarta-feira, 29 de junho de 2016

PT DESTRUÍU A IMAGEM DO BRASIL NO EXTERIOR


‘DESINVESTIMENTO’ APAVORA EMPRESÁRIOS DO RIO
O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Protásio, desembarca em Brasília nesta quarta (29), com uma ideia fixa: convencer o presidente Michel Temer a liderar esforços para melhorar a imagem do Brasil no exterior. Zika vírus, ladroagem da era PT e a mentira do “golpe” estão provocando o que os especialistas denominam de “desinvestimento” no País. A situação é mesmo grave.

IMAGEM NO LIXO
O Brasil precisa recuperar a confiança dos investidores para retomar o crescimento, mas, com imagem no lixo, isso é cada vez mais distante.

Escândalos de corrupção, ainda que combatidos por operações como a Lava Jato, afugentam aqueles que temem pela sorte do seu dinheiro.

A perda do grau de investimento pelas maiores agência de rating do mundo foi decisiva para acelerar a debandada de investidores.

Leia mais na coluna do jornalista Claudio Humberto

terça-feira, 28 de junho de 2016

OPERAÇÃO BOCA LIVRE

Ministério da Cultura fazia fiscalização 'pífia', diz MP sobre grupo que desviou R$ 180 mi

A Operação Boca Livre, deflagrada hoje, prendeu 14 pessoas que fraudavam a captação de recursos via Lei Rouanet

Por: Nicole Fusco, VEJA

 Ministério da Cultura fazia fiscalização 'pífia', diz MP sobre desvio de R$ 180 milhões

O Ministério Público Federal entende que o Ministério da Cultura exerceu uma fiscalização "pífia" em relação aos projetos apresentados pelo grupo de produtores culturais alvo da Operação Boca Livre, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal. A ação, que cumpriu 51 mandados judiciais em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, mirou um esquema de fraudes na captação de recursos junto ao Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet.

Conforme mostraram as investigações, na maioria dos casos os projetos eram apresentados em duplicidade. Ou seja, continham o mesmo conteúdo, o mesmo folder de apresentação, o mesmo projeto e tinham apenas o nome alterado. "O Ministério da Cultura exercia uma fiscalização pífia ou nenhuma para que esses projetos plagiados e copiados não fossem identificados como tais", afirmou a procuradora Karen Louise Jeanette Khan, em entrevista coletiva concedida em São Paulo na manhã de hoje.

O grupo, composto por catorze pessoas - todas presas nesta manhã na capital paulista -, agia desde 2001 e conseguiu desviar 180 milhões de reais por meio da Lei Rouanet. Segundo a Polícia Federal, os criminosos apresentavam projetos ao Ministério da Cultura para captação de recursos com a iniciativa privada. Esses projetos eram superfaturados e os valores eram revertidos em favor do próprio grupo e de seus patrocinadores. "O objetivo da lei [Rouanet] em momento algum foi atingido. Vimos eventos privados sem nenhum cunho cultural", disse o delegado regional da PF, Rodrigo de Campos.

LEIA MAIS:

'Boca livre que nós pagamos', diz ministro sobre casamento bancado com Lei Rouanet

As empresas que patrocinavam os projetos fraudados se beneficiavam duas vezes do esquema: pela parcela do superfaturamento que era repassada a elas e também por meio da dedução do Imposto de Renda, conforme prevê a Lei Rouanet. Além disso, em alguns casos, a Controladoria-Geral da União (CGU), que atuou em parceria com a Polícia Federal nas investigações, identificou o pagamento de propina de 30% dos valores captados junto ao Ministério da Cultura, que seriam pagos por esse grupo de produtores culturais às empresas patrocinadoras.

Além do Ministério da Cultura, as investigações citam as empresas Bellini Eventos Culturais, Scania, KPMG, o escritório de advocacia Demarest, Roldão, Intermedica Notre Dame, Laboratório Cristalia, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil. O casamento do filho do empresário Antonio Carlos Bellini Amorim, do Grupo Bellini, em Jurerê Internacional, em 25 de maio deste ano, seria um dos eventos bancados com verbas da Lei Rouanet. Em dois vídeos sobre o evento, divulgados em redes sociais, um no dia anterior ao casamento e outro na cerimônia, é possível ver os convidados com taças de bebidas.

domingo, 26 de junho de 2016

O FRACASSO DA TELE-LULA (OI VIROU TCHAU)

Envolta em escândalos desde sua criação e atolada em dívidas de R$ 65,4 bilhões, a Oi expõe a falência de uma política que privilegiava os amigos do ex-presidente

O fracasso da Tele-Lula


GRATIDÃO Sócio da Gamecorp, Fábio Luís da Silva, o Lulinha, faturou milhões com a Oi

Fruto de um projeto megalomaníaco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política das empresas “campeãs nacionais” foi inaugurada em 2007 com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES). O objetivo tinha amplo apelo populista: concedendo crédito barato, o governo contribuiria para o crescimento de grandes companhias brasileiras com potencial para se tornarem líderes no mercado global. Com isso, o País aumentaria as exportações, as ofertas de emprego e colocaria brasileiros em posição de protagonismo na economia internacional. No total, as regalias somaram cerca de R$ 18 bilhões que foram investidos em pouquíssimas empresas – entre elas, a operadora Oi, que entrou com um pedido de recuperação judicial na semana passada. Mas a Oi não é resultado apenas da ambição desmedida de Lula. Ela serviu também para viabilizar negócios escusos de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente. A sucessão de erros na gestão da empresa, associada a transações suspeitas, culminou em uma dívida de R$ 65,4 bilhões e expôs de maneira inédita o fracasso de uma política destinada a privilegiar os amigos, em detrimento de outras companhias e do próprio mercado.



Líder no segmento de telefonia fixa, mas apenas a quarta em serviços móveis, a Oi é resultado da controversa fusão entre a Telemar e a Brasil Telecom, que ocorreu em 2008. Para aprová-la, o ex-presidente teve que mudar as regras de livre concorrência impostas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e flexibilizou a lei geral de outorgas, que proibia a aquisição de uma empresa de telefonia fixa por outra em região diferente. Tanto empenho do ex-presidente vem da gratidão à supertele, que se associou à Gamecorp, produtora de programas de tevê sobre games da qual Lulinha é sócio. Em 2007, quando a Oi era apenas Telemar, a empresa repassou cerca de R$ 2,8 milhões à Gamecorp. Em 2009, a produtora faturou R$ 3,6 milhões com a parceria. No ano seguinte, Lula participou da fusão da Oi, que já não ia bem, com a também endividada Portugal Telecom e, mais uma vez, levantou suspeitas. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula as empresas de capital aberto, desconfia que o negócio tenha sido fechado para favorecer os dois principais acionistas: os grupos Jereissati (LaFonte Telecom) e Andrade Gutierrez.

Além dos esquemas que carrega desde sua criação, a supertele de Lula sofreu com as mudanças recentes do mercado de telecomunicações. Com o foco no obsoleto segmento de telefonia fixa, não havia caixa para investir na telefonia móvel e na banda larga. Assim, a Oi encerrou o ano passado com um prejuízo de R$ 5,3 bilhões. Diante de resultados tão ruins, o presidente Bayard de Paoli Gontijo renunciou ao cargo no início do mês. Agora, a Oi terá 60 dias para apresentar seu plano de recuperação aos credores, que terão um prazo de 180 dias para analisar e concluir pela aceitação ou recusa da proposta. A companhia vai suspender o pagamento de suas dívidas, mas terá que dizer como serão pagas. No tempo em que durar a recuperação, as ações não poderão ser negociadas em bolsa. Se os credores não aceitarem o pedido, a supertele que foi planejada pelo ex-presidente Lula como marco na economia brasileira deverá fechar as portas como um de seus fracassos mais retumbantes.

O PORTA-VOZ DA QUADRILHA

BRASIL 171 - Attuch: o blogueiro, que já teve a prisão solicitada pelo Ministério Público, recebeu 120.000 reais em propinaBRASIL 171 - Attuch: o blogueiro, que já teve a prisão solicitada pelo Ministério Público, recebeu 120.000 reais em propina(Sergio Dutti/VEJA)

VEJA

A Polícia Federal está no encalço de outro notório personagem do submundo petista. O blogueiro Leonardo Attuch firmou milionárias parcerias comerciais com os governos de Lula e Dilma. Movido a verbas públicas, mas não só, ele usa um blog chamado Brasil 247 para difamar adversários do PT e publicar textos patrocinados pelos contratantes, alguns deles presos e condenados. 

No ano passado, os investigadores descobriram que Attuch tinha outra fonte de renda. Recebia dinheiro de personagens ligados ao petrolão, abastecendo-se do propinoduto da estatal. 

Os procuradores chegaram a pedir a prisão do blogueiro depois que um dos envolvidos no escândalo confessou ter repassado a ele 120.000 reais. Na época, Attuch explicou que o pagamento era por um serviço de "produção de conteúdo jornalístico". 

Antes de deferir a prisão do "suposto jornalista", como classificou Attuch no despacho, o juiz Sergio Moro achou prudente aprofundar as investigações. Na semana passada, Attuch foi conduzido à PF para se explicar. A polícia descobriu que o tal pagamento foi feito por determinação do tesoureiro João Vaccari, com o dinheiro roubado de servidores e aposentados endividados.

ARAPONGAGEM - PETISTAS ESPIONAM TEMER

PETISTAS NO GOVERNO ESPIONAM TEMER PARA DILMA

SUSPEITA É QUE DOCUMENTOS SÃO COPIADOS PARA TURMA DE DILMA



Com a demora na substituição de petistas herdados do governo Dilma, ocupantes de cargos de direção e assessoramento superior estariam fazendo cópias clandestinas de informações estratégicas do governo Michel Temer para serem repassados à equipe de Dilma Rousseff, segundo setores de inteligência. O temor é que os vazamentos deixem a administração vulnerável a boicotes e até a ações de sabotagem. A informação é do colunista Cláudio Humberto, doDiário do Poder.

O governo suspeita que estariam sendo feitas cópias de informações em instituições como Dataprev, Funai, Funasa e INSS.

Ministros palacianos dizem que “os dados estão sendo espelhados”, um eufemismo para furto de informações.

Há mil nomeações pendentes, mas o governo continua à espera da liberação pela Abin, encarregada de verificar a ficha de cada indicado.

Acendeu o sinal vermelho no governo quando um convênio de R$ 100 milhões da Dataprev foi copiado e ninguém encontrou o responsável.

sábado, 25 de junho de 2016

ASSALTO AOS ENDIVIDADOS

Josias de Souza chama o desvio de dinheiro do crédito consignado daquilo que de fato é: "o assalto do Partido dos Trabalhadores aos aposentados e servidores públicos endividados." Acrescenta: "com a invenção da propina descontada no contracheque, o PT atingiu o ápice do despudor e da desfaçatez."

PT criou propina descontada no contracheque!

Josias de Souza


Desde que explodiu a Lava Jato, há dois anos e três meses, o país procura um significado maior de qualquer coisa que resuma essa época. Os brasileiros do futuro talvez selecionem como um destes episódios maiores o assalto do Partido dos Trabalhadores aos aposentados e servidores públicos endividados. Dirão que foi um fato histórico porque só então, com a invenção da propina descontada no contracheque, o PT atingiu o ápice do despudor e da desfaçatez.

O consignado, como se sabe, é um tipo raro de empréstimo. É bom para quem toma dinheiro emprestado porque as taxas de juros são baixas. É ótimo para o banco que empresta porque a prestação é descontada mensalmente do salário do servidor ou da pensão do aposentado. No aperto, milhares de brasileiros aproveitaram. E tornaram-se, sem saber, uma oportunidade que o PT aproveitou.

Entre 2010 e 2015, os milhares de brasileiros que se penduraram no consignado pagaram uma taxa de administração inusual. Estava embutida em cada parcela mensal a cifra de R$ 1,25. Dinheiro destinado a um intermediário chamado Consist Software, contratado pelo Ministério do Planejamento a pretexto de administrar o serviço.

Descobriu-se que a Consist retinha em sua caixa registradora apenas R$ 0,40. Os outros R$ 0,85 viravam propina. De centavo em centavo, foram assaltados R$ 100 milhões. Perto dos bilhões pilhados na Petrobras e no setor elétrico, parece dinheiro de troco. No entanto, entre todos os roubos praticados na era petista, foi esse que acabou com o que restava do melhor legado daquele ex-PT da fase sindical: a sensibilidade social e o respeito ao trabalho.

Andrey Borges de Mendonça, um dos 30 procuradores da República que se ocupam da investigação, resumiu o descalabro: “R$ 100 milhões foram desviados de funcionários públicos e pensionistas endividados, que se privaram de medicamentos, e de suas necessidades básicas para abastecer os cofres de corruptos. Isso tem que nos causar indignação, isso não pode ser algo natural da nossa sociedade.”

O que mais assusta na marcha da política rumo à delinquência não é a crueza, mas a hipocrisia. No gogó, o petismo é avesso à privatização. Para incrementar as propinas, admite qualquer negócio. Dispunha de uma empresa pública, o Serpro, para organizar o consignado. Preferiu privatizar o serviço, direcionando-o à Consist. Nada mais natural.

Se a pregação de líderes pseudo-esquerdistas como Lula havia ensinado alguma coisa era a não esperar nenhum tipo de hesitação altruísta do capital. Ele opera segundo as regras fixadas na Lei da Selva.

No futuro, quando puderem analisar a conjuntura atual sem ter de tapar o nariz, os brasileiros concluirão: o que assustou as almas mais ingênuas foi a facilidade com que se operou a autodissolução do PT como partido político e a rapidez com que a legenda estruturou a coalizão que dava suporte aos seus governos como uma lucrativa organização criminosa.

A sujeira prosperou tanto que acabou desenvolvendo no Brasil a indústria da limpeza ética, cujo principal empreendimento é a Lava Jato.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

PT COM BOLSOS VAZIOS? DUVIDO

BOLSOS VAZIOS



Mônica Bergamo / FSP

Dilma agora apela para financiamento coletivo para viajar


A equipe de Dilma Rousseff está preparando uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) para arcar com os custos das viagens dela pelo Brasil.

VIDA DURA 2
A conta das viagens tinha sido repassada ao PT, mas estava salgada para o partido. Dilma viaja com pelo menos dez assessores, entre médico, jornalistas, fotógrafo e seguranças. Até agora, a legenda pagou apenas uma viagem dela, há duas semanas, para um encontro com intelectuais em Campinas.

EM CASA
Ontem Dilma não compareceu ao lançamento de um livro sobre o impeachment em SP. Sua presença estava confirmada.

COMO ANTES
Há relatos de que também o Instituto Lula está apertando os cintos. As contribuições de empresas, outrora abundantes, desapareceram.

VIDA QUE SEGUE
Dirigentes do Instituto afirmam que os projetos da em andamento, voltados para a América Latina e a África, estão sendo financiados por recursos arrecadados para eles em 2013 e 2014.

BANCO DE DADOS
Já a empresa de palestras de Lula está praticamente parada. Neste ano, ele não fez nenhuma conferência remunerada.

SOBE E DESCE
Em 2011, depois de deixar a Presidência, Lula fez 31 palestras (21 delas no exterior). No ano seguinte, o ritmo diminuiu já que ele se tratava de um câncer. Em 2013, recuperado, Lula proferiu 20 palestras. Em 2014, dez. No ano passado, apenas três.

terça-feira, 14 de junho de 2016

TODOS A CAMINHO DE CURITIBA, INCLUSIVE LULA


A notícia bombástica do dia é a de que o ministro Teori finalmente enviou as investigações contra o ex-presidente Lula para Sergio Moro. 

Atendendo o pedido do procurador-geral Rodrigo Janot, Teori Zavascki determinou que sejam enviados para Curitiba os processos nos quais o ex-presidente Lula é investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Com isso, passa a estar nas mãos de Moro decisões investigatórias contra o petista, incluindo o temido pedido de prisão.

Não adianta lamentar que tenha anulado a comprometedora gravação do petista com a presidente afastada Dilma Rousseff, que prova o crime de obstrução da Justiça. O que importa é que importa é que Lula será investigado na primeira instância. E uma coisa é certa, os membros que compõem a Lava-Jato farão o que precisa ser feito como garantia de que acabou a impunidade no Brasil, ou seja, Lula e seu bando na cadeia.

As coisas não serão fáceis para o chefão, pois, além de sua situação ter se complicado, não estará solitário nesse imbróglio. Outros petralhas, provavelmente apavorados com a firmeza de Moro, certamente vão complicar a defesa de Lula com possíveis delações premiadas.

Teori manda para Moro casos de corrupção de membros do governo Dilma, é o que informa o Estadão:

SUSPEITOS DE MARACUTAIAS PERDEM PROTEÇÃO DO FORO PRIVILEGIADO


O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, mandou nesta segunda-feira uma série de procedimentos envolvendo ex-ministros e autoridades que compunham o governo da presidente afastada Dilma Rousseff para o juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações na 13ª Vara de Curitiba.

No pacote, há um inquérito contra o ex-ministro Edinho Silva, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo petista. O procedimento, aberto no ano passado na Corte, apura se ele recebeu R$ 7,5 milhões de propina da UTC Engenharia para a campanha da petista em 2014. A investigação tem como base a delação do dono da empreiteira, Ricardo Pessoa.

Ainda há quatro citações, feitas pelo ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, e que ainda não haviam ensejado inquéritos no STF. Elas envolvem os ex-ministros Jaques Wagner e Ideli Salvatti; o ex-líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (sem partido-MS); e o ex-presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli.

Em duas das citações, Cerveró relatou ao Ministério Público Federal que Gabrielli repassou um "grande aporte de recursos" para a campanha de Wagner em 2006 para o governo do Estado da Bahia. Nessa época, segundo as investigações, o ex-presidente da estatal realocou a parte operacional do setor financeiro da empresa do Rio para Salvador sem qualquer justificativa.

Em outro termo da delação, o ex-diretor da estatal relata que afirmou que Delcídio recebeu propina de US$ 10 milhões da empresa Alstom entre 1999 e 2001, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo. O pagamento da propina aconteceu na compra de turbinas para uma termoelétrica que seria instalada no Rio de Janeiro.

Além disso, Cerveró também afirmou que Ideli participou de um almoço em Brasília para tratar da renegociação de uma dívida de cerca de R$ 90 milhões da Transportes Dalçoquio com a BR Distribuidora, braço da estatal. Cerveró não apontou o ano do encontro, mas disse que 'imagina que a ministra Ideli e outros políticos' receberam propina pelo negócio.

Nas mãos de Moro, os cinco procedimentos deverão ser enviados ao Ministério Público do Estado do Paraná antes que o juiz decida sobre seu prosseguimento na 13ª Vara de Curitiba. O órgão deverá dizer se as citações de Cerveró são ou não suficientes para ensejar novas investigações; já o inquérito contra Edinho Silva deverá seguir sua tramitação.

domingo, 12 de junho de 2016

O PAÍS NÃO É DOS PETRALHAS

TEMER CORTA PRIVILÉGIOS E REGALIAS DE DILMA

O que é mais importante, transportar Dilma e sua turma para fazer politicagem com nosso dinheiro ou salvar vidas?


A FAB não transporta mais gente que usa e abusa de todo tipo de regalia em proveito próprio, como faz Dilma para transportar cabeleireiro de luxo e fazer politicagem com dinheiro publico, como fazia a família Lula da Silva que costumava levar amigos dos filhos para fazer turismo na Granja do Torto. Agora transporta órgãos vivos para salvar vidas.

Cada viagem custa R$ 55 mil. O dinheiro público que o PT deixou faltar nas escolas, nos hospitais, nas estradas, na segurança, etc.,  não pode ser usado para o discurso contra o impeachment nem para acusar de golpistas o povo brasileiro e as instituições responsáveis pelo combate à corrupção.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o transporte de um fígado para transplante de Salvador (BA) para Recife (PE), nesta quinta-feira (09/06). A solicitação foi feita pela Central Nacional de Transplantes (CNT) ao SALVAERO-Recife que coordenou a operação com o Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), também localizado na cidade. (leiam matéria AQUI)

O corte de aviões da FAB foi só o começo das restrições a Dilma Rousseff, que, afastada por cometer graves crimes contra a Nação, age como se continuasse no cargo. Afastado, Fernando Collor não teve qualquer dos privilégios de Dilma: um exército de assessores, palácio, empregados, carros com motoristas, seguranças, jatos da FAB, nada. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Depois dos aviões da FAB, cartão de crédito, secretárias e seguranças, o governo do presidente Michel Temer cortou o clipping diário de notícias da presidente afastada Dilma Rousseff. Informações do governo interino têm sido indevidamente enviadas para o Palácio da Alvorada por aliados remanescentes no Planalto.

Mais uma atitude correta de Temer foi a de não aceitar pagar hotel de luxo para Dilma e sua turma. Depois de gastar números impressionantes, passa de sessenta mil por mês o gasto com refeições, isso somente com o cartão corporativo, o governo decidiu proibir a presidente afastada de utilizar diversas mordomias. Uma delas foi anunciada neste sábado, 11, por Mônica Bergamo, da 'Folha de São Paulo'.

De acordo com a jornalista, a equipe de Temer não autorizou que a Dilma e sua 'trupe' ficassem hospedados no hotel Renaissance com dinheiro bancado pelo governo federal. Rousseff até ficou no local, considerado um dos melhores hotéis do país, em São Paulo, mas a conta ficará para ela e para o PT.

Segundo Mônica Bergamo, depois de utilizar as acomodações e de ter gasto uma boa quantia no hotel, Dilma ficou sabendo que ela é quem teria que pagar a conta, pois o governo não saldaria o pagamento. 

Outra decisão vai causar impacto nas contas públicas, é o corte de 4.307 cargos comissionados ocupados por petistas, o vulgo cabidão, que vai gerar uma economia de 230 milhões mensais.

Todas essas medidas visam diminuir os gastos da petista que, em 18 dias após o seu afastamento, gastou R$ 650 mil. Isso sem contar o pagamento de mais de 100 funcionários do Palácio do Alvorada, como garçons, arrumadeiras e etc.

Mesmo assim, continuamos pagando a ostentação da petralhada, porque o dinheiro do fundo partidário, que vai manter as regalias de Dilma, também é nosso. Os partidos políticos retiraram do Tesouro Nacional mais de R$ 307 milhões, a título de Fundo Partidário, somente entre janeiro e maio, e o que recebe a maior bolada é justamente o PT..

sábado, 11 de junho de 2016

VACCARI DECIDE ABRIR O BICO

João Vaccari decide quebrar o silêncio

O homem que arrecadou e distribuiu mais de 1 bilhão de reais em propina para o PT, do qual foi tesoureiro, se prepara para falar à Lava Jato

“Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua.”, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT“Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua.”, João Vaccari Neto

Por: Robson Bonin, VEJA

Em março passado, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teve uma conversa reveladora com um de seus companheiros de cárcere. A situação de abandono do superburocrata petista, sentenciado a mais de 24 anos de prisão e com pelo menos outras quatro condenações a caminho, fez o interlocutor perguntar se ele não considerava a hipótese de tentar um acordo de delação com a Justiça. Conhecido pelo temperamento fechado, que lhe rendeu o apelido de "Padre" nos tempos de militância sindical, Vaccari respondeu como se já tivesse pensado muito sobre o assunto: "Não posso delatar porque sou um fundador do partido. Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua". Algo aconteceu nos últimos dois meses. Depois desse diálogo travado com um petista importante e testemunhado por outros presos, Vaccari não resistiu às próprias convicções e resolveu romper o pacto de silêncio. O caixa do PT, o homem que durante décadas atuou nas sombras, o dono de segredos devastadores, decidiu delatar.

Preso desde abril do ano passado, o ex-tesoureiro, hoje no Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Paraná, está corroído física e psicologicamente, segundo relatam pessoas próximas. Ele sabe que a hipótese de escapar impune não existe. Assim como os demais delatores, sabe que, aos 57 anos de idade, a colaboração com a Justiça é o único caminho que pode livrá-lo de morrer na prisão. Os movimentos do ex-tesoureiro em direção à delação estão avançados. Emissários da família de Vaccari já sondaram advogados especializados no assunto. Em conversas reservadas, discutiu-se até o teor do que poderia ser revelado. Um dos primeiros tópicos a ser oferecido aos procuradores trata da campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2014. Vaccari tem documentos e provas que podem sacramentar de vez o destino da presidente afastada, mas não só. O ex-tesoureiro sempre foi ligado ao ex-­presidente Lula e, como ele mesmo disse, conhece a alma do PT.

A cúpula do partido foi informada sobre a disposição do ex-tesoureiro há duas semanas. A primeira reação dos petistas foi de surpresa, depois substituída por preocupação. Até onde o ex-tesou­reiro chegaria? Uma comitiva foi despachada a Curitiba para tentar descobrir. Encarregado da missão estava o líder do PT na Câmara, Afonso Florence, que foi ao presídio acompanhado pelo ex-deputado paranaense Ângelo Vanhoni. Em Pinhais, ainda não se sabe exatamente de que maneira a comitiva conseguiu driblar os controles da prisão e conversar longamente com o ex-tesoureiro. Magoado, reclamando de ter sido esquecido na prisão, Vaccari confirmou sua decisão de quebrar o silêncio. Os petistas retornaram a Brasília estranhamente mais calmos. Florence procurou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha, e relatou a conversa que tivera com Vaccari. "Será uma explosão controlada", disse. O que significava isso? O parlamentar explicou que Vaccari pode prestar depoimentos calculados, detonando explosões com efeito controlado para provar a "ilegitimidade" do governo Temer. Se o plano petista der certo, a carreira política de Dilma Rousseff será liquidada, mas também terá arrastado ao cadafalso o presidente interino Michel Temer, por comprometer a chapa eleita em 2014.

PROCURADOR-GERAL PEDE QUE STF ENVIE CASO DE LULA A SÉRGIO MORO


Estadão


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para que o pedido de denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador cassado Delcídio Amaral (sem partdio-MS) seja remetido ao juiz Sérgio Moro, na primeira instância.

O processo também inclui o ex-assessor de Delcídio, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai, seu filho, Maurício Bumlai, e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.Na denúncia, Delcídio era a única pessoa com foro privilegiado e segurava todos os demais no STF. Como ele foi cassado, perdeu a prerrogativa.

A remessa dos autos terá, agora, que ser autorizada pelo ministro Teori Zavascki. O caso já estava sob sua apreciação antes mesmo da formulação do pedido de Janot. A força-tarefa da Lava Jato estava cobrando o ministro do STF sobre os inquéritosdo ex-presidente. Não há prazo, no entanto, para que o ministro decida sobre o assunto.

A denúncia contra o ex-presidente foi feita no inquérito que investiga se houve uma trama para comprar o silêncio e evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Lula foi apontado por Delcídio como o mandante do pagamento de mesada a Cerveró para evitar que ele falasse sobre um esquema de compras de sondas superfaturadas pela Petrobrás envolvendo Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente.

A tentativa de comprar o silêncio de Cerveró resultou na prisão de Delcídio e na sua posterior cassação pelo Conselho de Ética do Senado. Esteves, Ribeiro e Ferreira também acabaram na cadeia por causa do episódio, cuja principal prova foi uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo.

Numa conversa registrada por Bernardo em outubro, Delcídio e Ferreira cogitam enviar Cerveró para Espanha, via Paraguai, e afirmam que Esteves daria suporte financeiro de R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Petrobrás. O banqueiro não participa da conversa, mas teria tido acesos a trechos do acordo delação de Cerveró que, na época, ainda estava em negociação.

Outras investigações. Os demais inquéritos contra Lula e Delcídio no Supremo envolvem pessoas com foro, o que faz com que os processos permaneçam nas mãos de Teori. O ex-presidente, por exemplo, também é alvo de um pedido de inquérito ao lado da presidente Dilma Rousseff por tentativa de obstruir a Justiça. Mesmo que o Senado decida afastá-la do cargo nesta quarta, ela mantém o foro privilegiado até a conclusão da análise do impeachment no Congresso.

Janot também pediu a Teori para incluir Lula no inquérito mãe da Operação Lava Jato conhecido como “quadrilhão”. Nesse processo, há diversos políticos com foro, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Está no Supremo também a investigação sobre o sítio em Atibaia e no tríplex no Guarujá, imóveis que seriam usados por Lula. Em março, Teori determinou que Moro encaminhasse os processos que envolviam o petista ao STF, por conta do episódio envolvendo a divulgação dos telefonemas entre Dilma e Lula.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

BRAHMA NA MIRA

LAVA JATO ‘APERTA’ ODEBRECHT PARA CHEGAR A LULA

MARCELO PODE DETALHAR O PAPEL DE LULA EM OBRAS NO EXTERIOR



A força-tarefa da Lava Jato acha que Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira mais beneficiada pelo roubo à Petrobras, pode entregar muito mais do que tem feito, na negociação do acordo de delação premiada. Em especial sobre o envolvimento de Lula em negócios suspeitos, em troca de vantagens financeira indevidas, e no esquema que transferia dinheiro do Tesouro Nacional à Odebrecht, via BNDES, sem licitação, por meio de financiamento de obras no exterior. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

No engenhoso esquema de Lula, obras eram financiadas pelo BNDES em ditaduras sem órgãos de controle, tampouco fiscalização.

Apesar de o dinheiro ser do BNDES, órgãos de controle brasileiros não podem auditar obras de Odebrecht no exterior.

Eram “secretos” o contrato do BNDES com a Odebrecht e os “acordos bilaterais” com países como Cuba, Venezuela etc, que os autorizava.

Além da Lava Jato, Lula é investigado pela Operação Janus por tráfico internacional de influência, batalhando obras para a Odebrecht lá fora.

CORREIOS VÃO PRECISAR DE FINANCIAMENTO PARA PAGAR SALÁRIOS

PROJEÇÕES SÃO DE QUE O DINHEIRO NO CAIXA DA EMPRESA TERMINE NO SEGUNDO SEMESTRE


Estadão


Correios vão precisar recorrer a um empréstimo neste ano para conseguir honrar seus compromissos, incluindo salários de empregados e encomendas de fornecedores. As projeções são de que o dinheiro no caixa da empresa termine no segundo semestre. No ano passado, as indicações são de que a empresa tenha terminado com prejuízo de R$ 2,1 bilhões – o balanço ainda não foi publicado. Este ano, até maio, a perda já chega a R$ 700 milhões.

Mais de dez anos após ser o palco inaugural do escândalo do mensalão, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ainda sofre, segundo quem acompanha o dia a dia da companhia, as consequências do aparelhamento político-partidário a que foi submetida nos últimos anos.

A atual direção, composta na maior parte por indicados do PDT, partido do ex-presidente Giovanni Queiroz e do ex-ministro das Comunicações André Figueiredo, tem apenas um membro que é funcionário de carreira, com experiência em logística.

O valor de R$ 2,1 bilhões de perda em 2015 já passou pelo crivo do conselho de administração da estatal, mas ainda não é oficial porque tem de ser submetido a uma assembleia geral ordinária, que não tem data para ocorrer. Procurados, os Correios disseram apenas que “adotam as melhores práticas de governança corporativa” e que só iriam se manifestar sobre o balanço após a aprovação pela assembleia.


Tarifas

Fontes consultadas pela reportagem apontam o represamento do preço das tarifas de serviços, para evitar impactos na inflação, como um dos principais fatores desse prejuízo recorde. Mesmo com o reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 para as tarifas de entrega de cartas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos Correios no ano passado.

Apesar do reajuste, os cálculos são de que as tarifas ainda continuam defasadas em torno de 8%, o que retira R$ 40 milhões, em média, do caixa da empresa todo mês. O aumento deste ano, previsto para abril, ainda não foi autorizado.

As despesas dos Correios crescem em ritmo superior às receitas. Em 2015, enquanto as despesas aumentaram 18,3%, as receitas cresceram 6,5%, abaixo da inflação. Só as despesas médicas dos funcionários subiram mais de R$ 500 milhões. A Postal Saúde, plano de assistência médica dos funcionários, foi criada para reduzir as despesas com assistência médica, hospitalar e odontológica. Mas o resultado foi o contrário.

Antes de apresentar os prejuízos de R$ 313 milhões em 2013, de R$ 20 milhões em 2014 e de R$ 2,1 bilhões em 2015, os Correios fecharam 2012 com R$ 6 bilhões em aplicações. Mas os resultados deficitários dos anos seguintes e os fortes repasses de dividendos para o Tesouro Nacional, para ajudar no fechamento das contas do governo, fizeram com que os recursos investidos fossem minguando nos anos seguintes. No ano passado, fechou em menos de R$ 2 bilhões.

terça-feira, 7 de junho de 2016

JANOT ESTÁ "FURANDO A FILA" NA LAVA JATO

Ministro do STF diz que, para prender trio gravado por Machado, Supremo teria que antes prender Mercadante


POR JORGE BASTOS MORENO

Um ministro do próprio STF acaba de informar ao blog do Moreno que o consenso entre eles é o de que " se Janot vazou seu pedido é porque não obteve nada do Teori". O ministro lembrou que os casos de Renan, Sarney e Jucá, gravados por Machado a pedido do procurador, são insignificantes diante do caso Mercadante.

- Mercadante ofereceu dinheiro para barrar investigações. Esses três defenderam teses, inclusive a de projetos para regular delação. Falaram em intenções. Nada disso é crime -- disse o ministro.

E tem mais, segundo esse mesmo ministro, se for comprovado que realmente Machado gravou os três combinados com a Procuradoria, essas provas são nulas:

- Nos bancos escolares aprendemos que "flagrante preparado" não tem efeito legal. Por isso, nesse caso em questão, não acredito que o Supremo valide isso como prova.

Em todo o caso, segundo o ministro, por envolver chefes de poderes, Teori deverá levar o pedido de Janot ao plenário do Supremo.

Agora à tarde haverá reunião da Turma integrada por Teori. Aguarda-se um pronunciamento seu nessa reunião.

O FIM ESTÁ PRÓXIMO

POR MERVAL PEREIRA

Não é trivial a decisão do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de pedir para colocar na cadeia a cúpula do partido que está no poder. O governo anterior, derrubado por seus próprios crimes, já está praticamente todo na cadeia, com as duas principais figuras ainda soltas a caminho de serem condenadas: a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. 

A medida, mesmo sem que tenha sido ainda aprovada pelo ministro Teori Zavascki, já é em si uma condenação moral e política de nosso sistema político-partidário. Zavascki já havia colocado uma tornozeleira eletrônica metafórica em Eduardo Cunha ao suspendê-lo do mandato parlamentar e retirá-lo da presidência da Câmara, mas não foi o suficiente para contê-lo em sua ousadia. 

Foi uma decisão sofrida a do ministro, que esperou meses a fio para atender ao pedido do Procurador-Geral da República, o mesmo Rodrigo Janot que volta hoje a tomar posição mais agressiva ainda, pedindo a prisão do próprio Cunha e de outros três líderes do PMDB: o presidente do partido, senador Romero Jucá, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente da República José Sarney que, pela idade, deveria ficar em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. 

O ministro Zavascki esperou, até onde o bom-senso permitiu, que a Câmara tomasse a providência que lhe cabia para resgatar a credibilidade de um Poder desmoralizado diante da opinião pública. Não lhe restou alternativa a não ser assumir a tarefa de afastar Cunha, que usava seu poder de presidente da Câmara para manipular as decisões do Conselho de Ética e evitar sua punição.

Depois que a cúpula do PT foi para a cadeia, desde o mensalão, até as decisões mais recentes reafirmando suas práticas criminosas no petrolão, agora é a vez de seu sócio direto nos últimos cinco anos, o PMDB, que está no poder, mas continua perseguido pelos mesmos fantasmas da Operação Lava-Jato que derrubaram o PT. 

A provável intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) no Poder Legislativo, ecoando as investigações da Operação Lava-Jato em Curitiba, é um divisor de águas na política brasileira, nada será igual a partir dos episódios que estamos vivenciando. 

Os partidos, da forma que os conhecemos hoje, não existirão em futuro próximo, pois além de desmoralizados estarão literalmente quebrados depois que, como consequência da Operação Lava-Jato, receberem as multas correspondentes aos crimes que praticaram. 

A ruptura com o modelo atual de fazer política está prestes a se concretizar. O fim está próximo. É preciso recomeçar do zero, dentro de novos marcos legais que estão sendo implantados, com o apoio da sociedade. E se a Comissão de Ética da Câmara resolver, mesmo diante da realidade escancarada à sua frente, dar um abraço de afogado e Eduardo Cunha, estará acelerando o processo em curso, que é inexorável.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

OLHEM QUEM CHEGA À LAVA JATO!

AMIGO DE DILMA, CARDEAL DEVE VIRAR PERSONAGEM DA LAVA JATO


Principal homem de confiança de Dilma Rousseff no setor elétrico, o ex-diretor de Geração da Eletrobras Valter Cardeal é o maior implicado em irregularidades apontadas por auditoria independente, segundo fonte próxima à empresa. As investigações foram realizadas, no Brasil e no exterior, pela Kroll Associates, contratada por empresa americana que participou do caso. Cardeal deve virar “celebridade” na Lava Jato. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Para analisar o balanço da Eletrobras, a KPMG impôs a averiguação profunda dos problemas. Empresa parceira nos EUA contratou a Kroll.
Fontes oficiais dizem que a auditoria na Eletrobras encontrou de Valter Cardeal digitais, pegadas, odores e batom na cueca etc etc.

Dilma atuou nos bastidores tentando tirar de Sérgio Moro a corrupção do setor elétrico, para blindar o amigo Cardeal das investigações.

O envolvimento de Cardeal na licitação fraudada da obra de Angra 3 foi revelado por Ricardo Pessoa, dono da UTC, em julho de 2015.

Leia mais na coluna do jornalista Claudio Humberto

domingo, 5 de junho de 2016

LAVA JATO CHEGA A DILMA

FORTALECE TENTATIVA DE ACELERAR IMPEACHMENT

DILMA DEU ORDEM PARA ODEBRECHT PAGAR R$12 MILHÕES NO CAIXA DOIS



O conteúdo inicial da delação premiada do executivo Marcelo Odebrecht causou impacto na ação do impeachment, em trâmite final no Senado, e deverá fortalecer a base governista na tentativa de acelerar o desfecho do processo. As informações prestadas pelo empreiteiro à Operação Lava Jato envolvem diretamente a presidente afastada Dilma Rousseff.

A ação de afastamento tem por base as pedaladas fiscais e ainda precisa ser votada novamente no Senado. Porém, a própria defesa de Dilma tentou incluir semana passada no processo elementos da Operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras. A petista buscava ganhar tempo, enquanto a base governista no Senado quer acelerar o desfecho desta etapa final do trâmite.

Até anteontem, a estratégia de Dilma e do PT era protelar o impeachment apostando no desgaste do presidente em exercício Michel Temer por conta das revelações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado na Lava Jato, que atingem aliados importantes de Temer no PMDB, como o senador Romero Jucá (RR). A divulgação das primeiras revelações de Odebrecht, no entanto, ampliaram o fogo sobre Dilma e forneceram munição para o Planalto.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), defendeu ontem a inclusão das informações prestadas por Odebrecht como prova no processo de impeachment. Para o tucano, as declarações do empresário deverão ajudar a convencer senadores indecisos de que a petista não tem condições de voltar a comandar o País.

Segundo reportagem da revista IstoÉ, em acordo de confidencialidade com a Operação Lava Jato, Odebrecht disse que Dilma pediu pessoalmente uma doação de R$ 12 milhões para sua campanha eleitoral em 2014. Conforme a publicação, o empreiteiro diz que o então tesoureiro da campanha, Edinho Silva, solicitou o montante, mas a Odebrecht recusou-se a pagar. O empresário, então, teria procurado Dilma, que teria afirmado: "É para pagar".

"Essas declarações ajudam a formar a convicção de que ela não pode permanecer na Presidência. É mais uma elemento para corroer aquela fímbria de autoridade que ela tinha", disse Aloysio. Para o senador, as afirmações de Odebrecht devem ser levadas em consideração no julgamento do impeachment. "Isso contribui para desmoronar aquela imagem virginal que ela o PT construíram dela e da gestão dela".

De acordo com a revista Veja, Odebrecht também afirmou que a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior.

Áudios

Na avaliação de Aloysio Nunes, o próprio advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, abriu espaço para essa inclusão, ao pedir ontem na comissão do impeachment do Senado a inclusão como prova dos áudios em que Jucá defende estancar as investigações da Lava Jato. "Já que é para falar do conjunto da obra, fica evidente que (a declaração de Odebrecht) deve ser levada em consideração." Na sessão da comissão do impeachment do Senado, na quinta-feira, o pedido de Cardozo foi negado pelo relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucano mineiro sustentou que os áudios de Jucá são estranhos ao processo. "Os áudios não são fatos novos, não alargam o objeto. Não são estranhos ao processo, eles são o processo", rebateu o advogado de Dilma.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que Dilma Rousseff deveria renunciar ao cargo e "poupar o Brasil" da espera pelo desfecho do processo de impeachment. "Já existiam insinuações nesse sentido e agora vem a comprovação final da participação direta da presidente da República em todos esses atos irregulares e criminosos na operação da Petrobras", afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que as acusações de Marcelo Odebrecht sobre pedido de doação ilegal para a campanha da presidente afastada reforçam a tese de cassação da chapa das eleições presidenciais de 2014 formada pela petista e por Temer.

"Se confirmado, isso contamina a chapa. Afinal, Temer não seria presidente interino se Dilma não tivesse sido eleita", afirmou Randolfe. Para o senador, a declaração de Odebrecht reforça a necessidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar logo o caso. A chapa Dilma-Temer é alvo de quatro ações ajuizadas pelo PSDB, pedindo a cassação por abuso de poder econômico nas eleições presidenciais de 2014.

sábado, 4 de junho de 2016

ESQUEMA DA PETROBRAS PAGAVA LUXOS DE DILMA



Leia texto de Merval Pereira, em seu blog no Globo:

Já existem documentos em posse da Procuradoria-Geral da República que revelam que a presidente afastada, Dilma Rousseff, tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou o negócio.

Os envolvidos na venda de Pasadena trocavam mensagens em uma rede de e-mails do Gmail que não era rastreável, pois as mensagens ficavam sempre numa nuvem de dados, sem serem enviadas. Numa dessas mensagens, na véspera da reunião decisiva, há a informação de que “a ministra” já estava ciente dos arranjos dos advogados.

Em outras mensagens, há informações sobre pagamentos de itens pessoais da presidente pelo esquema montado na Petrobras, como o cabeleireiro Celso Kamura, que viajava para Brasília às custas do grupo. Cada ida de Kamura custava R$ 5 mil. Há também indicações de que um teleprompter especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para escapar da burocracia da aquisição.

Um tiro no pé da defesa

O pedido do advogado da presidente afastada para incluir no processo do impeachment em curso no Senado os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é um tiro no pé da defesa, pois amplia o escopo das acusações para incluir a Lava-Jato. O relator, o tucano Antonio Anastasia, fez um favor a José Eduardo Cardozo recusando o pedido, pois ele poderia fazer com que a bancada do atual governo levasse para o processo gravações de Lula com o mesmo objetivo de cercear as investigações da Lava-Jato.

Na reunião da comissão do impeachment ontem, essas gravações de Lula já apareceram nos debates e, se o escopo da denúncia fosse ampliado, poderiam entrar as contas de 2014 e as denúncias do ex-senador Delcídio Amaral sobre tentativas da própria Dilma Rousseff de libertar empreiteiros presos.

A nomeação do ministro Marcelo Navarro para o STJ, com o objetivo de libertar Marcelo Odebrecht, foi confirmada pelo próprio nas tratativas para sua delação premiada, dando veracidade ao relato de Delcídio.

Está claro, com a tentativa de anexar aos autos as gravações de Sérgio Machado sobre a Lava-Jato, a vontade de limitar a acusação às pedaladas de 2015 e aos decretos não autorizados pelo Congresso para dificultar a acusação e o desejo de ampliar o raio de ação da defesa para dar ares de verdade à acusação de golpe.

Se o chamado conjunto da obra do governo Dilma entrasse na roda do julgamento, com todas as acusações que estão sendo reveladas agora, não haveria como defender a presidente afastada.

EDINHO PEDIU R$ 12 MILHÕES DE ODEBRECHT E DILMA MANDOU PAGAR

CAMPANHA DE DILMA RECEBEU R$ 12 MILHÕES "POR FORA" DE ODEBRECHT


O acerto de R$ 12 milhões

Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014

Crédito: Ueslei Marcelino/REUTERS; Luis Ushirobira/Valor

O diálogo que compromete Dilma

Entre o primeiro e o segundo turno da eleição de 2014, o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, cobrou de Marcelo Odebrecht uma doação “por fora” no valor de R$ 12 milhões para serem repassados ao marqueteiro João Santana e ao PMDB. Marcelo se recusou a fazer o repasse, mas diante da insistência de Edinho disse que iria procurar Dilma. Dias depois, em encontro pessoal, o empreiteiro e a presidente afastada mantiveram a conversa abaixo:

– Presidente, resolvi procurar a sra. para saber o seguinte: é mesmo para efetuar o pagamento exigido pelo Edinho?, perguntou Odebrecht.

– É para pagar, respondeu Dilma.


No acordo de delação premiada, firmado na última semana, o empreiteiro Marcelo Odebrecht fez uma revelação que, pela primeira vez, implica pessoalmente a presidente afastada Dilma Rousseff numa operação de caixa dois na eleição de 2014 – o que configura crime. Aos procuradores da Lava Jato, o empresário afirmou que a mandatária exigiu R$ 12 milhões para a campanha durante encontro privado entre os dois. A conversa ocorreu depois do primeiro turno da disputa presidencial. O recurso, segundo Odebrecht, abasteceu o caixa paralelo de Dilma e serviu para pagar o marqueteiro João Santana e o PMDB. A história narrada pelo empreiteiro é devastadora para as pretensões de Dilma de regressar ao poder. Nela, Marcelo Odebrecht atesta que a presidente afastada não apenas sabia como atuou pessoalmente numa operação criminosa. Aos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, o empreiteiro desfiou com riqueza de detalhes a ação da presidente. O empresário contou que durante o período eleitoral foi procurado pelo então tesoureiro da campanha, Edinho Silva.
(...)

Ao narrar o diálogo aos integrantes da Lava Jato, Odebrecht compromete a presidente afastada naquilo que ela alardeava como uma vantagem em relação aos demais políticos mencionados no Petrolão: a pretensa ausência de envolvimento pessoal num malfeito. No momento em que a mandatária lutava para ganhar algum fôlego a fim de tentar reverter o placar do impeachment no Senado, a delação de Odebrecht confirmando que ela exigiu R$ 12 milhões do empreiteiro – numa ação nada republicana destinada a abastecer o caixa dois de sua campanha – cai com uma bomba em seu colo. Pela letra fria da lei, utilizar-se de dinheiro não declarado na campanha eleitoral é fator decisivo para a perda do mandato presidencial. E Dilma não só se beneficiou do esquema do Petrolão como operou diretamente para que um recurso de caixa dois, portanto ilegal, irrigasse os cofres de sua campanha, conforme revelou Marcelo Odebrecht à Lava Jato. Embora não seja este o objeto do processo do impeachment em tramitação no Senado, o depoimento do empresário torna insustentável a situação de Dilma e praticamente inviabiliza o seu retorno à Presidência.

GOVERNO LULA E DILMA DERAM ROMBO DE R$ 1,5 TRILHÃO NO BANCO DO NORDESTE



Uma organização criminosa formada por servidores públicos e donos de empresas de “fachada” do ramo de energia eólica praticou a maior fraude já ocorrida no Ceará, causando prejuízos que podem chegar à cifra de R$ 1,5 trilhão nos cofres do Banco do Nordeste, em Fortaleza, nos últimos três anos. Apesar de investigações que são realizadas conjuntamente pelos Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF), além da Polícia Federal (PF), os acusados de integrar a quadrilha permanecem impunes e com toda a dinheirama. É o que mostra reportagem do Ceará News.

Na manhã desta sexta-feira (3), o procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho; e o promotor de Justiça estadual, Ricardo Rocha, concederam entrevista coletiva revelando as dificuldades que vêm enfrentando para denunciar os envolvidos na trama milionária contra a instituição financeira.

O golpe foi montado a partir da constituição de empresas ligadas à energia eólica mas que, na verdade, serviram apenas para que seus donos obtivessem empréstimos vultuosos junto ao Banco do Nordeste, em troca de propina paga a seis servidores da instituição.

Pelo menos, seis pedidos de ação judicial contra a quadrilha foram formulados neste período pelos ministérios públicos (MPE e MPF) e destes, cinco estão em andamento em segredo de Justiça, apesar de uma demora de mais de três anos. E tudo isso decorre de um conflito de competência. Ora a Justiça do Estado do Ceará diz que o caso é federal, ora a Justiça Federal diz que a competência é do Judiciário cearense.

Falência

Conforme Oscar Costa Filho e Ricardo Rocha, formou-se dentro da diretoria do Banco do Nordeste uma quadrilha que liberava os empréstimos mesmo sabendo que as empresas tomadoras dos créditos não tinham condições financeiras de realizar o pagamento da dívida. Ainda assim, o dinheiro era liberado. Uma dessas empresas recebeu do banco a quantia de R$ 99 milhões e, pouco tempo depois, entrou com pedido de falência.

As fraudes foram comprovadas em relatório produzido a partir de uma auditoria feita no banco pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a pedido do Ministério Público Federal no Ceará. Cinco diretores eram os responsáveis pela liberação dos empréstimos. Eles atuavam na Diretoria Financeira e de Mercado de Capitais e cobravam em propina até 2,5% do valor de cada empréstimo. Conforme Riccardo Rocha, já está comprovado que os desvios atingiram a cifra de R$ 683 milhões, mas que pode chegar, no fim da apuração, a R 1,5 trilhão.

Os representantes do Ministério Público disseram, ainda, que o caso deverá ser levado ao conhecimento da Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, para que esta encaminhe ao Superior de Justiça (STJ) o pedido de que seja solucionado o conflito de competência. 

(Com informações do portal Ceará News)

DENUNCIADA NO STF POR OBSTRUIR A LAVA JATO, DILMA ACUSA OS ADVERSÁRIOS

RAINHA DA CASCATA NO RIO


APÓS CHEFIAR UM DOS GOVERNOS MAIS CORRUPTOS DA HISTÓRIA E GERAR 11,2 MILHÕES DE DESEMPREGADOS, DILMA AGE COMO SE NADA TIVESSE COM ISSO. 

Diário do Poder/ ESTADÃO CONTEÚDO

Denunciada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por obstrução da Justiça, exatamente com o objetivo de impedir ou dificultar as investigações da Operação Lava Jato, a presidente afastada Dilma Rousseff fez jus ao apelido de “Rainha da Cascata”, atribuído pelos seus críticos, ao participar de ato no Rio de Janeiro, nesta quinta (2), quando acusou políticos do PMDB de assumir o governo com o objetivo impedir o andamento das investigações. Dilma sabe, por sua própria experiência, que o governo não tem esse poder.

Dilma foi denunciada pela PGR de tentar obstruir a ação da Justiça quando nomeou Lula no cargo de ministro da Casa Civil logo após o ex-presidente ter sido conduzido para depor sob vara, na Polícia Federal. O procurador-geral Rodrigo Janot se convenceu de que o objetivo da nomeação foi garantir a Lula foro privilegiado, a fim de impedir que ele fosse alvo de outras iniciativas do juiz federal Sérgio Moro, coordenador da Lava Jato.

Outra denúncia da PGR contra Dilma decorre da revelação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT/MS), que, líder do seu governo, recebeu dela a incumbência de tratar da nomeação do advogado Marcelo Navarro para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a condição de tomar decisões favoráveis a bandidos investigados e até já presos na Lava Jato, como o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht.

Apesar de ser a presidente que tentou e não conseguiu atentar contra a Lava Jato, Dilma afirmou, discurso durante ato contra o impeachment, que seu afastamento é uma tentativa de impedir a continuidade da operação, e classificou como "assustador" os primeiros dias da gestão do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB).

DILMA DESVIOU DINHEIRO PÚBLICO PARA QUITAR DÍVIDA DE CAMPANHA


O empresário Bené, operador do PT preso pela PF, relata ação de assessor da presidente para direcionar contrato milionário de publicidade da Presidência, em 2015, para quitar dívida da petista com a agência Pepper


Giles Azevedo, num escritório do PT em Brasília, durante a campanha de Dilma à Presidência, em 2010. Os dois são amigos há duas décadas, desde os tempos em que militavam no PDT (Foto: Alan Marques/Folhapress)

O empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, investigado naOperação Acrônimo da Polícia Federal, disse em sua delação premiada que o ex-chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseffusou um contrato do Palácio do Planalto em 2015 para quitar dívidas da campanha presidencial de 2010.

Esta é a primeira vez que a Polícia Federal obtém evidências de que o Planalto comandado por Dilma desviou dinheiro público da Presidência da República para quitar caixa dois de campanha. 
Segundo Bené, a operação, coordenada no gabinete presidencial, transcorreu entre 2014 e 2015, em meio às investigações da Lava Jato e da própria Acrônimo. ÉPOCA teve acesso a parte dos depoimentos de Bené prestados à Polícia Federal em sua delação, que serão usados para a abertura de novos inquéritos. Bené está preso pela PF e é acusado de ser o principal operador de Fernando Pimentel, ex-ministro de Dilma e atual governador de Minas Gerais.

>>Pimentel é chefe de quadrilha e recebeu R$ 1 mi em propina, diz PF

Segundo o empresário, Giles Azevedo, assessor mais próximo de Dilma, atuou para que o Planalto pagasse dívidas da campanha com a agência de comunicação Pepper, responsável pelo pleito de Dilma em 2010.

Bené contou aos investigadores que o governador de Minas confidenciou a ele que a Pepper vinha pressionando, desde 2014, para que fossem saldadas as dívidas de campanha. Foi então que Giles Azevedo trouxe uma solução, segundo Bené – e a solução foi pagar com o dinheiro do Planalto.

Para isso, de acordo com a delação premiada, Giles atuou para que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República pagasse a dívida, por meio de um contrato com a agência Click. A licitação, de fato, foi feita e o contrato de R$ 44,7 milhões foi oficializado apenas em março de 2015. Ou seja, segundo relato de Bené, Giles antecipou a formalização de um contrato da Presidência que só ocorreria meses depois. Segundo o Portal da Transparência, a agência já embolsou R$ 17 milhões desde então. Além desse contrato com o Planalto, a empresa mantinha apenas um nanico com a Embratur. Perguntado sobre o anexo da delação referente ao acordo da Pepper com o Planalto, que cita a campanha presidencial, Bené disse em depoimento: “QUE FERNANDO PIMENTEL relatou ao colaborador que GILES AZEVEDO se propôs a atender ao pedido de DANIELLE (PEPPER) a partir de contratação da agência CLICK em 2015, na qual a PEPPER teria uma participação”.

Leia mais na Revista Época

PF QUER SABER QUEM SÃO OS 100 MAIORES BENEFICIÁRIOS DA LEI ROUANET

Nada contra a Lei Rouanet se a verba fosse destinada aos artistas que não têm condições de bancar seus projetos. Mas não dá para aceitar que donos de grandes fortunas recebam milhões que faltam nas escolas, nos serviços de saúde pública, nos investimentos em pesquisa, segurança, infraestrutura, etc.

CULTURA NA MIRA
LAVA JATO VAI INVESTIGAR FINANCIAMENTO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS



Estadão

A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba quer avançar agora sobre o financiamento de iniciativas culturais do País por meio da Lei Rouanet. O delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat encaminhou ofício ao Ministério da Transparência Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os 100 maiores recebedores/captadores de recursos via Lei Rouanet nos últimos dez anos.

O pedido da PF foi enviado no dia 30, segunda-feira, a Fabiano Silveira, que até aquele dia ainda ocupava a cadeira de ministro da Transparência - ele caiu após a divulgação de áudio em que aparece criticando a Lava Jato e a Procuradoria-Geral da República. Silveira orientou o presidente do Senado, Renan Calheiros, alvo de 12 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

A Lei Rouanet foi criada no governo Fernando Collor, em 1991. A legislação permite a captação de recursos para projetos culturais por meio de incentivos fiscais para as empresas e pessoas físicas. Na prática, a Lei Rouanet permite, por exemplo, que uma empresa privada direcione parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura para receber recursos.

O delegado da PF pede ao Ministério da Transparência que detalhe os valores recebidos pelos 100 maiores beneficiários naquele período discriminando a origem (Fundo Nacional de Cultura ou Fundos de Investimento Cultural e Artístico), os pareceristas responsáveis por aprovar a liberação de verbas e também se houve prestação de contas dos projetos aprovados.

O pedido do delegado da Lava Jato foi feito no inquérito principal da operação, aberto em 2013 para investigar quatro grupos de doleiros e que acabou revelando um grande esquema de corrupção na Petrobras e em outras estatais e áreas do governo federal envolvendo as maiores empreiteiras do País.
Na solicitação, o delegado não informa quais as suspeitas estão sendo apuradas ou mesmo qual a linha de investigação que possa envolver iniciativas que captaram recursos via Lei Rouanet. Consultado pela reportagem, o Ministério da Cultura informou que não foi procurado pela PF.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

MTST INVADE PRESIDÊNCIA CONTRA CORTE DO DINHEIRO DE 'MORTADELAS'

GRUPO LIGADO AO PT INVADE PRÉDIO DA PRESIDÊNCIA CONTRA FIM DE DINHEIRODUTO

INVASÃO FOI DE SEM-TETO AUTÊNTICOS, COMO A GATA DA FOTO, QUE EMPUNHA O IPHONE DE R$ 3.000. (FOTO: CRIS FRAGA/ESTADÃO CONTEÚDO)


Algo impensável nos últimos 13 anos de governo do PT se tornou realidade menos de um mês após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Um grupo de supostos "sem teto", ligado ao PT e denominado de MTST, invadiu o prédio da Presidência da República, em São Paulo, na tarde desta quarta (1).

Segundo os invasores, a invasão do edifício, onde trabalhou por vários anos como chefe de gabinete Rosemary Noronha, amiga íntima do ex-presidente Lula, seria para protestar contra supostos cortes do governo do presidente Michel Temer no programa "Minha Casa Minha Vida Entidades", linha pouco divulgada do programa voltada para grupos como o MTST, que receberam mais de R$1 bilhão milhões do governo Dilma para construir 65 mil casas, mas só entregaram cerca de 7.000, ou sejam, cerca de 10% do previsto.

Um Guilherme Boulos, que se apresenta como líder do MTST, diante do impeachment inevitável, prometeu na ocasião "não deixar o governo Michel Temer um só dia em paz". Nesta quarta-feira, ele afirmou em vídeo a intenção de "montar acampamento" na Avenida Paulista.