domingo, 30 de junho de 2013

BRASIL TEM UM NOVO "PIB": PRODUTO DA INSATISFAÇÃO BRUTA

Os protestos continuam incendiando o país, mesmo com as tentativas frustradas de Dilma para tentar arrefecer os ânimos.

Protesto contra o aumento da passagem do ônibus de São Paulo de 3 reais para 3,20 reais, manifestantes usam fogo para interditar avenidas em São Paulo

As primeiras manifestações que ocorreram em São Paulo foram alvo de vândalos e baderneiros que, liderados pelo Movimento Passe Livre, tomaram as ruas, levaram o caos à cidade, causando enorme prejuízo ao patrimônio público. Sem contar o prejuízo a milhares de cidadãos, que enfrentaram gigantescos engarrafamentos.

Numa estratégia genial, os grupos anônimos que já tentaram em diversas ocasiões organizar marchas de protestos pelas redes sociais, mas que não conseguiam mobilizar muita gente disposta a isso, aproveitaram-se da iniciativa e engrossaram o coro dos insatisfeitos, porém, ampliando o leque de reivindicações. 

O tal movimento que iniciou tudo faz o que pode para manter as atenções voltadas unicamente para a questão da tarifa do transporte público,  mas perdeu o controle e agora as manifestações abrangem todos os temas possíveis.

O cidadão que despertou para esse novo momento que vai fazer parte da história do país, entretanto, não apenas condena a violência que vinha marcando as ações dos radicais ligados aos partidos aliados ao PT, mas também repudia as intenções dos grupos que pretendiam "tocar o terror" em São Paulo. 

Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) e apoiado por partidos de esquerda (como PCdoB, PSOL, PSTU, PCO e PT), grupos de punks e anarquistas, a primeira marcha passou pela Avenida Paulista e deixou um rastro de vandalismo com a depredação de 65 ônibus e três entradas nas estações do Metrô, que sofreu 73.000 reais de prejuízo.



Ônibus incendiado durante protesto do dia 11 de junho
Os tais grupos de esquerda ainda tentam capitalizar as ondas de protestos, mas têm sido defenestrados pelos participantes que repudiam os oportunistas e também o PT. Entidades que sempre conduziram as massas, como a A UNE, não existem nem representam mais ninguém. Foram privatizadas por Lula, que as comprou com dinheiro público.

Desde então, há uma queda de braço nas ruas: de um lado, as forças organizadas de esquerda, que deflagraram o movimento com o objetivo de desgastar governantes de oposição; de outro, uma imensa massa, que aderiu por razões sinceras e que vão muito além do aumento das passagens de ônibus. 


Manifestantes se reúnem no Largo da Batata 

Militantes de partidos políticos são hostilizados na Avenida Paulista. Grupos entraram em choque

Essa massa gigantesca representa a verdadeira face do povo brasileiro, sua índole é pacífica e agregadora, ao contrário daqueles que seguem a cartilha da discórdia.

Tanto é que o primeiro protesto depois da revogação do aumento foi marcado por conflitos envolvendo manifestantes que afirmavam ser “apartidários” e militantes de partidos políticos. Um total de 100.000 pessoas, segundo a polícia, participou do protesto, na Avenida Paulista. Atendendo a uma convocação do presidente do PT, Rui Falcão, cerca de 80 militantes da sigla compareceram ao protesto. Todos foram hostilizados desde o início. Em determinado momento, bandeiras de partidos foram tomadas e queimadas.

Em matéria da Folha, o retrato do fracasso de uma artimanha que deu errado, mas que funcionou como a "faísca" que despertou o Brasil:

Durante o ato, o MPL reagiu: “É inconcebível essa onda oportunista da direita de tomar os atos para si.”
Segundo o movimento, desde o ato de terça-feira, grupos de direita (não se sabe se organizados ou não) levaram às ruas pautas que não representam o MPL, o que gerou preocupação, pois “distorce a iniciativa”.
*
Certas redes de TV tentam dissuadir os manifestantes e, logo após a rejeição às bandeiras vermelhas, repetiam, exaustivamente, as declarações de um membro do Movimento Passe Livre dizendo que o protesto acabou porque a reivindicação foi atendida. Parecia um aviso aos demais participantes: estão vendo? Baixaram as tarifas. Não temos mais o que fazer aqui.

Deu tudo errado e os movimentos continuaram.

Os jornais têm ouvido os diferentes setores da sociedade para saber o que se pode esperar das manifestações daqui para frente e seu impacto na vida nacional.

O sentimento é que o movimento pode refluir, mas terá deixado um legado de cidadania nunca antes explicitado com tanta força e representatividade pela sociedade brasileira.

O que importa agora é dar consequência concreta ao que pede a população, não a invenção de plebiscito que atende, acima de tudo, aos interesses do partido que está no poder, mas que não contempla o que solicitam os brasileiros nas ruas e em nada melhora as condições de vida da população.

sábado, 29 de junho de 2013

AO CITAR DILMA, MINISTRO RECEBE VAIAS DURANTE MARCHA PARA JESUS

Thiago Varella
Do UOL



Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência da República, foi representar a presidente Dilma Rousseff durante a Marcha para Jesus, evento que reúne cristãos realizado neste sábado (29), em São Paulo (SP). Ao citar o nome da presidente, o ministro recebeu vaias dos participantes do encontro de evangélicos.

O ministro considerou a atitude normal. "Há crítica, mas também senti um grande apoio. Eu celebro a democracia". Ele se recusou a comentar as pesquisas do Datafolha, que dizem que a popularidade da presidente caiu 27 pontos percentuais após o início dos protestos.

Ao ser chamado pelas lideranças para discursar para o público, houve um episódio inusitado. Assim que começou a falar, o ministro foi interrompido pela multidão que começou a gritar pelo nome de Marquito, assistente de palco no programa do apresentador Ratinho, no SBT.

Marquito, então, foi chamado para frente do palco e começou a chorar emocionado.


AS INTENÇÕES DE QUEM USA O FOGO DAS RUAS PARA ASSAR SUAS SARDINHAS

PT de Dilma usa plebiscito para se perpetuar no poder

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), disse nesta sexta-feira (28) que a proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff para realização de um plebiscito sobre a reforma política tem como único objetivo desviar a atenção da população sobre os reais problemas do país como a inflação e a baixa estimativa de crescimento em 2013.

Em pronunciamento que se transformou em um verdadeiro debate sobre propostas que podem melhorar o sistema político brasileiro, o parlamentar fez um apelo aos presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para reunir os líderes e decidir quais projetos já em tramitação merecem a atenção do Congresso.

Entre as propostas apoiadas pelo senador estão a PEC 40/2011, que veda coligações de partidos em eleições proporcionais (deputado federal, deputado estadual e vereador); e a PEC 2/2007, que trata da chamada cláusula de barreira. A medida autoriza distinções entre partidos políticos, para fins de funcionamento parlamentar, com base no seu desempenho eleitoral.

- Não adianta ficarmos neste frenesi legislativo. Medidas simples, ao alcance de nossas mãos, poderiam melhorar muito o quadro político – disse Aloysio Nunes.

Segundo Aloysio Nunes, o PT quer por meio do plebiscito impor um modelo eleitoral que garanta sua perpetuação no poder. Ele criticou duas propostas apoiadas pelo partido: financiamento público de campanha e lista fechada. Para o líder do PSDB, a primeira não acabará com o financiamento privado, que passará a ser feito “por baixo do tapete”. A segunda proposta, conforme o senador, vai contribuir para afastar os representantes dos eleitores.

- Não vou entrar nesta pauta furada, que esconde a intenção de políticos de usar o fogo das ruas para assar suas sardinhas – criticou Aloysio.

Economia - Aloysio Nunes disse ainda que o pano de fundo das manifestações no país é o descontetamento do brasileiro com um cenário de crescente inflação. O senador observou que o Banco Central elevou nesta quinta-feira (27) sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza o sistema de metas de inflação do governo brasileiro.

A previsão oficial do Banco Central para o IPCA em 2013, que até março deste ano estava em 5,7%, passou para 6%. O BC também derrubou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, de 3,1% para 2,7%.

- Esse conjunto de problemas é que deveria estar na mesa da presidente Dilma hoje – disse.

Agência Senado/Portal da Liderança do PSDB no Senado

DILMA RECEBE SUPOSTOS REPRESENTANTES DOS PROTESTOS, MAS QUE RECEBEM DINHEIRO PÚBLICO

Eis a turma que Dilma levou para dentro do palácio para dialogar. Ou: Eles são aqueles que acreditam em enfrentar o choque…

Reinaldo Azevedo
A presidente Dilma Rousseff recebeu algumas lideranças “jovens” no Planalto — a juventude chapa-branca, ou chapa-vermelha, alimentada, no mais das vezes, com dinheiro público. No grupo, estavam, por exemplo, representantes da União da Juventude Socialista (UJS), a tropa de choque do PCdoB que comandou a hostilidade à blogueira Yoani Sánchez em sua viagem ao Brasil.
Vejam um vídeo em que um valente da UJS defende as hostilidades a Yoani, acusando-a de receber dinheiro dos EUA, uma mentira cretina, e justifica a ditadura cubana.
Havia outros rematados democratas presentes ao encontro, como os companheiros do “Levante Popular da Juventude”. Vocês já ouviram falar dessa turma.
Em março do ano passado, o “Levante” produziu um espetáculo grotesco de agressões e baixaria às portas do Clube Militar, no Rio. Enquanto os confrontos aconteciam, quem passava casualmente por ali, num passeio aparentemente sem compromisso? Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul! O conjunto me interessou e comecei a pesquisar: quem era e o que queria o tal “Levanta Popular da Juventude”? Descobri algumas coisas e escrevi um post no dia 4 de abril de 2012.
Vale a pena relembrar. Vocês assistirão, por exemplo, a um vídeo em que um “rapper” canta uma musiquinha bacana, cujo refrão é o seguinte: “Eu sou aquele que acredita em encarar o choque”, numa referência, claro!, às forças da legalidade. Segue o post publicado em 4 de abril de 2012. 
levante-popular-7-tarso-genro

Aquele senhor sentado na primeira fileira, com a mão no rosto, com ar vetusto, é Tarso Genro (PT), governador do Rio Grande do Sul. O que ela faz ali? Vamos ver.
No dia 29 do mês passado, um bando de fascistoides cercou o Clube Militar. A turma xingou e agrediu militares da reserva que participavam de um seminário. A foto de um rapaz dando uma cusparada num idoso tem de se tornar um emblema do que esses caras entendem por democracia e civilidade. “Descobriu-se”, vejam que coincidência!, que ninguém menos do que Tarso Genro passava por ali, por acaso… O valente não teve dúvida: “encontrado” por jornalistas, concedeu uma entrevista e acusou de provocação… as vítimas!!! A todos pareceu normal que um governador de estado estivesse passeando, solerte, pelas ruas da capital de um outro estado, topando, de súbito, com um protesto!!!
Pois é…
Aquela manifestação, a exemplo de outras que têm sido feitas em frente à casa de pessoas acusadas de colaborar com a tortura, foi convocada por um certo “Levante Popular da Juventude”. As ações obviamente ilegais do grupo têm merecido ampla cobertura do jornalismo — E SEMPRE EM TOM FAVORÁVEL! O que antes se chamava “grande imprensa” não se interessou nem sequer em saber quem é essa gente, de onde vem, o que pensa. No dia 27 de março, contei aqui quem são eles.
O tal “Levante” é só uma nova fachada do MST, que anda em baixa. João Pedro Stedile, o nosso leninista do capital alheio — já que seu movimento vive de dinheiro público — resolveu levar a sua “revolução” do campo para as cidades (afinal, ele é, reitero, um leninista).
A cobertura dos jornais tem sido asquerosa. Diz-se que o “Levante Popular da Juventude” luta apenas, que coisa bonita!, pela instalação da Comissão da Verdade. Enquanto isso, sai por aí xingando pessoas, cuspindo nelas, pichando as suas casas. Então agora volto à foto lá do alto.
Encontro
Entre os dias 1º e 5 de fevereiro, o grupo promoveu o “1º Acampamento do Levante Popular da Juventude”.Aconteceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e reuniu, segundo os próprios organizadores, 1.200 pessoas, vindas de 17 estados. Isso explica, por exemplo, por que ações de vandalismo contra as respectivas casas de supostos torturadores aconteceram em vários estados, ao mesmo tempo, numa coordenação que a imprensa chamou de “surpreendente”. “Juventude” não é categoria social, política ou de pensamento. O “jovem” por trás do movimento é João Pedro Stedile — com suas ideias do fim do século 19. Na fotos abaixo, ele aparece dando a sua “aula” de levante.
levante-popular-2-joao-pedro-stedile

Muito bem! Tarso Genro foi um dos convidados de honra do “acampamento”. É o que mostra aquela primeira foto. Isso significa que ele tem intimidade com o “Levante Popular da Juventude” e conhece, então, a sua agenda. Parece-me que o fato põe em dúvida a coincidência entre o protesto no clube militar e a sua estada no Rio — justamente nas imediações do Clube Militar.
AQUI, seguem algumas fotos do evento. Ao fim de tudo, um vídeo que chega a ser engraçado de tão patético.
(...)
Dilma levou essa gente para dentro do palácio como sinal de seu esforço de “dialogar com a sociedade”. A presidente, em suma, quer dialogar com quem não acredita em conversa.

O GOLPE DO PT

Merval Pereira, O Globo

Quando os manifestantes nas ruas dizem que não se sentem representados pelos partidos políticos, e criticam a defasagem entre representante e representado, estão falando principalmente da reforma política.

Mas há apenas uma razão para que o tema tenha se tornado o centro dos debates: uma manobra diversionista do governo para tentar assumir o comando da situação, transferindo para o Congresso a maior parte da culpa pela situação que as manifestações criticam.

O governo prefere apresentar o plebiscito sobre a reforma política como a solução para todos os males do país e insistir em que as eventuais novas regras passem já a valer na eleição de 2014, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo, se não pela dificuldade de se chegar a um consenso sobre sua montagem, no mínimo por questões de logística.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, convocou para terça-feira uma reunião com todos os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para começar a organizar a logística para um possível plebiscito.

Ministra Cármem Lúcia, presidente do TSE

Ao mesmo tempo, a diretoria de Tecnologia do TSE já começou a estudar qual a maneira mais rápida de montar uma consulta popular nas urnas eletrônicas.

Só depois dessas reuniões, o TSE terá condições de estimar o tempo previsto para implementar o plebiscito, e até mesmo sua viabilidade, já que o sistema binário (de sim ou não) pode não ser suficiente para a definição de temas tão complexos quanto o sistema eleitoral e partidário.

Mas já há movimentos dentro do governo no sentido de que o prazo mínimo de um ano para mudanças nas regras eleitorais, definido pela Constituição, seja reduzido se assim o povo decidir no plebiscito. 

Ora, isso é uma tentativa de golpe antidemocrático que pode abrir caminho para outras decisões através de consultas populares, transformando-nos em um arremedo de república bolivariana. A questão certamente acabará no Supremo, por inconstitucional.

A insistência na pressa tem boas razões. O sonho de consumo do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas, em que o eleitor vota apenas na legenda, enquanto a direção partidária indica os candidatos eleitos. Como o partido com maior apelo de legenda, o PT teoricamente seria o de maior votação. Mas, se as mudanças não acontecerem dentro do cronograma estabelecido pelo Palácio do Planalto, será fácil culpar o Congresso pela inviabilização da reforma política, ou o TSE.

Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final - que Reinaldo Azevedo, da "Veja", desencavou - defende exatamente os pontos anunciados pela presidente Dilma em seu discurso diante dos governadores e prefeitos. Ela própria admitiu que gostaria que do plebiscito saíssem o voto em lista e o financiamento público de campanha. Até mesmo a Constituinte exclusiva, que acabou sendo abortada, está entre as reivindicações do PT desde 2007. "Para que isso seja possível, a reforma política deve assumir um estatuto de movimento e luta social, ganhando as ruas com um sentido de conquista e ampliação de direitos políticos e democráticos", diz o documento do PT.

Para os petistas, "a reforma política não pode ser um debate restrito ao Congresso Nacional, que já demonstrou ser incapaz de aprovar medidas que prejudiquem os interesses estabelecidos dos seus integrantes". A ideia de levar a reforma para uma Constituinte exclusiva tem como objetivo impedir que "setores conservadores" do Congresso introduzam medidas como o voto distrital e o voto facultativo, "de sentido claramente conservador", segundo o PT.

De acordo com o mesmo documento, "a implantação, no Brasil, do financiamento público exclusivo de campanhas, combinado com o voto em listas preordenadas, permitirá contemplar a representação de gênero, raça e etnia". Portanto, a presidente Dilma está fazendo nada menos que o jogo do seu partido político, com o agravante de ser candidata à Presidência da República na eleição cujas regras pretende alterar.

Os pontos-chave

1 - O governo apresenta o plebiscito sobre a reforma política como a solução, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo

2 - O sonho do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas

3 - Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final defende exatamente os pontos anunciados por Dilma


Leia em O golpe do PT

ALVO INCONTESTÁVEL DOS PROTESTOS, POPULARIDADE DE DILMA DESPENCA

Datafolha: popularidade de Dilma despenca após protestos

Primeira pesquisa do instituto publicada após as manifestações no país aponta uma queda de 27 pontos na avaliação positiva do governo: de 57% para 30%


Presidente Dilma Rousseff comanda reunião com governadores e prefeitos, nesta segunda-feira (24), em Brasília

A primeira pesquisa Datafolha divulgada após os protestos de rua que se espalharam pelo Brasil em junho mostra uma queda vertiginosa na popularidade da presidente Dilma Rousseff. O levantamento, publicado na edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo, aponta que a avaliação positiva do governo despencou 27 pontos percentuais em um período de apenas três semanas.

Segundo os dados do instituto, 30% dos entrevistados avaliaram a administração de Dilma como boa ou ótima. No início do mês, antes das manifestações, esse percentual era de 57%. Enquanto isso, o número de brasileiros que consideram a gestão da presidente como ruim ou péssima subiu de 9% para 25%. O jornal destaca que a queda na popularidade de Dilma é a maior registrada pelo instituto desde que o ex-presidente Fernando Collor caiu 35 pontos, de 71% para 36%, quando confiscou a poupança dos brasileiros em 1990.

Ainda de acordo com o Datafolha, a deterioração da imagem da presidente não se limitou a um único grupo demográfico: a popularidade de Dilma registrou queda de mais de 20 pontos em todas as regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.

Economia - O instituto também perguntou a opinião dos entrevistados sobre o desempenho da governante diante da onda de protestos. Neste quesito, as respostas se dividiram. Para 32%, Dilma teve uma postura ótima ou boa, 38% consideraram regular e 26% avaliaram como ruim ou péssima a resposta da presidente.

Além da onda de insatisfação evidenciada pelos protestos, o Datafolha aponta que outros motivos para a queda são a avaliação ruim da gestão econômica do governo e a preocupação dos brasileiros com a inflação e o desemprego.
*

Mais informações sobre a pesquisa Datafolha, com dados da Folha de São Paulo:

O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima. Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política. A pesquisa mostra apoio à ideia (confira na pág. A8). A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente.

A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.

A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair --antes eram 27%. Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

ENSAIO DE ESPETÁCULO PARA DISTRAIR A PLATEIA


O “Porta dos Fundos” fez um vídeo sobre o momento por que passa o país e retrata o que o povo pensa do governo do PT.


O vídeo faz uma leitura do que as pessoas imaginam que seja uma reunião de certa presidente com ministros e com a base aliada. Traduz, também, uma onda de aversão àqueles que já se consideravam os donos da opinião pública.

A proposta mostrada no vídeo é indecente, entretanto, pior ainda é a artimanha do plebiscito à moda bolivariana, porém sem cortar um centavo sequer na gastança com a máquina governamental. 

OS INTERESSES DO PT E O LADO OCULTO DO PLEBISCITO DE DILMA

Presidente usa impulso dos protestos nas ruas para tentar emplacar uma perigosa reforma política que o PT fracassou em implementar no Congresso

Gabriel Castro, Cecília Ritto e Marcela Mattos - VEJA

MAU EXEMPLO - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, presenteia presidente Dilma Rousseff com uma imagem do falecido coronel Hugo Chávez. Na Venezuela, referendos foram usados para dar uma máscara de legitimidade a um governo autoritário (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Destinada a confrontar a população com questões objetivas e diretas, a realização de um plebiscito é uma ferramenta legítima do processo democrático. A história recente, entretanto, demonstra que ele pode ser utilizado para propósitos pouco nobres: vizinhos sul-americanos recorreram ao mecanismo para tentar governar diretamente com o povo, passando por cima das instituições democráticas e se perpetuando no poder. 

Em resposta à inédita onda de protestos que chacoalhou o Brasil, a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para promover uma reforma política no país - ainda que nenhum cartaz tenha reivindicado isso. 

A estratégia bolivariana, tirada da manga no momento mais crítico do seu governo, acoberta um perigoso interesse: aprovar o financiamento público de campanha e o voto em lista, antigos sonhos do PT.

Como avalia o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, a opção pelo plebiscito “joga areia nos olhos do povo”. Um levantamento do Datafolha constatou que a reforma política era uma reivindicação de apenas 1% dos manifestantes que tomaram as ruas de São Paulo nas últimas semanas. Mas o governo não quer perder a oportunidade aberta pelo clima mudancista.

O PT defende o financiamento público de campanha porque seria o maior beneficiário desses recursos, já que tem a principal bancada na Câmara dos Deputados e esse é o critério usado para a divisão do bolo. 

Com o financiamento público, o partido conseguiria assegurar recursos superiores aos das outras siglas. Caso o caixa dois não seja efetivamente extinto, o que é uma hipótese plausível, o dinheiro de bancos e empreiteiras continuariam a seguir a lógica de favorecer quem tem a chave do cofre - no caso da União, o PT. Por isso, interessava mais ao partido a ideia inicial de Dilma, que incluía uma Assembleia Constituinte com poderes para dar os rumos à reforma. Mas a ideia fracassou por ser inconsistente e sem base jurídica. Ainda assim, o PT aposta na capacidade de mobilização de sua própria militância para moldar o sistema político-eleitoral.
(...)

PACTO NO GOVERNO DILMA

Alcides Leite

Ao invés de propor um pacto aos governadores e prefeitos das capitais, a presidente Dilma deveria reunir os ministros e a base do governo no Congresso e propor um pacto interno nos seguintes termos:

- Responsabilidade Fiscal e Inflação: acabar com as maquiagens nas contas públicas, acabar com os repasses do tesouro ao BNDES, comprometer-se com déficit nominal zero, dar total autonomia ao Banco Central, acabar com ajuda a países companheiros, reduzir os números de ministérios e cargos de confiança.

- Corrupção: destituir os deputados mensaleiros dos cargos nas comissões parlamentares, divulgar todos os gastos da Presidência da República, apoiar todas as investigações em curso (como aquela envolvendo Rosemary Noronha), divulgar todos os custos com a Copa do Mundo/Copa das Confederações, divulgar todos os gastos com o Congresso Nacional.

- Transportes Públicos: defender a abertura das contas de todos os concessionários de transporte público, abandonar o projeto do trem-bala e destinar os recursos para metrô nas grandes cidades.

- Reforma Política: comandar a base no Congresso para votar uma reforma política com o fim do horário político “gratuito”, adoção para valer da fidelidade partidária e da cláusula de barreira, acabar com o financiamento de pessoas jurídicas a candidatos e partidos, garantir a proporcionalidade eleitores/deputados entre todos os estados, acabar com a suplência de senador e com as coligações para o legislativo.

- Pacto Federativo: repassar para os estados e municípios todas as tarefas que eles podem realizar, com transferência dos recursos para isto.

- Reforma Administrativa: assumir as propostas do Plano Diretor para Reforma do Aparelho do Estado feita pelo ex-ministro Bresser Pereira no primeiro governo FHC, que propõe a distinção entre carreiras típicas de estado, que teriam tratamento próprio das burocracias e carreiras de funcionários com função de atendimento às demandas públicas, que teriam tratamento mais flexível, típico do sistema gerencial. Além de fortalecimento das organizações sociais.

Leia a íntegra em Pacto no Governo Dilma

QUEM SE APROPRIOU DO PLANO REAL E DOS PROGRAMAS SOCIAIS, SEM O MENOR ESCRÚPULO, AGORA QUER SE APROPRIAR DO POVO NAS RUAS

Claudio Humberto

Lula silencia e
manipula Dilma
de olho em 2014

O constrangedor silêncio de Lula na mais grave crise da República esconde uma estratégia marota, típica dele, um ex-agitador de porta de fábrica: manobrar a reforma política por meio de sindicatos e dos “movimentos sociais”. Seu objetivo, com a “convocação” do plebiscito, é fazer o PT se apropriar das reivindicações espontâneas das ruas, e solidificar o projeto de poder do partido, caso decida retornar em 2014.

A luta continua

Lula admitiu a interlocutores que não abre mão dessa bandeira e que irá conduzir o processo de reforma política que Dilma não conseguiu.

Um democrata

Questionado, o ex-presidente avisou através do Instituto Lula que como sempre “não tem nada a dizer” e “muito menos” a esta coluna.

Dilma foi alertada

Há mais de ano Dilma vinha sendo alertada para os perigos de desatenção com os grandes eventos no Brasil. Deu no que deu e ainda não tivemos os eventos principais. Foi alertada várias vezes. Agora está colhendo os frutos que plantou. Desprezou todos os avisos.

Até o PT reclamou

Até o PT, que demora a entender as coisas, percebeu os erros do governo. Ela foi severamente criticada na reunião da bancada do PT na Câmara, esta semana, por desprezar a Fifa e os grande eventos.

É ou não é?

A presidenta agora jura que não há dinheiro público na construção dos estádios, mas fez questão de colar a imagem do seu governo às obras, mandando o ministro Aldo Rebelo (Esporte) visitá-las e fiscalizá-las.

Morte anunciada

O advogado e ex-delegado da Polícia Federal Paulo Magalhães, 57, foi executado a tiros em Campo Grande (MS). Sua ONG Brasil Verdade moveu ação popular contra Lula e denunciou políticos e judiciário.

Engana que eu gosto

Apesar de ter prometido reduzir a quantidade de medidas provisórias, a presidenta Dilma mantém o mesmo ritmo. Desde a votação da MP dos Portos, ela já enviou três novas medidas ao Congresso Nacional.

PROBLEMAS DEMAIS, GOVERNO DE MENOS

Passamos ans ouvindo quase que exclusivamente os palpites furados de um "opiniático", o ex-presidente Luiz Inácio. 

Antes mesmo de Dilma se pronunciar, depois de ser, bem ou mal, orientada pelo marqueteiro, uma "sonhática" tentou tirar uma casquinha nos movimentos que estão nas ruas. 

Nada mais justo, então, saber qual é a opinião de um "realizático".

No Estadão, José Serra analisa em artigo as medidas propostas pela presidente Dilma Rousseff para enfrentar a crise. 

Leiam trecho:
*
As manifestações que tomaram conta do Brasil nas últimas semanas derreteram a agenda política nacional, até então dominada pela prematuríssima campanha eleitoral, com três ou quatro candidatos já definidos. Sejam quais forem suas origens, seus mecanismos de propagação, virtudes, defeitos e consequências, o fato é que as mobilizações já produziram na vida brasileira um daqueles momentos em que “o futuro não será mais como era”, para evocar Paul Valéry.
Neste momento, partidos e governos, nas três esferas, sentem-se acuados, mas o foco principal de tensões situa-se no Palácio do Planalto, o grande responsável, aos olhos da população (e é mesmo!), pela condução do País.
O governo federal já vivia uma situação difícil, em razão do esgotamento do modelo econômico lulista: rápido crescimento do consumo, baixo investimento, forte criação empregos menos qualificados e inflação baixa. Esse modelo foi viabilizado pela notável bonança externa, juntamente com o crescimento acelerado das importações, o aumento do crédito para o consumo e a sobrevalorização cambial. Foi a época da farra de divisas e da lei do menor esforço, com estatuto semelhante ao da lei da gravidade.
A eclosão das manifestações coincidiu com o fim desse ciclo e a estagflação. Elas podem não ser efeito direto das condições da economia, mas é evidente que eclodem numa dada realidade, e não no vácuo: desaceleração do consumo em razão do menor crescimento da renda, do endividamento familiar elevado e da maior inflação; desaceleração da criação de empregos menos qualificados e falta de perspectivas para os assalariados de maior renda.
Nada pior para um governo já sem rumo do que a ventania contrária das ruas. Daí a ansiedade, a atrapalhação e a exacerbação do marketing das soluções virtuais. O emblema do desatino foi a tal Constituinte com o fim específico de fazer a reforma política. A proposta, tida como irrevogável, era de tal sorte absurda que foi revogada em 24 horas. Ficou a pergunta: como pôde a Presidência da República errar de forma tão bisonha? Agora, a fim de disfarçar o recuo, trocou-se a Constituinte exclusiva pelo plebiscito, proposta impraticável.
Além do “pacto” da reforma política, a presidente propôs o pacto da educação: 100% dos royalties do petróleo para o setor. Resumir os problemas da educação à elevação do orçamento seria equivocado. Mesmo assim, os novos recursos vindos desses royalties serão bem menores do que se alardeia, pois a vinculação só vale para contratos de exploração firmados a partir de dezembro de 2012. E eles não gerarão petróleo antes de seis anos; dentro de uns dez o total destinado à educação poderia chegar a R$ 8,5 bilhões anuais – cerca de 3% do Orçamento da União, dos Estados e municípios.
Já o “pacto” da saúde consiste em importar uns 6 mil médicos estrangeiros – a quase totalidade, cubanos. Alguém é contra água encanada ou luz elétrica? Assim, quem se opõe a que o Brasil tenha mais médicos? O problema é como fazer. Eles estão é mal distribuídos, concentrados nas regiões do País com mais infraestrutura. É preciso criar condições para que atuem no interior – e pouco se faz nesse sentido. Nada contra, é evidente, a que profissionais de outros países atuem aqui, desde que seus diplomas sejam revalidados mediante exames, que o Ministério da Saúde quer dispensar. Nota: apenas 5% dos médicos cubanos que a eles se submeteram foram aprovados.
(…)

A BANDIDAGEM AGRADECE

Mitos, farsas e má consciência: as PMs estão com medo, e os delinquentes estão no comando

Reinaldo Azevedo

A cobertura que a imprensa faz dos confrontos de rua está um pouco menos, como posso chamar?, tecnicamente dolosa. Mas ainda se hesita muito em chamar vagabundo de “vagabundo”, bandido de “bandido”. E pensar que essa barafunda começou, na verdade, no dia 13, quando os manifestantes, em São Paulo, romperam um acordo com a tropa de choque, o que degenerou em conflitos e se inventou, então, a tese da “polícia contra o povo”. E teve início a fantasia de que qualquer rua ou avenida no Brasil é a praça Tahrir.
No dia 11 de junho — antes, portanto, do fantasioso massacre de manifestantes do dia 13, inventado pela imprensa paulistana e reproduzido país e mundo agora — , este blog noticiava: “Delinquentes voltam a promover quebra-quebra em SP e atacam a polícia com pedras, paus e coquetel molotov”. Gente pacífica leva coquetel molotov para manifestações? O Movimento Passe Livre se negava a condenar a violência. Dizia que tudo era culpa da PM. Um policial foi impiedosamente espancado.
A grande mentira!

A grande mentira é esta: as manifestações nunca foram pacíficas, desde o início. Depois que se decretou que a “culpa é da polícia” e que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, debaixo de uma artilharia como nunca se viu, foi obrigada a declarar qualquer área da capital território livre para as manifestações — “sem repressão” —, estava, para lembrar imagem que usei aqui, aberta a Caixa de Pandora. Como no mito, só a esperança ficou grudada ao fundo. Os males do mundo escaparam todos.
Mais: teve início outra tese ridícula — a da “maioria pacífica”, uma espécie, como direi?, tautologia conceitual. Quando a maioria não é pacífica, o que se tem é revolução. Aliás, também as revoluções são feitas por minorias. A questão é saber se elas são ou não usadas como instrumento de luta. Ou foram os “pacíficos” que empurraram os governadores e prefeitos contra a parede?
Peguem os conflitos desta quarta em Belo Horizonte. Repetiram, com grau exacerbado de violência, o que aconteceu no dia 13 em São Paulo. A polícia estabeleceu um limite, que foi transgredido. E o choque começou. “E os jornalistas machucados em São Paulo?” Sim, lamento! Mas bala de borracha ainda não aprendeu a distinguir profissionais de imprensa de vândalos.
O governo federal está recuperando a ofensiva no terreno político, e não há muito o que a oposição possa fazer. Com as pessoas comuns um pouco assustadas e de volta a seus lares, sobraram nas ruas a turma da porradaria e os radicais de esquerda, que já se mobilizam para dirigir de modo mais claro os ataques contra a imprensa — a mesma que incensou o movimento. E desqualifico, mais uma vez, uma mentira estúpida: o jornalismo não entrou nessa “para derrubar Dilma”, não! Entrou porque não resiste a qualquer coisa que tenha cheiro de povo.
A pancadaria come solta hoje em Fortaleza. E esses eventos se repetirão enquanto os responsáveis não forem presos e severamente punidos. As Polícias Militares, Brasil afora, estão com medo de agir. A Comissão Nacional da Verdade, cuja ineficiência só compete com a má-fé, soltou um verdadeiro manifesto contra as PMs.
Vá lá na Suécia e diga que tudo vale a pena se a disposição não é pequena para ver o que acontece. Lembram-se do furacão Katrina, nos EUA? As vítimas foram mandadas para escolas e alojamentos. Todos estavam unidos na tragédia, não é? Os idealistas esperavam solidariedade, a ajuda mútua etc. As Forças Armadas americanas estavam lá. Mesmo assim, começaram a se multiplicar os casos de estupro, e as autoridades alertaram: “Protejam-se; não temos como evitar esses atos”.
“Ah, então o povo, deixado por sua própria conta…” Sim, é isso mesmo! É por isso que existem governos e pactos sociais. O estado não precisa ser o Leviatã, não! Mas precisa ter legitimadas as suas forças de contenção. Ou é a guerra de todos contra todos. Uma coisa é criticar os maus policiais; outra, como se fez, é deslegitimar as polícias. 

É visível que as PMs do Brasil inteiro estão com medo de agir. Os policiais temem parar atrás das grades por cumprir sua função.
Se a amiga da presidente Dilma, a tal Rosa Maria, da Comissão da Verdade, elege as PMs como inimigas do povo e dos direitos humanos, então está declarado o vale-tudo. Vale-tudo que setores da imprensa pediram e aplaudiram. E agora? 

Agora são as próximas vítimas. 

ALCKMIN FAZ O OPOSTO DE DILMA: CORTA GASTOS

O governador Geraldo Alckmin fez o contrário da presidente Dilma Rousseff, que vai aumentando gastos com propaganda, o número de ministérios, entre outros "ralos" por onde escoa nosso dinheiro. Leiam o que informa a Folha

Por Bruno Boghossian, Daniela Lima e Paulo Gama. 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai anunciar hoje a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, a unificação de ao menos três fundações e a fusão de empresas públicas para cortar despesas do Estado. O pacote resultará em uma economia de R$ 127 milhões este ano e de R$ 226 milhões em 2014. O valor será suficiente para cobrir a perda de receita provocada pela revogação do reajuste das passagens de metrô e trem estimada em R$ 210 milhões por ano.
(…)
As funções da secretaria extinta serão incorporadas por outros órgãos do governo, como a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento. A pasta de Desenvolvimento Metropolitano tinha orçamento de R$ 145 milhões previsto para este ano. Não há confirmação sobre demissão de servidores.
O governo também vai unificar as atividades de fundações como a Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e o Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal), que prestam serviço de auditoria, consultoria, formação e pesquisa. Na noite de ontem o governador ainda estudava ampliar o número de fundações e empresas que poderiam ser alvo dos cortes. O tucano também anunciará a venda de bens do governo, como veículos da frota oficial, a redução do número de servidores comissionados e o corte de verbas para viagens e diárias.
Para cobrir o gasto provocado pela redução da tarifa, o Palácio dos Bandeirantes cogitou inicialmente realocar recursos disponíveis que não seriam gastos em 2013, porque eram originalmente destinados a projetos que estão atrasados. Depois decidiu ampliar a medida.

BILHÕES SERÃO GASTOS COMO PLATAFORMA POLÍTICA DE DILMA, É ISSO QUE O POVO QUER?

O plebiscito da Dilma vai custar R$ 2 bilhões. É mais do que 9 ministérios gastaram em todo ano de 2012. É isso que o povo pediu nas ruas?

O custo do plebiscito da Dilma está orçado em R$ 2 bilhões. É um absurdo! Nove ministérios não receberam esta verba em 2012. O Meio Ambiente recebeu R$ 200 milhões menos. O Ministério da Cultura recebeu a metade deste valor. O Ministério da Pesca e Aquicultura recebeu pouco mais de 5% deste valor. Foi isto que o povo pediu na rua? Que a Dilma gastasse R$ 2 bilhões para fazer um plebiscito?

Sabem quantos creches daria para construir com este dinheiro? 4.000 creches! Só a Universidade Federal do Rio de Janeiro recebeu mais de R$ 2 bilhões de 2012! A Universidade Federal Rural da Amazônia recebeu 7% deste valor! Para pesquisa e inovação, o governo gastou um quarto disso. E por aí vai.


Fonte: (Coturno)

PLEBISCITO SOBRE REFORMA POLÍTICA: MAIS UMA CENA EXPLÍCITA DE INCOMPETÊNCIA, CINISMO E IRRESPONSABILIDADE

Bolívar Lamounier

Em questões como aborto, casamento gay, ensino religioso em escolas públicas, divórcio e similares, o recurso ao plebiscito é compreensível e recomendável- isso por duas razões, pelo menos.

Primeiro, tais questões têm a ver com valores, com a vida privada e até com crenças religiosas; o Legislativo precisa de uma base para elaborar a lei, mas não tem que se imiscuir na vida das pessoas.

Segundo, todas elas podem ser tratadas de modo binário; o que se pergunta é se o cidadão concorda ou discorda, ponto final.

Vejamos agora uma questão politico-institucional: a do sistema eleitoral.

Pergunta principal: você é a favor de manter o sistema vigente ou prefere mudar para o sistema distrital?
Perguntas derivadas: se prefere mudar – você sabe o que o sistema distrital? Se prefere mudar - qual dos distritais você prefere, o puro ou o misto? Você acha que deve haver uma vaga de deputado por distrito, ou podem ser várias? O sistema distrital deve valer só para a eleição de deputados federais, ou também para a de deputados estaduais? Se acha que ele deve valer nos dois níveis, como deve ser feita a divisão geográfica dos distritos estaduais?

Se o amigo(a) que me acompanhou até aqui conhece o assunto, creio que concordará comigo em que no mínimo 70% dos eleitores carece das informações necessárias para responder à pergunta principal.

Concordará também que o percentual de eleitores informados despencará vertiginosamente a partir da primeira pergunta derivada. Isto não acontece porque somos um país de analfabetos e ignorantes: o resultado seria praticamente o mesmo na França, na Alemanha ou na Suécia. Mas há um detalhe de suma importância: as perguntas derivadas referem-se a opções politicamente importantes e dificuldades práticas que podem alterar completamente o sentido do sistema e até inviabilizar sua implantação.

Diante desse pequeno detalhe, o mais provável é que os gênios que inventaram esse plebiscito façam só uma pergunta: você é a favor do sistema vigente, do distrital puro ou distrital misto? Ótimo, assim o problema da desinformação fica menos grave. Mas várias questões práticas de suma importância terão que ser decididas pelos deputados e senadores...

Eis aí, sucintamente, uma das razões que me levam a ser totalmente contra plebiscitos sobre matérias institucionais. O de 1993 deu péssimos resultados, por que haverá de ser diferente agora?

Moral da história: um plebiscito desse teor é um equívoco sem tamanho. Será na melhor das hipóteses inócuo, um desperdício de tempo e dinheiro. Uma lambança a mais na lastimável história em que transformaram a “reforma política”.

Poderá ser muito útil – como já está sendo- para a presidente Dilma Rousseff fazer de conta que tem algo relevante a dizer sobre os recentes acontecimentos. E só.

A VOZ ROUCA NO PODER

Sandro Vaia

Conheço todos: Maria foi à manifestação por causa do preço dos ônibus; Pedro foi porque é petista; João foi porque não gosta do PT; Antonio foi porque é contra a corrupção; Alfredo foi porque é contra a “cura gay”, embora não saiba o que vem a ser isso; Lúcio foi porque é contra a PEC 36, que não sabe distinguir da 37, ou da 99, ou de qualquer outra; Ricardo foi porque quer uma passarela mais próxima para cruzar a estrada; Lúcio foi porque adora futebol mas é contra o dinheiro público enterrado nos estádios da Copa.

Enfim, tem para todos os gostos. E cada um deles canta a sua vitória. A esquerda diz que escorraçou os agentes provocadores da direita golpista e os conservadores dizem que colocaram os agitadores esquerdistas em seu verdadeiro lugar.

Entre uma “manifestação linda e pacífica” (como diziam os locutores de TV) e outra, houve alguns vândalos e depredadores, mas isso é da vida. Não existe primavera grátis, como já nos ensinaram as praças árabes.

Enquanto as manifestações mais ecumênicas e contraditórias que já povoaram as nossas ruas e praças obrigavam os nossos cientistas políticos e psicólogos sociais a correr para seus livros para bordar explicações recheadas de alguma erudição, os fenômenos políticos se sucediam.

A chamada “voz rouca das ruas” obrigou a presidente a atropelar o país com uma lista de cinco panacéias elaboradas urgentemente em sua farmácia de manipulação, e os políticos a trabalharem com uma energia e um ritmo de uma esteira ergométrica desgovernada.

(Breve parênteses: para quem se interessa pelo estudo de casos patológicos provocados pela leitura labial errada do que diz a “voz rouca das ruas”, recomendo procurar no Youtube trechos do documentário sobre a queda do ditador romeno Nicolau Ceausescu em 1989. Basta digitar “Videogramas de uma revolução”. Ou então procurar em alguma locadora o filme “A Leste de Bucareste”, que além de tudo é pateticamente engraçado).

Das propostas apresentadas solenemente pela presidente (que o jornal “Financial Times” chamou com fleugma britânica de “propostas de baixa efetividade”), a maioria era requentada de outros carnavais, ainda que apresentadas com roupagem nova.



Mas a sensação foi a sugestão de um plebiscito destinado a criar uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Tão sensacional que as pessoas que estavam em volta dela foram surpreendidas pela novidade - inclusive seu vice, que é tido por notável constitucionalista e sequer foi avisado antecipadamente das intenções da titular. Não fez cara de espanto porque manteve a postura hierática de um mordomo e mordomos não se espantam.

A confusão conceitual, política e jurídica que a proposta causou foi tamanha que ela teve que voltar atrás e ficar só com o plebiscito, sem a Constituinte exclusiva.

Além dos tumultos de rua, o Brasil agora tem uma solene inutilidade para discutir.
Oposição rechaça proposta de plebiscito para reforma política

O Globo

A oposição classifica como “manobra diversionista” a proposta da presidente Dilma Rousseff para realização de um plebiscito sobre a reforma política. Na avaliação do PSDB, DEM e PPS , o governo está “criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país”. Em nota oficial divulgada nesta terça-feira rechaçam a possibilidade de um plebiscito.

“Somos favoráveis à consulta popular. Mas não sob a forma plebiscitária do sim ou não. Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar”, diz o texto. A nota é assinada pelo presidente do PSDB, Aécio Neves (foto abaixo), presidente do DEM, José Agripino, e pelo presidente do PPS, Roberto Freire.

Leia mais em Oposição rechaça proposta de plebiscito para reforma política

FALTA O PRÊMIO NOBEL PELO COMBATE À INFLAÇÃO E PELOS PROGRAMAS SOCIAIS

Fernando Henrique é eleito para a Academia Brasileira de Letras

Mauricio Meirelles, O Globo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi eleito, na tarde desta quinta-feira, o novo imortal da Academia Brasileira de Letras, onde vai ocupar a cadeira número 36, vaga desde a morte de João de Scantimburgo, em março passado. A votação foi realizada no Palácio Petit Trianon, sede da ABL.

FHC, que também é articulista do GLOBO, foi escolhido com 34 votos dos 39 válidos, numa eleição com 26 acadêmicos presentes (na ABL, os ausentes votam por carta). A votação, conduzida pela escritora Ana Maria Machado, presidente da academia, teve quatro votos em branco e uma abstenção, do imortal Ariano Suassuna.



Leia mais em Fernando Henrique é eleito para a Academia Brasileira de Letras

quinta-feira, 27 de junho de 2013

AFINAL, QUEM FINANCIA A CORRUPÇÃO?

O que um Pimentel está fazendo neste governo? Se houvesse seriedade, o amiguinho da Dilma já teria sido demitido. Ficou e continua aprontando.

No Coturno

Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, é um dos envolvidos na rede de escândalos que enlameia o governo do PT, um governo que é corrupto e corruptor, porque é quem tem o dinheiro para pagar a corrupção em todos os níveis. 

Não existe corrupção sem dinheiro. E quem manda no dinheiro é o Executivo, não é o Legislativo


Em vez de ser demitido, Pimentel, o consultor, continuou no governo. Por quê? Para aprontar mais. É ele quem está por trás da transformação dos empréstimos para Cuba e Angola em gastos secretos. Por que estes dois países socialistas? Por que estes dois países onde Lula conduz as negociações diretamente, fazendo lobby de empreiteiras?

Leiam o que informa Rubens Valente, na Folha:

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027. O BNDES desembolsou, somente no ano passado, US$ 875 milhões em operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola. O país africano desbancou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos do gênero.

Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações “estratégicas”, documentos “apenas custodiados pelo ministério” e dados “cobertos por sigilo comercial”. Os atos foram assinados por Pimentel em junho de 2012, um mês após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. É o que revelam os termos obtidos pela Folha por meio dessa lei.


Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de “secreto” no ministério do Pimentel. 

Este é o Brasil do PT, onde os responsáveis pelos desmandos com dinheiro público querem fazer plebiscito para reforma política, quando o que o povo clama nas ruas é contra a corrupção. Justamente a corrupção que deve existir debaixo da rubrica chamada "gastos secretos", que vai desde as despesas da amante de Lula no cartão corporativo até os empréstimos inexplicáveis a países que figuram entre os mais corruptos do mundo.

POVO QUER FIM DA CORRUPÇÃO, NÃO PLEBISCITO PARA DESVIAR A ATENÇÃO

Os presidentes dos três maiores partidos de oposição divulgaram nota nesta quinta-feira (27) para acusar a presidente Dilma Rousseff de sugerir a realização de reforma política para tentar tirar o governo do foco das manifestações populares.

A oposição defende a realização de refendo, e não plebiscito, para que a população defina o novo sistema político do país --ao contrário do que sugeriu a presidente. Um plebiscito é uma eleição na qual a população escolhe uma entre diferentes propostas sobre um tema. Já no referendo o povo aprova ou rejeita uma decisão de Estado já aprovada.

Os presidentes do PSDB, DEM e Mobilização Democrática --Aécio Neves, José Agripino Maia e Roberto Freire-- se reuniram nesta quinta para unificar o discurso contra Dilma --quando elaboraram a nota conjunta. "A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destina a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças do brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país", diz a nota.

Os presidentes dos partidos de oposição afirmam que a reforma política possui uma "legislação complexa" que impede a população de responder apenas "sim" ou "não" ao definir o novo modelo de sistema político brasileiro, como previsto em um plebiscito. "Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar", afirmam. No referendo, o Congresso aprova o novo modelo político e, posteriormente, consulta a população --que mantém o que foi aprovado, ou rejeita as mudanças feitas por deputados e senadores.

A oposição diz que Dilma tenta dar destaque sobre a realização do plebiscito depois que viu derrotada sua "tentativa golpista de uma constituinte restritiva" para discutir a reforma política. "Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio [de governo], manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro", afirmam na nota.

Segundo os presidentes dos partidos de oposição, enquanto Dilma tira o foco da crise para a discussão da reforma política, o cenário econômico brasileiro se agrava, a inflação cresce, o crescimento do país se retrai e o governo perde credibilidade no exterior. "As oposições continuarão debatendo, como sempre fizeram, as questões que interessam aos brasileiros. Jamais faremos oposição ao país", diz a nota.

Embora estejam dispostos a conversar com a presidente para dialogar sobre os rumos do país, os oposicionistas até agora não receberam convite do Palácio do Planalto para conversar --embora o governo tenha divulgado que a Dilma pretende se reunir líderes da oposição. A intenção do grupo é apresentar à presidente, durante o encontro, uma pauta de 26 propostas detalhadas em manifesto lançado como resposta às manifestações populares.

O documento sugere a redução pela metade no número de ministérios e cargos comissionados do governo federal, revogação do decreto que proíbe a divulgação dos gastos em viagens presidenciais e transparência nos negócios feitos pela Petrobras e nos empréstimos do BNDES.

A oposição também tem propostas nas áreas de saúde, segurança, transporte e educação, como duplicar os investimentos da União nos gastos com segurança e concluir todas as obras de mobilidade urbana até o início da Copa do Mundo. Também há o apoio ao repasse de 100% dos royalties à educação e investimentos mínimos de 10% da receita corrente líquida da União na saúde.

(Folha Poder)

O GIGANTESCO PALANQUE DE DILMA



Abraham Lincoln deixou um ensinamento que bem poderia ser aproveitado pelos políticos que acham que o povo é idiota: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar a todos todo o tempo!”

Pois é, o tempo de enganação no Brasil está se tornando uma eternidade, mesmo aos trancos e barrancos.


O que seria, então o grande espetáculo das manifestações dos que protestam contra tudo, que colocam na pauta a rejeição a "mequetrefes", que ataca apenas um dos Poderes da República - sonho de todo ditador que é o de fechar o Congresso -, mas, do nada, surgem lideranças que até então não existiam defendendo as propostas que a presidente Dilma anunciou em rede nacional? É o que certo jornalismo de TV informa quando mostra representantes dos movimentos reunidos com autoridades.


Quando Dilma começava a ser empurrada para as cordas, como foi descrita sua situação em relação aos protestos, sua primeira providência foi consultar seu marqueteiro, o "ministro da Propaganda" pago a preço de ouro, evidentemente na companhia de sua "estrela guia", que também se safou do mensalão, entre outros escândalos, como o Rosegate e as denúncias de lobby, com uma eficiente estratégia de marketing.


Dilma não ouviu ninguém mais, saiu da reunião reservada orientada a propor o que a população não considera importante, mas já está conseguindo impor a agenda que interessa a seu partido, o seja, a mudança no sistema eleitoral que pode garantir o poder absoluto ao PT.

Da cabeça dos iluminados saíram ideias vagas, genéricas. 


Porém, um dos itens anunciados está cumprindo seu papel de distrair a todos. 


Enquanto ocupa praticamente todos os espaços dos noticiários, sobrando uma pequena folga para o futebol, o debate que já se resume a referendo ou plebiscito serve para fazer o povo esquecer de tudo o que tem causado insatisfação e já concentra sua atenção à fala de quem reassumiu o controle da situação - DILMA. 


Leiam trecho do editorial de O Globo de hoje:

Pesquisas feitas entre manifestantes, antes da reunião de segunda, não detectaram o desejo por uma reforma política. No centro das reivindicações, encontravam-se a corrupção dos políticos, a oposição à PEC 37 — tema correlato —, o custo e precariedade dos transportes públicos, crítica aos gastos com as duas copas etc.

Apenas um exercício de contorcionismo intelectual relacionaria palavras de ordem gritadas nas ruas a uma reforma política. Outro dado sugestivo é que o monitoramento de redes sociais só passou a detectar a menção à reforma depois de Dilma Rousseff lançar seus pactos. Quer dizer, a presidente começou a pautar tuiteiros e navegantes das redes.


Abaixo, vídeo que alerta sobre os perigos do controle das massas que estão empunhando, mesmo que não seja essa a intenção, as bandeiras dos discursos petistas. Há mais de dez anos no poder, não cumpriram nada do que prometeram, mas ainda tem muita gente que acredita no que falam nos palanques.



Aparentemente não há ninguém, portanto, que não seja petista, ou que tenha alma petista, que consiga representar a pauta que está nas ruas. A não ser que o eleitor comece a dar valor a quem realiza, mesmo que não seja muito bom de discurso.

Além desse fato incontestável, aceitar que as decisões passem a ser tomadas por mecanismos de  “democracia direta”, referendos e plebiscitos, vai fazer com que o país se torne prisioneiro de grupos organizados da sociedade, ou seja, do PT que domina esses grupos.


Quem será que está nas cordas agora, então?


Certamente não é o cidadão que participa, ou não, dos movimentos, mas que é bem informado e consciente. Porém, para a grande maioria que talvez ainda não tenha entendido muito bem o que está acontecendo, vale o que as redes de TV apresentam como fato. Se depender dos bajuladores de plantão, Dilma sairá fortalecida com toda essa confusão. 


Afinal, é a lista de cinco pactos de Dilma que está prevalecendo nos noticiários, não as listas do povo indignado.




Não sei o que dá pra fazer, só sei o que farei que é resistir aos apelos midiáticos, não permitir que ideias polêmicas desviem a atenção dos temas realmente importantes, tomar cuidado com "novidades" que viram ondas, tais quais VOTO NULO, financiamento público de campanha e voto em lista fechada, não desviar do foco que é tirar o PT do poder e, o mais importante, buscar outras possibilidades, novos caminhos para seguir como têm feito milhares de brasileiros Brasil afora.

Sugestão para um novo modelo de eleição que aproxima o eleitor do candidato: VOTO DISTRITAL.

Não se esqueçam que o que se discute hoje, depois das falas de Dilma, não é o que motivou o povo a se manifestar.

Percebam que quem está entendendo e atendendo as ruas é o Congresso, o Poder que o PT quer defenestrar para reinar absoluto.
Se tiverem um tempinho, assistam ao vídeo abaixo que expõe algumas verdades sobre o que atravanca o Brasil e deixa seu povo insatisfeito:


Sponholz