segunda-feira, 30 de novembro de 2015

‘FORÇAS OCULTAS’ DO GOVERNO TENTAM BARRAR CPI



“Forças ocultas do governo”, segundo membros da CPI dos Fundos de Pensão, tentam barrar as investigações da comissão que apura o rombo dos fundos de pensão de empresas estatais, que lesou milhares de aposentados. Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) seriam os responsáveis pela frente governista contra a comissão na Câmara. Ordem seria “sufocar” a CPI

O Planalto quer evitar que o ex-tesoureiro petista preso João Vaccari Neto negocie acordo de delação premiada com o Ministério Público.

O Planalto e a cúpula petista temem “efeito devastador” de possível delação do responsável por finanças do PT nas campanhas eleitorais.

“A CPI reforça a tese do juiz Sérgio Moro” de que a Lava Jato é maior que a Petrobras, avaliou o presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB).

A CPI se concentra em investimentos do Postalis, fundo dos Correios, que acumula déficit de R$ 5,6 bilhões no Bank of New York (BNY).

A OAS, empreiteira do petrolão com contratos milionários na Petrobras, pagou a reforma do sítio da família Lula em Atibaia (SP), segundo Veja, numa articulação de Bumlai. E Lula não é considerado suspeito?

Leia mais na coluna de Claudio Humberto

LOTERIAS - CAIXA MANTÉM EM SEGREDO PESSOAS QUE GANHARAM LOTERIA 500 VEZES

SIGILO EM LOTERIAS DA CAIXA PODE FAVORECER FRAUDE


A insistência da Caixa em manter sob sigilo os ganhadores dos milionários prêmios das loterias reforça suspeitas sobre o uso do dinheiro dos sorteios em esquemas de lavagem de dinheiro, por exemplo. Mexer nisso é como cutucar vespeiro: autor de um projeto que obrigava a Caixa a divulgar a identidade dos ganhadores de loteria, o ex-senador Gerson Camata (PMDB-ES) sofreu várias ameaças.

A Caixa alega “questão de segurança” para manter o segredo. Só no Brasil apostadores de loteria não têm direito de saber quem venceu.

Projeto de Álvaro Dias (PSDB-PR), sobre o qual se senta o relator José Pimentel (PT-CE), prevê “banco de dados” identificando ganhadores.

Álvaro Dias apresentou seu projeto após alguém ser “premiado” mais de 500 vezes. “Um outro ganhou mais de 240 vezes em um mês”, diz.




'PRÉ-CALOTE' - CONTINGENCIAMENTO PODERÁ DETERMINAR A PARALISIA DO GOVERNO

GOVERNO PUBLICA DECRETO QUE BLOQUEIA R$ 10 BILHÕES


O governo publicou hoje (30) no Diário Oficial da União decreto com a nova programação orçamentária de 2015, com o cronograma mensal de desembolso.

Na última sexta-feira (27), o governo informou que publicaria decreto com o contingenciamento de R$ 10 bilhões.

A medida tornou-se necessária em razão da não aprovação da nova meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional.

No início do ano, o governo tinha estipulado meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em R$ 55 bilhões.

No entanto, as dificuldades para cortar gastos e aumentar as receitas fizeram a equipe econômica revisar a meta fiscal de 2015 para déficit primário de R$ 51,8 bilhões.

Devido ao reconhecimento dos atrasos nos repasses a bancos públicos, o valor do déficit subirá para R$ 119,9 bilhões.

Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, o contingenciamento poderá determinar a paralisia do governo, caso o Congresso demore a aprovar a alteração da meta fiscal de 2015.

(ABr)

A MARCA DOS VENCEDORES

"Um rápido exame da trajetória dessa gente revela, porém, a marca da impiedade. Nós, as pessoas comuns, devemos dar graças aos deuses, todos os dias, por não termos nascido com essa marca."


Augusto de Franco

Observação sem qualquer pré-julgamento moral. Um dos principais fatores para o chamado sucesso empresarial é o mesmo para alguém se tornar chefe mafioso (ou de uma organização criminosa similar): a coragem de fazer, no tempo certo, o que os outros não têm coragem de fazer (às vezes, aí sim, por escrúpulos de natureza moral). E uma certa despreocupação com o outro, a não ser quando ele pode ser usado como instrumento dos próprios propósitos. 

Todo o blá-blá-blá dos programas de formação empresarial, como Empretec e assemelhados e toda aquela conversa desumana ultra-competitiva que rola em iniciativas como Endeavor, não passa de bullshit. 

Até bem recentemente Eike Batista (falido) e André Esteves (hoje preso) eram muito celebrados na companhia de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Há mais tempo cantava-se em prosa e verso a ousadia empresarial de Ricardo Semler. Isso para não falar dos mega-empreiteiros, como Marcelo Odebrecht e todos os outros que estão atualmente na cadeia ou usando tornozeleira eletrônica. Todos esses teriam nascido com a marca dos vencedores. 

Um rápido exame da trajetória dessa gente revela, porém, a marca da impiedade. Nós, as pessoas comuns, devemos dar graças aos deuses, todos os dias, por não termos nascido com essa marca.

domingo, 29 de novembro de 2015

PRISÃO DE DELCÍDIO ACELERA INVESTIGAÇÃO SOBRE PLANALTO

DELCÍDIO E ANDRÉ ESTEVES SÃO FUNDAMENTAIS PARA ESCLARECER ESQUEMA NA PETROBRAS


Estadão

A prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, precipitaram o avanço da Operação Lava Jato em sua investida sobre o Palácio do Planalto como origem do esquema sistematizado de corrupção no governo, desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Delcídio é apontado pela investigação como um elemento de ligação entre as gestões de Lula (2003-2010) e a atual, da presidente Dilma Rousseff, iniciada em 2011, com a Petrobras, onde fez carreira antes de entrar na política. Se contribuir com as apurações da força-tarefa, o senador petista poderá ajudar a investigação a esclarecer quem, como e com qual finalidade montou e operou o esquema de corrupção e desvios na estatal petrolífera.

Com quase dois anos de apurações ostensivas, a força-tarefa adotou a tática de avançar as frentes de apuração conforme o surgimento de pistas e provas a cada nova etapa deflagrada. A suposta tentativa de Delcídio e do banqueiro André Esteves de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró surgiu como um avanço inesperado das investigações da Lava Jato em direção ao núcleo de comando político do esquema.

Um movimento que ainda estava distante dentro da estratégia da força-tarefa e que pode comprovar que, mesmo com a operação deflagrada em março de 2014, a estrutura sistematizada de corrupção continuou a atuar na Petrobrás e em outros setores do governo, como a área de energia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entre os negócios investigados pelas autoridades, por exemplo, está a parceria da Petrobrás com o banco BTG Pactual, de Esteves, na África, firmada em 2013, na primeira gestão de Dilma Rousseff.

De imediato, um ex-ministro do governo Dilma Rousseff afirmou ao Estado que, se encontrada irregularidade nessa transação, ela “destrói” a narrativa do governo de que as ilicitudes na Petrobrás se limitavam aos mandatos de Lula.

A força-tarefa da Lava Jato busca reunir elementos para apontar a Casa Civil como mentora do esquema que loteava politicamente cargos estratégicos, fixava porcentuais de pagamento de propina e que estruturou uma máquina de lavagem de dinheiro para ocultar o financiamento ilegal de partidos e campanhas eleitorais com o objetivo de garantir a governabilidade e a permanência no poder.

Seguindo a tática de montar o quadro de funcionamento da organização criminosa alvo das denúncias à Justiça como um quebra-cabeça, investigadores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba (PR) e em Brasília, fecharam neste ano o cerco em torno do ex-presidente Lula, mesmo sem tê-lo como alvo central de um inquérito.

Bumlai. A prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, na última terça-feira, como alvo central da Operação Passe Livre – 21.ª fase da Lava Jato – foi a mais recente peça nessa montagem do quebra-cabeça, fechando o círculo ao redor de Lula.

Amigo do ex-presidente, Bumlai é figura central do cerco para comprovar a origem do esquema no Planalto, acreditam procuradores. O pecuarista foi preso acusado de servir de avalista para o empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin, em 2004, para que o PT quitasse dívidas de campanha. Sua atuação como elo do empresariado e do setor financeiro com o governo, no entanto, ainda permanece obscura.

Com três ex-ministros da Casa Civil pegos no radar da Lava Jato – José Dirceu, Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann –, os investigadores da força-tarefa consideravam ter até aqui a base para revelar o papel efetivo de integrantes do Planalto como figuras ativas e com decisão no esquema de corrupção descoberto na estatal petrolífera – onde o rombo pode ultrapassar os R$ 42 bilhões.

Bumlai – o amigo de Lula –, Delcídio e Esteves atrás das grades, faz a Lava Jato considerar inevitável que novos nomes do Planalto surjam nas investigações, ainda este ano. Além de consolidar o rol de provas para mostrar que o esquema desbaratado na Petrobrás foi reproduzido em outras estatais do governo, em diferentes áreas, como energia, comunicações e infraestrutura, dentro da mesma sistemática.

NÃO, AS INSTITUIÇÕES NÃO VÃO BEM

Mary Zaidan

Saúvas (Foto: Arquivo Google)

Motivo de loas ao vigor das instituições, a ordem de prisão do petista e líder do governo Delcídio do Amaral, expedida pelo Supremo, escancarou exatamente o inverso: o avanço da deterioração do Estado brasileiro. Rouba-se, saqueia-se, extorque-se em todo lugar. Nada funciona, exceto o poder de polícia - ações pontuais da Justiça, do Ministério Público e da PF.

Como praga, a degradação alastrou-se pelo Executivo em cada canto, cada ato, cada palavra. Nas mentiras ditas pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex Lula, em cada negociata que ambos afirmam desconhecer. Multiplicou-se nos ministérios, nas autarquias e nas estatais, nas joias da coroa como Petrobras e Eletrobras, no Banco do Brasil, enrolado no mensalão, no BNDES, e sabe-se lá onde mais.

Corroeu o Parlamento. Fez com que a política se tornasse ambiente impróprio para gente de bem. Maleficio dos malefícios, até porque a política é a única saída para qualquer e todas as crises. E há gente de bem que a ela se dedica.

O Judiciário também tem lá suas fraquezas. Ao mandar prender poderosos, recebe efusivos aplausos por fazer valer o princípio básico de que a justiça é igual para todos. Ainda assim, não consegue inseticida suficiente para exterminar todos os insetos contaminam algumas de suas partes. E mais: o mesmo Supremo que dá orgulho exige aumentos abusivos sem lastro na economia do país, briga por regalias no topo e pouco distribui à base. As varas judiciais que recebem bilhares de demandas do cidadão comum continuam entupidas, não raro sem recursos para fazer o mínimo. Isso sem contabilizar denúncias de malversação que pairam sobre vários tribunais.

Ao contrário do que seria saudável e lógico em uma democracia, tanto nos poderes Executivo quanto no Legislativo – e até no Judiciário - pessoas falam mais alto do que as instituições.

Durante o julgamento do Mensalão, o então presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, se fez maior do que a Corte. Hoje, muitos acham que a Lava-Jato não existiria sem a obstinação do juiz Sérgio Moro. Ou seja, o crédito e a confiança estão em pessoas, não nas instituições.

Mesmo flagrado com contas na Suíça e explicações fajutas para o inexplicável, Eduardo Cunha continua comandando a Câmara dos Deputados. E o reincidente presidente do Senado, Renan Calheiros, também investigado pela Lava-Jato, se mantém em alta. No governo e junto aos colegas, que não pouparam reverências a ele na condução da sessão em que se apreciou a manutenção da prisão de Delcídio.

Fiel ao governo, à interpretação que fez da Constituição e do regimento interno e, principalmente, ao seu pescoço, Renan decidiu que a votação seria secreta. Mas teve de se render. Antes de revelar o placar final e já ciente de qual seria o resultado, direcionou suas baterias contra a intervenção do STF, que acabara de deferir liminar pró-voto aberto.

No alvoroço do final da sessão, quando todos exigiam a exibição dos resultados, a fala da senadora Rose de Freitas resumiu, de forma dramática, o estado das coisas. “Hoje, em todo momento, em qualquer lugar, sentado aqui, sentado ali, nós nos deparamos com alguém que está sendo indiciado, exatamente por usar o poder a seu favor ou de uma circunstância que lhe favoreça.”

Ao lembrar que o Senado não cumpre com as suas tarefas mínimas, a parlamentar disse o que ninguém na República diz: “a culpa é nossa”. E prosseguiu: “O que estamos fazemos agora, sem a menor preocupação de como sair dessa crise, de como ajudar o povo brasileiro, votando quando achamos que devemos votar, empurrando a pauta prioritária quando queremos empurrar. Nós estamos errados!”.

O discurso da senadora não frequentou os noticiários da internet, do rádio e da TV, nem as páginas dos jornais, obviamente ocupadas pelos detalhes do escândalo Delcídio. Mas dar consequência a ele faria bem às instituições, à democracia, ao país.

E não há como consertar qualquer coisa sem reconhecer que ela está quebrada ou estragada. Sem assumir erros.

sábado, 28 de novembro de 2015

DELCÍDIO GUARDA RELATÓRIO-BOMBA DA CPI DOS CORREIOS

Por: Vera Magalhães

Delcídio tem carta na manga

Um episódio nunca revelado da CPI dos Correios, presidida por Delcídio do Amaral (PT-MS) e que comprovou o mensalão, pode vir à tona com a prisão do senador.

Já na reta final dos trabalhos, com a negociação para a aprovação do relatório final em curso, ficou pronto o cruzamento de dados feito pelo software israelense Analyst’s Notebook, adquirido para ajudar na investigação.

Era uma bomba: mostrava transações financeiras suspeitas de dezenas de deputados e senadores de vários partidos. O potencial de estrago era geral e poderia melar a votação do parecer final.

A cúpula da CPI decidiu engavetar o dossiê, mas ex-integrantes sabem que Delcídio guardou uma cópia.

TCU INVESTIGA ROMBO DE R$ 5 BILHÕES NA INFRAERO

PREJUÍZO DE R$ 5 BILHÕES PÕE VIABILIDADE DA EMPRESA EM XEQUE


O Tribunal de Contas da União cobrou explicações da Infraero sobre a viabilidade financeira da empresa após prejuízos operacionais de R$ 5 bilhões em 2013 e 2014. O ponto principal do documento enviado à estatal diz respeito à não adoção pelo governo federal e pela empresa de medidas para compensar a falta de receitas com as concessões de aeroportos lucrativos como os de Brasília, Guarulhos, Campinas e Rio.

Até o programa de demissões voluntárias, que ajudaria a Infraero a se tornar sustentável novamente, não sai do papel porque falta dinheiro.

Além de denúncias no MP do Trabalho, a Infraero tem 96 processos no banco nacional de devedores do TST. Se executados, a empresa fecha.

A Infraero tem até 1º de dezembro para responder os questionamentos do ofício assinado pelo chefe da auditoria do TCU, Carlos Modena. 

OPERAÇÃO ZELOTES - CONSULTORIA "COPIA E COLA" PODE CHEGAR A QUATRO MILHÕES

CONSULTORIA DE FILHO DE LULA FOI COPIADA DA WEB, DIZ PF

PARA PF, TRABALHO QUE RENDEU R$ 2,5 MI A LUÍS CLÁUDIO FOI BASEADO EM 'REPRODUÇÕES'


Estadão

O trabalho de consultoria que rendeu R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi baseado em “meras reproduções de conteúdo disponível na rede mundial de computadores, em especial no site do Wikipedia”, informa relatório da Polícia Federal.

Para os investigadores, a cópia de “conteúdo disponível na rede social” reforça as suspeitas de que a empresa está envolvida no suposto esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos com inventivos fiscais. O caso é investigado na Operação Zelotes. “Os estudos apresentados pareciam ser de rasa profundidade e complexidade, em total falta de sintonia com os milionários valores pagos”, diz o documento.

A PF já indiciou 19 pessoas supostamente envolvidas no esquema. Luís Claudio não consta da relação dos indiciados, segundo a PF, porque foi descoberto durante busca e apreensão, na última fase da Zelotes, um contrato sem o nome da LFT, empresa de Luís Cláudio que prestou a consultoria, bem similar aos que ele assinou com a Marcondes & Mautoni, que pagou os R$ 2,5 milhões. Se for confirmado outro vínculo com a empresa, o valor dos negócios com a Marcondes pode chegar a R$ 4 milhões.

Conforme o relatório, o mesmo valor é “suscitado pelo lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos investigados, como sendo o que tinha sido acertado como pagamento para os ‘colaboradores’ de Mauro Marcondes”, dono da Marcondes & Mautoni no lobby para viabilizar as MPs. Segundo a PF, os pagamentos para a empresa de Luís Claudio só cessaram com a deflagração da primeira fase da Zelotes.

Foi a localização desse novo contrato que levou a PF a decidir por instaurar uma nova investigação específica sobre os negócios envolvendo o filho de Lula. “Essa hipótese, bem como o real propósito desses pagamentos, não foi confirmada até o presente momento, razão pela qual será dada continuidade à investigação em outro inquérito policial em que será analisado todo o material coletado com vista à pela elucidação dos fatos apurados”, afirma a PF.

O relatório da Polícia Federal cita ainda supostas investidas dos envolvidos “junto à Presidência da República”, que teriam enviado documentos ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tratando dos pleitos das montadoras para a prorrogação de incentivos fiscais.

O ex-ministro Gilberto Carvalho também é citado no relatório da PF. Ele não foi indiciado, mas será investigado em nova frente. “Constatamos que as relações mantidas entre a empresa do lobista Mauro Marcondes e o Gilberto Carvalho são deveras estreitas, o que reforça o envolvimento deste nas tratativas para a edição da medida provisória para beneficiamento do setor automotivo, utilizando-se de servidor público que ocupava a “antessala” do então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, responsável direto pela edição de Medidas Provisórias.”

O relatório reitera que Marcondes “recorre ao ‘amigo’ Gilberto Carvalho para que chegue documento às mãos do então Presidente Lula, mas para isso pede que o cumprimento dessa incumbência seja “daquela forma informal” e “low profile” que só o Gilberto Carvalho consegue fazer, sem “formalidades” e no momento oportuno.”

Ainda sobre a LFT Marketing Esportivo, o relatório da PF considerou que os “vultosos” pagamentos ao filho do ex-presidente foram um “ponto fora da curva”, por se tratar de uma empresa “que nunca tinha aparecido como prestadora de serviços da empresa de lobby”, não possui nenhum funcionário cadastrado nos seus quadros e tampouco informa pagamento de salário ou recolhimento de contribuições previdenciárias de empregados.

Luís Claudio e Mauro Marcondes já foram ouvidos pela PF a respeito dos contratos. “Contudo, a nosso ver, as versões por eles apresentadas se mostraram por demais contraditórias e com conteúdo pouco aferível”, afirmam os investigadores.

O relatório da PF menciona que o fato de o “Estado” ter revelado o esquema antes da deflagração da Operação Zelotes pela PF fez com que Luís Claudio fosse até a sede da LFT retirar a documentação referente aos serviços prestados a Marcondes para levá-las ao escritório Teixeira, Martins Advogados, pertencente ao “seu padrinho Roberto Teixeira, para uma “validação” dos contratos, como se o momento mais apropriado para uma análise jurídica desses vultosos contratos que envolviam a cifra de R$ 2.500.000,00 fosse realmente após sua a celebração e, mais, após recebimentos dos valores contratados. É como se os pagamentos não fossem uma confirmação tácita do contratante de que os contratos já tinham sido “validados””.

A defesa de Luís Cláudio sustenta que seu cliente prestou serviço na área de marketing esportivo para a Marcondes & Mautoni por meio da LFT e que tais serviços foram “comprovados”.

“Ao final dos trabalhos, foram entregues relatórios sobre cada um dos projetos elaborados. A LFT recebeu pagamentos da Marcondes & Mautoni entre junho de 2014 e março de 2015, à medida que os trabalhos contratados foram executados. Todos os valores foram declarados à Receita Federal e houve a emissão de notas fiscais, com os devidos impostos recolhidos”, explica nota subscrita pelo advogado Cristiano Zanin Martins.Procurado, o advogado de Mauro e Cristina não se pronunciou. O ex-ministro Gilberto Carvalho não foi localizado ontem. Ele tem negado que atuou para favorecer montadoras.

DELCÍDIO DIZ QUE DILMA FEZ CONSULTA SOBRE CERVERÓ

DILMA CONHECIA CERVERÓ DA ÉPOCA EM QUE ERA SECRETÁRIA DE ENERGIA NO RS


Estadão

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse à Polícia Federal que em 2003 foi consultado pela então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff "acerca da possível nomeação" de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras. Na ocasião, Delcídio cumpria seu primeiro mandato no Senado.

Seu depoimento de anteontem foi dado na sede da Polícia Federal, onde está preso, em Brasília. "A então ministra Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra (1999-2002), no Rio Grande do Sul", afirmou o senador. "Como a área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras e a Secretaria comandada pela Dilma Rousseff", disse.

O senador afirmou que "se manifestou favoravelmente" à indicação de Cerveró para o cargo "em face da experiência que (eles) tiveram conjuntamente no âmbito da Diretoria de Gás e Energia" da Petrobras. Cerveró era então gerente subordinado a Delcídio. O senador disse que em 1999 foi nomeado diretor de Gás e Energia da estatal petrolífera "atendendo a convite do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso".

Ele foi preso na quarta-feira (25) sob suspeita de tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a Procuradoria-Geral da República, em conluio com o advogado Edson Ribeiro, ele pretendia comprar o silêncio de Cerveró, preso e condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. O temor do senador, segundo a Lava Jato, é de que o ex-diretor o implique em temas suspeitos, como o da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que gerou prejuízo de US$ 792 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União.

Outros dois delatores, Paulo Roberto Costa e Fernando Soares, o Fernando Baiano, já o citaram. Baiano disse que o petista recebeu US$ 1,5 milhão em propinas do esquema de corrupção instalado na Petrobras.

SE PRECISOU "PEDALAR" PARA PAGAR ... SEI NÃO!

O governo do PT não se encabula ao passar a conta do rombo que causou ao país à população que não tem culpa alguma, a não ser por suas más escolhas. Mas são os mais pobres que pagam o preço mais alto, vítimas do desemprego, da inflação elevada e, em tempos de cortes, mesmo com as promessas de Dilma em manter programas sociais, nada garante que o calote não vai afetar os programas sociais. 

O PT sempre "fez o diabo" contra seus adversários, principalmente quando diz que eles vão acabar com os tais programas. Pois bem, se Dilma precisou "pedalar' para pagar Bolsa-Família, isso não significa que falta dinheiro para manter esse tipo de despesa e que é o governo do PT que está sem condições de manter esse compromisso?

GOVERNO GARANTE QUE 'PRÉ-CALOTE' NÃO ATINGE BOLSA FAMÍLIA



A Presidência da República garante que o bloqueio de R$ 10 bilhões do Orçamento, que entrará em vigor à partir do dia 1o de dezembro, não terá impacto em programas sociais ou em qualquer outra despesa já assumida pelo governo. O montante deverá ficar contingenciado e a recomendação para órgãos do Executivo é para que não hajam novas despesas.

De acordo com o Planalto, o bloqueio será mantido até que o Congresso Nacional vote pela flexibilização da meta fiscal para 2015. O governo espera que a meta passe de um superávit de R$ 88,3 bilhões para um déficit de R$ 119,9 bilhões.

Esta é a terceira vez neste ano que o Executivo corta verbas do orçamento para conter o rombo nas contas do governo. Em maio, a tesourada cortou R$ 69,9 bilhões do orçamento. Outros R$ 8,6 bilhões foram bloqueados em julho.

Apesar da negativa da Presidência da República de que o corte afetaria programas sociais, o valor contingenciado coincide com a tesourada proposta pelo relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), no programa Bolsa Família. Na ocasião, a ideia foi rechaçada pelo ministro Ricardo Berzoini (Governo) ao afirmar que “há condições de fechar o Orçamento sem recorrer a essa iniciativa”.

GOVERNO VAI BLOQUEAR R$ 10,7 BILHÕES E ENTRAR EM ESTADO DE "CALOTE"

SEM DINHEIRO, FISCALIZAÇÃO DA RECEITA E POLÍCIA FEDERAL VAI PARAR



A presidente Dilma Rousseff vai editar um decreto de programação financeira com bloqueio de R$ 10,7 bilhões em gastos com despesas discricionárias como água, luz, fiscalização da Receita, da Polícia Federal, etc a partir de 1º de dezembro. A decisão segue a orientação do Tribunal de Contas da União e põe o governo em estado de "calote".

Até a viagem da presidente para Japão e Vietnã foi cancelada, apesar de o Planalto negar que tenha qualquer relação com o bloqueio que está por vir. A ida a Paris para participar da conferência sobre o clima, COP-21, está mantida, pois está prevista para o dia 30 de novembro. Admitir o caos nas contas é considerado pela equipe econômica como a última cartada para evitar o impeachment, mas sem a aprovação do ajuste fiscal, a situação de Dilma deve ficar impraticável.

A proposta do governo para o Orçamento 2016 foi enviado ao Congresso prevendo déficit de R$ 51,8 bilhões, mas caso seja obrigado a pagar o que deve em decorrência das "pedaladas fiscais", a conta sobe para cerca de R$ 120 bilhões. A apreciação, que seria esta semana, foi colocada de lado após a prisão do líder do governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS) na quarta (25).

Para garantir a meta, este ano, a máquina pública deve parar para economizar R$ 107 bilhões, mas isso acarretaria em "graves consequências para a sociedade", como explicado no relatório bimestral de receitas e despesas referentes aos meses de setembro e outubro. Com déficit primário de R$ 33 bilhões (até outubro), o governo só conseguirá atingir a meta com a interrupção da prestação de "serviços públicos", "investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do País".

NESTOR CERVERÓ VAI MANDAR LULA PARA A CADEIA



O Antagonista

Nestor Cerveró vai mandar Lula para a cadeia.

É a isso que se refere Teori Zavascki quando diz que o pior ainda está por vir.

Nestor Cerveró vai mandar Lula para a cadeia por causa do navio-sonda Vitória 10000.

O caso foi revelado por ele quatro meses atrás, num de seus primeiros depoimentos ao procurador Diogo Castor de Mattos, da Lava Jato.

O Antagonista, na época, publicou o seguinte post:

Nestor Cerveró entregou Lula.

Num de seus depoimentos à Lava Jato, segundo a Veja, Nestor Cerveró contou que a campanha de Lula, em 2006, foi financiada com propina paga pelo contrato do navio-sonda Vitória 10000.

Isso mesmo: Lula se elegeu com dinheiro roubado da Petrobras.

O operador Júlio Camargo já havia admitido o pagamento de 25 milhões de dólares em propina para favorecer o estaleiro Samsung no contrato do Vitória 10000.

O que Nestor Cerveró disse agora à Lava Jato foi que o contrato fraudulento assinado pela Petrobras com a empreiteira Schahin, para operar o navio-sonda, serviu para saldar dívidas de 60 milhões de reais da campanha de Lula, em 2006, com o Banco Shahin.

Lula tem de ser preso.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

VIVA A LAVA JATO

Carlos Alberto Sardenberg - Publicado no Globo

Dizem que as crises políticas e econômicas, num dado momento, geram os líderes necessários para sua solução. Dizem também que é muito difícil antecipar quando esse momento está se aproximando, mas que a gente percebe quando chegou. Pois no Brasil de hoje, parece o contrário. O momento já está passando. O senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, foram presos, por determinação do Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de obstrução da Justiça. Mas as peças do processo mostram que essa denúncia, embora muito grave, é até menor diante dos casos que são ali mencionados.
Vamos reparar: o BTG Pactual não é um banco qualquer. É o maior banco de investimentos do país, tem projeção internacional e, nessa condição, está conectado a grandes negócios — a começar pela exposição na área de petróleo e gás — nos quais aparece associado a outros grandes bancos e grandes companhias nacionais e estrangeiras. O envolvimento de seu controlador nos meandros do petrolão oferece, sim, um risco sistêmico. E ameaça arrastar outras instituições financeiras e não financeiras.
Ponto importante: se confirmado o modo de atuação de André Esteves nesse episódio — a operação nos bastidores da polícia, da Justiça e do governo, cujos indícios são avassaladores — a Lava Jato terá apanhado um caso extremo de “capitalismo de amigos, dos negócios arranjados nas mesas políticas”.
Sim, a Lava Jato já apanhou muitos casos assim. Empresários que fizeram delação premiada, como Ricardo Pessoa, contaram que ou entravam no esquema de corrupção da Petrobras/PT ou não tinham obras.
Mas o banqueiro André Esteves é muito mais que isso. Tem peso, talvez, até maior que o de Marcelo Odebrecht. E, para falar francamente, não é de hoje que os mercados olham com certa restrição para o modo de operação de Esteves. Se ele foi efetivamente apanhado, vão muita gente e muito negócio atrás.
Que a política está toda comprometida, já se sabia. Piorou, é verdade. A prisão do senador líder do governo, determinada pelo STF, jogou a crise um degrau acima. Mais exatamente, jogou a crise para a praça ao lado, do prédio do Congresso para o Palácio do Planalto — onde, aliás, já estava parcialmente, conduzida pelos membros do PT apanhados na Lava Jato.
Ou seja, já havia aí um ambiente de perplexidade política. Como se chegou a esse ponto? Repararam que todos os envolvidos na Lava Jato já foram acusados, denunciados e… liberados em inúmeros outros casos? Como é possível que um Congresso funcione com tantos dirigentes envolvidos em casos graves de corrupção? E como foi possível que esses personagens estejam tanto tempo por aí?
Pois o fato novo de ontem é que se pode levar essa perplexidade para o mundo econômico, público e privado. Como foi possível que o país tenha suportado por tanto tempo esse modo de negócios nos quais há um assalto do setor privado sobre o público?
O pior de tudo é que, pensando bem, não há com o que se espantar. Há uma cultura anticapitalista no país, difundida nos meios políticos, intelectuais e acadêmicos, nas escolas, na verdade, na sociedade toda. Empresários e banqueiros, estes principalmente, são todos uns ladrões — tal é a opinião rasa.
E parece que essa opinião é tão difundida que os próprios capitalistas nacionais aderiram a ela. Ok, vamos para a ressalva. Parte dos capitalistas nacionais parece ter pensado: se é tudo roubalheira, por que não? Ou seja, a cultura anticapitalista acaba produzindo um capitalismo de negócios escusos, que, ao final, confirma aquela cultura.
Temos, portanto, uma perfeita crise de valores, que paralisa a política e ameaça paralisar a macroeconomia. Só não paralisa os milhões e milhões de brasileiros que continuam comparecendo ao trabalho, cumprindo suas tarefas e tentando ganhar a vida honestamente. Para que estes não façam o papel de trouxas, está mais do que na hora de uma mudança radical na política — um novo governo, uma nova força, uma nova composição, o que seja — mas que seja capaz de tocar o país.
E que seja capaz, entre outras coisas, de reformar o capitalismo nacional.
Quanto ao Judiciário, se havia alguma dúvida sobre sua conduta, parece que não há mais. Viva a Lava Jato, que criou a oportunidade para que se lave tudo isso.

ALGUMAS POLÍTICAS PÚBLICAS SÃO COMPRA DE VOTOS, DIZ MINISTRO (ALGUMA DÚVIDA?)

ADOÇÃO DE DETERMINADAS POLÍTICAS PÚBLICAS É COMPRA DE VOTOS MODERNA, DIZ MINISTRO DO STF



O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 27, que a adoção de determinadas políticas públicas, hoje, com finalidade exclusivamente eleitoral é uma compra de votos moderna. Gilmar Mendes participou de palestra na Associação de Advogados de São Paulo (Aasp).

"Tenho a impressão de que a adoção de determinadas políticas públicas hoje com finalidade exclusivamente eleitoral é uma compra de votos moderna."

Gilmar Mendes discutiu a reforma eleitoral no evento. "A chamada captação de sufrágio ficou ingênua diante da possibilidade de se desenhar políticas públicas para o pleito eleitoral', afirmou. E citou episódios ligados à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). "Nessa campanha, a presidente Dilma disse, como candidata: nós fazemos o diabo para ganhar a eleição. O presidente Lula disse, em algum momento, na presença da candidata Dilma: eles não sabem o que nós somos capazes de fazer para ganhar a eleição. Agora a gente sabe o que eles podem fazer para ganhar a eleição, mas não na urna, em outro campo, R$ 50 bilhões de déficit."

Questionado se a presidente Dilma havia comprado votos, Gilmar Mendes afirmou enfaticamente: 'Não estou dizendo isso'.

Para o ministro, o grande desafio da Justiça Eleitoral e do País no século XXI é discutir eleições limpas 'nesse contexto' do uso de políticas públicas em ano eleitoral.

"A gente fica imaginando a captação do sufrágio como a compra do eleitor via distribuição de telha, saco de cimento, tijolo. Na verdade, em termos gerais, dispõe-se da possibilidade de fazer políticas públicas para aquela finalidade. Aumentar Bolsa Família em ano eleitoral, aumentar o número de pescadores que recebem a Bolsa Defeso. Em suma, fazer este tipo de política de difícil impugnação inclusive por parte dos adversários. A Justiça Eleitoral será que estaria preparada para este tipo de debate? O que resulta disto é um déficit de R$ 50 bilhões estimado pelo TCU."

O ministro afirmou que tem sido 'fácil' para a Justiça cassar prefeitos e vereadores no Nordeste em vez de buscar irregularidades 'em Estados mais civilizados', como São Paulo e Rio.

"Estamos de fato cumprindo papel da legislação simbólica. Estamos enganando a torcida, cassamos 10 vereadores, enquanto os tubarões passam", afirmou o ministro, crítico à postura da Justiça Eleitoral nos últimos anos.

Gilmar Mendes defendeu ainda que a Justiça Eleitoral crie instrumentos preventivos para evitar abusos, especialmente, em ano eleitoral.

MESTRE NA ARTE DE PECAR SEM DORMIR NA CADEIA

Delcídio foi rebaixado por Lula a “imbecil” não por desandar na bandidagem, mas porque não aprendeu com o mestre como se faz para delinquir sem dormir na cadeia

Augusto Nunes
Depois de examinar o episódio protagonizado por Delcídio do Amaral, Lula emitiu um parecer que honra, pela clareza concisa, a categoria dos especialistas em casos de polícia: “Coisa de imbecil. Uma burrada”. Como o ex-presidente jamais censurou bandidagens envolvendo amigos, parentes, sócios e aliados, está claro que o que considera imbecilidade não é a obscena tentativa de obstrução da Justiça. É a inexistência de um esquema de segurança que impeça gravações de alta periculosidade.
Para Lula, só merecem respeito, além do selo de “inocente” ilustrado pela estrelinha do PT, delinquentes de estimação que se esmeram na ocultação de provas do crime. Esses são bons companheiros, gente fina, inteligente, sublinha o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. Alguns não escaparam da gaiola, outros continuam em liberdade. Mas todos fizeram o possível para aperfeiçoar-se, assimilando os ensinamentos do mestre Lula, na arte de pecar sem dormir na cadeia.
Assista ao vídeo AQUI.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

PARA LULA NÃO É CRIME: DELCÍDIO COMETEU 'UMA GRANDE BURRADA' (POR TER SE DEIXADO GRAVAR)

LULA AFIRMA QUE LÍDER DO GOVERNO PRESO COMETEU 'GRANDE BURRADA'



O ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (26) que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) cometeu “uma grande burrada” ao tentar barrar as investigações da Operação Lava Jato. Líder do PT no Senado, o petista foi preso na manhã de ontem, 25, em Brasília, após o filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, entregar à Polícia Federal áudios com toda a trama para tentar dificultar a delação premiada que pode incriminar a presidente Dilma Rousseff e seu partido.

A afirmação ocorreu durante almoço com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT. Lula até tentou se esquivar do tema e se limitava a dar respostas curtas como “é um absurdo” ou “que loucura”.

De acordo com a reportagem da Agência Estado, o ex-presidente disse ter ficado surpreso quando soube dos detalhes da gravação que levou Delcídio à cadeia. Para Lula, o senador é um político experiente, sofisticado, que não poderia ter se deixado gravar de forma simples como foi feito por Bernardo Cerveró.

Delcídio tinha reuniões semanais com Lula para tratar sobre assuntos do governo e também da Lava Jato.

BANDIDOS DE ESTIMAÇÃO

"Se o PT não se solidarizou com o Sen. Deicídio, está provado que ele não pertence a organização criminosa!"
(Romeu Tuma)

Sabe aquele jovem bobinho que se sente excluído e faz qualquer coisa para pertencer à turma dos malandrões do pedaço e, quando consegue, é o que mais entra pelo cano porque nunca é considerado "um deles"? Pode ser...

É o que sugere Mary Zaidan em seu artigo de hoje:

"Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado" - é um primor. Na pressa de formalizar distanciamento de Delcídio, o presidente do PT acaba por confessar e assumir que as "tratativas" dos demais petistas presos e condenados - Dirceu, Vaccari e companhia - tinham relação com a atividade partidária.

Rui Falcão, ladeado por Marcus Garcia e Delcídio do Amaral (Foto: Correio do Estado)

Após a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e a divulgação das gravações que não deixam dúvidas quanto às ações criminosas do líder do governo no Senado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez publicar nota oficial na qual, como de costume, dá mais um tiro no pé.

Falcão revela sua perplexidade diante dos fatos que "ensejaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do senador", enumerando explicações e providências.

A primeira delas - "Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado" - é um primor. Na pressa de formalizar distanciamento de Delcídio, o presidente do PT acaba por confessar e assumir que as "tratativas" dos demais petistas presos e condenados - Dirceu, Vaccari e companhia - tinham relação com a atividade partidária.

A cumplicidade com os bandidos de estimação se complementa com o segundo item da nota: "Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade". Ou seja, Delcídio, ao contrário dos demais, não pode frequentar o painel dos "heróis do povo brasileiro".

Por fim, Falcão afirma que convocará, "em curto espaço de tempo, reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção partidária julgar cabíveis". Algo que só foi feito - e depois desfeito - com o tesoureiro Delúbio Soares, quando o PT ainda não tinha adotado a tangente, ditada por Lula, de que o mensalão não existiu.

Como bem disse a ministra Cármen Lúcia, "a desfaçatez venceu o cinismo".

POLÍTICA RASTAQUERA

CUNHA É O RETRATO, SEM RETOQUE, DA POLÍTICA RASTAQUERA DO BRASIL

JORGE OLIVEIRA

O Cunha não tem mais condição moral de conduzir os trabalhos na Câmara dos Deputados. Não consegue, por mais que tente, justificar a dinheirama na sua conta na Suíça. Gasta milhões com advogados para dizer que vendia enlatados para países da África, daí a fortuna depositada lá fora. Tenta manipular os trabalhos na comissão que analisa a sua cassação, e diz que mandou apurar as ameaças contra o relator do processo que vai investigar a sua conduta para decidir se pede ou não a cassação do seu mandado, acusando-o de mentir ao negar, na CPI da Petrobrás, que não tinha um tostão em bancos no exterior.

Se o ambiente na Câmara dos Deputados fede, a catinga também já atravessou a Praça dos Três Poderes e está contaminando o Palácio do Planalto. Lá, a Dilma espera ter os bens indisponíveis depois que o TCU anunciou que vai responsabilizar os conselheiros da Petrobrás pelo rombo de 3 bilhões de reais na compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Cada vez mais o cerco se fecha contra a presidente. O tribunal lembra que ela era a presidente do conselho na época da compra, portanto, é responsável pela negociata. Além disso, delatores falam da pressa (24 horas) da reunião do conselho para deliberar sobre a compra, o que normalmente levaria de quinze a vinte dias para tal procedimento.

Para salvar a pele da Dilma e evitar seu expurgo do governo, o companheiro Lula entrou em cena como um messias. Primeiro organizou sua tropa de choque na Câmara e exigiu que os deputados do partido protejam seu mais novo amigo, o Eduardo Cunha. Ele acha que o presidente da Câmara é inocente e que a “imprensa golpista” é responsável pela campanha difamadora contra seu amiguinho. É o mesmo argumento fantasioso que ele usa para defender os meliantes petistas presos por roubar os cofres públicos.

Na verdade, Lula joga a última cartada. Precisa que Cunha permaneça no cargo para evitar o andamento do impeachment. Ele sabe que a queda da Dilma pode levar ele e mais alguns de seus companheiros para a cadeia. Por isso, insiste nessa aliança espúria condenada até por alguns de seus parceiros de partido. A Dilma, coitada!, que já não governa, permanece cercada pelos áulicos do Lula que passaram a mandar no país desde que o ex-presidente arrancou de lá de dentro o Aloizio Mercadante. Escorraçado, ele foi para o Ministério da Educação levando a imagem de arrogante criada por Lula e seus parceiros.

Agora, cercada por Wagner, Berzoini e Edinho, a Dilma, enclausurada, pede permissão até para respirar. Ela tem que torcer para o Ministério Público mandar prender o Edinho Silva, seu ministro da Comunicação Social, pra se ver livre da pressão que a atormenta. Mas, se isso acontecer, Edinho pode abrir o bico e dizer para onde foram os R$ 7,5 milhões de reais que ele arrancou de uma empreiteira que prestava serviço a Petrobrás sob ameaça do cara ficar sem obras na estatal. Se isso acontecer, Edinho seria o terceiro tesoureiro do PT a entrar em cana. Dividiria a cela com os companheiros Vaccari e o Delúbio que já não pagam hospedagem e alimentação.

Veja que coisa assustadora: a corrupção contaminou todos os poderes do país. E o partido que zelava pela ética, o antigo PT, agora vive de armas nas mãos para defender Eduardo Cunha que carrega nas costas as mais graves acusações de corrupção.

Esta semana, o eleitor sul-americano começou a tomar consciência de que o populismo e a demagogia na política está ficando para trás. Foi às urnas e mandou para casa a corja da Cristina Kirchner que mandou na Argentina por mais de dez anos.

Os nossos los hermanos começam a desinfetar o país com a vitória de Maurício Macri.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SENADO DECIDE MANTER LÍDER DE DILMA NA CADEIA

Sessão deliberativa extraordinária no Senado decide sobre a manutenção da prisão do senador Delcídio Amaral (PT- MS), em Brasília, nesta quarta-feira (25). Delcídio foi detido nesta manhã pela Polícia Federal em ação da Operação Lava Jato

VEJA

Os avanços da Operação Lava Jato se sobrepuseram ao corporativismo histórico do Senado nesta quarta-feira. Em votação aberta, os parlamentares decidiram por 59 votos a 13, e uma abstenção, manter na cadeia o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder de Dilma na Casa. Num ano em que os brasileiros saíram às ruas para protestar, o Senado deixou claro: está assustado. E motivos não faltam: além da cobrança das ruas, os parlamentares são assombrados pelo rolo compressor da Lava Jato e pelo claro recado do Supremo Tribunal Federal (STF) ao validar a decisão que levou Delcídio para a prisão - ninguém está acima da lei.

Com a decisão, os senadores se livraram de abraçar uma constrangedora autopreservação mesmo diante de revelações arrebatadoras. Constrangimento, aliás, foi a palavra mais repetida nos discursos em plenário na histórica votação desta noite, em que os parlamentares se obrigaram a prestar publicamente contas ao eleitorado - e complicaram a vida dos que apostam no "escárnio", como bem definiu no julgamento desta manhã a ministra do STF Cármen Lúcia.

Desde 6 de março, quando o ministro Teori Zavascki, que relata os processos do petrolão no STF, confirmou o arquivamento de um inquérito contra o senador petista por falta de provas, uma avalanche de evidências contra o parlamentar foi colhida pelo Ministério Público. Delcídio foi citado por delatores como Fernando Baiano e Nestor Cerveró como beneficiário de propina em transações como a desastrosa compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Hoje, a Polícia Federal bateu à sua porta diante de acusações aterradoras: ele trabalhava para melar o andamento das investigações sobre petrolão. Prometeu uma generosa mesada a familiares de Cerveró em troca do silêncio do ex-diretor da Petrobras. Articulou pagamento milionário ao próprio advogado para trair o cliente e evitar uma delação. E foi pego em gravações explícitas de traficâncias contra a Lava Jato. Prontamente, o Palácio do Planalto e o Partido dos Trabalhadores rifaram o senador que aceitou ser líder do governo quando ninguém mais topou fazê-lo.

Os sinais de que os senadores não pretendiam encampar um histórico desgaste contra a decisão unânime da 2ª Turma do Supremo ficou evidenciada nos expressivos 52 apoios à votação aberta sobre o caso Delcídio. Houve um evento facilitador para que defensores da votação às escuras não precisassem se expor publicamente: instantes antes da decisão, o ministro Edson Fachin afirmou que o destino do líder do governo no Senado deveria, sim, ser tomada por voto aberto.

Momentos antes, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), ele próprio um dos investigados no petrolão, ainda defendeu publicamente a votação fechada e arriscou, em vão, uma tese jurídica que poderia livrar Delcídio: a de que a prisão não foi por crime em flagrante. Pela decisão tomada em plenário, não resta dúvida de que o voto de Cármen Lúcia ecoou nos corredores do Congresso: "Criminosos não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro".

PRISÃO DO AMIGO BUMLAI É SÉRIA AMEAÇA A LULA


Desde o início da Lava Jato, a prisão do “primeiro amigo” José Carlos Bumlai é a mais séria ameaça ao ex-presidente Lula. No Planalto, o temor é que Bumlai não resista à pressão da família para fazer acordo de delação. 

Íntimo amigo e conhecedor de segredos, o temor é Bumlai confessar, afinal, como e por que se beneficiou dessa amizade e virou uma espécie de “resolvedor de problemas” da família Lula da Silva.

O lobista Fernando Baiano delatou que Bumlai lhe pediu R$ 2 milhões para supostamente uma nora de Lula comprar um imóvel.

Bumlai também aparece como articulador da reforma do sítio da família Lula da Silva em Atibaia (SP), feita pela OAS, empreiteira do petrolão.

Tem sido decisiva a pressão das famílias nos acordos de delação premiada. O mesmo se espera no caso Bumlai, hoje com 71 anos.

A inclusão dos filhos de Bumlai entre os investigados (foram levados pela PF para depor sob vara) será usada para pressioná-lo à delação.

José Carlos Bumlai foi preso em Brasília, nesta terça (24), data do seu depoimento na CPI do BNDES. Mas ele ainda não havia confirmado presença junto ao secretário da comissão de inquérito.

PENSANDO BEM...
...a julgar pelo pânico no Planalto e no Instituto Lula, a Operação Passe Livre, que prendeu Bumlai, poderia ter sido chamada de “Nunca Durma 2”.

Leia mais na coluna do jornalista Claudio Humberto

CERVERÓ: "DILMA SABIA DE TUDO"



OUÇA AQUI a gravação que embasou a prisão do senador Delcídio do Amaral

ANOTAÇÃO DE CERVERÓ DIZ QUE DILMA ‘SABIA DE TUDO’ SOBRE PASADENA

DILMA ERA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRAS

Estadão

Na minuta da delação premiada do ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, há anotações do executivo à mão dizendo que a presidente Dilma “sabia de tudo de Pasadena” e que inclusive estaria cobrando o então diretor pelo negócio, tendo feito várias reuniões com ele. O acordo de Cerveró foi firmado com a Procuradoria-Geral da República e submetido ao ministro do Supremo Teori Zavascki, que ainda não decidiu sobre sua homologação.

O fato veio à tona nas conversas gravadas entre o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, o advogado Edson Ribeiro, que defendia Cerveró, e o filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró. No diálogo, o senador revela que teve acesso ao documento sigiloso da delação do executivo por meio do banqueiro André Esteves, CEO do banco BTG Pactual e questiona sobre as citações à presidente manuscritas na minuta do acordo de delação.

Na gravação, o filho de Cerveró confirma que as anotações são mesmo de seu pai. Os áudios dos encontros do político com o advogado, gravados por Bernardo Cerveró, foram utilizados pela Procuradoria-Geral da República para pedir a prisão de Delcídio, André Esteves, Edson Ribeiro e o chefe de gabinete do senador.

No documento, conforme menciona Delcídio na gravação, há referências de que Dilma “sabia de tudo” e que ela “estava acompanhando tudo de perto”, tendo inclusive cobrado Cerveró sobre o negócio. A aquisição da refinaria de Pasadena é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União, Ministério Público por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas. O conselho da Petrobrás autorizou em 2006, quando Dilma era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal, a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões.

Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga. Acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão – cerca R$ 2,76 bilhões. Segundo apurou o TCU, essas operações acarretaram em um prejuízo de US$ 792 milhões à Petrobrás.

Em carta no ano passado, a presidente afirmou que a decisão foi tomada com base em um parecer “técnica e juridicamente falho”.

A investigação sobre o caso foi encaminhada ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, e por meio de delações, lobistas e ex-executivos da estatal confirmaram que houve o acerto de propinas no negócio para atender “compromissos políticos”. Diante disso, foi deflagrada a 20ª etapa da Lava Jato que determinou buscas e apreensões nos endereços de ex-funcionários da estatal envolvidos no negócio.

Não é a primeira vez que o ex-diretor tenta envolver a presidente no escândalo da Petrobrás. Em janeiro, o executivo chegou a elencar Dilma como sua testemunha de defesa em um dos processos que ele respondia na Justiça Federal no Paraná. Na ocasião, após o fato ser revelado, a defesa do executivo recuou e, em menos de uma hora, substituiu a testemunha.

O Palácio do Planalto informou que não vai se manifestar sobre o caso.

'CRIMINOSOS NÃO PASSARÃO' - STF AFIRMA QUE DELCÍDIO E ESTEVES AGIRAM COMO MAFIOSOS



Diário do Poder

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou nesta quarta-feira, 25, os mandados de prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), de seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual e do advogado Edson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Durante a sessão, os ministros revelaram perplexidade. Para os magistrados, há “o componente diabólico” digno de “organização mafiosa” na tentativa do senador de impedir as investigações da Operação Lava Jato.

A ministra Carmen Lúcia disparou: “Criminosos não passarão”. “Houve um momento em que maioria de brasileiros acreditou num mote em que a esperança tinha vencido o medo. No mensalão descobrimos que o cinismo tinha vencido a esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo", disse.

Relator da Lava Jato na Corte, o ministro Teori Zavascki afirmou que a conduta dos quatro presos na manhã de hoje "é um comportamento digno de integrante de máfia".

Segundo ele, houve uma “atuação concreta e intensa” de Delcídio e André Esteves para evitar a delação premiada de Cerveró. Segundo as investigações do Ministério Público Federal, o filho do ex-diretor informou que recebeu R$ 50 mil de Delcídio para que o pai não o citasse em delação premiada, com promessa de receber novos pagamentos. O petista ainda teria oferecido uma rota de fuga pelo Paraguai a Cerveró.

PRESENTÃO DE NATAL DA LAVA JATO, TEREMOS UM BRASIL MAIS LIMPO

OLHAÍ AS ELITES

Mas não eram elas que estavam contra o PT?



Limpeza geral no país, golpe "dazelite"?
Gigantes da política, banqueiros, grandes fortunas do agribusiness e do petróleo, essas são "azelites" do nosso país, e são golpistas, sim, mas não contra o PT, são aliados do PT no maior golpe da história da humanidade contra o nosso país, contra o povo brasileiro.
Mas não há mal que dure para sempre.
Fizeram um estrago enorme e todos nós estamos pagando a conta, mas se tinham passe livre no Palácio do Planalto, agora recebem "passe livre" pra cadeia

Polícia Federal prende senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves

Líder do governo no Senado teve prisão determinada por suspeitas de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato


A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. A ação foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de que o senador estivesse obstruindo as investigações sobre o escândalo do petrolão. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista. A PF ainda cumpre mandados de busca no Congresso Nacional como desdobramento das investigações da Lava Jato. Os policiais atuam em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Mato Grosso do Sul

Esta é a primeira vez que um senador é preso no exercício do mandato. Delcídio é acusado de tentar coagir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, indicado por ele na petroleira, a não dar detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras. O senador chegou a oferecer meios para que o ex-dirigente fugisse do país. Cerveró chegou a negociar um acordo de delação premiada, mas não obteve sucesso. Conforme revelou a colunista Vera Magalhães no radar on-line, o senador foi flagrado em gravações discutindo possíveis rotas de fuga para o ex-diretor da estatal.

Nas investigações, o nome de Delcídio Amaral foi citado pelo delator Fernando Baiano, que afirmou à força-tarefa da Lava Jato que o líder do governo teria recebido até 1,5 milhão de dólares em propina na negociação da refinaria de Pasadena, no Texas. O dinheiro sujo teria sido utilizado na campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.

Citações contra o líder do governo já haviam sido feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, mas o procurador-geral da República Rodrigo Janot não viu indícios suficientes para pedir a abertura de investigação contra o parlamentar. Em depoimento, Costa ainda indica que o ex-diretor da Área Internacional da petroleira, Nestor Cerveró, autoridades ligadas ao PMDB e o operador do partido no escândalo do petrolão, Fernando Baiano, podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina na compra de Pasadena. O próprio Delcídio foi diretor de Gás e Energia da Petrobras.

A prisão - Delcídio Amaral chegou pouco antes das 8h30 na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde dará os primeiros esclarecimentos sobre o caso. No Supremo, o ministro Teori Zavascki convocou uma sessão extra e secreta da 2ª Turma do STF para discutir as prisões. Há um mandado de prisão também contra um advogado. Esta ação não se trata de uma nova fase da Operação Lava Jato centrada em Curitiba, na 1ª instância do Judiciário.

André Esteves - O nome do banqueiro André Esteves apareceu nas investigações do petrolão a partir de um depoimento do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do escândalo. Youssef disse às autoridades que recebeu a informação de que a compra da rede de postos de gasolina Derivados do Brasil (DVBR) teria sido consolidada após pagamento de propina a operadores da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A transação teria contado com atuação direta de Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, ex-ministro do governo Fernando Collor.

Possíveis referências a Esteves também haviam aparecido em um bilhete do empreiteiro Marcelo Odebrecht apreendido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Num trecho do texto, Odebrecht diz a seus defensores: "Destruir email sondas". Para os investigadores, o bilhete poderia representar uma ordem para a destruição de provas. Essa ordem seria motivo para que Odebrecht tivesse sua prisão estendida - pois seria uma tentativa de obstruir a investigação. Para os advogados do empresário, o uso de destruir era metafórico: Odebrecht apenas os orientava a desconstruir a acusação de ter superfaturado contratos com a Petrobras.

No mesmo bilhete aos advogados, Marcelo Odebrecht anota: "história de iniciativa André Esteves. Lembrar que naquela época sete Petrobras off balance, portanto ajudar Sete era visto como ajudar Petrobras". A Sete citada pelo empreiteiro é a Sete Brasil, empresa criada para construir sondas para exploração do petróleo do pré-sal e implicada nas investigações da Lava Jato.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

DESCANONIZADO O ÍDOLO DA SEITA LULOPETRALHA



Prisão de Bumlai tira Lula do altar de intocável

Josias de Souza



A força-tarefa da Operação Lava Jato vinha mastigando pelas beiradas, há meses, a imagem sacra de Lula. A prisão do primeiro-amigo José Carlos Bumlai, efetivada nesta terça-feira, retira o ex-presidente petista, por assim dizer, do altar dos intocáveis da política. O alvo dos investigadores está impresso no nome da nova fase do processo: “Passe Livre”. Durante os dois reinados de Lula, Bumlai ficou conhecido no Planalto como a segunda pessoa com livre acesso à maçaneta do gabinete presidencial. A primeira era Marisa Letícia, a mulher de Lula.

Durante anos, Lula manteve seu prestígio escorado numa hipotética percepção de castidade presumida. Ao investigá-lo, mesmo que pelas bordas, a turma da Lava Jato como que descanoniza o personagem. Algo que as ruas já haviam feito ao recepcionar o pixuleco, aquele gigantesco boneco inflável de Lula, vestido de presidiário. Até o asfalto já pressentia que um novo fantasma atormentaria Lula. Chama-se Sérgio Moro.

O juiz da Lava Jato está para o petrolão como o ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa estava para o mensalão. Com duas diferenças: as delações proliferam e Lula, agora sem mandato, está ao alcance da primeira instância do Judiciário. A intimidade que o vincula ao amigo Bumlai é mais um desafio à integridade da tese do “eu não sabia”.

Bumlai tornou-se hóspede do PF’s Inn, em Curitiba, depois que seu nome jorrou dos lábios de dois personagens que suam o dedo em troca de benefícios judiciais. Um dos delatores, o lobista Fernando Baiano, disse ter repassado ao primeiro-amigo propina de R$ 2 milhões. Na versão do depoente, Bumlai lhe disse que o dinheiro seria usado para liquidar dívida imobiliária de uma nora de Lula.

Outro delator, o empresário Salim Schahin, disse ter perdoado um empréstimo de R$ 12 milhões que Bumlai contraíra no Banco Schahin. Pendurou o débito nas asas de um elefante depois que seu grupo empresarial amealhou, graças à intermediação de Bumlai, um contrato de R$ 1,6 bilhão na Petrobras. No depoimento do delator, Bumlai repassou o dinheiro do empréstimo fictício para o PT.

Na versão do amigo de Lula, a dívida foi contraída para a aquisição de uma fazenda. Mas o negócio micou. E Bumlai, um pecuarista de mostruário, diz que pagou a dívida cedendo embriões de gado ao credor. Seria um caso raro de instituição financeira que entrega milhões a um cliente e aceita esperma de boi como pagamento. Acrescida de juros e correção monetária, a dívida contraída por Bumlai ultrapassou a cifra de R$ 20 milhões. Para o juiz Moro, há “fraude'' na transação.

Na noite da última sexta-feira, discursando num congresso da Juventude do PT, em Brasília, Lula disse: “Uma coisa que me preocupa nesse momento é a tentativa de vários setores dos meios de comunicação, de vários setores da sociedade, de induzir a sociedade brasileira a não gostar de política, de induzir a acreditar que a palavra política por si só está apodrecida”.

Conforme já comentado aqui, Lula tem razão num ponto: a política, outrora vista como a segunda profissão mais antiga do mundo, agora se parece muito com a primeira. Mas o que causa o fenômeno são os fatos, não o noticiário. A prisão de Bumlai demonstra que Lula faria um bem a si mesmo se parasse de se preocupar com o noticiário e começasse a olhar ao redor.

Bumlai não é o único foco a merecer a preocupação de Lula. Há outros. Por exemplo: a Polícia Federal investiga a suspeita de que a empreiteira OAS, enrolada no cartel que pilhou a Petrobras, bancou obras que converteram num pedaço de paraíso um sítio frequentado por Lula e pelo clã Silva. Fica na cidade de Atibaia (SP). E está registrado em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, filho do morubixaba do PT.

As benfeitorias teriam sido providenciadas pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, outro amigo de Lula, a essa altura um personagem já bem distante daquele político sacralizado cuja imagem parecia protegida por um teflon impermeável a tudo —exceto, talvez, ao óleo queimado do petrolão.

MIL E UM "NEGÓCIOS" ENTRE BUMLAI E LULA

Saiba mais sobre Bumlai, o amigão de Lula que foi preso na manhã desta terça

Quando Lula era presidente, havia um aviso na portaria do Palácio do Planalto sobre a licença especial de que gozava o primeiro-amigo

Por: Reinaldo Azevedo 

José Carlos Bumlai não é um amigo distante de Lula. Não! É muito próximo! O homem que Fernando Baiano diz ter lhe cobrado R$ 2 milhões para repassar a uma nora do ex-presidente desfrutava de uma regalia e tanto. No tempo em que Lula era presidente da República, na portaria do Palácio do Planalto havia esta imagem:



Ali se podia ler o seguinte:
“O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância”.

Que outro homem na República dispunha de tal licença? Que se saiba, ninguém.

Se vocês clicarem aqui, terão acesso a uma porção de posts em que o amigão do Poderoso Chefão petista aparece em situações nebulosas.

Em 2010, o Incra comprou terras suas para a reforma agrária. Uma perícia revelou um superfaturamento, em uma única operação, de R$ 7,5 milhões. O homem, um pecuarista, participou da formação de consórcio para a construção da usina de Belo Monte. Bumlai aparece também fazendo pressão para o Banco do Brasil patrocinar a empresa de games de Lulinha. Mais: segundo Marcos Valério, aquele do mensalão, foi o pecuarista que arrumou dinheiro para pagar um chantagista que ameaçava envolver Lula na morte do prefeito Celso Daniel. Mais um pouco? Em 2013, mais da metade da dívida bilionária da usina de açúcar e álcool do amigão de Lula estava com o BNDES e o Banco do Brasil, dois entes públicos.

Intimidade, pois, não falta entre Lula e aquele que, segundo Fernando Baiano, intermediou uma propina de R$ 2 milhões para uma nora do petista em razão do lobby que este fez em favor de uma empresa privada.

Venham cá: quando Janot determinou a abertura de inquéritos da Lava-Jato, havia contra os investigados algo mais do que isso? Por que nem mesmo um inquérito existe para investigar Lula?

LAVA JATO DEVE INVESTIGAR LULA

Lava Jato mira empréstimos do BNDES a Bumlai. E não descarta investigar Lula

Força-tarefa apura contratos operados pelo amigo do ex-presidente com instituições financeiras. Investigadores querem saber se houve interferência do Planalto

DINHEIRO SUJO - O empreiteiro apresentou extratos de movimentação de uma conta criada na Suíça para pagar propina. De lá, segundo ele, saíram 2,4 milhões de reais para a campanha de Lula

VEJA

A Polícia Federal e a força-tarefa da Lava Jato devem investigar se o governo do ex-presidente Lula beneficiou o pecuarista José Carlos Bumlai em contratos com a administração pública. Embora Lula não seja formalmente alvo de investigação, ele foi frequentemente citado pelo próprio Bumlai como a autoridade que poderia destravar impasses - desde a manutenção do ex-diretor Nestor Cerveró na Petrobras até a confirmação de um contrato de sondas pelo grupo Schahin. Por ora, a ofensiva dos investigadores deve se focar em empréstimos de instituições financeiras, como o BNDES, utilizados para o esquema de corrupção, mas a PF não descarta apurar se o Palácio do Planalto, sob a gestão Lula, interferiu em contratos operados por Bumlai.

A São Fernando Açúcar e Álcool Ltda. recebeu, em 2005, empréstimo de 64,66 milhões de reais do BNDES. Em 2008, novo repasse. Desta vez de 388 milhões de reais. A companhia entrou em recuperação judicial em 2013 com uma dívida de 1,2 bilhão de reais, incluindo débito de 300 milhões de reais resultado de empréstimos do banco de fomento. Em julho de 2012, a São Fernando Energia I Ltda., também de Bumlai, recebeu empréstimo de mais de 100 milhões de reais do BNDES, mesmo que na época a empresa contasse com apenas sete funcionários.

Em sua delação premiada, o lobista Fernando Baiano disse que, na tentativa de emplacar um contrato entre a empresa OSX, do ex-bilionário Eike Batista, com a Sete Brasil, empresa gestada no governo Lula para construir as sondas de exploração do petróleo do pré-sal, o empresário José Carlos Bumlai foi acionado para interceder junto a Lula. Em troca, o pecuarista teria recebido comissão de 2 milhões de reais, que acabaram repassados a uma nora do ex-presidente para a quitação da dívida de um imóvel.

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"Em relação ao ex-presidente Lula, são citações ainda sem qualquer conteúdo de prova efetiva. É muito comum que o nome seja usado sem autorização. Pode ser esse o caso, mas tem que apurar, ver se houve realmente alguma interferência do Palácio do Planalto nesses contratos", defendeu hoje o delegado Igor Romário de Paula, que atua na Lava Jato.

Segundo o procurador Diogo Castor de Mattos, a força-tarefa da Lava Jato já está investigando "dezenas de milhões de reais" em contratos suspeitos, incluindo documentos envolvendo as empresas São Fernando Açúcar e Álcool e São Fernando Energia, administradas pelos filhos de José Carlos Bumlai, e do frigorífico Bertin. De acordo com depoimento do ex-presidente do Banco Schahin, Sandro Tordin, os petistas Delúbio Soares e José Dirceu, condenados no julgamento do mensalão, intercederam para que a instituição financeira liberasse um empréstimo de cerca de 12 milhões de reais a Bumlai. Esse empréstimo, dizem os investigadores, teria sido fraudado para dar ares de veracidade ao repasse de recursos que quitariam dívidas de campanha do ex-presidente Lula em 2002. Ao final, com o dinheiro na conta de Bumlai, os valores foram transferidos para contas do Frigorífico Bertin.

"Existem outros empréstimos de instituições financeiras que estão sob investigação e somam quantias de dezenas de milhões de reais. Há suspeita de outros empréstimos. Caso haja realmente esse vínculo [com esquema de corrupção na Petrobras], tomaremos as medidas cabíveis em relação aos investigados", disse Mattos.

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OPERAÇÃO ZELOTES
JUIZ DECRETA NOVA PRISÃO DE CASAL ENROLADO COM FILHO DE LULA, E DE SÓCIO



O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira determinou nesta terça-feira a prisão preventiva de Mauro Marcondes Machado e de sua mulher Cristina Mautoni Marcondes Machado, já presos, e de Francisco Mirto Florêncio da Silva, representante dos dois primeiros em Brasília. Os três são investigados na Operação Zelotes. Mirto foi cumprido nesta tarde.

Segundo informações do Ministério Público Federal, que formulou o pedido de prisão com a Polícia federal, o que motivou o atual pedido das prisões foi a descoberta de que os três, além de integrarem organização criminosa, “investigaram” clandestinamente um procurador do Ministério Público Federal.

No pedido, os investigadores explicam que o casal Mauro e Cristina atua como lobista e que Francisco Mirto, sócio da CVEM Consultoria, é representante da dupla em Brasília.

Em decorrência dessa ligação, Francisco foi um dos alvos das buscas e apreensões deflagradas no fim do mês de outubro. Naquela oportunidade, conforme frisa o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, foi apreendido na residência de Mirto um caderno de anotações onde aparece um grande volume de informações acerca da atividade do grupo. No entanto, uma anotação em especial chamou a atenção da equipe de investigadores.

Uma das informações registradas no caderno - datada do dia 7 de abril de 2010 - , deixa claro que Mirto, Mauro e Cristina investigaram o procurador regional da República José Alfredo de Paula Silva, que atualmente integra a Força-Tarefa do MPF na Zelotes.

Na época, o procurador havia instaurado investigação para apurar a compra de aviões de combate caças pelo governo federal. O caderno traz, além do nome do procurador, a data em que ele voltaria de férias, telefone funcional e, em vermelho, a seguinte orientação: “investigar e informar a Cristina Mau”.

Para os investigadores, a descoberta dessas novas informações evidencia o grau de periculosidade do grupo “que não se intimida sequer perante os agentes de Estado, ou seja, membros do Ministério Público, do Poder Judiciário, da Polícia Federal, da Receita Federal, etc, a quem “investigam” para colher elementos intimidatórios, seja por meio de chantagem ou ameaça, seja por atentados à integridade física desses agentes”.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira afirmou, em sua decisão, que “essa forma de atuar partindo das investigações não pode ser considerado um fato isolado, pois Mauro Marcondes e Cristina Mautoni teriam lançado mão, em outra oportunidade, de um escritório de investigação particular chamado Wagner Nakagawa Intermediação de Negócios Financeiros Ltda (que tem como sócios Midori Nakagawa e Marcos Wagner Machado, este um ex-policial civil), onde foram encontradas duas armas de fogo”.

Na mesma decisão judicial, também foi autorizada a realização de nova busca e apreensão na sede da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa. Neste caso, o objetivo dos investigadores é conseguir novas provas para “materializar os vínculos espúrios evidenciados no material já arrecadado”.

Operação Zelotes

A Operação Zelotes apura suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Instaurada no fim de 2013, a investigação é conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF) e por outros três órgãos: Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda.

Mauro Marcondes e Cristina Mautoni também são investigados no inquérito que apura suspeitas de interferência para garantir a aprovação de Medidas Provisórias que beneficiaram empresas do setor automobilístico, com envolvimento de Luiz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Na representação que pede a concessão das prisões preventivas, os procuradores detalham informações e documentos já reunidos pelos investigadores que deixam clara a ligação existente entre Mauro, Cristina e Francisco, bem como a participação deles nas negociações referentes à aprovação da Medida Provisória 471, que foi convertida na Lei 12.218/10. Por meio da CVEM, Francisco recebeu R$ 500 mil da empresa Marcondes e Mautoni. A estimativa é que a negociação – que teria incluído duas grandes empresas do setor automobilístico – poderia render a cifra de R$ 32 milhões, valor que seria distribuído entre vários envolvidos no esquema.

BRASILEIROS QUEREM QUE DILMA SAIA ANTES DE CUNHA

PESQUISA: BRASILEIROS QUEREM O IMPEACHMENT DE DILMA ANTES DA SAÍDA DE CUNHA



O levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 17 e 22 de novembro revelou que há mais brasileiros querendo o impeachment da presidente Dilma Rousseff do que a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. De acordo com os resultados, 39,4% querem a saída dos dois, 29% querem a saída de Dilma primeiro e 27,7% querem que Cunha renuncie à presidência da Câmara. Outros 3,9% não souberam ou não quiseram responder.

Com relação à análise dos pedidos de impeachment de Dilma, 66% disseram que Cunha não tem independência suficiente. Para 27,9%, ele trata o assunto com isenção e 6,1% não souberam ou não quiseram responder. Quando perguntados sobre a opinião sobre o desempenho de Cunha na política, 77% disseram que se trata de um mau político e apenas 12,4% o avaliaram como bom político. Outros 10,6% não souberam ou não quiseram responder.

A grande maioria dos entrevistados, 83,2%, acha que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras. Para 8,4%, Cunha não foi beneficiado e outros 8,4% não souberam ou não quiseram responder. Sobre as alegações de perseguição do Ministério Público a Cunha, 75,8% dos entrevistados não veem a situação dessa forma e 16,2% acham que a atuação do MPF em relação a Cunha é de perseguição. Outros 8% não souberam ou não quiseram opinar.

O Intituto Paraná também perguntou quem são os responsáveis pelo apoio à permanência de Cunha na presidência da Câmara e 51,2% atribuem esse apoio a Dilma e sua base aliada. Outros 26,5% atribuem à oposição e 5,9% a ninguém. Cerca de 15,7% não souberam responder.

O levantamento ouviu 2.020 eleitores em 164 municípios de 23 estados com checagem simultânea de 19,9% das entrevistas. O grau de confiança é de 95% com margem de erro de 2% para mais ou menos.

EMPRESA INATIVA DE AMIGO DE LULA RECEBEU R$ 64 MILHÕES DO BNDES

DE ACORDO COM PROCURADOR, UMA DAS EMPRESAS NÃO TINHA EMPREGADO



A força-tarefa da Operação Lava Jato mira em financiamentos concedidos pelo BNDES a empresas do pecuarista José Carlos Bumlai. São alvos da investigação a São Fernando Açúcar e Álcool e a São Fernando Energia 1, empresas sob administração dos filhos do amigo do ex-presidente Lula. Bumlai foi preso nesta terça-feira, 24, na Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato.

A São Fernando Açúcar e Álcool foi beneficiária de um primeiro empréstimo, no montante de R$ 64 milhões, em fevereiro de 2005, quatro meses depois do empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo Banco Schahin a Bumlai – dinheiro que teria sido destinado ao PT, segundo a investigação.

“A Receita constatou que a empresa estava inativa na época, não tinha empregado, nem receita operacional quando ocorreu o primeiro empréstimo”, assinala o procurador da República Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa do Ministério Público Federal.

Em 2008 foi realizado um segundo empréstimo em favor da São Fernando Açúcar e Álcool, no valor de R$ 350 milhões. “Naquele ano já havia pedido de falência dessa empresa, já havia sido protocolado pedido de falência contra a São Fernando Açúcar e Álcool”, informou o procurador.

Em 2013, ainda de acordo com a Lava Jato, a São Fernando Açúcar e Álcool entrou em recuperação. Os investigadores relatam que, em agosto de 2015, o BNDES pediu falência da empresa, com dívidas acumuladas de mais de R$ 1 bilhão. A dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, segundo os investigadores, chega a R$ 400 milhões, ‘créditos foram sendo concedidos e não pagos ao longo do tempo’.

A outra empresa de Bumlai, a São Fernando Energia, consta na base de dados da Receita como beneficiária de novo aporte do BNDES, em 2012, no valor de R$ 104 milhões. “Em 2012, (a São Fernando Energia) contava com apenas 7 funcionários. Ela dá um aporte no capital social de R$ 10 mil para R$ 30 milhões e começa a ter atividade operacional. Os fatos ainda estão sob investigação, por isso a diligência de hoje para obtenção de contratos no próprio BNDES. Temos que saber se a liberação desse crédito seguiu as normas.” 

PASSE LIVRE - BUMLAI USOU ACESSO A LULA PARA FECHAR NEGÓCIOS SUSPEITOS



PROCURADORIA AFIRMA QUE CONTRATO COM A PETROBRAS QUITOU DÉBITOS DO PECUARISTA

Diário do Poder

A Polícia Federal concede entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (24) para falar sobre a 21ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Passe Livre, uma alusão a facilidade de acesso de Bumlai ao gabinete de Lula durante os oito anos em que o petista comandou o Palácio do Planalto.

Os dois se conheceram em 2002, apresentados pelo ex-governador sul-matogrossense Zeca do PT, e estreitaram a relação nos anos seguintes.

O procurador Diogo Castor de Mattos disse que, além do empréstimo principal, envolvendo a Petrobras, há pelo menos uma dezena de outros empréstimos, no valor de dezenas de milhões de reais, envolvendo pessoas físicas e que as autoridades ainda investigam a legalidade das operações envolvendo a empresa São Fernando Açúcar e Álcool.

O Ministério Público Federal afirma que José Carlos Bumlai fez uso de contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schain.

O procurador Carlos Fernando disse que a comprovação que envolve a Petrobras já estão adiantados. Segundo ele, existe uma "vinculação política" nesse primeiro empréstimo.

O dinheiro dos empréstimos investigados eram destinado ao PT. Em troca, empresas Schain conquistaram contratos de navio-sonda da estatal. Afirma o procurador Diogo Casto de Matos.

A prisão de Bumlai é preventiva, que não tem data para vencer. Bumlai deporia nesta terça na CPI do BNDES, na Câmara, que investiga operações envolvendo o banco, por isso ele tinha viajado a Brasília. Bumlai já embarcou para Curitiba, sede das investigações.

Carlos Fernando de Santos Lima disse que a prisão do pecuarista ter acontecido no dia que ele deporia à CPI do BNDES foi apenas "uma coincidência". Porque ele acredita que seria interessante ouvir o que ele diria aos parlamentares.

O Ministério Público Federal afirmou que o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta terça em Brasília, utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao banco Banco Schahin.

O então ministro José Dirceu telefonou para o então presidente do banco Schain para afirmar que era o responsável pelo empréstimo, segundo o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, afirma o procurador Carlos Lima.

O Ministério Público Federal afirmou que o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta terça em Brasília em mais uma fase da Operação Lava Jato, utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao banco Banco Schahin.
 O pecuarista é suspeito de ter recebido propina de delator.

Bumlai, utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao Banco Schain.

CONFISSÃO DE CULPA



O Antagonista

Andréia Sadi, da GloboNews, conversou com caciques do governo e do PT sobre a prisão de José Carlos Bumlai e eles disseram que estão com medo porque Bumlai "não é um soldado do partido - não é um Delúbio nem um Vaccari".

Isso é uma confissão de culpa.

Andréia Sadi, da GloboNews, conversou com caciques do governo e do PT sobre a prisão de José Carlos Bumlai e eles disseram que estão com medo porque Bumlai "não é um soldado do partido - não é um Delúbio nem um Vaccari".

Isso é uma confissão de culpa.