quinta-feira, 28 de maio de 2015

IMPEACHMENT? DILMA JÁ ESTÁ IMPEDIDA


Impeachment?

Dilma já está impedida e, infelizmente, o Brasil só vai voltar a "funcionar" depois da próxima eleição, isso se o eleitor não fizer a besteira de votar outra vez no PT.

Pior é que Dilma não terceirizou o que diz ser seu governo somente agora que oficializou a transferência da condução da economia ao ministro Levy, delegou a tarefa de receber prefeitos que "marcham" a Brasília aos presidentes da Câmara e do Senado, entregou a articulação política ao vice Michel Temer. Quem sempre esteve no comando, de fato, é Lula, mesmo descolando sua imagem do estrago que foi feito no país e das "medidas amargas" como se não tivesse nada a ver com isso.

Leiam o que diz artigo de Dora Kramer.

Dilma Rousseff e a opinião pública desentenderam-se de tal maneira que à presidente não restou opção a não ser o recolhimento. Parou de circular em eventos onde pudesse haver contato com a população e precisou até abrir mão do monólogo dos pronunciamentos oficiais em rede de televisão a fim de evitar vaias e panelaços', escreve a colunista.
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A JUSTIÇA AMERICANA VAI MELHORAR O BRASIL

Depois de expulsar o time da CBF, a Justiça americana vai melhorar o Brasil com a convocação dos atacantes da Petrobras

Augusto Nunes
Os cartolas e, como direi?, “empresários esportivos” que reduziram a CBF a coiteira de ladrões descobriram nesta quarta-feira que é muito perigoso agir como agem aqui em nações onde todos ─ todos mesmo ─ são iguais perante a lei. As investidas contra José Maria Marin e seus comparsas fizeram mais que confirmar que o antigo País do Futebol ameaça disparar na liderança do campeonato mundial da corrupção institucionalizada. Também agravaram a insônia dos ex-diretores da Petrobras que nadaram de braçada no pântano do Petrolão.
Como constata o comentário de 1 minuto para TVEJA, tanto os larápios do mundo da bola quanto vigaristas que enriquecem em outros campos decidiram ampliar a fortuna ilícita com uma ideia de jerico: usar em suas tramoias criminosas o sistema financeiro americano. O time da CBF já descobriu o poder ofensivo da Justiça e da polícia dos Estados Unidos e da Suíca. Dribles em acionistas e caneladas na Bolsa de Nova York tornaram inevitável a convocação dos atacantes que golearam a Petrobras por muito mais que 7 a 1.
Aqui, o aparecimento de um Sérgio Moro vira manchete. Em países civilizados só existem sérgios moros.
Clique AQUI para assistir ao vídeo.

TEATRO BRASIL

Em discurso no Senado, Aécio Neves critica o ajuste fiscal e afirma que o partido votará contra as MPs enviadas ao Congresso porque elas penalizam a população e não corrigem os erros cometidos pelo governo. 

O senador destaca como uma das piores medidas do pacote de maldades de Dilma a MP 665, que restringe o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, ao seguro-defeso e ao abono salarial. A Medida Provisória faz parte do ajuste fiscal enviado ao Congresso pelo governo Dilma.

Ouça o pronunciamento: AQUI.



Não é somente Dilma quem deve ser cobrada, ela é apenas uma peça do jogo e não será mais candidata a nada. Pode se dar ao luxo de nomear alguém que adote medidas amargas, mas que talvez consiga recuperar o Brasil do estrago causado por doze anos de um desgoverno incompetente e corrupto.

Para os propósitos do PT, o que importa é reabastecer os cofres, se é que me entendem.

A militância finge ser contra o ministro Levy...

Os tentáculos do partido (sindicatos, MST e cia.) fingem que protestam...

Lula finge que está indignado para tentar voltar em 2018...

O eleitor finge que não vai votar mais no PT até que os bilhões torrados em propaganda comecem a surtir efeito.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

COPA NO BRASIL SOB SUSPEITA

AVISO DO FBI
INVESTIGAÇÃO É APENAS COMEÇO CONTRA CORRUPÇÃO NO FUTEBOL



O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI (Polícia Federal norte-americana) e do Internal Revenue Service (IRS), uma espécie de Receita Federal norte-americana, afirmaram hoje (27) que as investigações sobre a Federação Internacional de Futebol (FIFA) estão só começando e que o objetivo é acabar com a “corrupção sistêmica” que atinge a entidade internacional.

Na entrevista coletiva de hoje, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, os diretores do IRS, Richard Weber, e do FBI, James Comey, apresentaram detalhes sobre a investigação de esquema de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro em um período de quase 24 anos. Pelo menos U$150 milhões foram usados nas transações investigadas.

A procuradora Lynch comparou a Fifa a organizações de família da máfia e cartéis de drogas. "Os esquemas envolvem altos executivos, outras agências e milhões de dólares que foram usados para o pagamento de propinas", disse.

Segunda ela, o suborno foi amplamente usado em todas as esferas da organização. “Esses indivíduos e organizações eram envolvidas em suborno para decidir quem iria transmitir jogos e onde seriam os jogos em nível mundial desde 1991”, observou.

De acordo com o FBI, pelo menos duas gerações de dirigentes de futebol usaram as suas posições para solicitar subornos de empresas esportivas por trocas de direitos comerciais sobre torneios. “Isso foi feito ano após ano”.

Lynch detalhou que a próxima etapa do processo será pedir a extradição dos acusados aos Estados Unidos, para que sejam julgados. "Eles corromperam os negócios do futebol mundial para servir os seus interesses e para se enriquecerem pessoalmente", acusou.

Sobre a investigação, o diretor do FBI, James Comey, afirmou que o processo não foi finalizado. “É apenas o começo do esforço contra a corrupção no mundo do futebol", disse. Conforme o diretor, o esporte foi “sequestrado pelos envolvidos no escândalo".

“O futebol é um belo jogo, o gramado está disponível para todos, ricos ou pobres, homens e mulheres. A verdadeira vítima é o futebol. Essas pessoas conseguiram tirar muito dinheiro graças ao amor que esse esporte desperta”, concluiu.

A investigação inclui as negociações para a Copa do Mundo 2014 no Brasil. As autoridades suíças revelaram ter instaurado uma investigação sobre a escolha das sedes dos mundiais de 2018 e 2022, Rússia e o Catar, respectivamente. (ABr)

PARA O PT, DESEMPREGADO É VAGABUNDO

Teria o ministro Mercadante chamado de vagabundos todos os que apelam ao seguro-desemprego?

O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, deveria deixar o PT e admitir, então, que errou de partido; que a legenda à qual pertence há 35 anos deseducou o país, contribuindo para criar a cultura dos estado-dependentes, dos que, no fim das contas, ganham mais quando não trabalham do que quando trabalham; admitir, em suma, que o Brasil não tem mais dinheiro para bancar a demagogia companheira.

Por digo isso? Em 1999, depois de criar o fator previdenciário — e só por isso o sistema não está, de fato, quebrado —, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou o seguinte: “Fiz a reforma para que aqueles que se locupletam da Previdência não se locupletem mais, não se aposentem com menos de 50 anos, não sejam vagabundos em um país de pobres e miseráveis”.

Foi um escarcéu. O PT e as esquerdas saíram gritando país afora que FHC — cujo governo ampliou enormemente a seguridade social aos idosos — havia chamado de “vagabundos” todos os aposentados. Não! Como deixa claro a fala e está documentado, ele se referia àqueles que se aposentavam com menos de 50 anos, o que é, de fato, um escândalo num país de miseráveis. Aliás, ainda que fosse uma nação de nababos, trata-se de um privilégio inaceitável. E foi assim que se criou a suposição de que a Previdência aguenta qualquer desaforo.

Em companhia de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, Mercadante concedeu uma entrevista coletiva nesta segunda. Referindo-se à necessidade de o Senado aprovar as MPs do ajuste fiscal — a 665, que trata do seguro-desemprego, e a 664, que cuida das pensões —, ele negou que elas cassem direitos dos trabalhadores, chamou as correções de “necessárias” e “justas” e sintetizou: “Temos que criar cultura em que pessoas cresçam na vida trabalhando (…) E não a ideia de que eu ganho mais quando saio do trabalho”.

Opa! Bem-vindo à realidade, ministro Mercadante! Suponho que aqueles que alimentem a ideia de que ganham mais quando saem do trabalho sejam, digamos, vagabundos! E olhem que o ministro petista trata de um assunto mais delicado do que a aposentadoria, não é? Afinal, trata-se do seguro-desemprego num momento em que o desemprego está em alta.

O país vive hoje uma espécie de transe político porque o governo petista se vê obrigado a adotar medidas que antes foram demonizadas nas ruas. Aqui e ali, curiosamente, cobra-se que a oposição as endosse, quem sabe em companhia do PMDB, para que os petistas, então, possam exercer a sua rebeldia no Congresso. Dois dos maiores críticos das MPs no Senado são justamente do PT: Lindbergh Farias, do Rio, e Paulo Paim, do Rio Grande do Sul.

Na coletiva, Joaquim Levy negou qualquer divergência com a presidente e disse ter faltado ao anúncio de sexta-feira do valor do corte do Orçamento porque estava gripado. Chegou até a ensaiar uma tosse, que não convenceu ninguém.

Mas volto ao ponto. Cumpre indagar: teria o ministro Aloizio Mercadante chamado de vagabundos todos aqueles que apelam ao seguro-desemprego?

Por Reinaldo Azevedo

PRÉ-SAL - CARTEL E CORRUPÇÃO

Por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo, no Estadão:
Um dos donos da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, confirmou à Operação Lava Jato que a empreiteira pagou Milton Pascowitch “comissões” que chegaram a “0,9%” dos contratos – ainda em execução – que o Estaleiro Rio Grande, controlado pela empreiteira, fechou para construção de sondas do pré-sal, para a Petrobrás. Pascowitch – dono da Jamp Engenheiros Associados – é um dos cinco acusados pela força-tarefa da Lava Jato de serem operadores de propina nos contratados de construção de 29 sondas para exploração de petróleo em águas profundas, pela Petrobrás, via empresa Sete Brasil S.A..
A confirmação do empresário de que Pascowitch recebia “comissões” pelo “lobby” que fez nos contratos do Estaleiro Rio Grande foi um dos elementos que levaram a Justiça Federal a decretar a prisão preventiva do lobista, na última semana. “Vinculado a esse negócio foi firmado um contrato de consultoria com a Jamp (Engenharia Associados) de Milton Pascowitch, o qual foi calculado em torno de 0,75% a 0,9% do valor do contrato das sondas, que girou em torno de US$ 2,4 bilhões, estando o contrato ainda em execução”, declarou Almada.
A Sete Brasil foi criada pela Petrobrás, em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos. Em 2011, a empresa fechou um contrato com estatal para viabilizar um grandioso projeto de construção de sondas no Brasil, no valor de US$ 25 bilhões.
Peça central na criação da Sete Brasil e primeiro diretor de Operações da empresa, nomeado para cuidar do projeto das sondas, foi Pedro Barusco. Ele é ex-gerente de Engenharia da Petrobrás e confessou, em delação premiada com a Lava Jato, receber propina no esquema. “Sobre o valor de cada contrato firmado entre a Sete Brasil e os estaleiros, deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%”, revelou Barusco. Almada, admitiu que foi procurado por Barusco para os contratos das sondas. O Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi contratado para construir três das sondas marítimas de perfuração da Sete Brasil.
Pré-sal
Cinco estaleiros, formados por empresas do cartel em parceria com as gigantes mundiais do setor, foram contratados nesse pacote de equipamentos para o pré-sal. Procuradores da Lava Jato sustentam que as “comissões” que Almada confessou ter pago à PF e à Justiça Federal – em processo em que é réu – para Pascowitch no negócio das sondas era “propina”. Os contratos das 29 sondas da Sete Brasil são um dos pontos de partida da força-tarefa da Operação Lava Jato na ofensiva para comprovar que o esquema de cartel e corrupção nas obras de refinarias da Petrobrás, entre 2004 e 2014, foi reproduzido em contratos do bilionário mercado do pré-sal.
(…)

terça-feira, 26 de maio de 2015

NA ERA PT, POLÍTICA VIROU CASO DE POLÍCIA



(BBC Brasil) 

Um dos mais importantes juristas do país, o advogado e professor de Direito da USP Miguel Reale Jr. exerceu influência num dos momentos mais importantes da história recente do Brasil, ao ajudar a redigir a petição de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

Nesta terça-feira (26), ele volta aos holofotes como redator de outra petição –a ser entregue ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot–, que acusa a presidente da República, Dilma Rousseff, de crimes contra as finanças públicas e de falsidade ideológica.

Ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, Reale Jr. acompanha a cúpula do PSDB há décadas e tem manifestado fortes críticas ao governo, dizendo que Dilma deveria renunciar ao cargo, embora tenha aconselhado os tucanos a não darem prosseguimento ao pedido de impeachment.

"Não foi um recuo. Foi uma questão de estratégia, de saber qual era o melhor caminho neste instante. Muito pelo contrário, o processo criminal é mais grave do que o impeachment", disse em entrevista à BBC Brasil.

A base da acusação são as "pedaladas fiscais". Em auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), apontou-se que, no ano passado, o governo atrasou repasses para bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para o pagamento de benefícios sociais como Bolsa Escola e Bolsa Família.

Os bancos pagam em dia, e cobraram juros, o que configuraria empréstimo de banco público ao Tesouro, prática proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Veja os principais trechos da entrevista:

BBC BRASIL- A pedido do PSDB, em seu parecer o senhor não identificou subsídios jurídicos para um pedido de impeachment, mas, nesta terça-feira, os partidos de oposição entram com pedido de ação penal por crime comum, redigido pelo senhor, contra a presidente Dilma Rousseff. Caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivar ou enviar o pedido ao STF. Como se deu essa guinada de estratégia?

Miguel Reale Jr.
- Diante da complexidade e a chance de arquivamento de um pedido de impeachment, nos atentamos para a possibilidade da ação por crime comum, presente no Código Penal. Por isso todos os partidos de oposição estão entrando nesta terça-feira com um pedido para apuração da responsabilidade da presidente da República por crime comum, que não tem o obstáculo de só poder ter ocorrido no mandato atual da presidente. Estamos falando das "pedaladas fiscais" como base da acusação nesta petição.

A população talvez não se dê conta da importância desses fatos, mas as "pedaladas" impactaram as finanças públicas e é o controle das finanças públicas que impede a inflação e a estagnação econômica. E houve a mais absoluta irresponsabilidade, porque ao não ter dinheiro para cumprir com seus compromissos mais importantes, como Bolsa Família, Seguro Desemprego e Minha Casa, Minha Vida, o governo se valeu de empréstimos que contraiu com as entidades financeiras que o próprio governo dirige, o que já é crime por si só, pois a lei proíbe isso.

Tudo isso prejudicou as contas públicas, e foi maquiado, caracterizando também um crime de falsidade ideológica ao deixar-se registrar esses empréstimos como despesas, criando assim um superavit primário. Foi um superavit fictício.

Isso permitiu dizer, na campanha eleitoral do PT, que tudo corria bem, e que o país seria alvo de investimentos e de crescimento do PIB, sem inflação. E o que aconteceu foi exatamente o contrário. A petição se baseia no artigo 359, de crimes contra as finanças públicas, e no artigo 299, de falsidade ideológica, ambos do Código Penal. A população tem que se conscientizar de que essas "pedaladas fiscais" não são um mero problema contábil, e sim um problema muito próximo.

Entre os movimentos sociais pró-impeachment há críticas ao PSDB, por ter "voltado atrás" ao decidir entrar com uma ação penal comum, e não um pedido de afastamento da presidente. Como o senhor se posiciona? E por quê o pedido de ação penal é apresentado ao procurador-geral da República?

Esta ação de crimes comuns tem na verdade o mesmo efeito do impeachment, que é o afastamento da presidente de suas funções enquanto o processo é julgado, caso seja aceito. A acusação será entregue nesta terça-feira ao procurador, e ele tem a possibilidade de arquivá-la ou encaminhá-la ao STF. Ao encaminhá-la ao STF, os ministros da Suprema Corte têm que requerer autorização da Câmara para processar a presidente. Dada a autorização por votação com dois terços dos parlamentares, a presidente fica 180 dias afastada do cargo.

Então o efeito é o mesmo, e portanto estão enganados aqueles que dizem que o PSDB voltou atrás. Nós fizemos aquilo que é o mais aconselhável neste momento, até porque o impeachment não fica proibido de ser interposto, mesmo porque novos fatos estão ocorrendo a todo instante, com os novos desdobramentos dos depoimentos da Operação Lava Jato.

O senhor diria então que o PSDB não recuou após o parecer em que o senhor desaconselhou o partido a entrar com pedido de impeachment?

Não. Não houve recuo. Foi uma questão de estratégia, de saber qual era o melhor caminho neste instante. Não é um recuo. Muito pelo contrário, o processo criminal é mais grave do que o impeachment. Mas como isso ficou na cabeça das pessoas, vulgarizado, passou-se a achar que era uma coisa muito simples. Não é bem assim. Para começo de conversa, para o impeachment, é necessário ter-se o apoio de dois terços da Câmara e do Senado.

E depois há muita diferença entre chegar ao Congresso um pedido de impeachment de um partido, ou de um grupo de juristas, e chegar um pedido do Supremo Tribunal Federal, movimentado pelo procurador-geral da República. O presidente da Câmara pode arquivar esses pedidos facilmente. Agora com um requerimento do Supremo, o peso é muito maior para que ele coloque em votação. Ele pode rejeitar, mas não pode arquivar. Um pedido do STF para que a presidente seja processada é algo muito forte.

Quais devem ser as chances reais deste pedido de investigação da presidente da República ser aceito e começar a tramitar em Brasília?

Veja bem, procurando ter um distanciamento do trabalho que eu mesmo revisei, eu acho que a petição de representação por crime contra a presidente está muito bem fundamentada. Não se trata de algo político. Não é uma peça política. Trata-se de uma peça técnica, jurídica, fundamentada em laudos e pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU). É uma petição muito consistente, e acho difícil que venha a ser arquivada pelo procurador.

Caso seja processada, como a presidente se defende das acusações?

Neste caso a presidente apresenta sua defesa, com um advogado, perante a Câmara dos Deputados, no sentido de evitar que a acusação seja acolhida. Ela se apresenta e se defende no Congresso, mas quem julga a ação é o STF. Havendo condenação, não é necessário impeachment, ela é afastada do cargo de forma permanente tão logo seja proferido tal veredicto pela Suprema Corte.

Na quarta-feira a marcha do Movimento Brasil Livre (MBL) chega à Brasília, depois de caminhar por mais de um mês, desde São Paulo. O grupo é pró-impeachment e diz querer influenciar o Congresso neste sentido. Como o senhor avalia a atuação destes grupos que insistem no afastamento da presidente?

O principal movimento social contra o governo, que é o Vem Pra Rua, se descolou destes que estão andando e passou a apoiar o pedido de ação por crimes comuns. Não adianta querer o impeachment, tem que avaliar. Falta informação. Por que insistir num caminho mais difícil? Por que não deixar o impeachment para um momento em que haja mais elementos? O impeachment virou palavra da moda.

Eu acho que os movimentos de rua são importantes, mas também não são donos da verdade. Até porque eles têm várias reivindicações diferentes. Eu creio que o mais sereno, e que aliás reúne o maior número de pessoas, é o Vem Pra Rua. Eles entendem que o impeachment deve ser pedido, mas num momento mais apropriado.

Em 2001, um grupo de juristas de renome, como Dalmo Dallari, Fabio Konder Comparato e Celso Antônio Bandeira de Melo, entrou com um pedido de impeachment do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), pela suposta compra de votos de parlamentares para aprovação da emenda da reeleição. Presidente da Câmara na época, o hoje senador Aécio Neves (PSDB), arquivou o pedido. Como o senhor se posiciona? Se o pedido fosse hoje, teria chances de ser aceito?

Eu sei que houve esse pedido, mas eu não tenho conhecimento sobre os detalhes. Essa é a dificuldade de um pedido de impeachment. Por mais ilustres que sejam os requerentes, há que se ter muitos elementos.

Mas o senhor considera acertada a decisão do então presidente da Câmara de arquivar o pedido?

Nunca se estabeleceu qualquer ligação do presidente com esses fatos. As indicações são de que haveria governadores interessados nestes votos e houve dois deputados que foram expulsos por conta deste caso.

Num artigo intitulado "Renúncia Já", publicado no jornal O Estado de S. Paulo no dia 7 de março, o senhor defende, por uma série de argumentos, que a presidente abandone o cargo. Embora em seu parecer não tenha orientado o PSDB a protocolar um pedido de impeachment, no artigo o senhor diz que "Dilma não tem condições éticas e políticas para governar". Poderia explicar?

O impeachment é um processo político que tem uma série de dificuldades. Ele passa primeiro pelo crivo do presidente da Câmara, que já arquivou 30 pedidos de impeachment somente neste ano. Ele pode arquivar, e há que se perguntar se Eduardo Cunha teria interesse na saída de Dilma ou se prefere manter a satisfação de mandar por trás. Entraríamos também na discussão novamente se para o impeachment podem ser levados em conta atos praticados no mandato anterior. O fato é que este governo está extremamente desgastado e incapacitado.

O senhor foi um dos juristas que redigiu o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Na sua opinião, há semelhança entre a situação do país e os manifestantes da época com o contexto atual?

Acho que a única semelhança entre os dois momentos é a situação econômica bastante difícil para a população. Em 1992, a inflação retornava e os gastos públicos estavam fora do controle, e isso se repete agora em 2015.

A crise já deveria ter acontecido em 2014, mas houve todo um esforço de maquiagem para que não ocorresse. No plano político, são panoramas completamente diferentes e os fatos que foram objeto do processo de impeachment de Collor eram diferentes. Collor era um franco-atirador, não tinha partido político, não tinha uma história política.

Havia uma corrupção generalizada, mas o fato que recaía sobre o presidente era muito pontual: os contratos firmados por PC Farias e o esquema montado, o dinheiro depositado nas contas dos envolvidos, para, dentre outras coisas, pagar as contas da Casa da Dinda.

O senhor vê semelhanças entre os caras pintadas, que foram às ruas em 1992, e os manifestantes pró-impeachment, de 2015?

Em 1992, havia um pedido de impeachment e uma oposição ao Collor, como existe hoje uma oposição à Dilma e uma oposição ao PT. O próprio Lula começa a sentir os efeitos de uma redução de popularidade significativa.

Mas há uma diferença primordial entre as duas épocas. Com o PT, o que está havendo é um imenso esgotamento, mais prolongado. Faz dez anos que o Roberto Jefferson denunciou o mensalão, e de lá para cá a política virou caso de polícia. Virou discussão sobre algemas, pulseiras eletrônicas, delação.
E ainda surgiu o petrolão, o que levou a um cansaço ainda maior da população com a corrupção. Tudo isso é extremamente desgastante, e a revolta afeta a todas as classes sociais. Não é apenas uma elite branca, como se pretendeu dizer. O PT empreendeu uma ocupação do Estado.

As empresas públicas, a Petrobras, o número de empregos que foram criados na petroleira para acomodar os apadrinhados. Isso se soma ao processo de estagnação da economia, inflação e desânimo. É um quadro socialmente muito negativo.

SENADO APROVA MP DO ESTELIONATO ELEITORAL, OPS ... DO AJUSTE DE DILMA

SENADO APROVA MP QUE DIFICULTA ACESSO A DIREITOS TRABALHISTAS


Após quase cinco horas de discussão, o Senado aprovou nesta terça-feira (26) o Projeto de Lei de Conversão 3/2015, decorrente da Medida Provisória 665/2014. O texto, uma das MPs do ajuste fiscal, endurece as regras para a concessão do seguro-desemprego, do seguro-defeso e do abono salarial. Agora, o projeto segue para a sanção da presidente Dilma Roussef.

A aprovação foi marcada por muitas críticas ao texto, até mesmo entre alguns governistas. A sessão chegou a ser suspensa em razão de manifestações nas galerias. A duração do processo também se estendeu porque senadores contrários à medida usaram todas as oportunidades disponíveis para falar contra o texto e tentaram manobras para atrasar a votação e tentar a rejeição da matéria.

Grande parte das críticas se concentrou no ministro da Fazenda Joaquim Levy. Os senadores também lembraram o fato de o governo basear o ajuste fiscal em medidas que prejudicam os trabalhadores, apesar de, na campanha eleitoral de 2014, a presidente Dilma Roussef ter afirmado que não faria isso.

- O Partido dos Trabalhadores hoje trai a sua essência, a sua criação, a defesa do que batalhou a vida inteira. Eu não faço parte disso – disse Marta Suplicy (PT-SP).

Apesar das críticas, os senadores rejeitaram todos os destaques, pontos do texto votados separadamente. No total, foram onze pedidos de votação em separado. A maior parte tratava de alterações nas mudanças propostas para o seguro-desemprego. Outros buscavam a manutenção das atuais regras de abono salarial e também do seguro-defeso, concedido a pescadores.

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segunda-feira, 25 de maio de 2015

CORTE SEM CORTE

No momento, se aceita tudo, até aumento de impostos. Só reagem ao desabrigo dos companheiros aboletados no governo. Mexer nos cargos de livre nomeação, nem pensar


Quase R$ 70 bilhões. Ainda que inferior ao desejo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o contingenciamento anunciado sexta-feira no Orçamento da União - o maior da história - impressiona. As lâminas chegaram à Educação e à Saúde, em obras do PAC, e até na menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff, o programa Minha Casa, Minha Vida. Mas, de novo, não se viu corte algum no custeio, no tamanho da máquina que não para de inchar.

Os cortes são mais do que necessários, mas correm longe de ser solução para o país, dilapidado por mais de uma década pelos governos petistas que se divertiram gastando mais do que deviam e podiam.

Antes de tudo, são bombas de efeito antecipado em um ambiente político em que só o cheiro de pólvora já faz tudo explodir.

Ninguém no governo – nem mesmo Levy – pensou em dividir a conta com o próprio governo e com setores ainda intocados: juízes, parlamentares, servidores públicos. Não se abriu mão de um simples ministério, de um único cargo de confiança. Não se mexeu em privilégios. Não se fez um mero gesto.

Na Previdência, por exemplo, um milhão de aposentados do serviço público respondem por mais R$ 60 bilhões do déficit, os outros R$ 50 bilhões de rombo são relativos aos 30 milhões de segurados do INSS. Um vespeiro do qual ninguém quer passar por perto.

Sequer uma voz sobre renegociação de contratos, mesmo depois de as investigações na Petrobras revelarem percentagens fixas de corrupção, padrão que, se acredita, repetia-se em obras de todo o país.

Nem o decreto de Dilma para redução do uso de aviões da FAB por ministros foi cumprido, como, há mais de mês, revelou a jornalista Maria Lima, em O Globo.

Difícil crer que algo tenha mudado.

Elogiados como ato “de coragem” pela diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, para arrepio de alguns setores do PT, os cortes são um ambicioso conjunto de intenções. Diferentemente das medidas provisórias que estão no Parlamento, não produzem efeito imediato. Mesmo sendo valores estratosféricos, apenas limitam os já baixíssimos investimentos do governo e, de quebra, têm caráter recessivo.

Sabe-se que Dilma, Lula e a maior parte do PT odeiam ter de dar o braço a torcer a políticas que até ontem eles taxavam como neoliberais. A trinca, em especial Lula, sabe ainda que qualquer possibilidade de êxito em 2018 depende do sucesso desse rearranjo na economia, seja ele ortodoxo, de direita, conservador.

No momento, se aceita tudo, até aumento de impostos. Só reagem ao desabrigo dos companheiros aboletados no governo. Isso não. Mexer nos cargos de livre nomeação, nem pensar.

Ao que parece, não percebem a exaustão da fábula: as formigas já trabalham cinco meses por ano para encher as burras do governo. Não suportam nem mesmo o canto da cigarra.

Lula que se cuide.

Cargos de livre nomeação (Foto: Arquivo Google)

sábado, 23 de maio de 2015

DILMA VETA MEDIDA DE TRANSPARÊNCIA

Dilma quer que BNDES continue a ser caixa-preta e veta medida sobre transparência. Reajam, senhores parlamentares! Esse veto tem de ser derrubado

Pois é… A presidente Dilma Rousseff está doidinha para que a gente tenha a certeza de que algo de podre se passa no reino do BNDES, não é mesmo?, ou não teria agido como agiu, dando uma desculpa mandraque para manter secretas operações de um banco público de fomento. Insista-se neste caráter: trata-se de um banco de fomento, não de um ente estatal que dispute com entes privados fatias de mercado.
Ao sancionar a lei que garantiu um crédito de até R$ 30 bilhões do Tesouro para o BNDES, a presidente vetou a emenda aprovada pelo Congresso que proíbe o banco de alegar sigilo em suas operações, muito especialmente naquelas realizadas no exterior. Ou por outra: a presidente quer que o BNDES continue a ser a caixa-preta que empresta dinheiro a Cuba, à Venezuela ou a Angola sem prestar contas a ninguém.
Mas não só: alguns potentados da economia nacional também estão agarrados às tetas do banco. Não por acaso, costumam brilhar entre os maiores financiadores das campanhas eleitorais dos companheiros. “Ah, vamos acabar, então, com as doações das empresas…” Aí se faz tudo pelo caixa dois. É o pior tentando corrigir o ruim.
Ao justificar o veto, afirma a presidente: “A divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresarias e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços”. É conversa mole para boi dormir. Ninguém está exigindo que o tomador do empréstimo divulgue suas opções estratégicas ou exponha a rotina interna da empresa.
Defendi aqui e defendo que o BNDES tenha os devidos aportes para financiar as privatizações — ou “concessões”, como gostam de chamar os petistas. Reitero a minha posição: o país não pode parar porque está sendo governado pelo PT. Já basta a ruindade que lhe é inata. O sigilo, no entanto, é injustificável.
Não sou bobo. Não acho que um governo tenha de revelar o tempo todo as entranhas do estado. Há questões que requerem um tempo de sigilo — jamais o eterno — em razão da segurança nacional. Assim é nas maiores democracias do mundo. Por isso mesmo, os respectivos Parlamentos costumam dispor de comissões voltadas para esses assuntos, com poder para ouvir representantes do Executivo em sessões secretas. Também o Brasil dispõe desses instrumentos.
Mas me digam: em que a revelação das condições de concessão de empréstimo do BNDES afeta a segurança nacional? De que modo os interesses do país passariam a correr riscos? Quem, a esta altura, senão os petistas, querem manter sigilo sobre o financiamento do porto de Mariel, em Cuba, por exemplo? E quer mantê-lo por quê?
Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente, demonstraram a intenção de elaborar um projeto que amplia o controle do Congresso sobre as estatais. Seria, consta, uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal para as empresas públicas, que estariam obrigadas a detalhar projetos, investimentos, gastos etc. Que se faça já!
E, na esteira desse espírito, que não se poupem esforços para derrubar esse veto de Dilma. Trata-se, sem dúvida, de uma audácia arrogante num momento como este. Uma das razões que explicam a penúria da Petrobras é exatamente o espírito de sigilo. A rigor, nunca ninguém soube direito o que se passava por lá. Aliás, a própria Dilma alegou ignorância, quando presidente do Conselho, sobre as condições da compra da refinaria de Pasadena. E ela era, reitere-se, presidente do Conselho!!!
Nós arcamos com o custo BNDES. Todos os brasileiros, na prática, são financiadores das operações do banco em Cuba, em Angola ou na Venezuela. Por que não temos o direito de saber? Se o banco quer operar com o sigilo cabível àqueles que disputam o mercado de crédito, que se transforme, então, numa instituição comum. Nesse caso, vai parar de pegar dinheiro do Tesouro, que custa a taxa Selic, e emprestar a alguns escolhidos a juros subsidiados. Se eu pago a conta, tenho o direito de saber a destinação dos recursos.
O Congresso só tem uma coisa a fazer: derrubar o veto de Dilma. E, então, vamos ver as consequências. Examinadas as contas do BNDES e seus contratos secretos, pode-se chegar à conclusão de que nada havia de estranho ou errado. Nesse caso, estaremos todos fazendo um bem ao governo e ao PT, e eles não terão do que reclamar. Caso, no entanto, se encontrem caroços no angu, aí estaremos fazendo um bem ao país, não é?
Senhores deputados, senhores senadores! A derrubada do veto, portanto, é eticamente inescapável. É, por si, a busca do bem! Ou se estará colaborando com a própria Dilma (e não há mal nenhum em protegê-la de si mesma) ou se estará colaborando, o que é mais provável, com o país.
Reajam, senhores! Esse veto parece mais uma provocação de quem não está em condições técnicas de ditar as regras do jogo.
Por Reinaldo Azevedo

DILMA x INDÚSTRIA - PIOR PARA O TRABALHADOR

Em nota oficial (abaixo), Presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, diz que a indústria vai ter tolerância zero com aumento de impostos para compensar excesso de gastos do governo.
*

O governo anunciou nesta sexta-feira (22) mais uma fase do ajuste fiscal. O número mais estrondoso revelado pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, foi o corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento. Só que o corte na verdade não existiu.O governo simplesmente tirou do orçamento a arrecadação que já não ia ter. E perdeu a oportunidade de fazer o que todo mundo faz quando falta dinheiro: olhar para dentro e cortar os gastos, combater os desperdícios.

Em vez disso, tenta jogar a conta para a sociedade, com aumento de impostos. Barbosa mencionou em sua apresentação o “esforço de arrecadação” do governo, que inclui a tentativa de aumentar a taxação sobre a receita bruta das indústrias.

“A indústria vai ter tolerância zero com o aumento de impostos”, diz Paulo Skaf, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). O governo corre o risco de ficar sem arrecadação nenhuma, afirma. “Quem liga as máquinas também sabe desligá-las.”


Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo

"CUMPANHERADA" ESTÁ COM A MÃO NA VALE

GOVERNO RETOMA O CONTROLE DOS BILHÕES DA VALE
Sem alarde e utilizando de artifícios marotos, o governo retomou o controle da Cia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997. Os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), além do BNDESpar, controlados pelo Planalto, somam agora 52,5% da mineradora. Isso garante à “cumpanherada” proximidade dos negócios bilionários da Vale. Sem licitações, sem TCU e sem MPF por perto.

EMPRESA LARANJA
Para disfarçar os investimentos na Vale, os fundos criaram uma empresa, Litel, da qual a Previ tem 78,4% das ações.

Após retomada da empresa, uma das mais rentáveis do mundo, a Vale viu agravada a crise da desvalorização do minério de ferro.

DISFARÇA, DISFARÇA
Para assumir o controle da Vale, os fundos investiram mais do que a lei autoriza, e agora tentam “desenquadramento” para fugir da ilegalidade.

FECHANDO OS OLHOS
O ministro Carlos Gabas (Previdência) pressiona a Previc, que fiscaliza fundos de pensão, a “buscar uma solução” para não puni-los.

Leia na coluna de Cláudio Humberto

DILMA CORTA DESPESA QUE NÃO PRECISA PAGAR

CORTES FORAM FEITOS EM DESPESAS QUE JÁ SERIAM PAGAS

GOVERNO CORTOU OS 'RESTOS A PAGAR', ALÉM DE VALOR QUITADO EM UMA DAS 'PEDALADAS FISCAIS'

O CONTINGENCIAMENTO DO GOVERNO DILMA NÃO FOI FEITO COM "CORTES NA CARNE", MAS SIM ÀS CUSTAS DO CONSUMIDOR (FOTO: ED FERREIRA/ESTADÃO)

O governo maquiou o corte de gastos com subsídios ao setor elétrico ao cancelar despesas que já sabia, desde o ano passado, que não teria de pagar. A economia de R$ 2,94 bilhões nos repasses ao fundo setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, não foi feita com "cortes na carne", mas sim às custas do consumidor.

O corte atingiu a rubrica dos chamados "restos a pagar", ou seja, as despesas feitas no ano passado cujo pagamento atrasou e ficou para este ano.

O gasto programado na Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo o ministro Nelson Barbosa, era de R$ 4,19 bilhões, dos quais R$ 1,25 bilhão foi mantido. Nessa operação, o governo conseguiu reduzir suas despesas obrigatórias em R$ 2,94 bilhões.

Pedaladas. O que o ministro não explicou é que o valor de R$ 1,25 bilhão já foi pago em mais uma das conhecidas pedaladas fiscais. Em 30 de dezembro do ano passado, o governo decidiu pagar uma parte do que devia, mas programou a despesa para o dia 2 de janeiro deste ano.

O restante do gasto já foi completamente repassado para as tarifas de energia pagas pelo consumidor.

Desde março, a conta de luz de todos os brasileiros recolhe recursos para bancar essa despesa. Esses atrasos foram um dos motivos que explicam o tarifaço de quase 50% desde o início do ano - os restos a pagar significaram 3% desse total. Ou seja, o governo não tem mais despesa com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano.

A informação de que essa conta seria paga pelo consumidor já era conhecida e pública desde o ano passado.

Em dezembro, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, confirmou que os atrasos nos pagamentos do governo para o setor elétrico atingiram quase R$ 3 bilhões e seriam pagos por meio da conta de luz.

Programas sociais. Em janeiro, o governo cancelou oficialmente o aporte de R$ 9 bilhões que faria ao setor elétrico neste ano. Sem essa ajuda do Tesouro Nacional, todos os programas sociais da área de energia deixaram de ser pagos pelo governo e, atualmente, são bancados por todos os brasileiros. A CDE é um fundo setorial do governo, mas é gerido pela Eletrobrás. (AE)

MALAFAIA REBATE LULA: MENSALÃO NÃO FOI O DIABO, FOI O PT

'QUANDO O HOMEM MENTE DESCARADAMENTE ELE SE PARECE COM O DIABO'



O pastor evangélico Silas Malafaia rebateu as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atacou o PT e provocou o ex-presidente para que ele fale a verdade para os brasileiros. "Quando o homem mente descaradamente ele se parece com o diabo. Lula, que tal você falar toda a verdade e deixar de enganar o povo brasileiro?", afirmou, em vídeo postado no YouTube.

Malafaia ainda afirmou que o ex-presidente "foi o mandão" das "roubalheiras" e "cachorradas" do PT. "Não vai dar mais para sua bravata enganar a gente não", disse. "A paciência do povo já está cheia de tanta safadeza, de tanta roubalheira, de tanto engano."

Em evento com sindicalistas nesta semana em São Paulo, Lula citou em tom de brincadeira os métodos utilizados pelos pastores neopentecostais. "Os pastores evangélicos jogam a culpa em cima do diabo. Acho fantástico isso. Você está desempregado é o diabo, está doente é o diabo, tomou um tombo é o diabo, roubaram o seu carro é o diabo", disparou o ex-presidente.

No vídeo, Malafaia rebate. "Você está enganado, Lula. Nós sabemos que o diabo é um ser que odeia o ser humano. Mas nós não tiramos as responsabilidades das pessoas de suas ações", afirmou o pastor, que acusou o PT de ser o responsável pelos escândalos de corrupção. "O mensalão não foi o diabo não: foi o PT. A roubalheira escandalosa da Petrobras, não é o diabo não, é o seu partido, é o PT", disse.

O pastor sugeriu que o ex-presidente pedisse a Deus para ter ajuda para largar a bebida. "Não tenho ódio de você, não. Mas deixa eu falar uma coisa para você, que você vai entender: saiba que Jesus liberta da cachaça. Jesus liberta o homem da cachaça", ironizou.

"Porque satanás usa isso. Quem decide somos nós. O diabo usa as coisas, mas a decisão é do ser humano. Ele tem livre arbítrio e é um ser inteligente. Jesus liberta o homem da cachaça que transforma ele, esse vício miserável. Deus te abençoe. Deus tenha misericórdia de você", disse o pastor.

Sem citar diretamente a presidente Dilma Rousseff, Malafaia afirmou ainda que o governo do PT cometeu "estelionato eleitoral vergonhoso" e que é esse governo, e não o diabo, o responsável pela atual crise econômica. "Quem cometeu estelionato eleitoral enganando o povo, baixando a energia elétrica para depois explodir no preço, não é o diabo não, é o PT", disse. "Não é o diabo que tirou o emprego do povo brasileiro não Lula: é a política econômica do governo do PT".

Aos sindicalistas, Lula disse também em tom de galhofa que os dirigentes sindicais deveriam assimilar os métodos dos pastores. "Vocês sindicalistas têm que aprender a fazer isso porque cobram mensalidade, cobram contribuição sindical e não resolvem (as demandas da categoria)."

Segundo Malafaia, o ex-presidente "não entende nada de igreja evangélica e de pastor" e falou besteira ao afirmar que os pastores dizem aos fiéis "que o dízimo salvará". "Tu tá falando besteira. Nenhum pastor prega que dízimo salva, não tem isso na bíblia."

Aos sindicalistas, também em tom de brincadeira, Lula disse que eles deveriam assimilar os métodos dos pastores em relação ao dízimo. "Vocês sindicalistas têm que aprender a fazer isso porque cobram mensalidade, cobram contribuição sindical e não resolvem (as demandas da categoria)", afirmou Lula. (AE)

quinta-feira, 21 de maio de 2015

AÇÃO PENAL CONTRA DILMA

Confiante no líder da oposição, sua astúcia está surpreendendo

De que adiantaria pedir o impeachment se seria um fiasco?

O eleitor colocou com seu voto uma imensa base ajoelhada no Congresso, esperar o que senão a submissão aos que tem a chave do cofre?


As lideranças do PSDB, DEM, PPS, PSC e Solidariedade decidiram, hoje, entrar com uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por crimes contra as finanças públicas e falsidade ideológica. A representação pode resultar no afastamento da presidente da República do cargo, caso a PGR ofereça a denúncia ao STF e a Câmara dos Deputados autorize a abertura da ação penal.

Leia mais no BLOG do senador.

OPERAÇÃO LAVA JATO - O "TREM PAGADOR" DO PT

LOBISTA PAGOU R$ 1,15 MI A DIRCEU DURANTE MENSALÃO

PF: MILTON PASCOWITCH ERA LIGAÇÃO DA DIRETORIA DE SERVIÇOS COM PT


MILTON PASCOWITCH (CENTRO), OPERADOR DE PROPINAS DA ENGEVIX, FOI PRESO NESTA MANHÃ PELA PF (FOTO: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas da empreiteira Engevix na Diretoria de Serviços da Petrobrás, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, 21, em nova fase da Operação Lava Jato. Pascowitch é dono da Jamp Engenheiros Associados, que, juntamente com a Engevix, pagou R$ 2,6 milhões entre 2008 e 2012 por serviços de consultoria prestados pelo ex-ministro José Dirceu, segundo valores informados pelo próprio petista.

O irmão de Milton, José Adolfo Pascowitch, foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal. Foram feitas busca e apreensão na casa dos irmãos e também na casa de Henry Hoyer de Carvalho. A PF deflagrou na manhã desta quinta a 13ª fase da Lava Jato, que tem como alvo fatos relacionados a dois operadores financeiros que atuavam junto a contratos firmados por empreiteiras com a Petrobrás. Estão sendo cumpridos oito mandados judiciais, quatro de busca e apreensão, um deles no município de Itanhandu/MG e os demais no Rio de Janeiro (1) e São Paulo (2).

Dez lobistas são apontados como operadores de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobrás e desbaratado pela Operação Lava Jato. Os nomes foram indicados pelo ex-gerente executivo Pedro Barusco, braço direito do ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque, em sua delação premiada.

Barusco citou os nomes de Mario Góes, Zwi Zcorniky, Guilherme Esteves de Jesus, Milton Pascowitch, Shinko Nakandakari, Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, Atan de Azevedo Barbosa, Bernardo Freiburghaus, Augusto Amorim Costa, Cesar Roberto Santos Oliveira e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, como “autênticos representantes dos interesses das empresas corruptoras nos pagamentos das vantagens indevidas”, com os quais ele fez transações e manteve contato.

O ex-gerente apontou Pascowitch como operador financeiro da empresa Engevix e do Estaleiro Rio Grande, efetuando transferências de offshore para contas do ex-gerente. Pascowitch se identificou como representante da Engevix, e entrou 60 vezes na Petrobrás. Os dez lobistas visitaram a estatal petrolífera pelo menos 1.800 vezes entre 2000 e 2014.

Henry Hoyer de Carvalho, identificado como Henry pelo doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, em depoimento à Justiça Federal, é sócio em duas empresas e já foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB).

Seu nome também havia sido identificado pela Polícia Federal nas agendas do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa antes do depoimento de Youssef. “Reunião com Maurício e Henry 6/9/12”, anotou Costa em uma agenda de 2012 e 2013 apreendida na Lava Jato.

Consultorias. O contrato entre a empresa de José Dirceu e a Jamp Engenheiros Associados, de Milton Pascowitch, não especifica a Engevix Engenharia como beneficiária da consultoria prestada pelo ex-ministro. Em resposta enviada ao Estado sobre os serviços realizados, em março, Dirceu afirmou que um contrato de R$ 1,5 milhão assinado com a Jamp era referente aos serviços de consultoria internacional prestados para a construtora Engevix Engenharia, em Cuba e no Peru.

Para os investigadores da Lava Jato, a Jamp era uma empresa de fachada de Pascowitch usada para esquentar o dinheiro da propina. Pascowitch seria um abridor de portas na estatal, graças aos seus contatos com membros do PT, entre eles o ex- tesoureiro do partido João Vaccari Neto. (PF)

O CHEFÃO ENSINA A "FAZER O DIABO"

“Vocês sindicalistas têm que aprender a fazer isso porque cobram mensalidade, cobram contribuição sindical e não resolvem (as demandas da categoria).”

(Interpretação minha, traduzindo para o que acontece em nosso país: quando os marqueteiros do PT orientam suas lideranças a jogar a culpa de todos as mazelas na população, insinuando que a crítica ao partido, a condenação de corruPTos e as manifestações contra o pior governo da história é ser contra o Brasil, é exatamente isso que temos como resultado, cobram cada vez mais impostos, cortam direitos e investimentos em obras e serviços, nada fazem além de propaganda, mas essa é a solução, PAGAR PARA SER SALVO).


(Estadão) 

Enquanto o governo Dilma Rousseff e o PT tentam enfrentar a pauta conservadora defendida pela bancada religiosa no Congresso, que tem à frente o evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou em tom de brincadeira os métodos utilizados pelos pastores neopentecostais, em palestra a sindicalistas na noite dessa quarta-feira, 20, em um hotel no centro de São Paulo.

Lula, bem humorado, explicava aos sindicalistas que nas ocasiões em que não é possível atender às reivindicações da categoria a melhor saída é colocar a culpa no governo quando, sem motivos aparentes, passou a falar dos evangélicos. “Os pastores evangélicos jogam a culpa em cima do diabo. Acho fantástico isso. Você está desempregado é o diabo, está doente é o diabo, tomou um tombo é o diabo, roubaram o seu carro é o diabo”, disparou Lula, arrancando gargalhadas da plateia.

Lula comparou a retórica dos pastores a um processo judicial nos moldes do mensalão, no qual ex-dirigentes petistas foram condenados por desvios de dinheiro público com base na teoria do domínio dos fatos, que responsabilizou lideranças como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu por atos de seus subordinados sob a argumentação de que ele tinha o controle da situação. “Eu acho legal (culpar o diabo) porque é direto. Não tem nem investigação. É direto. O culpado está ali. É a teoria do domínio do fato”, brincou Lula.

Diante da receptividade calorosa da plateia, que não parava de rir, ele brincou com a cobrança de dízimo nas Igrejas evangélicas. “E a solução também está ali. É Deus. Pague o seu dízimo que Jesus te salvará”, disse em tom eloquente, imitando uma pregação religiosa.

Por fim, o ex-presidente disse também em tom de galhofa que os dirigentes sindicais deveriam assimilar os métodos dos pastores. “Vocês sindicalistas têm que aprender a fazer isso porque cobram mensalidade, cobram contribuição sindical e não resolvem (as demandas da categoria).”

A SAÍDA É AÇÃO PENAL, POIS A BASE AJOELHADA JAMAIS VOTARÁ NO IMPEACHMENT



(Estadão) 

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) avalia que a decisão do PSDB de optar por um pedido de ação penal contra a presidente Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais (manobra que consiste em atrasar repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais) em vez de pedir o impeachment no Congresso Nacional é o caminho "mais adequado".

"Hoje não há 342 votos na Câmara a favor do impeachment. Se a investigação que pleiteamos concluir pela culpa da presidente, esse quórum terá mais visibilidade política", disse o senador ao Estado. "Esse caminho (a ação penal junto ao Ministério Público Federal) evita a polêmica jurídica sobre se os fatos ocorreram nesse mandato ou no anterior"

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, recebeu nesta quarta-feira, 20, do ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Junior, um parecer recomendando que a legenda desista de pedir no Congresso Nacional a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A estratégia apresentada pelo jurista, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é entrar com um pedido de ação penal contra a presidente no Ministério Público Federal pelas pedaladas fiscais,

O parecer tentará demonstrar que a manobra contaminou a atual gestão. O documento foi debatido hoje em uma reunião em Brasília com os senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP), Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, e os deputados Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo (PE), líder da minoria. O PSDB submeterá o parecer aos presidentes do partidos de oposição em uma reunião na manhã desta quinta-feira, 21, no gabinete de Aécio no Senado.

A opção escolhida pelo PSDB frustra a bancada do partido na Câmara, que pressionava a legenda por um pedido direto no Congresso. Essa tese perdeu força depois que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que arquivaria o pedido.

terça-feira, 19 de maio de 2015

BONS MOTIVOS PARA PANELAÇOS





Mais impostos, corte de direitos trabalhistas e menos investimentos em serviços públicos, obras de infraestrutura e nos setores produtivos que alavancam a economia do país: esse é o "ajuste" econômico que Dilma impõe aos brasileiros. 

Ironicamente, porém, torra milhões distribuindo cargos e privilégios em troca de voto favorável ao projeto e outros tantos milhões em propaganda para que essas medidas não afetem sua imagem e para que os brasileiros acreditem que todos sofrerão as consequências de doze anos de roubalheira e incompetência, mas é para o bem de todos.

Por outro lado, diminuir despesas do governo, cortar cargos dos companheiros ou acabar com luxos e desperdícios, isso ela não faz.

O governo anuncia esta semana um corte no orçamento que pode chegar a 80 bilhões. O grave é que nenhuma pasta ou programa deve ser poupado pela tesoura de Dilma, inclusive as que cuidam das questões sociais. Pior: antes das restrições serem divulgadas oficialmente, o governo já tem investido muito menos em 2015 do que no ano passado. 


Confira os índices do Siafi, o sistema de monitoramento de gastos do próprio governo federal.

PSDB MOSTRA NA TV ESTELIONATO ELEITORAL DE DILMA E CORRUPÇÃO DO PT


(Folha) 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai usar o programa nacional de seu partido para cobrar publicamente a investigação das responsabilidades da presidente Dilma Rousseff no escândalo de corrupção da Petrobras. "O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir", dirá o tucano na TV.

O filme, uma das maiores ofensivas públicas já produzidas pelo partido contra o PT, irá ao ar em cadeia nacional de rádio e televisão nesta terça-feira (19) e começará exibindo um panelaço, que se tornou símbolo da insatisfação com o atual governo.

O mais duro ataque ao petismo virá da boca do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Usando de forma irônica um bordão de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), FHC dirá que "nunca antes na história desse país se roubou tanto em nome de uma causa".

FHC ainda atribui a Lula a origem da crise que hoje assola o governo. "A raiz da crise foi plantada bem antes da eleição da atual presidente. Os enganos e desvios começaram já no governo Lula", diz. "O que já se sabe sobre o petrolão é grave o suficiente para que a sociedade condene todos os que promoveram tamanho escândalo, tamanha vergonha", encerra.

Aécio também aborda os problemas na estatal e diz, de maneira velada, que há um risco para o país com a manutenção do PT no poder. "Se a corrupção ganhar, ela vai voltar cada vez pior, cada vez mais forte. É hora de fazer o que é certo", diz.

O filme é todo permeado por frases que defendem a atuação da oposição. "Contra um governo que é a favor de um partido, uma oposição que é a favor de um país", diz um dos slogans. O programa também repete a tese de que a presidente Dilma mentiu pela reeleição.

MENTIRA

Frases ditas por Dilma durante a campanha do ano passado serão exibidas, relembrando garantias como a de que ela não tiraria direitos dos trabalhadores e que a inflação seria controlada. O filme também critica o ajuste fiscal. Diz que o governo está repassando a conta de seus erros para a população, economizando no "cafezinho" enquanto o povo corta comida em casa.

Numa vacina ao discurso de aliados do governo de que está engrossando um coro "golpista", Aécio diz, ao encerrar o filme, que respeita a decisão das urnas, mas que o país também elegeu uma oposição. "Para nós, palavra empenhada numa eleição é para ser honrada", finaliza.

A CONTA É NOSSA

INTERNET DE DILMA NO AVIÃO CUSTOU R$2,3 MILHÕES


Dilma não dispensa internet rápida nem quando viaja no “Air Force 51”, que custou ao contribuinte R$ 156 milhões, e no jatinho da Embraer: a Presidência contratou internet, fax e telefone via satélite exclusivos para serem usados nos dois aviões dela. O custo é de R$ 2,3 milhões por ano e usa exclusivamente equipamentos SwiftBroadband, da inglesa Inmarsat, que tem rede de 11 satélites espalhados pelo mundo.

A previsão da Presidência é de que o telefone satélite do avião custe R$ 2 mil/mês; o fax, R$ 1 mil/mês; e a internet, R$ 188 mil por mês.

As empresas de telefonia brasileiras não possuem a tecnologia exigida por Dilma para equipar os jatos: teve de apelar para a empresa inglesa.

Dilma “contorna” com tecnologia inglesa problema típico brasileiro: internet péssima. A diferença é que a conta não é ela quem paga.

O contrato de R$ 2,3 milhões por ano para bancar internet via satélite nos aviões de Dilma é válido por 12 meses e renovável por até 5 anos. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

CORRUPÇÃO, GASTANÇA COM PROPAGANDA E O ROMBO NA PETROBRAS




Aparentemente, os méritos da Petrobrás não falam por si próprios. Para cuidar da imagem da empresa que muita gente considera ‘orgulho nacional’, é preciso uma megaestrutura do tamanho do ufanismo que a cerca historicamente — ou da corrupção que montaram para mamar epicamente em seu caixa.

De acordo com a Folha de S. Paulo de hoje, a nova diretoria da Petrobras descobriu que a empresa tem 1.146 pessoas em sua área de comunicação: 469 no Rio e 677 espalhadas pelo País.

Como esse número se compara a outras empresas?

A Vale emprega 45 pessoas na comunicação — 25 vezes menos que a Petrobras.

O Banco do Brasil, que tem muito mais interface com o público do que uma empresa que explora e produz petróleo, tem 105 funcionários lidando com sua imagem – 11 vezes menos.

E a Shell, que fatura o triplo da Petrobras e opera em 70 países, tem metade do número de funcionários de comunicação da estatal brasileira.

Outra comparação chocante feita pelo jornal: dados da Aberje (a entidade que reúne as empresas especializadas em comunicação empresarial) mostram que, em 2012, 179 grandes companhias brasileiras (excluindo a Petrobras) tinham, juntas, 1.500 pessoas na área de comunicação. Ou seja, a Petrobras emprega, sozinha, 76% da equipe de 179 grandes empresas.

Como se sabe, a comunicação da Petrobras foi comandada desde o início do governo Lula pelo sindicalista Wilson Santarosa, por muito tempo tido como ‘intocável’, mas demitido pela nova diretoria, comandada por Aldemir Bendine.

Os repórteres Natuza Nery, Raquel Landim e Lucas Vettorazzo tiveram acesso a um levantamento interno da empresa, pesquisaram o cadastro de funcionários, e obtiveram outros dados por meio da Lei de Acesso à Informação. Um trabalho inestimável.

A Petrobras precisa romper não apenas com a ingerência política que a meteu no pântano atual, mas também com a mentalidade de gigantismo e desperdício que orienta tudo que termina em “brás”. Quem aposta que ela consegue?

Por Geraldo Samor

domingo, 17 de maio de 2015

"EDUCADOR" VIROU "MASSINHA"

Na "pátria educadora", PT usa professores como massa de manobra contra PSDB.

Coturno


Há greves de professores em apenas cinco estados do país: São Paulo, Paraná, Goiás, Pará e Santa Catarina. Os quatro primeiros são governados pelo PSDB, o último foi onde os tucanos foram mais votados nas eleições presidenciais. E agora há um indicativo de greve também no Mato Grosso do Sul. Outro estado governado pela Oposição. 

A estratégia nacional do PT para atacar os adversários e instalar a bagunça é usar os professores como massa de manobra. Sacrificar pais e alunos para esconder a corrupção petista que sangra o país. 

É a "pátria educadora" da Dilma. Cortam o FIES, cortam o Pronatec, cortam orçamento da Educação. E botam os pelegos dos sindicatos nas ruas a fomentar greves para enganar a opinião pública.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

"SÓ NÃO PRENDERAM LULA PORQUE NINGUÉM TEM CORAGEM"

Por Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo, no Estadão:
O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) – condenado no mensalão e preso pela Operação Lava Jato – afirmou à CPI da Petrobrás que foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que colocou Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento. Ouvido em Curitiba por parlamentares da CPI, o ex-presidente do PP afirmou que “só não prenderam Lula porque ninguém tem coragem”. “O diretor de Abastecimento da Petrobrás, que se eu não me engano a memória era um tal de Manso, ele se atritou com a diretoria e o presidente Lula convidou o Paulo Roberto Costa para ser diretor de Abastecimento”, afirmou Corrêa, ao comentar a nomeação do delator ao cargo, em 2004. “Isso era a notícia que chegou para mim.”
“O presidente Lula, depois de achar que o Paulo (Roberto Costa) deveria ser diretor de Abastecimento, disse então que ele ficaria na cota de autoridades que poderiam ter a chancela do Partido Progressista”, disse Pedro Corrêa.
“Lula disse isso?”, questionou o deputado Onix Lorenzoni.
“Não disse isso a mim. Mas disse isso ao líder do partido, que era o sr Jose Janene”, respondeu o ex-deputado.
Em suas delações premiadas, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef – que operavam o esquema de propina na estatal pelo PP – afirmaram que a indicação do ex-diretor foi do PP. Disseram ainda que foi uma indicação problemática, alvo de muitas negociações. Pedro Corrêa é acusado de receber R$ 5 milhões do esquema de corrupção e propina na Petrobrás, por intermédio do ex-diretor de Abastecimento e do doleiro Alberto Youssef, peças centrais das investigações.
Inicialmente, ele afirmou aos deputados da CPI que usaria o direito de ficar calado, mas acabou respondendo às questões. Negou recebimento de propina de Youssef e contatos com as empreiteiras do cartel – com exceção da Queiroz Galvão. Os deputados da CPI encerraram os depoimentos de 13 alvos da Lava Jato presos em Curitiba – sede da grande investigação. Além de Corrêa, foram ouvidos o ex-deputado Luiz Argolo (SD-BA), que é acusado de ter se associado a Youssef, e André Vargas (ex-PT).
(…)

A QUEM SERVIA O "CLUBE DAS EMPREITEIRAS"?

Qual é, Lula? Agora o PT quer ter o monopólio dos bandidos? Vamos democratizar a bagaça, companheiro!

Não há nome que provoque tamanho pânico no PT como o de Ricardo Pessoa, o dono da UTC, apontado pelo Ministério Público Federal como o coordenador do chamado “clube das empreiteiras”. É, entre todos os empresários enroscados na Lava Jato, o mais próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem estabeleceu uma relação de amizade. E se julga abandonado pelo amigo.
Entre os presos, foi quem mais se deixou abater na cadeia, demonstrando maior inconformismo com a situação. Um acordo de delação premiada chegou a ser anunciado em fevereiro, mas houve depois um recuo. Não está claro por quê. Nos bastidores, o que se comenta é que ele se nega — ou se negava? — a admitir a tese do cartel.
Três meses depois, tudo indica que o acordo finalmente saiu. E, como se nota, a colaboração foi acordada depois de um habeas corpus do Supremo ter posto fim à prisão preventiva. Advogados que conhecem o caso — e já escrevi isto aqui — haviam me dito que Pessoa recusava qualquer forma de colaboração enquanto estivesse na cadeia. No seu caso, a prisão preventiva atrapalhava, em vez de ajudar, a investigação.
Pelo que se sabe até agora, Pessoa é quem põe a bomba mais perto do PT, de Dilma e de Lula. Nesta terça, o ex-presidente resolveu ter um chilique e saiu acusando a imprensa de dar crédito a denúncias de bandidos.
Pois é. Parece que o Babalorixá de Banânia e o PT querem ter o monopólio da bandidagem, não é mesmo? Enquanto Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa (que o chefão petista chamava “Paulinho”) operavam para os companheiros, estes os tratavam como pessoas de bem. Agora que a casa caiu, Lula gostaria que o jornalismo os ignorasse.
Digamos, Lula, que sejam todos bandidos… Cabe a pergunta: para quem eles operavam até anteontem? Leiam o que informa a VEJA.com.
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O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, viajou para Brasília nesta quarta-feira para firmar um acordo de delação premiada com a Justiça. Apontado como “chefe do clube do bilhão”o empresário, que está em prisão domiciliar, foi levado à Procuradoria Geral da República para formalizar seu compromisso de colaborar com as investigações em troca de uma redução de pena.
A decisão deve ter consequências importantes para a Operação Lava Jato, já que Pessoa atuou como porta-voz do do chamado “clube do bilhão”, que reunia as principais empreiteiras do país, e foi amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As colaboração dele deixa o escândalo do petrolão ainda mais perto do Palácio do Planalto.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pessoa admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.
Reportagem de VEJA também mostrou que Pessoa está disposto a contar como ajudou a financiar as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa para o governo da Bahia – o primeiro, em 2006 e 2010. O segundo, em 2014.
VEJA revelou ainda uma anotação de Pessoa, apreendida pela Polícia Federal, segundo a qual ele menciona o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. “Todas as empreiteiras acusadas no esquema criminoso da Operação Lava Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”, diz o texto apreendido.
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 13 de maio de 2015

CADÊ NOSSO DINHEIRO?


Partido do governo no maior escândalo de ladroagem de todos os tempos, desmantelado pela Operação Lava Jato, o PT tenta se livrar da pecha de agrupamento de ladrões pregando o fim do financiamento empresarial de campanhas. Mas a nova bandeira somente foi adotada pelo PT após amealhar, em 2014, mais de R$ 300 milhões em doações de empresas.

BATENDO CARTEIRAS
Pela nova lei aprovada no Congresso, os partidos vão bater a carteira dos contribuintes brasileiros em mais de R$ 868 milhões por ano. Doações de pessoas físicas representam apenas 0,2%.

FONTE PRINCIPAL
De todo o dinheiro arrecadado pelo PT em 2014 para a campanha de Dilma, 94,2% foram doações de empresas interessadas na reeleição.

DINHEIRO GARANTIDO
A pregação do fim do financiamento privado somente foi deflagrado no PT após o Congresso triplicar o valor do “fundo partidário”.

PT CAMPEÃO DO FUNDO
O PT deve receber 16,05% ou R$ 140 milhões só em 2015 da bolada do “fundo partidário” abastecido com dinheiro dos contribuintes.

Leia mais na coluna de Claudio Humberto