sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BLINDAGEM TEM LIMITE. IMPRENSA ABRE ESPAÇO PARA O LIVRO-BOMBA SOBRE O "BARBA" (ou "BOI")



Abaixo, matéria da Folha de São Paulo:

Um livro publicado nesta semana acusa o Palácio do Planalto de usar a máquina estatal para montar uma "usina de dossiês" contra adversários do PT e afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informante da ditadura militar. Com 557 páginas, "Assassinato de Reputações: um Crime de Estado" (Topbooks) traz o depoimento do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., 53 anos, ao jornalista Claudio Tognolli.

Após três anos no cargo, Tuma Jr. foi afastado do governo em 2010 sob a suspeita de beneficiar um suposto integrante da máfia chinesa, Paulo Li. Parte do teor do livro já havia sido publicado nas duas mais recentes edições da revista "Veja". Na semana passada, governistas bloquearam um convite da oposição para Tuma Jr. no Senado, alegando que deixou o governo por suspeitas "gravíssimas".

No livro, Tuma Jr. afirma que ele acabou se tornando uma das vítimas da "fábrica de dossiês" petista e que, apesar de ter sido inocentado por sindicâncias internas, acabou condenado pelo "Supremo Tribunal do Google". "Se o objetivo é político, a condenação moral é muito mais importante do que a jurídica", disse Tuma Jr. ontem à Folha, por telefone. No livro, ele afirma que Lula o "usou como um fraldão, sumamente descartável".

Na oposição, um dos alvos do governo teria sido o ex-senador e ex-governador tucano Tasso Jereissati (CE). Em 2009, o então senador e hoje ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lhe teria entregue um pendrive com "seríssimas denúncias" contra Jereissati.

À Folha, Tuma Jr., hoje delegado aposentado, disse que sua relação com o governo petista se deteriorou por não cumprir ordens para fazer dossiês e pelo que sabia sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, do qual participou da investigação. "Se eu tivesse falado: Esquece o assunto, não sei de nada', talvez não tivesse acontecido isso", disse, em referência a uma conversa sobre o caso com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na semana passada que pediu explicações aos setores de sua pasta mencionados no livro. Ele prometeu rebater todas as acusações de Tuma Jr.

'BARBA'

Uma das partes mais fortes do livro é o capítulo 4, "Lula: Alcaguete e Aprendiz do Dops [Departamento de Ordem Política e Social]", órgão de repressão do regime militar chefiado pelo pai, Romeu Tuma, morto em 2010. Na época, entre o final dos anos 1970 e início dos 1980, Lula era o principal líder sindical da região do ABC paulista e trabalhava na criação e organização do PT.

"Lula nos prestava informações muito valiosas: sobre as datas e locais de reuniões sindicais, quando haveria greve, onde o patrimônio das multinacionais poderia estar em risco por conta dessas paralisações", afirma Tuma Jr., na época investigador de polícia subordinado ao pai. Sempre de acordo com o livro, Lula tinha o codinome Barba e, por causa da condição de informante, "obtinha certas vantagens".

A principal teria sido a autorização para dormir no sofá do escritório de Tuma durante quase todo o período em que esteve preso, entre abril e maio de 1980. "O livro é uma contribuição para a história. Não tive espaço para falar, escrevi." Até ontem, Lula não havia se pronunciado sobre o livro.

O PARADOXO DE ABILENE

Sandro Vaia



“O paradoxo de Abilene” é uma fábula clássica usada pelas consultorias de gestão de empresas que mostra como as circunstâncias podem levar um grupo de pessoas a agir de uma forma oposta às suas preferências.

A fábula é ilustrada por um filmete que mostra como um grupo de pessoas de uma mesma família ,mesmo que nenhuma delas queira, é levada a fazer um passeio a uma cidade mormacenta e desprovida de graça chamada Abilene,no interior do Texas.

É impossível não pensar no paradoxo de Abilene quando você vê uma pesquisa de avaliação de desempenho de um governante, onde ele é reprovado em 6 dos 9 itens de avaliação de gestão e, mesmo assim, no total, atinge uma soma que satisfaz seus seguidores e seus estrategistas, que acordam e dormem pensando nas próximas eleições.

Também não dá pra deixar de pensar no paradoxo de Abilene quando você vê um líder quase histórico do PC do B.

Aldo Rabelo, que está longe de ser um cosmopolita e um apreciador das mazelas do internacionalismo capitalista, exercendo com grande maestria o comando de um evento esportivo super-capitalista, comandado pela gananciosa e globalizada FIFA, que não é propriamente um exemplo de fraternidade proletária.

Rabelo, tão nacionalista que queria trocar o Halloween pelo dia do Saci e andou querendo reprimir estrangeirismos de linguagem, admitiu tranquilamente que a entidade transnacional que comanda o business futebolístico, pudesse patrocinar a violação das leis do Pais suspendendo temporariamente a venda de bebida alcoolica nos estádios durante a Copa do Mundo justamente para que o evento seja tão lucrativo quanto possível. (Sem falar nas demais mazelas, excessivas para este espaço).

Impossível não associar o paradoxo de Abilene à política do governo de facilitar a venda de automóveis para aquecer o consumo e a indústria, isentando de impostos e enchendo as ruas de carros financiados a perder de vista enquanto promove infinitos estudos, seminários e teses sobre mobilidade urbana.

E ao mesmo tempo em que o prefeito de São Paulo abre faixas exclusivas para ônibus, espreme os carros, esperando expulsá-los das ruas para que todos usem um transporte coletivo que não existe.

Paradoxo é também o fato de que o eterno dr. Pangloss da economia, o ministro Mantega, tenha fornecido a uma oposição carente de propostas e ideias um mote para a próxima temporada eleitoral, dizendo que a economia brasileira “está manca das duas pernas”.

Nenhum marqueteiro da oposição teria coragem de pôr para circular uma frase dessas, mesmo porque acabaria por ser chamado de traidor da Pátria.

Quando descreveu o paradoxo de Abilene, o professor Jerry Harvey não conhecia o Brasil e falava apenas de gestão empresarial. Todo mundo concorda em fazer o que não tem vontade de fazer porque acha que todos os outros querem, mesmo que ninguém queira.E a viagem a Abilene é um tormento.

DESVIO DE VERBAS PÚBLICAS - NEM A PEDIDO DA POLÍCIA FEDERAL DILMA DEMITE DIRETOR SUSPEITO DA CONAB

PT CONSEGUE BLINDAR ATÉ DA PF FIGURÃO QUE “CAPTA” DOAÇÕES PARA O PARTIDO



Responsável pela Operação Agro-Fantasma, que investiga desvio de recursos públicos na Cia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, o delegado Maurício Todeschini, da Polícia Federal, pediu o afastamento do cargo de Silvio Porto, diretor de Política Agrícola, um dos principais investigados. O governo ignorou a solicitação. Nesses casos, a PF teme a eventual destruição de provas.
Com fama de ativo “captador” de doações para as campanhas do PT, Silvio Porto é tido como uma das eminências pardas do governo Dilma.

Silvio Porto manda mais que Rubens Rodrigues Santos, presidente que tem medo do subordinado e virou uma “rainha da Inglaterra” da Conab.

Outro fator de estabilidade de Silvio Porto no cargo é sua ligação ao ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Levado para depor, Silvio Porto foi liberado no mesmo dia. A PF pediu também, sem êxito, mandado de busca e apreensão na casa dele.

UNIÃO PARA EXTORQUIR

PT SAI EM DEFESA DE HADDAD E PEDE AUMENTO DE IPTU

Por: Myrcia Hessen

PT exige aumento de IPTU em São Paulo

O Partido dos Trabalhadores (PT) usou o Facebook nesta sexta-feira (20) para defender o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no caso do novo IPTU que ele quer implantar na capital. Haddad entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter as decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que barraram a revisão do imposto e agora sofre com a pressão da população.
O aumento aprovado pela Câmara dos Vereadores foi de até 20% para imóveis residenciais e 35% para comerciais. Segundo a prefeitura, se abrir mão do aumento, São Paulo deixará de arrecadar R$ 800 milhões sem o reajuste – o que vai causar um abalo de 1,6% no Orçamento previsto para 2014, que é de R$ 50,5 bilhões. “Se somadas as perdas em repasses federais, estaduais e operações de crédito, São Paulo fica sem R$ 4,2 bilhões de reais”, afirmou o PT na rede social. “A maior parte deste dinheiro é aplicada em saúde e educação, que levam mais de 50% do IPTU da cidade”, justificou.
A legenda colocou a culpa do aumento excessivo no ex-prefeito Gilberto Kassab e disse que “ao pleitear o novo cálculo, o prefeito Fernando Haddad apenas cumpre a lei”. “A revisão do imposto foi definida em 2009, durante a gestão Kassab”, afirmou. “Apesar da grita da velha mídia, o novo cálculo criou isenções e aumentou faixas de isenção já existentes, de acordo com a valorização ou depreciação dos preços imobiliários”, completou a legenda, alegando que o aumento se deu “principalmente em bairros nobres”, sem afetar os mais pobres, que tiveram aumento de 12%.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O "BICHO" PEGOU PARA O PT

Gilberto Carvalho acertou a previsão que fez há exatamente um ano: o bicho que iria pegar em 2013 pegou até o caixa preta do PT

Augusto Nunes

“2013 vem aí e vem muito bravo”, avisou Gilberto Carvalho no meio da mensagem de Natal endereçada aos devotos da seita lulopetista divulgada há exatamente um ano. Depois de desejar “muita paz” aos companheiros, e recomendar-lhes que homenageassem  parentes e amigos com demonstrações de afeto, o seminarista que virou coroinha de missa negra prostrou-se aos pés do chefe supremo, canonizou os sacerdotes ameaçados pelo Supremo Tribunal Federal, condenou à danação eterna os hereges que se recusavam a engavetar o caso Rose e encerrou o vídeo divulgado em 15 de dezembro de 2012 com a exortação beligerante: “Vamos descansar bem agora, por que em 2013 o bicho vai pegar”.
Pegou mesmo, e os estragos não pouparam ninguém, informa o balanço do ano que vai terminando. Mas pegou com especial severidade o PT, o governo e o próprio Gilberto Carvalho. Em 2013, com a prisão dos mensaleiros, o partido descobriu que há vagas na cadeia também para delinquentes da primeira classe. Com as manifestações de rua que explodiram em junho, a presidente Dilma Rousseff descobriu a nação dos descontentes que existe fora do Brasil Maravilha registrado em cartório. Seus habitantes exigem um Brasil padrão Fifa e gostam de desmoralizar institutos de pesquisas que inventam campeões de popularidade.
No começo de dezembro, o bicho assumiu o formato de livro e pegou de jeito Gilberto Carvalho. As revelações do delegado Romeu Tuma Junior tornaram ainda mais cabeludas as histórias muito mal contadas que infestam seu prontuário. Embora apareça invariavelmente como coadjuvante, ele se destaca pela aplicação com que interpreta papéis repulsivos. Quando VEJA antecipou o capítulo reservado ao assassinato do prefeito Celso Daniel, o acusado prometeu processar o acusador. O livro já está na segunda edição. A ameaça de revidar na Justiça não foi reeditada, nem será. Quem tem culpa no cartório quer distância de tribunais.

PREFEITO PETISTA PRETENDE CONGELAR VERBA DE EDUCAÇÃO

Por Giba Bergamin Jr. na Folha:

Relatório aprovado na tarde desta segunda-feira, na Comissão de Finanças da Câmara de São Paulo, mostra que cerca de R$ 800 milhões do Orçamento de 2014 da cidade serão congelados caso o prefeito Fernando Haddad (PT) não consiga reverter a decisão judicial que barra o reajuste do IPTU no ano que vem. O maior congelamento de verba ocorrerá na Secretaria de Educação, que terá retidos cerca de R$ 249 milhões do orçamento previsto –a despesa estimada pela pasta é de R$ 9,07 bilhões. A prefeitura tentará, até a próxima quarta-feira, reverter a decisão do Tribunal de Justiça que impede o aumento do imposto em até 20% para imóveis residenciais e 35% para os demais no ano que vem. Os advogados da administração devem recorrer no STF (Supremo Tribunal Federal) até quarta-feira.
 O relator do Orçamento na Casa, Paulo Fiorilo (PT), pretende colocar o Orçamento para votação nessa mesma data, mas ainda depende do resultado na Justiça. A gestão Haddad havia anunciado na semana passada que, sem o reajuste, haveria cortes de investimentos em áreas áreas sociais. Também sofrerão cortes as pastas de Transportes (R$ 131 milhões), Saúde (146,1 milhões), Subprefeituras (R$ 10 milhões), Governo (R$ 40 milhões), Obras (R$ 50 milhões) e Trabalho (R$ 1 milhão).
(…)

domingo, 15 de dezembro de 2013

QUEM NÃO GOSTA DE POLÍTICA É CONTROLADO PELOS QUE GOSTAM



Murillo de Aragão

(...) Entre muitos males que nos afligem nos dias de hoje, vejo dois com especial preocupação: a civilização do espetáculo e o “dirigismo” político e econômico. Ambos são vetores que atuam para escravizar o indivíduo no universo da superficialidade e do diversionismo.

Resultam, simplesmente, do entendimento de que os que não gostam de política serão controlados pelos que gostam. Os que gostam não são distraídos pelo espetáculo: promovem-no.

Como os dois males de nosso tempo nos afligem? A civilização do espetáculo é, em síntese, a combinação da banalização das artes e da cultura com o trunfo do jornalismo superficial e sensacionalista.

Tudo resulta em transformar a vida em um grande espetáculo onde os atores são mais importantes do que o enredo. Onde a cenografia é mais relevante do que a realidade. Onde as ideias pouco importam e as liberdades e direitos são traduzidos em capacidade de consumo.

O espetáculo, para ser eficiente politicamente, exige que se controle a informação. Seja de forma brutal e direta, como nos regimes de exceção, seja de forma sutil, por meios indiretos ou através da saturação de informações irrelevantes e do entretenimento.

O espetáculo também pode não gerar satisfação nem frivolidade. Mas terror e medo, em países ditatoriais que cultuam a possibilidade de punição para manter a lealdade e o “desengajamento” do debate. No final das contas, a sociedade fica bipolar: os poucos que mandam e os muitos que obedecem.

O outro mal é o dirigismo econômico e político. Tanto este mal quanto o outro ocorrem às vezes com boas intenções. No entanto, sempre terminam mal. Algumas vezes são libertadores que chegam e terminam escravizando os seus. Usam dos recursos do poder para enriquecer. Situações vividas em muitos países da América do Sul, África e Ásia, onde os donos do poder são os donos das riquezas do país.

Os dois temas de que trato neste texto são abordados em dois livros essenciais para quem deseja entender os dias de hoje. “A civilização do espetáculo”, de Mario Vargas Llosa (Objetiva) e “Por que as nações fracassam”, de Daron Acemoglu e James Robinson (Elsevier-Campus). O livro de Vargas Llosa tem quase duzentas páginas e é dividido em artigos e ensaios. Leitura mais do que agradável, revela a potência e a lucidez de seu pensamento e de sua leitura sobre os tempos atuais.

Já a obra de Acemoglu e Robinson, ainda que agradável e nada acadêmica em sua linguagem, é mais consistente pelo volume de informações e, como disse Steven Levitt (coautor de Freakonomics), pela mistura de história, ciência política e economia.

Os autores são muito claros ao mostrar que o voluntarismo intervencionista termina destruindo sociedades ou impedindo que estas realizem o seu potencial. Não é, apesar do tom, um livro neoliberal ou daqueles que propõem um Estado mínimo e toda a força ao mercado.

Mas, sobretudo, esse livro reconhece que o poder do indivíduo, da inovação, da educação e do livre fluxo de informação pode fazer a diferença. São abundantes os exemplos de declínio de cidades como Veneza e de impérios como o otomano, a partir do obscurantismo intervencionismo. A América do Sul é muito bem retratada. O Brasil, infelizmente,é pouco mencionado. A Argentina, talvez pela vocação para o desastre, merece mais atenção dos autores.

A leitura de ambos os livros proporciona sérias reflexões sobre os males de hoje no Brasil. 

Mas o que realmente preocupa é o amanhã. Não estamos preparando os cuidados de que iremos necessitar. A começar pela urgente reforma de nossas instituições políticas. Ambos os citados males de nosso tempo estão vinculados diretamente com a qualidade de nossas instituições, a qualidade do fluxo de informações, o discernimento e a educação de nossa cidadania e a qualidade de nossa participação no debate político.

Leia em Ao dia o seu próprio mal

Museu das Greves do Lula

Vale patrocina Museu das Greves do Lula. Isso sim é privataria.

Coturno


A Vale acaba de colocar R$ 1,5 milhão para construir um Museu das Greves do Lula, em São Bernardo do Campo. O Governo Federal tem mais de 53% da Vale que o PT tanto afirma que foi privatizada, em mais uma das mentiras petistas que emporcalham a política brasileira. Basta alguém do Palácio levantar o telefone e determinar o que a maior empresa brasileira deve patrocinar. 

Outras grandes empresas colocarão até R$ 17 milhões pela Lei Rouanet, em captação autorizada pelo Ministério da Cultura de Marta Suplicy, a senadora petista por São Paulo.

O próprio governo está colocando R$ 14, 4 milhões. Uma vergonha. 

Quem conhece a história das greves do ABC, sabe que aquilo não merece nem exposição fotográfica, quanto mais um museu patrocinado com dinheiro público para exaltar a figura de Lula. Aliás, um Lula que delatava companheiros sindicalistas para o DOPS, em acordo com Romeu Tuma.

Haverá uma ala ou uma sala dedicada a este fato histórico?

LULA DEU ASILO AO ASSASSINO BATTISTI PARA PAGAR DÍVIDA PESSOAL


O delegado Romeu Tuma Jr. era secretário Nacional de Justiça, e por isso testemunhou os bastidores da decisão do então presidente Lula de proteger o terrorista italiano Cesare Battisti (foto). Em seu livro “Assassinato de Reputações” (ed. Topbooks, Rio), ele revela que Lula não foi motivado pela ideologia, ao conceder “asilo político” ao criminoso, mas por “dívida de gratidão” com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. 

O ex-presidente queria retribuir a Greenhalgh as várias defesas que fez dele na Justiça, sem cobrar, e por sua dedicação aos interesses do PT.

Lula se sentia culpado por vários reveses do amigo, como a humilhante derrota para Severino Cavalcante na briga pela presidência da Câmara.

Segundo Tuma Jr, Battisti ganhou asilo porque Greenhagh pediu e não por influência de Tarso Genro, ex-ministro da Justiça. Simples assim.

Cesare Battisti foi condenado duas vezes à prisão perpétua, na Itália, pelo assassinato de quatro inocentes, a serviço de um grupo terrorista.

*

O Coturno publicou foto de 1980.
Greenhalgh liberta Lula da prisão de 31 dias, onde, segundo Tuma, o então sindicalista prestou ao DOPS informações preciosas sobre alguns companheiros rivais. Mais tarde, por causa daqueles 31 dias, Greenhalgh arranjou a pensão de quase R$ 10 mil mensais que o ex-presidente e ex-informante do DOPS recebe como "perseguido político".

MUQUIFO

Mary Zaidan

nimada pela pesquisa CNI/Ibope que lhe conferiu 43% de aprovação, cinco pontos percentuais acima do levantamento de setembro, a presidente Dilma Rousseff comemorou no estilo que lhe ensinaram: em cima do palanque.

Na sexta-feira, ao inaugurar o Hospital das Clínicas José de Alencar, em São Bernardo do Campo (SP), popularizou o discurso, e, para delírio de Lula e do ministro-candidato Alexandre Padilha, copiou o patrono e disse que não fora eleita para construir "muquifo para o povo brasileiro".

Só não contou para o distinto público, muito menos para os que vivem em muquifos e dependem do atendimento público, que apenas 70 dos 293 leitos da unidade estavam sendo entregues. O resto, só em 2015.

Saúde é uma pedra que deixou calos em Lula e insiste em perturbar Dilma. A mesma pesquisa que recoloca a presidente em uma zona de conforto aponta que 52% consideram que essa é a área de pior desempenho do seu governo, índice semelhante ao de antes das manifestações juninas, quando, ao lado de diversas outras agruras, a insatisfação com a Saúde bateu em 71%.



Nem os médicos cubanos, importados como commodities da ilha dos Castro, parecem resolver. E daí? Antes de tudo, eles servem para exorcizar as críticas que o governo recebe sobre a débil gestão da Saúde. E para engrossar o discurso de campanha de Padilha, nome de Lula para disputar o governo de São Paulo.

Seguindo o script de sucesso de Lula para seus apadrinhados, o ministro da Saúde virou arroz de festa. É presença certa em qualquer evento do PT paulista.

Mas os fatos parecem embirrar com o candidato. Precisava ele de um novo surto de dengue com 388 casos em 10 dias em Belo Horizonte, mais de 96 mil no ano na capital mineira; quase 218 mil no estado do Rio até novembro; 36 mil no litoral paulista, com sete mortes? Muito menos de relatos apontando que no SUS a espera para uma consulta com especialistas não raro ultrapassa um ano, meses a fio para realizar um exame, outros tantos para se conseguir procedimentos de média complexidade.

Lula e Dilma sabem que os maiores nós da Saúde não foram nem afrouxados, quanto mais desatados. Alguns deles até viraram promessas de campanha – 8.600 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas -, expostas entre os 13 motivos para se votar em Dilma em 2010. Mas sequer saíram do panfleto.

As 500 UPAs estão no site do PAC como projeto para 2014. Um aviso “leia mais” remete o usuário para uma página do portal do Ministério da Saúde que informa: área em manutenção. Ou seja, UPA, nem mesmo no mundo virtual.

O pior muquifo é o ludibrio, a mentira, a enganação.

sábado, 14 de dezembro de 2013

‘O lulopetismo aposta todas as fichas na memória curta do eleitor’

MAURO PEREIRA

Sem sequer uma realização de vulto capaz de cativar o eleitor, parece que o governo petista estabeleceu o Programa Minha Casa, Minha Vida como um de seus principais trunfos na escalada rumo à reeleição de Dilma Rousseff. A confiança dos sectários de Lula na repercussão do programa é tamanha que o governo se desfez definitivamente das amarras da moralidade e, desprezando o fato de 2013 ser um ano pré-eleitoral, despejou uma quantidade desproporcional de recursos na sua divulgação.
Só para se ter um noção da investida oficial nesse setor mais fragilizado da sociedade, que é atendido pelo Bolsa Família e soma vários milhões de votos, dados da Caixa Econômica Federal mostram a repentina elevação dos gastos. Em 2011, 261.000 reais. Em 2012, 1,7 milhão. Em 2013, até o final de julho, o governo já havia destinado a indecorosa soma de 15,7 milhões para divulgar o programa. De acordo com esses números, se comparados com os gastos de 2011, para propagandear o programa habitacional Dilma Roussef autorizou um aumento de 5.900%. Para qualquer governo minimamente comprometido com a decência, esses dados seriam desmoralizantes.
Não consigo livrar-me da sensação de que está em marcha mais uma empulhação petista. Tudo indica que, presunçoso por natureza, o PT está decidido a apostar todas as suas fichas na decantada memória curta do eleitor, subestimando acintosamente a capacidade de indignar-se do povo brasileiro. Aparentemente, os pesadelos das tardes-noites de junho já não o assombram mais. 2014 promete!
Desfrutando das delícias que aos cafajestes enleva, não será necessário ao partido, que Rui Falcão faz de conta que comanda, sequer desembarcar das asas da canalhice para fazer do Bolsa Família seu principal instrumento de persuasão. Impossibilitados de sentir o gozo que o bem feito propicia, seus emissários das novas que nunca são boas se darão por satisfeitos em sorver cada gota do caos que o relaxo condiciona. Extasiados com a índole crua que os perverte, entoarão a ode que os fascina: O absolutismo é logo ali!
Incentivado por uma oposição anêmica e autofágica, que ridiculariza, ignorando a justiça, da qual desdenha, e ajustando periodicamente os termos do contrato com a base aliada, que aluga, o Partido dos Trabalhadores vai consolidando cada vez mais sua hegemonia. Sem ter nada a molestá-lo, sente-se desobrigado de mostrar à sociedade ao menos algum lampejo de reverência à prática da boa política e debocha da sociedade ao estipular a submissão como condicionante inegociável de sua justiça social forjada na têmpera podre do paternalismo rasteiro que alicia e elege.
Usurpador incontestável da verdade, o lulopetismo sente-se à vontade para se impor como força dominante e, insolente, não demonstra o menor constrangimento em manipular dados estatísticos nem, muito menos, de se beneficiar de dividendos eleitorais obtidos graças a imoral disseminação de peças publicitárias enganosas que vendem a imagem de um Brasil desenvolvido, comercializam a ilusão do virtuosismo administrativo e mentem quando induzem à lisura de seus gestores. Do alto de sua estupidez, destila o veneno da cizânia com efeitos devastadores à unidade nacional, mas que alimenta sua sanha totalitária de impor ao País, como absoluta, a verdade torpe que emana naturalmente de sua lavra mentirosa.
Parida no desvario petista, nessa Xangri-Lá dos trópicos a corrupção faz parte de um passado remoto. Lá, a fome foi erradicada há muito e o vai-e-vem frenético dos trens de alta velocidade exalta o orgulho nacional. No entanto, são apenas patifarias creditadas no extrato fraudulento de uma administração exemplar imaginária, que se esfarela quando confrontada com o Brasil de verdade. Neste, corruptos contumazes são erigidos à condição de injustiçados e, com tratamento dispensados a heróis, são desagravados com altos cargos em algum ministério. Quadrilheiros condenados pela justiça desfilam, desafiadores, pelas passarelas da hipocrisia.
Dados publicados recentemente  pelo IBGE dão conta que um em cada cinco jovens não trabalha nem estuda. A constatação, agravada pelo desempenho pífio na avaliação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), joga por terra a farsa petista, escancara a dura e triste realidade de um Brasil atrasado, famélico e miserável, que o conveniente esquecimento de Lula deixou de registrar em cartório. Mais: denuncia a precariedade e as condições quase sub-humanas a que estão expostas milhões de pessoas jogadas ao próprio azar e que, sem nenhuma perspectiva de futuro que não esbarre nos limites impostos pelo Bolsa Família, têm na submissão silenciosa, que devora a autoestima e solapa a dignidade, a oportunidade derradeira de sobrevivência.
Pai da misericórdia, o destino generoso abre mão da revanche e dá uma excepcional oportunidade aos senhores da excelência administrativa, aos inquestionáveis representantes das causas populares e ao maior democrata da história da humanidade: provar que o Brasil Maravilha realmente existe. Deixem de embalar o prelúdio para enganar gente inocente e se solidarizem com essa procissão de miseráveis e sobrevivam sem água potável, sem esgoto tratado, sem moradia digna, sem educação, sem saúde e com uma renda mensal de R$ 72,00 por cabeça se forem capazes, como eles são, apesar de vocês. Embusteiros!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Alckmin diz que investigação de cartel virou arma eleitoral.

E ele tem razão. Leia trecho do livro de Tuma Jr.

Por Reinaldo Azevedo

“Houve uma denúncia. Era anônima, apócrifa. Investigue-se, não tem problema. Depois se disse que envolvia pessoas do PSDB. Foi-se verificar, o texto foi alterado. Quando do inglês passou para o português, ele [o trecho] foi enxertado, com objetivo nitidamente político e eleitoral.”
A fala acima é do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, referindo-se à acusação de que houve formação de cartel na compra de trens em São Paulo para a CPTM e para o metrô. Poderia perguntar alguém: “Quer dizer que, quando a denúncia atinge o PT, é tudo verdade; quando pega o PSDB, é eleitoreira?”. Nada disso!
Alckmin nunca negou — podem procurar — que o cartel tenha existido. O que criticou inicialmente, e com razão, foi a apuração supostamente sigilosa do caso, embora o órgão ficasse vazando informações para a imprensa. Mais: a Polícia Federal concluiu um inquérito e remeteu para a Justiça com acusações a deputados e secretários seus com base no testemunho de um sujeito que diz ter ouvido alguém falar que…
No livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, escreve o delegado Romeu Tuma Jr. sobre os casos Siemens e Alstom:

“Recordo-me bem de ainda ter avisado o ministro [Tarso Genro] de que a estratégia [de vazar informações contra os tucanos] poderia se revelar um tiro no pé, pois autoridades e integrantes do PT, dirigentes de órgãos e entidades, também foram corrompidos pelo esquema Alstom e Siemens. O tempo e profundas investigações, se feitas de forma séria e independente, mostrarão que eu tinha razão.

O que ninguém explorou, até agora, é que no caso Siemens, se a investigação for despolitizada, séria e profunda – o que acho difícil, pois já começou assim, objetivando apenas o vazamento – figurões do PT também serão pilhados na distribuição de propina; nesse caso, sai do trilho e vai para a luz, ou seja: o setor elétrico. De todo modo, que tem coelho nesse mato tem. Só não atiraram antes porque eu desarmei o caçador à época.

As últimas notícias que dão conta de um suposto pagamento de propina a políticos tucanos e aliados no caso Siemens têm todas as características dos famosos dossiês que o Planalto tentava emplacar na minha administração. 


Novamente, parecem seguir o mesmo percurso: saem do Planalto, vão ao MJ, chegam na PF e aparecem na capa dos jornais. Outra vez, como me disse o Abramovay, o DNA de um Carvalho, como mandante, deverá surgir, mesmo com as tentativas de blindagem. É o Estado policial em plena ação, instrumentalizando as instituições, e mais preocupado em assassinar reputações do que em apurar os fatos.”
(…)
Retomo
Então que se volte ao ponto: houve cartel em São Paulo? Que se investigue. Mas a Siemens, então, jamais corrompeu servidores da administração federal? Petistas não se deixam tentar pela corrupção??? A seletividade é que é escandalosa.
Tome-se como exemplo um consultor chamado Roberto Zaniboni. A PF o trata como o principal lobista no caso dos trens. Tá. Ocorre que este mesmo senhor tem um contrato de R$ 4,6 milhões para consultorias em obras do metrô do PAC. E aí? Diretores da Siemens que assinaram o acordo de leniência no Cade para falar sobre São Paulo celebraram 30 contratos com o governo federal.
Cade, Polícia Federal e Ministério da Justiça querem investigar e punir a corrupção ou querem fazer da investigação um instrumento eleitoral? A resposta, até agora, é mais do que clara,

MARCA DO DESGOVERNO: MILHÕES JOGADOS FORA

Confira o áudio: Chico Anysio avisou há muito tempo que o lançamento do foguete brasileiro seria um fiasco estratosférico

Augusto Nunes
O vídeo de 3:58 prova que o Brasil já soube contemplar-se com ironia e rir de si próprio, das virtudes que o livraram de descambar para o terreno do ridículo e virar motivo de galhofa. Gravado nos anos 70, Chico Anysio conta o que aconteceria se algum governo megalomaníaco resolvesse introduzir o país na era espacial com o lançamento de um foguete. As gargalhadas coletivas informam que a plateia concorda com a sequência de trapalhadas narradas pelo grande humorista.
Neste 9 de dezembro, a tentativa de colocar em órbita o satélite  CBERS-3 (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) transformou a piada em profecia. O foguete de Chico Anysio não conseguiu subir na hora prevista. Os fogueteiros do governo lulopetista lançaram com três anos de atraso o colosso sideral que se desintegrou meia hora depois da decolagem, pulverizado por uma falha técnica ainda não identificada.
O País do Carnaval torrou R$ 300 milhões no fiasco produzido em parceria pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial. A gastança não inclui as despesas da comitiva liderada por dois ministros: Paulo Bernardo (Comunicações) e Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia).​ A dupla não se manifestou sobre o vexame estratosférico. Uma nota divulgada pelo INPE só deixou claro que não será o último.
“Para assegurar o cumprimento dos objetivos do programa CBERS, Brasil e China concordaram em iniciar imediatamente discussões técnicas visando a antecipação da montagem e lançamento do CBERS-4″. Chico Anysio merecia ter vivido para descobrir que o governo é pior que o foguete que inventou no século passado.

PROPAGANDA DO DESGOVERNO É CAMPANHA ELEITORAL COM DINHEIRO PÚBLICO

Gilmar Mendes denuncia a hipocrisia do debate

Por Reinaldo Azevedo
Prossegue no Supremo o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade que pode resultar na proibição do financiamento privado de campanhas. O ministro Gilmar Mendes pediu um aparte a Dias Toffoli e acaba de botar os pingos dos is. Deixa claro que o fim do financiamento privado, como quer a OAB, interessa a quem está no poder. Gilmar pede o fim da hipocrisia. Chamando às falas o procurador-geral da República, que está presente, o ministro afirma:
“Então, senhor procurador-geral, será preciso proibir a propaganda institucional, que, de institucional não tem nada; é propaganda eleitoral escarrada”.
Na mosca! Também é disto que se cuida: o que se quer é impedir que a oposição tenha acesso a recursos de campanha, ficando refém, no futuro, apenas da verba pública, que há de ser garantida segundo o tamanho dos partidos. Tamanho a que se chegou na vigência do financiamento privado. Piada grotesca!
Alguém vai, então, se ocupar da propaganda institucional, que é campanha eleitoral disfarçada — e, o que é pior, com dinheiro público? Alguém vai se ocupar do uso vergonhoso de estatais para financiar a rede de propaganda e difamação, disfarçada de imprensa, que se traduz em blogs, sites, revistas e até jornais? Sempre a serviço do governo?

PT: UM PARTIDO QUE ENDOSSA O CRIME

Rodrigo Constantino


Fonte: GLOBO
Há quem tente jogar todos no mesmo saco podre. Há, ainda, quem tente enaltecer a postura ética do PT, posição insustentável após a passagem pelo governo. Mas o fato é o seguinte: quem ainda tem vergonha na cara não pode mais permanecer em um partido que, em vez de seguir o próprio estatuto e expulsar criminosos presos, sai em público para defendê-los!
O que o PT fez em seu quinto congresso, com as presenças de Lula e Dilma, foi um ato vergonhoso. Claro que o histórico petista já era vergonhoso antes disso, sendo o mensalão seu ápice. Mas esperava-se, ao menos, um mínimo de compostura diante da situação. O próprio ex-presidente Lula tinha dito que não ia se manifestar agora sobre o assunto. Mas não consegue se controlar.
Para uma plateia inflamada de cúmplices ideológicos dos criminosos presos, o ex-presidente disse:
Nosso partido tem sido vítima das suas virtudes e não só de seus defeitos. Somos criticados pelas coisas boas que fazemos, não só pelos erros. Se for comparar o emprego do Zé Dirceu no hotel com a quantidade de cocaína no helicóptero, pelo menos houve uma desproporcionalidade na divulgação do assunto.
Tem que ter muito pouco apreço pela verdade e até pelos quase 90% de entrevistados simpatizantes do próprio PT que aprovam a prisão dos mensaleiros, para desviar tanto assim o foco da questão. O que tem alho com bugalhos? Não só a imprensa deu bom destaque ao helicóptero apreendido com drogas, como tem mais do que direito – tem a obrigação de investigar e relatar uma proposta de emprego tão suspeita como a feita para Dirceu. Tanto que foi logo desfeita, justamente porque a imprensa demonstrou que havia muito podre debaixo dos panos.
O presidente do PT, Rui Falcão, diante da presidente da República, ou seja, de todos os brasileiros, teve a cara de pau de afirmar sobre o julgamento do mensalão: 
É o típico caso da manipulação realimentando a mentira e da mentira realimentando a manipulação. A história vai provar que nossos companheiros foram condenados sem provas, em um processo nitidamente político, influenciado pela mídia conservadora.
Como pode uma presidente da República, que indicou vários dos ministros do STF junto com o ex-presidente Lula, ficar passiva diante de uma acusação tão grave dessas? Quem cala consente! 
Então quer dizer que Lula e Dilma colocaram no STF farsantes, “golpistas conservadores”? É isso?
A situação toda é bizarra demais, digna de uma República das Bananas. Em qualquer país sério do mundo isso seria motivo, no mínimo, para um processo contra a presidente. Ela tem a obrigação de se explicar. Participa de um evento de seu partido onde o presidente afirma, em sua presença, que a Corte Suprema do país não respeita as leis!
O PT não vai expulsar criminoso algum. Isso já ficou claro. Tampouco vai tentar ignorar essa enorme mancha em seu currículo. A opção foi pelo ataque às instituições republicanas mesmo. Com isso, o PT prova ser um partido que endossa o crime, que abriga e protege criminosos condenados e presos.
Resta perguntar: que tipo de gente ainda defende o PT? Não pode ser o mesmo tipo que defende o império das leis…

ENCHENTES NO RIO: GOVERNO APELA PARA O "BOLSA TRAGÉDIA"

Bolsa tragédia: com obras atrasadas, Rio faz do aluguel social um benefício permanente para vítimas da chuva
Desde as enchentes de 2011, valor gasto com pagamento do auxílio a 13 711 famílias equivale ao necessário para construir 12 600 apartamentos populares

VEJA

Pessoas formam fila em uma lotérica em Nova Iguaçu, após fortes chuvas atingirem o Rio de Janeiro - Douglas Viana/Futura Press

Casa é atingida por deslizamento de terra na Vila Zenith, em Austin, Nova Iguaçu nesta quinta-feira (12), Rio de Janeiro

Caminhão é saqueado durante enchente em Irajá, no Rio de Janeiro

Entre as providências anunciadas após as chuvas da última quarta-feira no Estado do Rio, está a abertura de mais uma leva do cadastro para recebimento de aluguel social, ajuda temporária de até 500 reais para famílias deslocadas de suas casas. É provável que grande parte dos 4 000 desabrigados e desalojados recorra ao programa para amenizar a situação de penúria em que se encontram as famílias, concentradas principalmente nas cidades de Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense.

O governo do Rio amplia, assim, o número de beneficiados com algo que deveria ser provisório, emergencial, mas que na ausência de soluções definitivas vem se tornando permanente. O atraso na construção de casas populares em áreas seguras transforma o aluguel social em uma espécie de 'bolsa-tragédia'. Desde fevereiro de 2011, já foram gastos 203 milhões de reais com o pagamento do benefício a 13 711 famílias. O valor é oito vezes o que foi gasto para construir 1 500 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida na Baixada Fluminense. A conta não é direta ou precisa, mas o total gasto com moradia provisória em quase três anos equipara essa despesa ao custo aproximado para a criação de 12 600 apartamentos populares.

Os governos federal e estadual não têm cumprido suas metas e prazos no sentido de tirar do perigo os moradores de áreas de risco. 

Como mostrou reportagem do site de VEJA, das 8 000 casas prometidas após as enchentes de 2011, pouco mais de 500 foram entregues a vítimas da chuva. As 8 000 casas estavam assim prometidas: a presidente Dilma Rousseff anunciou que entregaria 6.000 unidades do Minha Casa Minha Vida e um grupo de empreiteiros construiria outras 2.000. Depois, o número total foi cortado pela metade, revisto para 4 702 unidades, que seriam entregues até o segundo semestre de 2013. As obras mais uma vez atrasaram. Pré-candidato ao governo do Rio, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) deverá inaugurar algumas delas no período da campanha eleitoral.

O benefício, criado por decreto estadual, deveria ter vigência máxima de 12 meses, mas na prática não é o que acontece. Segundo a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, mesmo quando o prazo do benefício supera os 12 meses, o aluguel social não é suspenso sem que a família seja contemplada com uma casa – o que, segundo o órgão, é responsabilidade dos municípios, que podem utilizar o programa Minha Casa Minha Vida para incluir vítimas da chuva em um mecanismo de aquisição de moradia.

A construção das residências, no entanto, se arrasta tanto quanto as obras para evitar novas enchentes. 

Na Região Serrana, 6 589 famílias de oito municípios (Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sapucaia, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto) recebem aluguel social desde a tragédia de janeiro 2011, que matou mais de 900 pessoas na região. 

PARA O DESGOVERNO SÓ INTERESSA O VOTO, NÃO IMPORTA A VIDA DOS BRASILEIROS

Obrigatoriedade do airbag: governo Dilma opta por mais mortes no trânsito para não subir preço do carro em ano eleitoral

Coturno

A melhoria na segurança dos carros brasileiros deve ficar para depois. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira que, na semana que vem, deverá se reunir com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para discutir a postergação da medida, prevista para entrar em vigor em 2014.

O ministro esteve reunido com o setor, segunda-feira, em São Paulo. "Estamos discutindo as questões de segurança que seriam acrescentadas a partir de 2014, e estamos preocupados com o impacto sobre o preço do carro, pois elevaria o preço de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil", disse.

Mantega também disse que o assunto ainda está em estudo, mas é possível que o governo adie a entrada em vigor das exigências. "Hoje, 60% dos veículos já têm os equipamentos e passaria para 100%. Então, nós vamos diferir em um a dois anos. Fecharemos (a decisão) na semana que vem", disse.

É um escândalo. De 2003 a 2012, período em que o PT está no poder, ocorreram 385.000 mortes no trânsito. Uma carnificina. Destas mortes, mais de 100.000 foram em acidentes com automóveis.

Segundo estatísticas internacionais, os airbags têm reduzido em cerca de 14% as mortes de condutores e de cerca de 11% a morte de passageiros dos bancos dianteiros em acidentes de trânsito. Por aí dá para ver que alguns milhares de vidas poderiam ter sido poupadas.

Anotem aí: em nome da reeleição de Dilma muitos brasileiros vão morrer em acidentes de automóveis em 2014, porque o governo dela não quer implantar uma lei aprovada em 2009. Aliás, um projeto de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que os petistas atacam em função de um suposto mensalão mineiro.

PPS PEDE À COMISSÃO DA VERDADE QUE INVESTIGUE LULA

O PPS enviou ofício Comissão Nacional da Verdade sugerindo que seja investigado a suposta colaboração do ex-presidente Lula com o regime militar nos anos 1980. Em entrevista à revista “Veja”, o ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula Romeu Tuma Júnior afirmou que Lula teria sido informante de seu pai, o ex-delegado Romeu Tuma, junto ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social), polícia política da ditadura.
Na entrevista, Tuma Junior sugeriu que há documentos nos arquivos que comprovariam sua versão. “Não excluo a possibilidade de algum relatório do Dops da época registrar informações atribuídas a certo informante de codinome Barba”. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), afirmou à comissão, em ofício, que “espera que sejam tomadas as providências cabíveis para que sejam os fatos devidamente averiguados, a fim de que seja estabelecida a verdade histórica”. E justificou: “O Brasil precisa saber se é verdade que o ex-presidente era um informante da polícia política da ditadura militar e, ainda, com qual finalidade. Teria sido Lula um delator de seus companheiros? Quem ele teria delatado? Quando isso teria ocorrido?.” A Comissão Nacional da Verdade investiga episódios sobre violações dos Direitos Humanos no Brasil no século 20, em períodos de Ditadura Militar.
O PPS e o PSDB também analisam convidar Tuma Júnior a participar de um debate na Câmara no próximo dia 18. Para furar o bloqueio do governo, que não aprova o convite para que ele fale oficialmente às comissões da Casa, os partidos estudam fazer um evento paralelo no auditório da Câmara. 
(Agência Estado)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

STF VOTA PROPOSTA DA OAB QUE CONTRIBUI PARA ETERNIZAR O PT NO PODER

Financiamento de campanha: STF decide tomar o lugar do Congresso; argumentação de Luiz Fux não resiste aos fatos; financiamento público de eleição só interessa ao PT


Por Reinaldo Azevedo
Confesso que não foi sem certo constrangimento que acompanhei nesta quarta o voto do ministro Luiz Fux, relator da ADI (Ação Direita de Inconstitucionalidade), que pretende que sejam declaradas inconstitucionais as doações de empresas privadas a candidatos e partidos, as doações de pessoas físicas no formato atual (até 10% da renda bruta no ano anterior à eleição) e o uso, pelos candidatos, de recursos próprios. A autora da ação é a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A parceria OAB-Fux já rendeu a, perdoem-me a expressão, “lambança dos precatórios” — explico mais abaixo. Agora a dupla volta com uma tese estupefaciente. Sinceramente, eu achei que o ridículo a que se submeteu o Supremo no caso dos precatórios já fosse o suficiente neste 2013. Pelo visto, tem mais.
Atenção! A doação de empresas privadas a campanhas eleitorais era proibida até a Lei 8.713, de 1993, que já a disciplinou para as disputas de 1994. O sentido do texto, correto, foi um só: diminuir o volume de caixa dois nas campanhas. E se estima que diminuiu mesmo. As empresas podiam, pois, fazer contribuições às claras. Era universalmente sabido que se faziam as ofertas por baixo dos panos. Logo, a lei que permite a doação é, em primeiro lugar, uma aposta na transparência.
Ao pedir a sua proibição, o que a OAB faz, queira ou não — e já conta com o apoio, além de Fux, de Joaquim Barbosa, Dias Toffoli e Roberto Barroso —, é estimular a volta desbragada do caixa dois. Pensem com o mínimo de lógica que faltou ao voto do relator: se, hoje, a Justiça Eleitoral já não tem como coibir o caixa dois na campanha, imaginem o que acontecerá quando ele se multiplicar muitas vezes. 

Ou as empresas deixarão de participar das disputas? Uma ova! OAB e os que votarem com Fux estão empurrando o sistema político para a clandestinidade.
Exercitando uma retórica de um igualitarismo tosco, Fux também quer diminuir drasticamente a contribuição de pessoas físicas — embora não queira proibi-la em princípio. É claro que se estão criando as precondições para o financiamento público de campanha. E o PT já tem um texto pronto a respeito, que pretende apresentar como emenda de iniciativa popular. Todos os documentos do partido redigidos depois do mensalão defendem essa tese. A afirmação falaciosa é que, com o financiamento público, o escândalo não teria acontecido. Mentira cabeluda!
Fux fez um verdadeiro repto contra a contribuição das empresas, acusando o financiamento privado de subordinar o interesse público à vontade das empresas. Teve o desplante de dizer que isso nada tem a ver com “liberdade de expressão” e acusou ainda a lei de incoerência. Segundo ele, se as empresas podem doar, por que não os sindicatos?
Se ele não conseguiu encontrar a resposta sozinho, eu explico. Porque sindicatos são entidades de natureza pública, doutor. Pertencem a todos os trabalhadores, tanto os que votam em “A” quanto os que votam em “B”. Já os cidadãos, estes sim, podem contribuir. Nos dois casos, há regras. Mas quê… Fux acusava, em tom grandiloquente, as ditas distorções da representação por causa da contribuição das empresas e chegou ao absurdo de dizer que ela encarece o processo político. Pergunto: as campanhas, por acaso, ficarão mais baratas? Com doação privada regularizada, o PT pagou Duda Mendonça com dinheiro ilegal, numa conta que o publicitário mantinha no exterior. Imaginem o que pode vir por aí.
OAB e PT

OAB e PT jogam numa dobradinha. Sem dinheiro das empresas e dos cidadãos, os partidos aprovarão o financiamento público. É claro que não se vai dividir o butim fraternalmente, e seria estúpido fazê-lo. Ou o PSTU vai receber o mesmo que o PMDB? Qualquer que seja o critério, acabará beneficiando o maior partido na Câmara — que vem a ser justamente o PT. Alguém acha que o partido apoiaria essa tese de ainda tivesse oito deputados?
Assim, num futuro breve, o PT será beneficiado por ser o maior partido, recebendo mais verbas do fundo eleitoral a ser criado; por estar no poder — o que sempre atrai doações por dentro ou por fora — e por comandar sindicatos, movimentos sociais e ONGs, que trabalham “de graça” para o partido. É uma doação estimável em dinheiro.
Joaquim Barbosa já antecipou seu voto. Está com Fux, mas foi ainda mais doidivanas. O relator quer dar um prazo de 24 meses para o Congresso votar um nova lei. O presidente não quer prazo nenhum. Se lhe perguntarem como ficaria, então, a campanha de 2014, acredito que ele não tenha resposta. Nesta quinta, Teori Zavascki vai pedir vista. Toffoli já anunciou que vai antecipar o voto, mas antecipou a antecipação nesta terça, em tom de palanque.
Já se fizeram cinco eleições presidenciais na vigência dessa lei. O PSDB venceu duas, e o PT, três, caminhando para a quarta. Assim, convenham, a lei não é ruim para o partido, não é? Por que, então, quer mudar? Porque, com a legislação atual, seus adversários também conseguem se financiar com razoável tranquilidade. Com a proibição e com o eventual financiamento público, ele, PT, ficará com a maior parcela da grana estatal, e seus adversários terão de suar ainda mais. O voto de Fux transforma a vantagem dos atuais maiores partidos num benefício tendente a permanente.