segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Como vota seu deputado?

O jornalista Reinaldo Azevedo publicou vários posts sobre a pesquisa feita pelo G1 com deputados que comporão a nova Câmara Federal.
Comentou alguns desses assuntos polêmicos e depois escreveu um texto sobe o conjunto de dados cujo título é “Quem pode ferrar o Brasil?

Hoje, o G1 detalha os votos segundo a bancada.
Confira.
*
A maioria dos deputados do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, tem posição divergente da dos parlamentares dos outros três principais partidos brasileiros - o aliado PMDB e os oposicionistas PSDB e DEM - sobre algumas das principais questões polêmicas de levantamento realizado pelo G1 - nesta terça, os novos parlamentares tomam posse.

(A maioria dos petistas vota, também, contra a opinião da maioria dos brasileiros).

Aborto
A maior parte dos deputados da bancada petista se disse favorável à descriminalização do aborto (34 a favor, 27 contra, 3 em termos e 6 não souberam responder).

Entre os deputados do PMDB, 36 se disseram contra a descriminalização, 10 a favor, 10 em termos e 5 não souberam responder.
Entre os do PSDB, foram 32 contra, 2 a favor e 1 em termos.
E entre os do DEM, 33 contra, 2 em termos e 2 não souberam responder.

Maioridade penal
A maioria dos deputados petistas também declarou contra plebiscito sobre a redução da maioridade penal (56 contra, 11 a favor e 3 não souberam responder).

Nos outros três partidos, a proposta seria aprovada com folga, de acordo com os deputados ouvidos pelo G1.
No PMDB, 43 se disseram a favor do plebiscito e 15 contra.
No PSDB, 21 afirmaram ser a favor e 14 contra
E no DEM, o placar foi de 27 a 9.

Nova CPMF
O posicionamento também é diferente na bancada do partido em relação à criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), imposto semelhante à extinta CPMF (54 a favor, 12 contra e 4 não souberam responder).

Os deputados ouvidos das bancadas de PMDB, PSDB E DEM se manifestaram contra - no PMDB foram 45 contra, 10 a favor e 6 não souberam responder;
No PSDB, 33 contra, 1 a favor e 1 não soube responder; e no DEM, 33 contra e 4 a favor).

Lei da Palmada
Sobre a Lei da Palmada, que prevê punições a pais ou responsáveis que aplicam castigos físicos aos filhos, a maioria dos petistas se manifestou a favor da proposta (34 a favor, 24 contra e 12 não souberam responder).

Nos outros três partidos, a maior parte dos parlamentares afirmou ser contra a proposta (PMDB: 33 contra, 18 a favor e 10 não souberam responder;
PSDB: 25 contra, 8 a favor e 2 não souberam responder;
DEM: 23 contra, 12 a favor e 2 não souberam responder).

PSDB contra voto em lista
O PSDB, por sua vez, foi o único partido em que a maioria dos deputados ouvidos se disse contra o voto em lista fechada (em que o eleitor vota em uma lista de candidatos definida pelo partido) e o fim do fator previdenciário (mecanismo que reduz o benefício pago a quem se aposenta mais jovem), com 18 votos contra, 11 a favor e 6 dos que não souberam responder.

Nos outros três partidos, o resultado foi o seguinte:
PT, 48 a favor, 17 contra e 5 não souberam responder;
PMDB, 29 a favor, 23 contra e 9 não souberam responder,
DEM 24 a favor, 11 contra e 2 não souberam responder.

Avaliação de Herança Maldita

Patriota pede uma avaliação da herança maldita deixada por Celso Amorim
Por Reinaldo Azevedo

A política externa de Celso Amorim foi de tal sorte desastrosa para o Brasil que o próprio Itamaraty decidiu fazer uma espécie de ampla consulta às suas bases — embaixadas, missão na ONU, departamentos etc — para avaliar o comportamento do governo em face de temas como direitos humanos, relação com países facinorosos, como o Irã, e com democracias, como os Estados Unidos.
A decisão foi do ministro Antonio Patriota.

Em seus oito anos à frente do Ministério, o Brasil perdeu "TODOS" os cargos que disputou em organismos multilaterais.

Aqui a lista de todas as derrotas da diplomacia do governo lula.

Aluguel pago pelo governo construiria 174 mil casas

Por Álvaro Dias

A União pagou, em 2010, R$ 63 milhões ao mês, por imóveis alugados em todo o Brasil e até no exterior.
No total, R$ 756,3 milhões foram gastos com despesas de locação.
O valor representa aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Segundo o site Contas Abertas, desde 2002, mais de R$ 4,3 bilhões foram desembolsados para arcar com a locação de salas, prédios, casas e até espaços para festas e eventos utilizados por órgãos ligados aos Três Poderes.

O dinheiro seria suficiente, por exemplo, para construir cerca de 174 mil casas populares de R$ 25 mil.
O órgão que mais gasta com locação de imóveis é o Ministério das Relações Exteriores.
O aumento nos gastos com alugueis atingiu pelo menos 29 órgãos superiores.
Quem mais ampliou a despesa foi o Ministério da Cultura, que passou de R$ 6,8 mil, em 2009, para R$ 17,4 mil no ano seguinte.

Década Perdida - promessas em dobro, para cumprir o que ficou devendo

As promessas que Dilma já não cumpriu e as que ela não vai cumprir
Por Reinaldo Azevedo

A Folha deste domingo trouxe uma reportagem impressionante de Gustavo Patú sobre “os governos” Dilma.
Escrevo, assim, no plural porque, afinal, eu acreditei no que ela e Lula disseram durante a campanha: ela governou com Lula, foi a grande gerente, no tempo em que ainda não havia virado “rainha”.
Antes que comente o texto de Patú, algumas considerações sobre jornalismo.

Antigamente, um texto com esses dados seria candidato a manchete.
A Folha escolheu a crise no Egito.
*
Atrasos herdados da administração anterior e a necessidade de cortar investimentos para equilibrar as contas do governo ameaçam algumas das principais promessas da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff.

Acho que a expressão “administração anterior” dá um viés excessivamente “despolitizante” ao texto.
Não há “administração anterior” no sentido político da expressão, certo?
O eixo da campanha eleitoral é que passaríamos do governo Lula-Dilma para o governo Dilma.
Como vocês verão, não são só as promessas de campanha que estão ameaçadas.
A agora presidente Dilma, quando ministra Dilma, não entregou o que prometeu.

Manter em dia o cronograma de realizações significa construir, só neste ano, 3.288 quadras esportivas em escolas, 1.695 creches, 723 postos de policiamento comunitário, 2.174 Unidades Básicas de Saúde e 125 Unidades de Pronto Atendimento, além de centenas de milhares de moradias subsidiadas para a população de baixa renda.

Vejam com é fácil fazer obra com saliva no horário eleitoral gratuito, que nós pagamos…

As metas constam do planejamento oficial que embasou a elaboração do Orçamento deste ano - até hoje não sancionado pelo Planalto, o que reduz a virtualmente zero a possibilidade de liberar dinheiro público para novos projetos.

É preciso combinar dois objetivos: o fiscal - bloquear despesas e elevar os recursos para o abatimento da dívida pública, desde 2009 abaixo do prometido - e o gerencial - encerrar a lista de obras e projetos prioritários inacabados, grande parte deles coordenados pela própria Dilma nos tempos de ministra-chefe da Casa Civil.


Como se nota, uma informação relavantíssima está aqui, devendo, quem sabe, num texto mais adequadamente “politizado” e “politizante”, estar lá no alto.
As promessas eleitorais e as previsões orçamentárias foram feitas ignorando-se tudo o que não foi entregue.
E não é pouca coisa.

Em um cenário de recursos escassos, as obras já em curso ganham primazia, como já indicaram a Fazenda e o Planejamento.

O exemplo de maiores proporções é o da segunda etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Há R$ 12,7 bilhões autorizados no Orçamento de 2011 para a iniciativa.
Mas, ainda que escape dos cortes a serem anunciados até março, a verba terá de acomodar também R$ 9,5 bilhões em despesas que ficaram por ser executadas da primeira etapa do Minha Casa - na qual as moradias efetivamente concluídas não chegaram a um quarto do 1 milhão contratado no papel.


O “não chegam a um quarto”, que eu saiba, significa algo em torno de 15%.
Vale dizer: Lula e Dilma prometeram entregar um milhão de casas e deixaram de cumprir 85% do prometido.
Na campanha, dobraram o delírio: 2 milhões.
Isso quer dizer que, até 2014, Dilma terá de construir os dois milhões de casas da campanha eleitoral e as 850 mil do mandato passado…

O mesmo acontece com as novas Unidades de Pronto Atendimento.
Os recursos reservados para iniciar as 500 UPAs programadas até 2014 terão de disputar espaço com a conclusão das outras 500 que deveriam ter sido entregues até 2010
.

Você pode não ter entendido direito, então vou destacar: o governo Lula havia prometido entregar 500 UPAs até 2010. Entregou 91 — 18%.
Tendo Dilma prometido mais 500, então está devendo agora 909!!!

Sintomaticamente, a bancada governista no Congresso ajudou a promover, sem alarde, um corte de 15% nos recursos para as UPAs e a construção de postos UBS (Unidades Básicas de Saúde) durante a tramitação do projeto de lei orçamentária.

Vocês não cansaram de ver o povo feliz nas UPAs da Dilma, certo?

Maior ainda, de quase 35%, foi a redução da verba para a construção e adequação de quadras esportivas nas escolas de ensino médio, ação também classificada como prioritária, incluída no PAC 2 e repetida na campanha eleitoral.

Outro complicador é que todas essas metas - incluindo a construção de creches e de postos de policiamento - dependem da participação de governos estaduais ou prefeituras para elaboração de projetos, cessão de terrenos e custeio das unidades.


Pois é, essas são dificuldades que não apareceram agora e que sempre fizeram parte da equação.
A creche serviu de mote para João Santana vender Dilma como a “mãe do Brasil”, depois que ele foi governado pelo pai.

Como não existe a grana, o marqueteiro decidiu transformar a “mãe” na rainha da Inglaterra.

Indústria brasileira perde espaço

Importação de produtos de alta e média tecnologia quase triplica em seis anos
Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A indústria brasileira perde espaço em ritmo acelerado para produtos importados nos setores mais dinâmicos da economia nacional.
Nos últimos seis anos, quase triplicou a importação de produtos do chamado grupo de média- alta tecnologia, que inclui de veículos automotores e outros equipamentos de transporte a eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entregue há cerca de duas semanas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostra que o consumo desses itens deu um salto de 76% entre 2004 e 2010, mas a produção local cresceu só 40%.
E a diferença foi suprida por importações, cujo crescimento atingiu 177% nos seis anos.

A situação é agravada pelo desempenho no grupo de produtos de alta tecnologia, que em boa parte já é dominado pelos importados.

"Todo mundo fala que a indústria está indo bem, mas precisa ver de qual indústria está se falando", diz o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto.

O real valorizado encarece as exportações ao mesmo tempo em que torna as importações mais baratas.
Com os custos da produção pressionados para cima pela carga tributária, logística, energia e mão de obra, entre outros fatores que compõem o chamado custo Brasil, as empresas alegam não ter como competir com os importados.
Para manter parte do mercado, os fabricantes locais importam componentes e até produtos totalmente fabricados no exterior.

"Os setores de média-alta e alta tecnologia estão sendo desindustrializados", afirma o diretor do Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Mário Bernardini, responsável pelo estudo.

Para ele, a situação é dramática porque a perda de competitividade faz com que as empresas deixem de ganhar dinheiro, pois têm de baixar seus preços para competir com os importados.

O que à primeira vista parece favorecer o consumidor.
"A questão é que, baixando o lucro, a empresa não tem dinheiro para investir e vai ter de importar ou fechar as portas",
frisa Bernardini.

Um exemplo é o da indústria de material eletrônico, em que a importação dobrou em seis anos e já responde por 56% do consumo brasileiro.

"Com uma rentabilidade baixíssima e sentindo que o preço de venda tem chance de cair ainda mais, quem vai querer se arriscar a investir?
É preciso ter retorno para haver investimento",
diz o presidente da Câmara Setorial de Ferramentaria e Modelação da Abimaq, Alexandre Mix.

Mais aqui.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A vitória da submissão - que vergonha!

Falando bobagem.
No Coturno

Dilma Rousseff - que em silêncio é uma poetisa - fez a seguinte declaração em função da sua visita à Argentina:

"Os dois maiores países do Cone Sul estão dando uma demonstração de que suas sociedades evoluíram no sentido de superar o tradicional preconceito que existia contra a mulher".

Tanto Dilma quanto Cristina Kirchner foram eleitas não por serem do gênero feminino, mas por serem as "mulheres" de dois populistas que arrebentaram os cofres públicos para comprar o eleitorado.
Nada diferente do que Perón fez com Isabelita, colocando-a como a sua vice-presidente.

Se quisesse um exemplo, teria que ter citado o Chile, onde Michele Bachelet, esta sim, foi eleita pelos seus próprios méritos e não empurrada goela abaixo pelo caciquismo político.

Acredite quem quiser!

Sponholz

A META: ESFOLAR O CIDADÃO COMUM

Por Carlos Chagas

Num objetivo acoplam-se perfeitamente o interesse público e o interesse privado, melhor dizendo, a ação dos agentes públicos e dos agentes privados: é na voracidade de depenar o cidadão comum.
Para cada lado que se olhe acontece a mesma coisa.
Ainda agora, em Brasília, o governo local vai distribuir os talões de pagamento do IPTU.
A média dos “reajustes” deve ser de quase 100%.

Passando do plano estadual para o federal, nem será preciso referir que enquanto as grandes empresas burlam o fisco, empenhando-se anos e até décadas a fio em batalhas judiciais, milhares de contribuintes comuns, dos que vivem de salário, são assoberbados com notificações da Receita para comprovarem despesas médicas e outras, nas declarações anteriores do Imposto de Renda.

Parece o caminho para o poder público vangloriar-se do aumento de arrecadação.

Mas tem mais, lá e cá.
Ainda esta semana os assinantes da famigerada NET estão sendo surpreendidos não apenas com o aumento das mensalidades, mas com a supressão de razoável número de canais antes acessados conforme os contratos.

Só isso?
Nem pensar.
Também no último ano do presidente Lula o governo autorizou o aumento generalizado no preço dos remédios.

Reclamar para quem?
No setor público, mesmo com o advento dos companheiros ao poder, primeiro municipal, depois estadual e agora federal, continuam a fluir as propinas e comissões pela realização de qualquer tipo de obras ou contratação de serviços.

Essa simbiose entre o público e o privado parece não ter limites.
Quem não disporá de um exemplo a mais, no seu dia-a-dia, para demonstrar como somos explorados?
Íntegra aqui.

O que Dilma espera?

DANIEL PIZA - O Estado de S.Paulo

Quando vai começar o governo Dilma?
Depois do carnaval?
Janeiro termina amanhã e quase nada se viu.

É claro que a ampla bancada chapa branca da mídia já encontra motivos para elogios genéricos, em especial o de que ela tem um perfil mais administrativo; ou seja, estaria preocupada em fazer a máquina funcionar melhor e não em sair mundo afora fazendo discursos bravateiros enquanto os outros tomam decisões práticas.

Na realidade, há sacrifícios a fazer, mas é justamente por isso que ela precisa lançar diretrizes maiores, alimentar esperanças mais consistentes.

Entre os sacrifícios está o de corrigir o caos fiscal que herdou do governo Lula.

Os restos a pagar, a queda do superávit e a carência de investimentos não são problemas pequenos; a inflação vem subindo e o PIB não deve chegar a 5% neste ano.
O aumento da arrecadação e dos ingressos externos não cobre o rombo, por mais maquiagem contábil que se faça com futuros faturamentos de estatais.
Os juros oficiais já subiram e as obras de infraestrutura estão atrasadas.

O que tivemos até agora foi a triste divisão do butim; isto é, o PMDB e o PT se engalfinhando por ministérios, estatais e cargos de confiança, todos em número absurdo sob qualquer parâmetro internacional.
Escrevi uma vez que o PT seria o PMDB do século 21, o maior e mais fisiológico partido brasileiro, e o tempo vem confirmando a suspeita.

Os esforços deveriam ser concentrados em duas áreas, cada uma em seu ritmo.
Primeira, a melhora do ambiente econômico: a redução e simplificação da carga tributária e algumas medidas antiburocráticas permitiriam que as empresas pagassem melhor, fossem mais produtivas e cobrassem preços menores, pois o custo de vida está acima de qualquer senso.
Segunda, uma profunda revisão da educação, para ter mão de obra bem mais qualificada e desempenho melhor em provas mundiais.

Essas duas ações significariam que o Brasil não quer ser apenas um exportador de ferro, soja e carne, movido por empregos de baixa escolaridade; quer ter um parque industrial amplo e inovador, com uma sociedade mais moderna e civilizada.

Como nos tempos do regime militar, o debate econômico no Brasil se limita aos números do PIB, como se o avanço educacional e cultural viesse por inércia.
Não vem.

Mas cadê os projetos e cronogramas de Dilma nessas duas áreas fundamentais?

Temo que parte dessa paralisia se explique por sua crença de que "o Estado voltou", expressa durante a crise financeira mundial de 2008.
Nada disso.
Agora são os governos que estão reduzindo gastos e impostos de novo, mergulhados em déficits; e o enriquecimento da China só se deu no momento em que ela liberou a iniciativa privada, não o contrário.
No caso do Brasil, onde o Estado é carcomido por incompetência e corrupção, a tendência jamais pode ser a de ampliar seu tamanho, e sim a de melhorar suas funções.

Dilma poderia ler O Mundo em Queda Livre, de Joseph Stiglitz, que mostra como hoje cabe ao Estado um papel de regulamentador e indutor, não de controlador e produtor.

Se o governo Dilma continuar a pensar que seu trabalho é apenas estimular o consumo e adotar políticas compensatórias, acreditando que o BNDES e o fluxo de dólares podem dar conta de todos os investimentos necessários, pagará um preço cedo ou tarde.
Tirar peso do Estado das forças produtivas e melhorar sua eficiência na formação educacional são a chave para sair do vergonhoso lugar que o Brasil ainda ocupa no ranking do IDH.

Já escrevi aqui que não dá para levar o Brasil a sério enquanto os bancos cobrarem juros de mais de 12% ao mês no cartão de crédito, ou seja, mais que a taxa Selic anual.
Parecem desejar que o cliente seja um devedor eterno.
É por isso que mais da metade dos brasileiros está pendurada em cheques especiais e cartões de crédito.
Enquanto isso, governo e economistas ficam discutindo o valor da Selic.
Na vida real, o buraco é bem maior...

Íntegra aqui.


Carteira de "Trabalho"?

No Cláudio Humberto

Lei impede Lula de ter carteira assinada no PT

A anunciada contratação de Lula para presidente de honra do PT por R$13 mil, com carteira assinada, esbarra no artigo 42 da lei federal 8213/91: aposentado por "invalidez" (KKKKK) que voltar voluntariamente ao trabalho perderá o benefício.

Lula ganha R$ 5 mil do INSS por ter perdido o dedo mínimo em "suposto" acidente de trabalho, aos 39 anos.

À letra da lei, deveria ter renunciado à grana ao ser eleito presidente.

Diferente igual
O INSS pune a ilegalidade cobrando com juros e multa o aposentado por invalidez que volta ao trabalho remunerado.
Os “normais”, claro.

Doação improvável
Amigos de Lula tentam convencê-lo a doar os R$ 13 mil que receber do PT todos os meses.
O destino seriam os Alcoólatras Anônimos.
Sério.

Verbas: poucas para o essencial, muitas para o excesso


O Globo

Sem dinheiro para instalar um sistema de alerta contra chuvas e antevendo cortes até no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o país vive uma temporada de contradições orçamentárias que favorecem a elite do funcionalismo público nos três poderes.

Embora tenha faltado verba para aplicar R$ 115 milhões em radares meteorológicos nos últimos dois anos, instalar varas federais no interior e melhorar a qualidade da saúde pública, entre outras prioridades, será pago R$ 1,2 bilhão só para construir ou alugar suntuosos prédios para órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Cultura.

Na lista das despesas miúdas dos mais diversos órgãos, que também oneram as contas públicas, entram de latas de cerveja, chicletes de menta, bolas de futebol e até evento para afugentar o estresse de servidores, informa a reportagem de Vivian Oswald e Fábio Fabrini.

O Orçamento da União, que em 2011 alcança R$ 1,394 trilhão, na prática só pode dispor de 10% para gastos que não sejam obrigatórios.
O restante já está comprometido com a folha de pagamentos dos servidores, aposentadorias e programas assistenciais, além dos repasses obrigatórios, previstos na Constituição, para bancar Saúde e Educação.

É, portanto, numa margem mínima de manobra que concorrem projetos faraônicos, de prioridade questionável, ao lado de investimentos indispensáveis para a população.

- É uma briga muito acirrada, mas de cachorro pequeno.
Infelizmente, não há garantia de que seja racional.
É a lei da canelada: ganha o mais forte, quem tiver mais poder político
- resume o especialista em contas públicas Raul Velloso.

Leia reportagem aqui.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Comissão da Verdade

Ives Gandra e a Comissão da Verdade.

Sou um admirador das séries de "Star Trek".
Suas edições refletem muito a história da humanidade.
Os Borgs são um povo de humanos robotizados e respondem a um comando central único, que pretende ""assimilar" todos os povos do universo.
Assimilar é fazer com que pensem rigorosamente como eles e obedeçam como uma só unidade.
Senão, são mortos.


Os Borgs representam as ditaduras ideológicas, que não admitem contestação e que procuram dominar os povos, eliminando as oposições e as verdadeiras democracias.

Se a 1ª Guerra Mundial foi um embate pela realocação de poderes na Europa, a 2ª Guerra já foi uma guerra entre as democracias e os regimes totalitários (alemão, italiano e russo, visto que, no início, Stálin apoiou Hitler na invasão à Polônia).

A vitória de princípios democráticos naquele conflito, que gerou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10/12/1948, nem por isso eliminou essa luta permanente entre ideologias totalitárias, que não admitem contestação e que continuam poluindo a convivência das nações e das democracias.

Rawls, em dois de seus livros, "Uma Teoria da Justiça" e "Direito e Democracia", mostra que a democracia só pode ser vivida se as teorias políticas não forem abrangentes em demasia e possam conviver, em suas diversidades, com outras maneiras de pensar.

Teorias abrangentes provocam a eliminação dos opositores ou a "assimilação", no estilo dos Borgs da "Star Trek", daqueles que vivem sob seu jugo.

Estamos no início de um novo governo, tendo a presidente sinalizado, mais de uma vez, que quer fazer um governo de união, mas com respeito aos opositores.
Não creio que a Comissão da Verdade venha auxiliar muito esse seu projeto, na medida em que, sobre relembrar fantasmas do passado e rememorar dolorosos momentos de história em que militares e guerrilheiros torturaram e mataram, tende a abrir feridas e a acirrar ânimos.

Como ex-conselheiro da seccional de São Paulo da OAB, durante seis anos no período de exceção, estou convencido de que com a arma da palavra fizemos muito mais pela redemocratização do que os guerrilheiros com suas armas, que, a meu ver, só atrasaram tal processo.

À evidência, sou favorável a que os historiadores -e não os políticos- examinem, pela perspectiva do tempo, o ocorrido naquele período, pois não são os políticos que contam a história, mas, sim, aqueles que se preparam para estudá-la e examinam-na sem preconceitos ou espírito de vingança.

Apoio, entretanto, o entendimento do ministro Nelson Jobim de que, se for instalada Comissão da Verdade, ela deve refletir o pensamento dos dois lados do conflito.

Tenho fundados receios de que uma pequena ala de radicais, a título de defender "direitos humanos" por um único e distorcido enfoque -e os vocábulos permitem uma flexibilização infinita para todos os gostos-, pretenderá "assimilar", à maneira dos Borgs na "Star Trek", todos os que não pensem da mesma maneira, transformando uma Comissão da Verdade em Comissão da Vingança.

Pessoalmente, como combati o regime de então -sofri em 1969, inclusive, pedido de confisco de meus bens e abertura de um IPM (Inquérito Policial Militar), processos felizmente arquivados- e participei da Anistia Internacional, enquanto tinha um ramo no Brasil, por ser visceralmente contra a tortura, sinto-me à vontade para criticar a "ideologização" dos fatos passados, a meu ver enterrados com a Lei da Anistia, de 1979.

Que os historiadores imparciais -e não os ideólogos- contem a verdadeira história da época, pois são para isso os mais habilitados.

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IVES GANDRA DA SILVA MARTINS
, 75, advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, é presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio.
Artigo publicado na Folha de São Paulo.

Governo pratica uma gigantesca fraude contábil

Governo pratica uma gigantesca fraude contábil para inflar o superavit primário.
No Coturno

Um grande escândalo.
O governo do ex-presidente velhaco e o seu pinguim Guido Mantega , ministro da Fazenda, fraudaram as contas públicas para criar um superavit fiscal fantasma, apenas contábil, usando todos os tipos de truques e maquiagem, com a cumplicidade de estatais.

O governo contabilizou como receita uma diferença de R$ 32 bilhões da operação de repasse de reservas do Pré-Sal para a Petrobras e mais R$ 4 bilhões de um depósito judicial da Caixa Econômica Federal.

Além disso, o governo também usou artifícios contáveis para aumentar o resultado fiscal que somaram pelo menos outros R$ 17,7 bilhões.
Desse total, R$ 8,9 bilhões vieram do recebimento de depósitos judiciais feitos antes de 1998 e R$ 4,7 bilhões foram obtidos com a renegociação das dívidas de contribuintes com a União.

Assim sendo, do superavit anunciado de R$ 78,9 bilhões, o número cai para pouco mais de R$ 20 bilhões, configurando uma gigantesca fraude contábil, que mereceu um alerta oficial do Fundo Monetário Internacional.

Matérias sobre o assunto aqui e aqui.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estilo dilminas

A onda agora é analisar estilos.
Oras, que estilo?
Obra de marqueteiros que criam imagens de acordo com o gosto do consumidor?
O brasileiro é um povo pacífico e, infelizmente, submisso.
Aceita o que qualquer liderança impõe sem questionar.
Engole conceitos pré-estabelecidos e repercute.

Os eleitores não votam no estilo deste ou daquele, uns escolhem quem lhes oferece vantagens, outros obedecem ordens cegamente, sem ter noção de propostas ou da biografia do candidato.
Assim, elegeram uma ilustre desconhecida para comandar o destino do país porque o "dono do Brasil" mandou e porque sua campanha vendeu o paraíso a um povo que não enxerga mais a quantidade imensa de miseráveis jogados nas ruas.
Isso não aparece no país das maravilhas, portanto, o cérebro do brasileiro nem registra mais essas imagens.

Percebendo o fiasco de quem não tem conteúdo nem o hábito da transparência (não podemos esquecer a farta produção de dossiês), cria-se um perfil, ou vários, até encontrar algum que convença, para preencher o que na verdade é um vazio total de ideias, projetos e ações.

As coisas estão mudando, bem devagarinho, mas já tem muita gente consciente e bem informada que pode modificar essa mentalidade atrasada e danosa que, no fim das contas, é ruim para todos.
Uma coisa é certa, o eleitor brasileiro não apoia ou rejeita um candidato por sua origem, gênero, crença ou qualquer outra particularidade.
O que interessa ainda é que vantagem terá, não importam os meios.
Somente um estado tem manifestado um bairrismo exagerado nas campanhas e nas urnas e, mesmo sem critério, coloca seus próprios interesses acima da Nação.
Podemos chegar a essa conclusão quando os resultados das urnas revelam derrotas acachapantes dos candidatos à presidência da República do mesmo partido do líder que é praticamente unanimidade naquele estado.

Na última eleição venceu o projeto dilminas.
Será que ainda não estão satisfeitos?

O recado de quem sabe das coisas

twitter joseserra_
Há duas coisas de que ninguém escapa: pagar impostos e morrer.
No Brasil, há uma terceira: queda de ligações de celular.

Estou abismado com a ineficiência da Anatel, que deveria defender os consumidores.
Em vez disso, é palco de loteamento político.

Se no ano que vem houver novas devastações em decorrência da chuva, voltará o lero-lero federal.Vejam a notícia - o globo

Herança do governo Lula-Dilma: nó nas contas fiscais.
Isso leva a cortes de investimentos, inflação e juros maiores - G1

Dilma Pena foi uma excelente secretária de Saneamento e Energia.
A @CiaSabesp vai continuar melhorando,levando saúde e meio ambiente saudável.

Burguês do capital alheio

Lula, o milionário, vai ganhar R$ 13 mil do PT…
É um acinte com os pobres!

O Apedeuta Inimputável é mesmo do balacobaco!
Por Reinaldo Azevedo

Tenho a impressão de que ele, deliberadamente, vai forçando sempre os limites para saber até onde pode chegar.
E deve ter concluído que pode fazer qualquer coisa.

Lula recebe pensão permanente por causa daquele mindinho e como “perseguido da ditadura” —
Santo Deus!
Somando as duas, R$ 9 mil.
Agora o PT decidiu lhe pagar um salário de R$ 13 mil, com carteira assinada — 13, o número de partido, vocês entenderam…
Sendo como é, o Babalorixá de Banânia deve ter pensado: “Que pena que a gente não tem o número do PC do B, 65…”

Lula está rico.
Quando chegou à Presidência, em 2002, seu patrimônio já era maior do que o de seu oponente tucano, José Serra.


Em 2006, idem na comparação com Geraldo Alckmin.
É a expressão máxima do que chamo “burguesia do capital alheio”.

Este senhor não pega no pesado desde 1975, mas tem um bom patrimônio, muito dinheiro no banco etc.
Calculo que a parte conhecida, tudo somado, ronde uns R$ 2 milhões — para cima.


Não há metalúrgico do ABC com igual sorte, naturalmente — extensiva e transferida aos descendentes.
Eles têm bem mais do que um passaporte diplomático.
Mas sigamos.

Alguém dirá: “Esse dinheiro é do PT; o partido faz com ele o que bem entender”.
Huuummm…
Em parte, sim; em parte, não!

Já me referi aqui ao fundo partidário.
Em 2011, R$ 45 milhões migrarão dos cofres públicos para os petistas.


Boa parte da contribuição da militância vem de companheiros nomeados para cargos no governo.
Escarafunche um pouco, leitor, e a coisa termina sempre no seu bolso…

E que se note: desde que se tornou dirigente sindical e, depois, dirigente partidário, ele nunca deixou de receber salário, do sindicato ou do PT.
Nas duas frentes de militância, estava pavimentando o seu caminho à Presidência, de modo que até a prisão acabou se revelando um investimento — que vai lhe permitir aqueles 200 paus, no mínimo, em palestras.

Mas um burguês do capital alheio é assim mesmo: vive obcecado pela idéia de distribuir e de amealhar o que não lhe pertence.

Prioridade número um do governo federal - PUBLICIDADE

Marcio Allemand, no Globo Onlin.
Publicidade do governo terá em 2011 quase mesma verba liberada para prevenção e resposta a desastres

O primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff deverá gastar em publicidade quase o mesmo valor utilizado por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, no último ano de mandato.
O montante aprovado para campanhas publicitárias institucionais do governo em 2011 é de R$ 622 milhões, contra R$ 650 milhões de Lula.

O total equivale, para efeito de comparação, aos R$ 700 milhões liberados por meio de Medida Provisória ao Ministério de Integração Nacional para prevenção de tragédias como a ocorrida na Região Serrana do Rio.

Até ser efetivamente aplicada, a verba liberada pela presidente para prevenção de tragédias pode demorar um ano ou mais para chegar ao seu destino.

Assim como aconteceu com a cidade de Angra do Reis, que, após um ano, ainda espera a ajuda de R$ 30 milhões prometida pelo governo.

Os R$ 622 milhões aprovados serão divididos entre 54 órgãos.
Quem ficou com a maior fatia deste bolo foi a própria Presidência da República, que terá à sua disposição R$ 210,3 milhões para gastar em publicidade.
Íntegra aqui.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Petição pela Democracia

Em defesa do voto distrital e contra o voto em lista fechada.
Assine petição.


Leiam as explicações do jornalista Reinaldo Azevedo.

Começou a correr uma petição online em defesa do voto distrital e contra o voto em lista fechada.

A primeira proposta aprimora a democracia.
O voto proporcional, como existe hoje, transformou-se numa fonte de desmoralização do Congresso, que se divide em verdadeiras corporações de ofício.
Quando os deputados efetivamente representarem seus respectivos distritos, estarão mais perto dos eleitores.
Hoje, passados alguns dias, boa parte não sabe nem em quem votou.

E justamente porque o eleitor, o representado, tem de estar mais perto do eleito, o representante, cumpre repudiar a proposta de voto em lista fechada, que seduz partidários do governismo e da oposição.
O expediente só serve a um propósito: fortalecer as burocracias partidárias.

Junto com a mandracaria do voto em lista, vem outra: o financiamento público de campanha.
Na verdade, querem enfiar ainda mais a mão no nosso bolso.
Somando-se o fundo partidário com o que custa o horário político dos partidos, os cofres públicos transferem às legendas quase R$ 600 milhões por ano.
Quando há eleição,, a conta cresce por causa da propaganda eleitoral gratuita — que, de gratuita, nada tem.

A gente paga também.

A democracia tem um custo, sei disso.
E não pode se confundir com assalto.

Mas volto ao ponto.
Havendo reforma política, será um avanço formidável a aprovação do voto distrital.
E devemos recusar com igual energia o voto em lista fechada.

Para assinar a petição, clique aqui.

Antídoto para a Conspiração contra 44 milhões de eleitores - A Verdade!

O Projeto Aécio destrói a oposição para que ele seja o cara em 2018.
No Coturno

O Projeto Minas ou o projeto pessoal de Aécio Neves(PSDB) é composto dos seguintes pontos:

1. Apoiar o governo Dilma Rousseff para impedir que Lula volte a ser candidato, em 2014.
Para isso, trabalha para colocar a oposição de joelhos nos estados, na Câmara e no Senado, concedendo um grande governo à mineira.
Isto é o que ele denomina de oposição republicana, propositiva e construtiva.
A não oposição.

2. Entrar na eleição de 2014 para perder, com o único objetivo de tornar-se um nome nacional, tendo em vista que é um ilustre desconhecido da grande massa de eleitores.

3. Destruir toda e qualquer resistência ao seu nome, no seu partido ou em partidos aliados.

4. Construir uma candidatura efetivamente competitiva para 2018, quando o ex-presidente será muito velho para voltar e Dilma não poderá tentar a reeleição.

5. Destruir José Serra imediatamente.

6. Tanto Aécio Neves quanto Geraldo Alckmin têm alternativas para 2014: o mineiro tem mandato até 2018 e o paulista vai para a reeleição.
E, principalmente, os dois têm a seu favor a juventude, ao contrário de Serra e do ex-presidente.

A única coisa que pode dar errado na estratégia do mineiro traiçoeiro é a reação dos adversários.
Até Garrincha sabia disso.

Os paulistas ainda repudiam a mentira e a traição. Por favor, não caiam em tentação

A tentação asnal.
Ou: PSDB faz de tudo para entregar SP ao PT

Por Reinaldo Azevedo

A presidente Dilma Rousseff montou aquele que deve ser o mais paulista dos ministérios.
Isso significa que São Paulo está na mira, cidade e estado.
Dilma e os petistas devem estar rindo a valer.
Esta brincadeira perigosa — que continuará a custar eleições — que consiste em opor Minas a São Paulo é mel na sopa do petismo.

A depender de como se dêem as coisas, a próxima eleição presidencial se definirá em terras paulistas.
É uma espantosa cegueira atuar para tentar esterilizar José Serra, uma das forças políticas do estado e do país, pouco importa quem seja o próximo candidato tucano à Presidência.

O PT bem que tentou, sem sucesso.
Agora alguns representantes do PSDB se esforçam eles próprios para ser bem-sucedidos no que o adversário falhou.

Vejam aqui que Alckmin não participou de conspirata nenhuma.
Tentaram metê-lo no rolo, o que evidencia má natureza da operação.


ATENÇÃO! ISSO FOI INFORMADO A JORNALISTAS.
ALGUNS PREFERIRAM OMITIR A INFORMAÇÃO PORQUE TIRAVA A PIMENTA DA REPORTAGEM
.
Os Joaquins Silvérios dos Reis convenceram parte da imprensa de que se tratava de um movimento coletivo, sem divergências.
Este blog apurou que pelo menos dois outros governadores não deram aval à operação: Teotônio Vilela Filho, de Alagoas, e Beto Richa, do Paraná.

È assim que se elege a direção de um partido?

A Conspirata Tucana

A conspirata tucana e a opção preferencial pelo desastre
Que coisa melancólica!

Por Reinaldo Azevedo

As oposições não conseguem tirar a sua reputação do vermelho.
Mesmo quando poderiam produzir notícias positivas — ou, ao menos, neutras —, atuam para se manter na espiral negativa.

Ontem, a bancada federal do PSDB escolheu Duarte Nogueira (SP) seu líder.
Era candidato único, com apoio de alckmistas, serristas, aecistas etc.
Chegou a defender a necessidade de se fazer uma oposição firme, consistente, programática etc.
Ainda que ganhasse só um cantinho no jornal, estaria de bom tamanho.
Mas quê…
Uma das manchetes de página interna da Folha, por exemplo, é esta:

Aécio e Alckmin isolam Serra em eleição no PSDB
Escrevem Catia Seabra e Maria Clara Cabral:

Aliados do senador eleito Aécio Neves (MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossaram uma operação que fecha as portas do comando do PSDB para o ex-governador José Serra.
Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.
Numa articulação desenhada anteontem, alckmistas e aecistas lideraram abaixo-assinado pela recondução do senador Sérgio Guerra à presidência do partido.
(continua...)

É possível que a versão que acusa a participação ativa de Alckmin nessa espécie de conspirata seja um tanto exagerada.
De todo modo, os jornais e sites trazem a versão da “Operação Isola Serra”.
Vamos lá.
Importa pouco saber se este blogueiro é ou não “serrista” — não dou a menor pelota para as tentativas de me etiquetar.
A questão relevante é outra: uma reunião que tem o objetivo de escolher o líder na Câmara é a mais apropriada para uma definição dessa natureza?
A resposta, obviamente, é “não”.
Especialmente quando posta em prática sem nem mesmo disfarçar o objetivo: “Ah, parece que o Serra gostaria de presidir o partido; vamos dar um olé nele!”
Beira o patético.


A “unanimidade” que se tentou construir — com as tais 55 assinaturas de um bancada de 57 deputados (muito inocente caiu na conversa) — busca demonstrar que o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência estaria isolado no partido.

Ora, se é assim, por que fazer pela via do golpismo mixuruca o que podia seguir todos os rigores da democracia interna?

Aloysio Nunes Ferreira (SP), senador mais votado da história do partido, reagiu, ainda segundo a reportagem da Folha:
“É um aviltamento à democracia interna do PSDB tentar reeleger o presidente em reunião para escolha do líder.
Houve um rolo compressor.
Eles assinaram sob constrangimento”.


Ainda na reportagem da Folha, pode-se ler:
“Aliados de Aécio e tucanos de Pernambuco deram início à campanha para nomeação do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência do Instituto Teotonio Vilela -outro destino cogitado por Serra.”

O clima criado, parece, é para tentar silenciar uma das vozes da oposição, que acaba de disputar uma eleição presidencial, com 44 milhões de votos.

Guerra precoce e estúpida
Não se trata desse modo uma das figuras mais expressivas do partido — e não por questão moral ou ética apenas; por pragmatismo mesmo.
Ganhe ele ou perca eleições, sou, sim, um admirador de Serra — e isso não é segredo pra ninguém.
Como não tenho de ficar fazendo “fontismo”, não corro para saçaricar entre “vencedores” para ter o que escrever.

A verdade dramática é a seguinte: trata-se de uma luta de amadores assoberbados contra profissionais metódicos.
Como na outra fábula, a do sapo que carrega o escorpião nas costas, o aracnídeo ferroa o batráquio porque, mesmo sabendo que também vai morrer, não consegue conter a sua natureza.

Na falta de oposição, governistas brigam entre si para tornar a vida mais interessante

Por Reinaldo Azevedo

Os jornais hoje trazem a continuidade da briga de foice no escuro entre PT e PMDB pelo controle de Furnas (leia post a respeito).
Também guerreiam pelo controle da Funasa.
Onde quer que haja cargos de segundo escalão em disputa, lá estão as duas legendas.
Como os petistas têm mais controle da máquina e se especializaram na arapongagem, pululam denúncias contra o “aliado”.
Pior: deve mesmo ser tudo verdade.

Numa democracia convencional, com partidos de oposição convencionais, haveria farto material para questionar o governo.
Vinte e sete dias bastaram para mostrar muita bateção de cabeça, promessas já descumpridas, mudança de rumo, parolagem de campanha etc.

Mas quê…
Os oposicionistas estão ocupados demais se destruindo.
Como estes não oferecem combate, as forças do governismo brigam entre si para a vida não ficar muito aborrecida.

Nunca é tarde para o arrependimento.

Peemedebistas atacam PT e chamam de “ridícula” pasta de correligionário
Por Leonardo Souza, na Folha:

Durante almoço ontem, em Brasília, um grupo de dez deputados do PMDB lançou fortes críticas contra o PT e integrantes da própria sigla.

Sem saber que um repórter da Folha estava na mesa ao lado, disseram que o PT tenta marcar o PMDB como o partido do “fisiologismo” e que o governo repassou à sigla só ministérios irrelevantes.

A reunião ocorreu no restaurante Fritz, o mesmo em que a “equipe de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff se reuniu para traçar estratégia de espionagem contra o PSDB em 2010.


Um dos participantes disse que, “como todos já esperavam, esse [a gestão da presidente Dilma] vai ser o governo do PT”, ainda mais do que foi o do ex-presidente Lula.

Ibsen Pinheiro ressaltou que o PMDB tem uma imagem “horrível” perante à opinião pública e que o PT ajuda a difundir a ideia de fisiologismo do partido.
Todos concordaram, porém, que colegas, como o deputado Eduardo Cunha (RJ), reforçam essa imagem.

Que dificuldade para encontrar um novo bode expiatório!

Sponholz

Quem perdeu cumpre o que prometeu, mas a vencedora...quanta diferença do discurso de campanha!

joseserra_
Uma novidade!
José Serra, o político que alguns criadores de ondas afirmam ter poucos admiradores, já tem mais de 600 MIL seguidores no Twitter.
E continua combativo, cumprindo o que prometeu em seu discurso sinalizando que agora seria apenas o início de uma grande luta.

Remédios para diabetes e hipertensão eram distribuídos pelo M Saúde.
O gov Lula passou a cobrar.
Agora,anunciam gratuidade.
Dão o que tiraram.


Face à armadilha que o governo Lula-Dilma criou, o governo Dilma vai tentar recriar a CPMF e aumentar muito os impostos às importações.

O pretexto para recriar a CPMF vai ser o anúncio da redução da contribuição das empresas ao INSS.

Artigo interessante de Alon Feuerwerker - ajuda a entender como o PT governa blog do Alon.

Sabedoria para enfrentar a boataria

O articulista de uma revistinha oficial a serviço de dois senhores.
Ou: O “Projeto Minas” elegeu agora até FHC como inimigo?

Por Reinaldo Azevedo

O dito sociólogo Marcos Coimba — desconheço uma obra sua de referência —, dono do Vox Populi, vem de uma estirpe de servidores.
O pai serviu ao governo Collor.
Ele serve ao governo federal, petista, e ao governo de Minas, tucano, demonstrando que é um homem sem preconceitos.
Como diz o povo, pagando bem, que mal tem?

Circula por aí um artigo seu, publicado sei lá onde, em que se podem ler os trechos que destaco e comento.

“O fulcro do problema [do PSDB] é o serrismo, o pequeno, mas loquaz grupo de seguidores do ex-governador José Serra. Como tem um espaço desproporcional na chamada ‘grande imprensa’ e conta com a simpatia de jornalistas nos principais veículos, acaba parecendo maior do que é. Os serristas são poucos, mas fazem barulho.”

A rigor, “serrista”, hoje em dia, é todo aquele que não está engajado no tal “Projeto Minas”, para o qual Coimbra chuleia e caseia quando não está lavando e cozinhando para o PT.

Coimbra gostaria de promover uma caça às bruxas serristas na “chamada grande imprensa”.
Ele se refere, assim, com certo desdém à dita-cuja porque é colunista da imprensa minúscula, que nunca será grande, uma cartilha que não sobreviveria sem dinheiro público.

(…)
A esse núcleo serrista se agregam outras correntes tucanas igualmente presas ao passado, nenhuma capaz de representar uma opção nova para o Brasil.
Seu expoente mais ilustre é Fernando Henrique, que, quando fala da presidenta, insiste em um discurso de rejeição invejosa que perdeu a graça e a inteligência.


Como se nota, Marcos Coimbra, agora, não se limita a atacar apenas Serra.
Até FHC virou alvo.
Ou terá chegado a hora de o “Projeto Minas” rifar também FHC?


Quem não é serrista no PSDB não tem escolha: ou se submete ou assume publicamente sua discordância.

Como se nota, Marcos Coimbra acha que é hora da guerra santa contra os “serristas”.
Mas atenção para o que vem agora.


Esta semana, um episodio até cômico ilustra os dilemas tucanos.
É pequeno, mas revelador.
O PSDB tem, agora no início de fevereiro, seu tempo de propaganda partidária do semestre.
É uma janela sempre importante e, agora, ainda mais, por ser a primeira oportunidade de reencontro do partido com a grande maioria da população, somente atingível pela televisão.
O natural seria aproveitá-la para aquilo que os marqueteiros chamam reposicionamento.
Seria uma boa hora para mostrar-se com a identidade que o partido adotará nos próximos quatro anos.
Pois bem, pela insistência do serrismo em protagonizar o programa, o resultado é que ninguém o estrelará.
Nem Serra, nem Aécio aparecerão, e só seu presidente e FHC poderão ser vistos.
Ou seja, a cara do PSDB continuará a ser a de sempre.


Essa é uma informação, apuro, que Marcos Coimbra recebeu “de dentro”.
Segundo se depreende de seu texto, o certo seria o programa ser estrelado por Aécio, alijando Serra, que, seu texto deixa claro, tem de ser eliminado da vida pública, junto com todos os que ele chama “serristas”.
Também nesta semana, o deputado Marcos Montes (MGT), do DEM , foi “obrigado” a desistir de sua pré-candidatura à liderança da Câmara porque se considerou que seu pleito sabotava o “Projeto Minas”.


Num dado momento do seu, por assim dizer, artigo, Coimbra vislumbra uma situação que representaria “o caminho certo para um novo fracasso em 2014″ do PSDB.
A política brasileira tem de convier com cada tipo…

Flores de verão

Pela qualidade do texto e seu conteudo com satisfação reproduzo aqui o artigo do conceituado jornalista Leonardo Mota Neto, em cartapolis.com.br, a quem agradeço pela consideração:
(Por Álvaro Dias no seu blog)


”Existe algo muito mal explicado nesse episódio envolvendo o senador Álvaro Dias, porque ele só desejou fazer doações de caridade e benemerência com dinheiro a quem tem direito de receber do Estado do Paraná, como pensão de ex-governado.
Por que então toda essa celeuma?

Lógico que o assunto só interessa a que queira colocar obstáculo à fulgurante carreira do senador do PSDB, próximo líder de sua bancada no Senado.
Escolhido por seus pares por unanimidade.

Em resumo: paixões políticas de campanha ainda não curadas.
Ressentimentos de província, de políticos derrotados nas eleições, e que sobem à tona no plano nacional.

O senador irá agora esperar tranquilamente que se esvaziem as noticias, derivadas das chamadas “flores do verão”.
Como não existem temas políticos a discutir, criam-se alguns artificialmente para alimentar a voracidade da hidra denuncista.

Ele tem dado respostas ao seu estilo, tranqüilas e quase didáticas.
Não aderna para a irritabilidade, nem lança mão de negaças e não dá mostras de lhe faltam argumentos.
É sintomático nessa conjuntura que nenhum líder governista o criticou ou fez coro das denúncias.
Sinal do respeito que lhe tributam e de seu capital pessoal, que ainda tem muito para ser gasto.

Na verdade, o assunto pensão de ex-governadores é tido como inadmissível na bagagem do senador paranaense, onde jamais foi abrigado qualquer tipo de proveito pessoal de sua vida pública.
E une hoje as melhores imagens e conceito de um político em atividade no País.

De resto, não há lei que impeça o pagamento de pensões a ex-governadores.
Não é imoral nem a ética quanto mais ilegítima.
Debate-se somente a intemporalidade do pedido, que se justifica pelos fins humanitários, que não são políticos, mas subjetivos.

Esse é um país que não respeita as verdades subjetivas de fundo moral.
Tudo tem que ser nivelado pelo pior exemplo, o do proveito pessoal, e não social, de todos os benefícios.
Deve ser preservado o direito facultado pela lei, sem adjetivos.
Se alguém é contra fazer-se benemerência com sua pensão devem lutar para mudar a lei, não o direito de se fazer caridade.
Esse será sem dúvida um episódio que não alterará o curso brilhante da contribuição de Álvaro Dias à decência e ética na ação política.
Ou queremos o lodo e a lama? ”

A oficialização da vocação clandestina do governo Dilma

Há coisas que, em si, parecem não ter importância nenhuma, mas que têm peso simbólico.
Analisado o símbolo, então se pode especular um pouco além da aparência ou da superfície.
Leiam o que vai no Portal G1.


Tradição de bandeira presidencial muda no governo Dilma
Por Nathalia Passarinho:

No governo da presidente Dilma Rousseff, deixou de vigorar a regra de quase 40 anos, segundo a qual a bandeira nacional e a bandeira verde com o brasão da República, chamadas de Pavilhão Presidencial, ficam hasteadas sempre que o chefe de Estado estiver no Palácio do Planalto ou no Palácio da Alvorada.

A norma foi adotada em um decreto de 1972 do então presidente Emílio Garrastazu Médici.
Foi revogada pelo decreto 7.419/2010, publicado no último dia do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informações do Planalto, Lula manifestou diversas vezes, em seus oito anos de mandato, a intenção de revogar o decreto.
Durante o governo dele, em alguns momentos, a bandeira permaneceu hasteada mesmo quando ele não estava no local, contrariando o decreto.

Em uma das ocasiões, durante a corrida presidencial de 2010, a agenda de Lula dizia que ele estava no Palácio da Alvorada, quando, de fato, estava gravando propaganda política para a então candidata Dilma Rousseff.

(...) a revogação do decreto teria sido feita com o consentimento de Dilma.
Por duas vezes, ela deixou Brasília com destino a outros estados - no caso São Paulo e Rio Grande do Sul - e a informação do local de desembarque só foi confirmada horas depois pela assessoria.
Como presidente eleita, Dilma optou por não ter uma agenda pública e evitar a divulgação de todas as reuniões que realizava durante o governo de transição.


Comentário de Reinaldo Azevedo

Toda lei aprovada durante a ditadura servia à ditadura?
É óbvio que não!
Parte importante do arcabouço jurídico brasileiro vem daquele período.
O decreto da bandeira era bom.
Servia à transparência.

Mas notem que, segundo informa a reportagem do G1, Lula desrespeitava a lei — fosse só essa, vá lá…
O ex-presidente matou serviço para fazer campanha eleitoral.

O que essa aparente bobagem da bandeira tem a ver com a concessão de passaportes especiais, por exemplo?
A noção de que o chefe do Executivo não deve satisfações a ninguém, faz o que bem entende.

Nas vezes em que mandou o texto às favas, Lula não estava se comportando como o presidente de todos os brasileiros, mas como chefe dos petistas, embora .

Boa parte da imprensa canta as virtudes do governo oculto, quase clandestino de Dilma.
É, faz sentido…
Para um governo clandestino, uma presidente que também quer ser clandestina.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tratar e reprimir

Por Demóstenes Torres
No Noblat

O sociólogo Fernando Henrique Cardoso exerceu diversos cargos importantes, nos quais se destacou, e seus êxitos conquistaram muitos admiradores, como eu.
É um estadista como poucos, mas precisa rever sua atual bandeira, como coordenador da Comissão Global sobre Drogas.

Reunião do grupo em Genebra, recém-encerrada, foi conduzida de tal forma que traficantes de drogas devem estar comemorando que expoentes mundiais trabalhem “pela legalização e regulamentação do uso da maconha como a melhor maneira de combater o tráfico de drogas e suas consequências”.

O júbilo dos bandidos só não é maior que a fragilidade dos argumentos, cujo eixo é liberar por não conseguir combater.
A conclusão deveria ser no sentido contrário.
Trocar os métodos, não os lados.

Fracassar no combate aos traficantes não dá, a nenhum líder, o direito de transformá-los em comerciantes comuns.

Se a falácia triunfar, cairão os gastos na repressão e nas despesas com cárcere.
Porém, a folga no caixa dos governos terá outro viés, o do abandono da causa.

A juventude, principalmente, ficará à mercê do narcotráfico, pois todo governo quer faturar e, com a maconha rendendo tributos, quanto maior o consumo, maior a arrecadação.

Em outro engano, o da redução de danos, alegam que legalizar maconha e distribuir seringa são políticas mais eficientes que prender traficantes e tratar os viciados.

Interpretações do gênero estão lotando as calçadas de zumbis dominados por entorpecentes.

O começo é exatamente a maconha, que se for legalizada será ainda mais massificada. Em pouco tempo, o organismo pede mais em quantidade e torpor.

O que aguarda a sociedade?
Processo igual se dará no campo legislativo, liberando a cocaína e seus rabichos, como o crack?

O passo seguinte será o financiamento do Banco Mundial para lavouras de cannabis, o incentivo fiscal para refino de pó e a distribuição de cartilhas ensinando a fumar e injetar?
Portanto, é preciso reagir antes que o uso de drogas seja obrigatório.

As estatísticas dos apóstolos do fumacê carecem do mínimo, o bom senso.
Apresentam supostos dados da doença que o sujeito não contraiu por ter uma seringa para chamar de sua.
A verdade é que querem se livrar do problema pela fuga.

A turma pró-descriminalização sabe que, em vez de atenuada, a repressão tem de ser incrementada, com tecnologia, investigação, priorização.

Traficante tem de ir para a cadeia, não para a Junta Comercial.
Usuário tem de ir para a clínica se tratar, não para o boteco reabastecer o estoque de maconha.

Mudança de Estilo - da metralhadora verbal para a caixa de pandora

O artigo "Dilma - A busca do atrito zero", de Fernando Rodrigues, Folha de S. Paulo pode suscitar várias interpretações, especialmente a partir do trecho que cita o fato de que a presidente nessas suas primeiras semanas no cargo fez poucos gestos políticos públicos.
....................
Quando os fez, tratou de enviar afagos a líderes de partidos de oposição.
Essa busca de atrito zero ou a aversão à fricção com seus adversários passa a ser uma marca do início da administração Dilma.
Essa aliança entre o Planalto e os governadores pode ser útil para Dilma.

Temas espinhosos como o aumento do salário mínimo desembocarão no Congresso.
A solução pode ser mais suave se os Estados ajudarem a frear um aumento incompatível com as contas públicas.

Só será possível julgar a eficácia do estilo político de Dilma ao longo dos próximos meses.
Por enquanto, só se nota uma grande diferença entre ela e seu antecessor, cujas menções recentes eram sobre "extirpar" partidos de oposição.

....................

Pois bem, o que temos no Brasil, na verdade, é o nono ano do mesmo governo.
A diferença é que, com o resultado da última eleição, frustaram-se com a expectativa de extirpar a oposição.
Se as lideranças desses partidos ainda não se deram conta, o governo percebeu a força da maioria da população, que não está nada satisfeita e não há propaganda que consiga enganar e convencer.

Não há diferença alguma de estilo, há mudança de método.

Nota-se que uma das estratégias é jogar a responsabilidade pelas decisões espinhosas pra cima do Congresso, como também sugerir que as medidas duras que precisam ser tomadas para (en)cobrir os rombos, resultado de oito anos de farra e manobras contábeis, seriam solicitações dos malvados governadores.
Já tentaram jogar a bomba da CPMF no colo de Geraldo Alckmin, agora é a vez do ridículo aumento do salário mínimo.
Fiquem atentos e cuidado com determinados pacotes de bondades, pode ser enviado, entre eles, uma Caixa de Pandora.

OITENTA MILHÕES DE ELEITORES QUE DISSERAM "NÃO" AO ATUAL GOVERNO CONTAM COM UM POSICIONAMENTO CORAJOSO DA OPOSIÇÃO

Líder do PSDB na Câmara promete oposição contundente
Valor Online

Escolhido pela bancada para ocupar o cargo de líder do PSDB na Câmara em 2011, o deputado Duarte Nogueira (SP) prometeu uma oposição firme ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o tucano, o partido fiscalizará a gestão e apontará erros do Planalto.

"Temos a tarefa de fazer uma responsável e contundente oposição e nos prepararmos para as eleições municipais.
É tarefa da bancada ajudar nesta preparação, dar suporte aos governadores e divulgar suas ações exitosas.
Exerceremos um papel provocador.
Até porque a presidente Dilma já expressa desânimo com as reformas",
disse.

Nogueira afirmou que o PSDB vai lutar para aprovar no Congresso Nacional um salário mínimo de R$ 600.

O valor, que encampou o discurso do candidato derrotado à Presidência José Serra (PSDB), está acima dos R$ 545 que o Executivo defende e do que os R$ 580 que as centrais sindicais reivindicam.

Santos Poema



Santos Poema
(De Ernesto Zwarg e Antonio Bruno Zwarg)
***
Santos poema, jardins pela praia
Cidade e porto de mar
Tens a magia de barcos estranhos
Na barra esperando adentrar
Morros, varandas alegres
suspensas no arvoredo
Santos das ruas antigas
À beira do cais
Que escondem segredos.
***
Tuas paineiras floridas
Salgueiros que choram
Nos velhos canais
Santos, cuidado menina
As tuas belezas
Não percas jamais.
***
Os flamboians florescentes
Palmeiras Imperiais
Ilha Urubuqueçaba
O verde reduto
Nas ondas do mar.
***
Oh! Santos,
És linda demais!!
**********
(Este é o Hino da Cidade)
Uma homenagem de "As Arteiras"

Saber vencer é, também, saber escolher



José Serra reajustou o salário mínimo do estado de São Paulo acima do mínimo nacional, chegando aos valores entre R$ 560 e R$ 580 no ano passado (confira aqui) e deve ultrapassar os R$ 600 reais prometidos na campanha presidencial.
Pena que o povo brasileiro preferiu continuar como está e terá que se conformar com o que a presidente eleita decidir.
Sorte dos paulistas?
Não é questão de sorte, o que define o destino de cada um de nós é saber fazer a melhor escolha.

Um recado ao leitor que tem a memória tão mínima quanto o seu salário.

Comentando sobre o Texto de Roberto Goldkorn
Larissa Baumgarten*
Portal do Envelhecimento

Doença de Alzheimer, ou como é conhecida, "Mal de Alzheimer" ainda é um mistério para a Medicina, há pesquisas, algumas descobertas mas nenhuma cura à vista.

Hoje ao abrir meu e-mail recebi o texto "Meu pai está com Alzheimer", escrito por Roberto Goldkorn.
Li e achei bem interessante, por isso resolvi comentar um pouco.

Roberto conta a história de seu pai, um homem muito sábio que quando chega à terceira idade começa a apresentar sintomas comuns na demência.

Comenta também que só havia ouvido falar da tal doença por meio de amigos, achava que isso jamais atingiria algum amigo ou parente.

Achei muito interessante quando ele comentou que "finalmente nossos hábitos de vida "moderna"; estariam nos enviando a conta".
Hábitos alimentares?
Stress das pressões do Primeiro Mundo?
A alimentação parece ser sem dúvida um elo nessa corrente, e mais ainda o alumínio, pois sua incidência ainda é um dos suspeitos favoritos nas pesquisas dos cientistas.

Para terminar ele escreveu um pensamento afirmando que os doentes com vidas medíocres jamais comlocaram a FELICIDADE em primeiro lugar no seu dia a dia.

Terminarei com o seguinte pensamento:
"Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar o autor da própria história".

Que nós saibamos aproveitar as maravilhas que a vida nos proporciona e deixamos os problemas de lado, pois o tempo passa eles acabam sendo resolvidos, já em relação a vida, ela passa e não há como voltar atrás para apoveitar o que foi deixado de lado.
.......................................

Leia o texto de Roberto Goldkorn aqui e procure se preocupar um pouco mais com fatos importantes que você costuma esquecer.
Isso não é normal, muito menos engraçado.
O estudo do escritor e psicoterapeuta aponta para algumas características que precisam ser observadas e sugere algo mais do que a resignada zona de conforto, que nos limita e tem consequências.

"Não existem estudos provando que o Alzheimer é a moléstia preferida dos arrogantes, autoritários e auto-suficientes, mas a minha experiência mostra que pode haver alguma coisa nesse mato."

"Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer."

Me engana que eu gosto.

No Coturno

O jogo de cena do aumento do salário mínimo continua.
Os pelegos das centrais sindicais estão jogando para a platéia e, sob as ordens de Gilberto Coveiro Carvalho, executam a estratégia com perfeição.
Paulinho do BNDES Sindical e a turma de companheiros sairá da derradeira reunião com ar entristecido e afirmando, para delírio da imprensa amestrada: " tentamos de todas as formas, mas ela é durona demais".
A manchete do outro dia será: " Dilma endurece e vence batalha contra as centrais sindicais".
Ainda falta uma mandato inteiro para a próxima eleição.
E o eleitor tem a memória tão mínima quanto o seu salário.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Projeto que já salvou muitas vidas



Vejam matérias de um importante jornal da Baixada Santista que descreve o processo de remoção de famílias de áreas de risco durante o governo José Serra:

Famílias da Serra do Mar realizam o sonho da casa própria
Luiz Gomes Otero
A Tribuna

Aurelita de Oliveira Silva separa seus pertences antes de deixar seu antigo barraco
Mais um dia de mudanças nos bairros-cota em Cubatão.
Nesta terça-feira (22/06/2010), sessenta e quatro famílias foram incluídas no plano de transferência do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar.

As famílias vão morar em apartamentos com dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro, área de serviço e varanda, distribuídos em 57,25m² de área construída.
O condomínio possui quadra poliesportiva, playground, salão de festas, churrasqueira, guarita e estacionamento.

O programa Serra do Mar consiste na desocupação de famílias residentes nas áreas de risco da Serra do Mar, em Cubatão.
Outras 329 famílias já se mudaram para conjuntos habitacionais nas cidades de Peruíbe e Praia Grande.
No total, o programa prevê a remoção de mais de cinco mil famílias.
..........................

Moradias são entregues neste sábado a famílias da Serra do Mar
De A Tribuna On-line

Os primeiros 32 imóveis do Residencial Vila Harmonia, no Bolsão VII, em Cubatão, serão entregues neste sábado para as famílias removidas das áreas de risco da Serra do Mar.

Os imóveis contam com três dormitórios, sala, cozinha e banheiro.
São 24 casas sobrepostas de três pavimentos, cada uma com 89,59 m2 de área construída, e 8 casas assobradadas, com 66,77 m2.

O empreendimento terá 600 imóveis, distribuídos entre apartamentos, casas sobrepostas e assobradadas, com dois ou três dormitórios, e deve ficar pronto até o final do ano, segundo a CDHU.
O investimento é de R$ 104,4 milhões.

Ao todo, 761 famílias já deixaram a Serra do Mar, sendo que 603 já foram para novas moradias da CDHU.
Outras 150 recebem mensalmente auxílio-moradia, no valor de R$ 400, até que seja viabilizada uma residência definitiva.

Bolsa Família não é salário!

No blog do Raul

Os números divulgados pelo ministério do Trabalho, sobre o desempenho em relação à criação de empregos no Brasil nos dois mandatos do ex-presidente Lula, superam as marcas históricas do país nesse quesito.

No período compreendido entre 2003 e 2010, conforme a propaganda do governo federal, 15 milhões de postos de trabalho formais foram criados.
Mas esse cenário não é seguro, mesmo com a manutenção dos princípios do Plano Real de estabilidade na economia brasileira, criado e executado pelos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Algumas atividades produtivas ressentem a falta de mão de obra qualificada e há setores que equiparam essa constatação a uma forma de apagão de trabalhadores prontos para os desafios novos do mundo desenvolvido.
Também não causa surpresa uma pesquisa recente encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social para saber como estão se comportando os beneficiários dos pagamentos mensais da Bolsa Família.

A chamada “porta de saída” do programa Bolsa Família deveria coincidir com uma preparação dos jovens, principalmente, para as novas possibilidades tecnológicas e de empreendedorismo do mercado de trabalho próximo-futuro.

O IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, responsável pelo levantamento mencionado, identificou que entre os beneficiários da Bolsa Família, 75% não têm cobertura da Previdência Social, porque em sua maioria não têm registro em carteira. Isso acontece para não abrir mão do recebimento da renda transferida pelo governo federal.

Ora, isso é muito ruim para o país, porque a Bolsa Família deveria funcionar como uma ponte para a travessia do momento econômico e social difícil das famílias de baixa renda, principalmente daquelas que ainda sobrevivem abaixo da linha da pobreza, para a emancipação e cidadania.

A mesma pesquisa expôs que o beneficiário da Bolsa Família é inconstante no emprego: metade dos contratados no mercado formal permanece pouco menos de um ano e 30% perdem os seus empregos em menos de seis meses.

Não chega a 25% o número de recontratados em novas vagas e, dessa maneira, o Brasil cristaliza uma condição social que, se não for modificada com políticas públicas emancipatórias – educação continuada para o trabalho – pode ficar dependente do Estado até o final de suas vidas.
Compreendo a preocupação de muitos em não perder o benefício compensatório de renda, que já funciona como “salário” aos que tinham renda zero.
A meu ver, cabe ao ministério do Trabalho intervir no governo federal, propondo a valorização dos salários nas atividades de serviços e produção, que ainda dependem de trabalhadores com baixa qualificação e hoje representam os maiores índices de vagas em aberto.

Precisamos mudar o foco da atenção governamental nas parcelas assistidas pelos programas de renda mínima.
A política de dar o peixe e ensinar a pescar não deve ser para sempre.
Por isso acho que a área econômica do governo federal, em sintonia com os Estados e Municípios, deve encontrar meios de garantir ao beneficiário da Bolsa Família, que hoje ganha mais com o benefício sem nenhum esforço de contrapartida, uma valorização profissional e salarial mais digna.

Aposentadoria: clareza solar no país tropical

Por Álvaro Dias

O desencanto com as instituições públicas e a desesperança que se generaliza semeiam dúvidas até mesmo em relação àquilo que se nos apresenta com clareza solar neste país tropical.
Mas é preciso reconhecer que existe muito de má fé e interesses subjacentes.
E como me disse um experiente parlamentar paranaense, “essas forças não são tão ocultas assim”.

É óbvio que, quando se tenta desconstruir imagem edificada com esforço, dedicação e honestidade e destruir um patrimônio ético no turbulento e desacreditado mundo da política, não se está prestando serviço à causa da democracia e do país.

Há infelizmente os que não suportam constatar que ainda alguns vivem no limitado território da decência.
Fingem não acreditar e alardeiam suspeições.

Quando alguns jornalistas chegaram à creche mantida pela Assistência Social Santa Bertilla Boscardin, que atende 90 crianças numa das regiões mais pobres de Curitiba, não puderam testemunhar o que alguns maledicentes gostariam.
Não havia nenhum escândalo a se veicular.
Ao contrário, a foto de minha mãe na parde da biblioteca testemunhava que não é de agora que colaboro para que crianças possam viver a esperança de um futuro de dignidade com a adequada formação.

Sei que houve frustração.
Afinal, quantos gostariam que colocasse no bolso o que ofereço legal e espontaneamente como doação?
Poderiam continuar afirmando que somos todos farinha do mesmo saco.
Que há sim regra sem exceção.
Também sei que uma existência inteira será insuficiente para convencer os incorrigíveis do mal de que é possivel viver com decência na atividade pública.

Pediram-me que não falasse mais sobre isso.
Prefiro enfrentar sem fugir todas as situações que decorrem de minha atuação política.
Ao que sei fui o único que, como governador, tentou acabar com uma aposentadoria que já existia há décadas.
Mesmo sem mandato por oito anos não me beneficiei de um centavo sequer do que tinha direito.
Poderia agora não requerer o benefício e explorar politicamente o fato, me apresentando como a exceção à regra e assistindo a malversação de valores que me pertencem.

Ao requerer não me beneficio, mas achei oportuno beneficiar, nos próximos anos, milhares de pessoas.
E é o que farei, de forma correta e transparente.
Quantos dos que me criticaram nos últimos dias abririam mão de um direito constitucional (meu mandato precedeu a Constituinte de 88), que lhes proporcionaria esse privilégio?

Como declarei, não pretendia fazer propaganda desse gesto, pois a publicidade diminui o seu mérito, mas sou obrigado, pelos adversários e pelos incrédulos, a fazê-lo.
Terão que suportar, com o deboche, a descrença ou a indiferença, me ver todos os meses entregando a alguma entidade devotada à boa causa um cheque que certamente ajudará a muitos dos que esperam oportunidades de vida digna.
Aos que compreenderam e me defenderam o meu melhor agradecimento e a certeza de que não os decepcionarei.
E assim caminha a humanidade!!!

Piada ridícula - Presidente do DEM racha o partido ... aliado.

Por Erich Decat
No Noblat

Presidente do DEM ‘cola’ em rivais a imagem de anti-Aécio

A estratégia do presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), em criar um divisor dentro do partido em que parte dos parlamentares está com Aécio Neves (PSDB-MG) e outra com José Serra (PSDB-SP), colou.

Pelo menos até o momento.

Na tarde de hoje (25), o deputado eleito por Minas, Marco Montes, decidiu retirar a candidatura à liderança do partido.

Montes é ligado ao grupo do presidente de honra do Partido, Jorge Bornhausen, que na última campanha presidencial defendeu a candidatura de Serra na disputa interna do PSDB com Aécio.

O outro postulante ao cargo, até o momento, é o deputado ACM Neto (BA).
Neto é ligado ao grupo de Rodrigo Maia, que ao contrário de Bornhausen, defendeu Aécio no lugar de Serra na disputa pela Presidência da República.

Segundo Montes, o que pesou na decisão de retirar a candidatura foi a estratégia de Maia de associá-lo ao Serra.

“O Rodrigo Maia criou essa história de ala do Aécio e do Serra, o que é uma inverdade.
Para mim ficou uma situação constrangedora.
Não tem como desmontar isso em dois dias, leva tempo”,
disse Montes ao blog.

José Dirceu também está no “Projeto Minas”?

Leiam estas duas notas publicadas no “Painel” de hoje, da Folha, interinamente editado por Ranier Bragon.

Café… Tucanos mineiros e paulistas voltaram a trocar “bicadas” ontem pelo Twitter.
Nárcio Rodrigues, secretário de Ciência e Tecnologia de Minas e aliado de Aécio Neves, postou no microblog texto de José Dirceu como argumento em defesa da candidatura do ex-governador ao Planalto em 2014.

…com leite A inspiração do mineiro revoltou Raul Christiano, correligionário de José Serra e dirigente do PSDB-SP:
“Não acredito que companheiros de luta pela unidade do partido ecoem o texto de José Dirceu”.

Comentário de Reinaldo Azevedo

Huuummm… Tucanos recorrendo a texto de José Dirceu?
Acho que entendi.
O companheiro nasceu na cidade de Passa Quatro, em Minas.
Vai ver Nárcio conta com ele também para o “Projeto Minas”.
A lógica deve ser mais ou menos esta: onde passam quatro, passa toda a boiada.

Na boa, “companheiros”: alguém acredita que esse é um bom caminho?

Aécio conquista um membro de peso para sua tropa de choque


Aécio conquista um membro de peso para sua tropa de choque: José Dirceu.
No Coturno

No twitter, o presidente do PSDB em Minas, Nárcio Rodrigues, delira com o apoio do José Dirceu a Aécio Neves e bate boca com o deputado Raul Christiano, que preside o partido em São Paulo.

Tudo pronto, estratégia traçada, homens e mulheres-chave a postos (a maioria na máquina de governo de Minas), o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) está em marcha batida para tomar, por enquanto, o controle nacional do PSDB.

Depois, com o comando do partido em mãos, ser o candidato tucano a presidente da República em 2014 desalojando o rival, candidatíssimo, José Serra.
Com o que já montou, Aécio Neves conta com uma verdadeira tropa de choque (ou de cheque) a partir de Minas.

Alckmin, FHC, todos jogam contra José Serra.

Aécio quer aproveitar exatamente esse fato de que o tucanato brasileiro está cansado da hegemonia de São Paulo, mais o centralismo e outros tropeços que seu adversário no PSDB, José Serra, deixou na esteira da campanha eleitoral do ano passado.
O tucano mineiro conta com uma aliança informal com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), não assumida, mas que funciona pela ação de torpedos quase diários que o paulista lança para isolar José Serra, e com a irrefreável disposição de falar do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
FHC passou férias em Trancoso (BA) e não escondeu de ninguém: com quem conversou, transmitiu sua convicção de que, para ele, em 2014 na corrida pelo Palácio do Planalto a vez é e deve ser mesmo de Aécio.


O artigo acima, comemorado pelos tucanos de Minas, é de autoria de José Dirceu.

Cidade que amanhece trabalhando e o sucesso merecido

Cidade de São Paulo recebe um terço do investimento externo feito no Brasil
Por Agnaldo Brito, na Folha:

A cidade de São Paulo, que completa hoje 457 anos, recebeu um terço dos investimentos estrangeiros que aportaram no Brasil em 2010.
A cifra supera US$ 10 bilhões, recurso que financiou, em parte, projetos imobiliários na capital paulista.
A estimativa é da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico de São Paulo.

(…) a capital paulista mantém a condição de principal destino de investimentos no Brasil.
E a previsão é que essa posição se mantenha nos próximos 15 anos.
Segundo a PricewaterhouseCoopers, uma das grandes consultorias internacionais, a cidade de São Paulo, com 11,2 milhões de habitantes, ainda oferece oportunidades de novos negócios.

“É uma cidade multicultural e tem um potencial turístico e cultural que ainda está inexplorado”, diz Hazem Galal, sócio da Price.

Segundo a consultoria, São Paulo, como centro financeiro do Cone Sul, manterá a liderança da expansão econômica do país.

Levantamento da consultoria mostra que, até 2025, São Paulo será a sexta cidade mais rica do mundo em lista que leva em conta 151.
Hoje, a cidade é a 10ª nesse ranking.
..............................
Agora vejam como os paulistas são tratados internamente, mesmo com todo o sucesso alcançado na capital do estado.
Comparem a discrepância entre os valores que Sâo Paulo arrecada para os cofres federais e quanto retorna, confiram a situação de outros estados para servir como parâmetro:

Minas Gerais
Quanto paga ao governo federal: 26.555.017.384,87
Quanto recebe do governo federal: 17.075.765.819,42

São Paulo
Quanto paga ao governo federal: 204.151.379.293,05
Quanto recebe do governo federal: 22.737.265.406,96

Rio Grande do Sul
Quanto paga ao governo federal: 21.978.88
Quanto recebe do governo federal: 9.199.070.108,62

Vejam mais detalhes, especialmente sobre a destinação das verbas, no Portal da Transparência do governo federal.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A proposta que poderia salvar o Brasil da "Era da Mediocridade"

José Serra fala de suas propostas para a educação brasileira

No Brasil ainda temos aproximadamente 15 milhões de mulheres e homens acima dos quinze anos de idade que não conseguem, por serem analfabetos, ler o lema da própria bandeira nacional: Ordem e Progresso.

A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios – PNAD – referida ao conjunto do país, confirmou uma tendência ruim para o Governo Lula: a desaceleração na redução do analfabetismo: no período FHC a taxa referente à população acima de 15 anos caiu a um ritmo de 0,5 % anual; nos primeiros anos do Governo Lula, essa taxa foi reduzida a 0,3%.

A política desenvolvida no Estado de São Paulo criou o Idesp – Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo – com critérios até mais rigorosos tecnicamente do que os do Ideb.
O Idesp é uma nota conferida a cada segmento da educação de cada escola e considera dois critérios: Os resultados do Saresp (4 níveis referidos às expectativas de aprendizagem e o fluxo escolar (taxas de aprovação, repetência e evasão).

Com os resultados do Idesp, foram fixadas metas concretas a serem alcançadas até 2020 e, a partir daí, metas anuais de evolução do Idesp para cada segmento da educação básica em cada escola, que têm sido superadas nos dois últimos anos.

As metas significam comparações no tempo referidas a cada segmento de cada escola, e não a comparação entre instituições de ensino diferentes.
Seu mérito está em colocar o foco da escola na aprendizagem dos alunos, buscando trazer para dentro das salas de aula os resultados do sistema de avaliação.

Em paralelo, modificamos o sistema de bônus, criado ainda no Governo Covas, com o objetivo inicial de premiar a assiduidade dos Professores e mantido assim até 2007.

Naquele ano, foi introduzida uma mudança radical no sistema que passou a premiar os professores pelo resultado do processo educativo medido pelo Idesp de cada segmento e de cada instituição de ensino.

Trata-se de uma nova tendência no mundo que vem sendo praticada em alguns países, mas em nenhum caso num sistema tão vasto quanto o de São Paulo.

Pode-se dizer que somos pioneiros no mundo na implantação de um sistema de bônus por resultado em larga escala.

O grande desafio é melhorar a qualidade.
Todos os fatores tradicionalmente vinculados à qualidade da educação – nível de formação dos professores e qualidade da infraestrutura das escolas também evoluíram muito favoravelmente nos últimos 15 anos.
Entretanto, as avaliações nacionais e internacionais mostram níveis bastante baixos no desempenho dos estudantes, tanto em relação a outros países de igual ou menor nível de desenvolvimento, quanto em relação aos padrões esperados para cada nível de ensino.
Ou seja, apesar de tudo, nossas crianças e jovens estão aprendendo pouco.

As ações desenvolvidas em São Paulo nos últimos três anos deverão ser o norte da política nacional:

- Apoio ao trabalho do professor em seu dia a dia, por meio do currículo e materiais de apoio;
- fixação de metas e objetivos de melhoria da qualidade e estímulos ao aperfeiçoamento dos professores.

Deveríamos investir mais recursos na remuneração dos professores, vinculando-os, porém, à introdução de mudanças necessárias na sua formação, atualização profissional e estruturação de suas carreiras e seu desempenho em sala de aula, assim como estamos fazendo no Estado de São Paulo.

Temos hoje a possibilidade de uma mudança radical no conteúdo da política educacional.
Incorporar os indicadores resultantes dos processos de avaliação da aprendizagem em todas as políticas e normas educacionais é o caminho mais curto e efetivo para colocar a aprendizagem no foco central do funcionamento da escola.

Desde a distribuição de recursos para as escolas, passando pelas regras da carreira do professor e de sua remuneração e chegando até a forma como designamos os diretores de escola e fixamos os objetivos para seu trabalho, tudo relativo à escola pode hoje levar em consideração também os resultados dos processos de avaliação dos alunos.

(mais...)

Precisamos convencer as universidades públicas a usar o Enem como a primeira fase do vestibular. Se todas aderirem ao programa, estimularíamos claramente a mobilidade espacial e regional dos estudantes brasileiros.

Por outro lado, o governo atual faz muito barulho para pouco resultado efetivo no que diz respeito às universidades federais públicas do País.
O número de matrículas nos cursos de graduação nas Federais cresceu mais no governo do PSDB do que no do PT: 6,0% de taxa média de crescimento ao ano entre 1995 e 2002, contra 3,2% entre 2003 e 2008.

Houve mais matrículas nas Federais no segundo mandato de FHC do que em seis anos de governo Lula: 158.461 novas matrículas entre 1998 e 2003, contra 76.000 entre 2003 e 2008.
Nos cursos noturnos, a matrícula cresceu 100% no Governo FHC e apenas 15% nos seis primeiros anos da atual gestão petista.

O que cresceu no governo Lula foram vagas mal planejadas e ociosas e a evasão escolar – além de gastos e contratações de pessoal.
Entre 2003 e 2008, diminuiu o número de formandos nas federais: foram 84.036 em 2008, contra 84.341 em 2003.

Íntegra aqui.

Sem espírito de patota

Blog do Alon

Talvez o último grande salto adiante na educação brasileira tenha acontecido com o ministro Paulo Renato, no governo Fernando Henrique.
Ali universalizou-se o ensino fundamental.
Restou entretanto o desafio da qualidade.
Nossas crianças estão nas escolas, mas as públicas ainda não são boas.

(QUEM ESTÁ NO NONO ANO DE GOVERNO CONTINUA DEVENDO)

O governo do PT vitaminou o antigo Fundef, que melhorava a renda dos professores, mas por não querer dividir o mérito com quem tinha trabalhado antes mudou o nome para Fundeb.
Coisas da pequena política.

O PT carrega o mérito de ter criado o Prouni, mecanismo compensatório para o jovem de origem popular não suficientemente competitivo para conseguir vaga no ensino superior público.

(CRIOU OU APROVEITOU MAIS UMA IDEIA DOS TUCANOS, COMO FIZERAM COM OS PROGRAMAS SOCIAIS?
O PROGRAMA BOLSA-UNIVERSIDADE FOI CRIADO, NA VERDADE, EM SÃO PAULO, NO ANO DE 2003)


Seria injusto concluir que o PT se preocupa de menos com a qualidade do ensino público fundamental e médio, esse nó górdio à espera de ser decepado.
Mais provável é que o petismo ainda não tenha reunido as necessárias condições políticas para o upgrade.

E por uma razão simples.
A revolução educacional brasileira pede foco absoluto no aluno e no aprendizado deste, que deve subordinar as demais variáveis.
Inclusive as sindicais.

Uma reportagem de Luciano Máximo no Valor Econômico deste fim de semana aponta o crescimento do número de estados brasileiros propensos a adotar políticas de remuneração variável.
Ganha mais o professor ou funcionário da escola onde as crianças e jovens demonstram que aprenderam mais.
Simples.

O assunto andou frequentando a última campanha presidencial, por causa da oposição cerrada do sindicalismo paulista de professores a um plano com essas características implementado pelo governador de São Paulo, José Serra, do PSDB.
O PT, naturalmente, tratou de pegar uma carona.

(CADÊ O VIDEO DA CAMPANHA DO SERRA ANTES QUE OS PETISTAS FAÇAM PROPAGANDA COMO SE A IDEIA FOSSE DELES?)

A mãe de todas as mentiras

O PT só faz bem ao país quando se desmente e governa com o programa dos adversários
Por Reinaldo Azevedo

A história demonstra que o PT só faz bem ao país quando se desmente.
Vale dizer: sempre que o PT joga uma promessa sua no lixo para adotar o programa dos adversários, o Brasil se dá bem.
Sempre que tenta aplicar o próprio programa, os brasileiros se ferram.

É impressionante!
Essa regra não tem erro!
Não falha nunca!
Eu demonstrarei o que digo a seguir, e não há como os petistas me contestarem porque não faço juízo de valor, mas trato de fatos.
O caso mais recente é o da Petrobras.

Querem ver?

Confiram aqui.