quarta-feira, 30 de novembro de 2016

VÂNDALOS NÃO RESPEITAM NEM LUTO

ELSINHO MOUCO

A irracionalidade dos que agem como verdadeiros facínoras me deixa estarrecido. Brasília hoje viveu (e vive) um campo de guerra. Patrocinado pela CUT, PT, PC do B, entre outros grupos.

A PEC 55 proíbe esse governo - e os próximos - a não gastarem o dinheiro dos nossos jovens. Nenhum governo poderá avançar na renda futura das próximas gerações. É para isso que o presidente Michel Temer tanto vem lutando, para que os nossos filhos, os nossos netos, não paguem a conta da ineficiência, da irresponsabilidade.

A PEC 55 e a reforma da Previdência, deveriam ser matérias de manifestações através de ideias. É hora de construir e não de destruir. Mas um grupo de vândalos, comete o disparate de promover um quebra-quebra só por não aceitar o resultado constitucional do processo de afastamento de uma presidente que destruiu a nossa economia.
E o mais lamentável é que tudo isso acontece, bem no dia em que os brasileiros sofrem com uma tragédia sem igual. No momento em que todo o país está chorando os mortos desse acidente horroroso que vitimou a delegação da Chapecoense, dos profissionais de imprensa, além da tripulação.

Os dias de luta de dezenas de jovens jogadores chegou ao fim, enquanto muitos lutam de uma maneira, sem fim, contra o futuro de milhões de jovens.

Gente ruim, que não crê em nada, a não ser na sua própria causa (sabe-se lá qual é). Delinquentes de aluguel não vão intimidar o destino do Brasil. #forçaBrasil

#forçaChape #Chapeternidade

sábado, 26 de novembro de 2016

LULA CONSEGUIU BURLAR FISCALIZAÇÃO DE VOO

Investigação revela que Lula conseguiu burlar fiscalização de voo

O estranho caso em que um delegado da PF proibiu fiscais de inspecionar bagagens de Lula quando ele se preparava para voar em jatinho privado para Roma

TAXIANDO - Agente da Polícia Federal contou que Lula ficou muito nervoso com a chegada dos agentes e se trancou na cabine do avião

VEJA

Na manhã de 3 de junho do ano passado, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, um jato particular, prefixo PP-SCB, se preparava para decolar. A aeronave já estava taxiando quando os pilotos e os cinco passageiros foram surpreendidos por um cerco. A operação, atípica, fora deflagrada por iniciativa da Receita Federal. Os fiscais foram informados de que malas haviam sido embarcadas de maneira suspeita no jatinho, sem passar pelo raio X.

A operação cinematográfica, porém, foi abortada antes de ser concluída — e isso deu origem a uma investigação sigilosa em curso na Polícia Federal e no Ministério Público Federal. Reportagem de VEJA desta semana teve acesso à investigação, que revelou que, dentro do avião estava o ex-presi­dente Lula, acompanhado de um segurança mais três auxiliares — seu fotógrafo particular, um assessor de imprensa e um tradutor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CPI DO FUTEBOL APONTA RELAÇÕES ENTRE DEL NERO E FILHO DE LULA

Relatório apresentado por Romário, o presidente da comissão, revelou troca de e-mails entre o presidente da CBF e Luís Cláudio Lula da Silva em 2011

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo Del Nero, durante coletiva de imprenssa da CBF

VEJA (com Estadão Conteúdo)

A CPI do Futebol, presidida pelo senador e ex-jogador Romário, divulgou nesta quarta-feira, em Brasília, um relatório que aponta relações entre o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula.

“Existem comunicações que exigem cavadas averiguações, por exemplo entre Marco Polo Del Nero e Luís Claudio Lula da Silva, o ‘Lulinha’, filho do Lula, ex-Presidente da República, sobre negócios envolvendo a ‘LFT’ e a ‘Sport Promotion'”, indica o relatório.

Em um e-mail de 16 de agosto de 2011, Luís Cláudio questiona Del Nero, então vice da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), sobre possibilidades de negócios. “Olá, presidente Marco Polo, tudo bem com o senhor? Gostaria de saber se tem alguma novidade com o projeto futebol feminino ou com nossa participação na Federação Paulista. Fico no aguardo. Grato. Luís Claudio Lula da Silva (Lulinha)”, escreveu no e-mail.

No mesmo dia, Del Nero responde: “Já tenho alguma coisa, passe por aqui. Abraços. Marco Polo”. No dia 1.º de setembro daquele ano, Lulinha faria novas propostas de negócios com o atual presidente da CBF. “Já conversei com o pessoal da Sport Promotion e fizemos um rascunho do projeto, gostaria de ir apresentar ao senhor.”

No mesmo e-mail, o filho de Lula completa com outra proposta. “Fora esse assunto, o que o senhor acha de fazermos as placas nos estádios de LED para a Série A, usando máxima tecnologia como é feito na Sul-Americana?”, escreveu. Os dois acertaram de se ver no dia 13 de setembro de 2011.

Luís Cláudio já trabalhou nos quatro grandes clubes da capital paulista, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, como estagiário em departamentos amadores e auxiliar de preparador físico. Em 2011, o caçula de Lula abriu a própria empresa. Recentemente, um pequeno clube uruguaio desistiu de sua contratação.

Jucá – Mais cedo, o senador Romero Jucá(PMDB-RR) também apresentou um relatório da CPI do Futebol, bem mais brando, no qual se abstém em relação aos possíveis crimes cometidos por cartolas da CBF e sugere o simples repasse das informações para órgãos investigativos.

A principal motivação de criação da CPI foi a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin, em maio de 2015, na Suíça, durante operação internacional em um escândalo de corrupção da Fifa. A comissão foi instalada em meados de julho do mesmo ano com o objetivo de investigar a CBF e o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, especialmente quanto a possíveis irregularidades em contratos de partidas da seleção brasileira organizadas pela CBF e pela Fifa.
(...)

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

LULA NO BANCO DOS RÉUS

MORO COMEÇA A OUVIR TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO CONTRA LULA NESTA SEGUNDA

LULA É ACUSADO CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO NO ESQUEMA DE CARTEL E PROPINAS NA PETROBRÁS

Estadão

O juiz federal Sérgio Moro começa a ouvir a partir desta segunda-feira, 21, as testemunhas de acusação na ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira dama Marisa Letícia e outros seis investigados são réus. Também são acusados o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, funcionários da empreiteira e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Lula informou à Justiça que não vai comparecer às audiências das testemunhas de acusação.

Lula é acusado corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobrás. A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

Para hoje, estão marcadas as audiências do empresário Augusto Mendonça, dos executivos ligados à empreiteira Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite e do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). Todos são delatores do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobrás.

Na quarta-feira, 23, serão ouvidos os também delatores, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o ex-gerente executivo da companhia Pedro Barusco.

Na sexta-feira, 25, falam o doleiro Alberto Youssef, os lobistas Fernando Soares, o Fernando Baiano, e Milton Pascowitch e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

AÇÃO DE LULA CONTRA MORO PODE SER NOVA TENTATIVA DE OBSTRUÇÃO

LULA CRIA CASO CONTRA O JUIZ MORO PARA DEPOIS ALEGAR 'SUSPEIÇÃO'


A nova jogada do ex-presidente Lula, entre malandragem e desespero, de processar o juiz federal Sérgio Moro por “abuso de autoridade”, pedindo até sua prisão, pode ser interpretada nos tribunais como uma nova tentativa de obstruir a Justiça. A avaliação é de juristas ouvidos pela coluna. A intenção de Lula é caracterizar a “suspeição” de Moro para julgá-lo, alegando que a ação judicial os coloca em lados opostos. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Lula já é réu em vários crimes, inclusive por obstrução à Justiça, quando fez Dilma nomeá-lo ministro para fugir do alcance de Moro.

O crime de obstrução da Justiça, considerado um dos mais graves, pode render sentenças de até oito anos de prisão.

Outro objetivo de Lula, no processo contra Moro, é dar novo discurso à militância religiosa que ainda o segue, e fazê-la pressionar a Justiça.

A estratégia de Lula é acuar a Justiça por meio de ações como essa, contra Moro, com militantes na rua e criando factoides no exterior.

JUSTIÇA A UM HERÓI BRASILEIRO

EXEMPLO DE CORAGEM - DIPLOMATA EDUARDO SABOIA RECEBE MEDALHA POR AJUDA A ROGER MOLINA


O ano de 2016 tem sido bem diferente dos últimos para o diplomata Eduardo Sabóia. Em vez da perseguição política no Itamaraty por ter ajudado na fuga do senador oposicionista boliviano Roger Pinto Molina, em 2013, Saboia acaba de ser agraciado com a Medalha Pedro Ernesto pela atuação no caso.

A homenagem foi proposta pelo vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM-RJ), que disse ver no diplomata um exemplo de "ousadia e coragem, respeitando aquilo que determina a legislação brasileira e do próprio regimento do Itamaraty".

A honaria veio poucos meses depois da inclusão de Saboia no "quadro de acesso" do Ministério das Relações Exteriores, espécie de lista de promoções. Para integrar o quadro de acesso, o diplomata dever receber indicações de colegas, embaixadores e do ministro de Estado. Em julho, o chanceler José Serra incluiu o nome de Saboia após votação expressiva entre os servidores e altas chefias do ministério.

"Agradeço as manifestações de carinho de todos pela minha entrada no quadro de acesso, distinção com que o Ministro José Serra me honrou", disse Saboia ao lembrar que em ocasiões anteriores, "apesar das circunstâncias adversas", recebeu votação expressiva.

"Como estamos no Ano da Misericórdia, aproveito para dizer o seguinte sobre a minha saga boliviana: muitos cometeram erros e eu certamente cometi os meus. Estou convencido de que todos, de uma forma ou de outra, pagamos pelos nossos erros", concluiu. 
(Diário do Poder)

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

CAÇA AOS CORRUPTOS NÃO PODE VIRAR CAÇA ÀS BRUXAS



A Lava Jato está purificando o ar que respiramos, restam ainda alguns resíduos emporcalhando o Brasil impunemente... ainda.

Em tempos de caça aos corruptos, finalmente, constatamos que esses não têm como se defender porque está tudo devidamente comprovado.

Todo cuidado é pouco, porém, com as artimanhas adotadas como defesa por esses corruptos e que muita gente inocente propaga como verdade.

Sem ter como desmentir os fatos, partem para o ataque generalizado com o propósito de confundir a opinião pública e minimizar a gravidade de seus crimes.

Provavelmente, certos boatos funcionam, também, como tentativa de intimidação e para destruir reputações - serviria como um "cala boca".

Cada vez mais respeito e admiro Sergio Moro, justamente por não ceder às pressões nem deixar prosperar qualquer tipo de denúncia sem fundamento, como mostra matéria da VEJA.
*

“A simples menção a nomes e/ou fatos contidos nesse relatório, por si só, não significa o envolvimento, direto ou indireto, dos citados em eventuais delitos objeto da investigação em curso”.

“Assim, o relatório, sem base qualquer, contém afirmação leviana e que, por evidente, deve ser evitada em análises policiais que devem se resumir aos fatos constatados.”

(Sérgio Moro)

domingo, 13 de novembro de 2016

DELAÇÃO DE ODEBRECHT CITA DILMA 18 VEZES

LAVA JATO - MARCELO ODEBRECHT DIZ QUE NEGOCIOU CAIXA 2 COM A EX-PRESIDENTE

A ex-presidente cassada Dilma Rousseff também é personagem frequente nos depoimentos sob acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht, onde é citada ao menos 18 vezes, inclusive como intermediária de recursos desviados da Petrobras. A informação é de reportagem da revista IstoÉ que vai circular neste fim de semana. Leia a íntegra:

Já afastada do poder por irregularidades na condução da economia e suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, a ex-presidente Dilma Rousseff vai ser envolvida diretamente em negociações ilícitas na delação dos executivos da Odebrecht. Fontes com acesso às investigações afirmam que ela foi citada como intermediária direta de dinheiro oriundo de caixa 2 em ao menos 18 vezes, por vários diretores da companhia. Os depoimentos mais comprometedores seriam do próprio Marcelo Odebrecht.

Marcelo detalhou três encontros pessoais com Dilma, todos no Palácio da Alvorada e sem registro na agenda oficial. Um deles teria sido logo depois da sua posse, em 2011. Outros dois, em 2014, ano da campanha à reeleição. É justamente em uma dessas ocasiões que Marcelo fala de forma mais comprometedora sobre a ex-presidente. O empreiteiro conta que ela negociou pessoalmente pagamentos via caixa dois para a campanha.



A Lava Jato já investiga a suspeita de que recursos de caixa dois da Odebrecht abasteceram a campanha presidencial petista em 2014 depois de encontrar uma planilha da empresa que indicaria repasses ao marqueteiro João Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014 no valor de R$ 4 milhões. Santana foi o responsável pela propaganda da campanha petista naquele ano e também negocia um acordo de colaboração premiada.

Marcelo contou que, em um dos encontros, pediu a intervenção de Dilma na liberação de repasses do BNDES para a construção do porto de Mariel, em Cuba, feito pela Odebrecht com financiamento de mais de US$ 600 milhões do banco de fomento brasileiro. Dilma teria lhe prometido resolver o assunto em 24 horas. O porto já é alvo de investigações, como da Procuradoria do Distrito Federal, sob a suspeita de que Lula teria também atuado por meio de tráfico de influência junto ao BNDES para liberar os recursos.

Além desse caso, Dilma já é investigada no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de tentar obstruir a Lava Jato por meio da nomeação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro. O caso tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que afirmou que o real motivo pela indicação de Navarro era um compromisso em soltar os presos da Lava Jato, principalmente os empreiteiros.

Por último, há ainda um caso na Procuradoria do DF que investiga se Dilma cometeu ato de improbidade administrativa nas pedaladas fiscais.

Enquanto responde a essas acusações, Dilma tenta retomar sua vida longe da Presidência, com a ajuda dos correligionários petistas, os únicos que têm coragem de lhe dar emprego atualmente. Na última semana, o partido aprovou sua indicação para a presidência do conselho da Fundação Perseu Abramo, ligada à sigla. O convite partiu do atual presidente do PT, Rui Falcão, que procurava algum cargo para amparar a correligionária. Nesse, pelo menos, ela não deve interferir nas finanças e há pouca margem para a Fundação Perseu Abramo partir também para as pedaladas fiscais.

NERVOSO, LULA DESAFIA QUE SE PROVE O QUE JÁ ESTÁ PROVADO

SE DIZ VÍTIMA DE 'PACTO'
LULA DESAFIA A PF, A IMPRENSA, O MPF E SÉRGIO MORO DURANTE DISCURSO

"TENHO PREOCUPAÇÃO QUANDO EU VEJO UM PACTO QUASE QUE DIABÓLICO ENTRE MÍDIA, A POLÍCIA FEDERAL, O MINISTÉRIO PÚBLICO E O JUIZ QUE ESTÁ APURANDO TODO ESSE PROCESSO", DISSE (FOTO: LULA MARQUES/ ARQUIVO)

Nervoso com a iminente publicação de reportagem da revista IstoÉ mostrando que o empreteiro Marcelo Odebrecht revelou, em delação premiada, que pagou propina a ele em dinheiro vivo, o ex-presidente Lula fez um discurso duro contra a imprensa, delegados da Polícia Federal, procuradores do Ministério Público e o juiz Sérgio Moro.


Réu em três ações penais por corrupção, organização criminosa, tráfico de influência, obstrução da Justiça etc, ele desafiou seus acusadores a apresentarem provas. O desafio foi feito durante um ato, na noite de quinta-feira, em que recebeu o apoio de políticos, intelectuais e artistas. Lula ainda fez críticas ao governo de Michel Temer (PMDB), em especial à proposta de congelar, em termos reais, os gastos da União.

"Tenho preocupação quando eu vejo um pacto quase que diabólico entre mídia, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz que está apurando todo esse processo. (...) A menor preocupação é com a verdade", disse Lula, durante um discurso que durou mais de meia hora e em que esteve acompanhado da esposa, Marisa Letícia.

Em sua fala, o ex-presidente voltou a dizer que não aceita a ideia de que convicções valham como provas. "Se eu disser a eles a convicção que tenho deles, vai ficar ruim." Ao atacar a Polícia Federal, disse que a instituição não poderia permitir que delegados "comprometidos ideologicamente e politicamente com determinados partidos" façam falsas acusações. "Eu não tenho que provar minha inocência, eles é que têm que provar a inocência deles na acusação que fizeram", afirmou Lula.

Embora tenha agradecido aos organizadores e às pessoas que assinaram um manifesto em sua defesa, o ex-presidente disse que não se sentia "confortável" em participar do ato, mas, sim, que preferiria participar de um manifesto de acusação da força-tarefa da Lava Jato. Segundo ele, a operação mente para a sociedade brasileira. Lula acusou ainda os meios de comunicação de mentir "descaradamente" e de forma perversa.

Aos 71 anos de idade, Lula afirmou estar disposto a se colocar à disposição dos acusadores, mas pede que apresentem uma prova concreta. "Não cometi nenhum crime antes, durante e depois de ser presidente da República."

No fim de seu discurso, num dos momentos em que foi mais aplaudido, Lula também fez criticas ao regime fiscal proposto pelo governo Temer, que pretende limitar gastos públicos com a PEC 241.

"As universidades que conquistamos, eles estão tentando diminuir o orçamento que nós triplicamos. (...) Gaste com a língua de vocês, mas não com a educação desse País, que é o mais importante investimento. Cortar dinheiro da educação é tirar um sonho de que o povo pobre possa ter acesso à alta complexidade das máquinas", afirmou.

OBRA SEM CONTRATO TAMBÉM NO ALVORADA

PF apura se Odebrecht reformou piscina para Lula, diz jornal

Segundo a 'Folha de S. Paulo', obra no Alvorada não teria contrato público. Investigações levam em conta mensagens de Marcelo Odebrecht



VEJA

Uma investigação da Polícia Federal apura se a empreiteira Odebrecht fez uma reforma na piscina do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, em 2008, durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal Folha de S. Paulo publicou neste domingo, a obra não teria contrato com o governo nem registro público.

Conforme o jornal, a PF encontrou indícios da suposta reforma ao analisar mensagens trocadas entre o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e executivos da empresa.

Em um deles, Odebrecht pergunta a Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, se “o trabalho das pedras foi bem concluído”. “Meu pai vai estar com o amigo hoje. O trabalho das pedras foi bem concluído? Qual ficou sendo a solução final?”, perguntou Marcelo Odebrecht a Benedicto Júnior.

Segundo a Polícia Federal, os codinomes “amigo” e “amigo de EO” eram utilizados pelos executivos da Odebrecht para se referirem ao ex-presidente Lula.

A Folha de S. Paulo diz ter tido acesso a documentos que comprovam a “colocação de piso de pedra em volta da piscina” do Alvorada em 2008, na época em que as mensagens foram enviadas. O jornal afirma que funcionários da empreiteira e da presidência da República confirmam que não havia contrato público para a realização da obra.

Em outras mensagens, um mês antes, Marcelo Odebrecht é informado pela secretária do ex-executivo da Vale Carlos Anisio Figueiredo de que ele tinha “urgência em lhe falar sobre a colocação de granito na piscina em Brasília”.

Perguntado se a demanda poderia ser encaminhada a Benedicto Júnior, Odebrecht concorda e responde: “Alinhar para não haver divulgação e qual estratégia se houver (provável) vazamento na mídia”. “Lembre o rolo que foi a reforma do Planalto. Na época pensei em ser mencionado como doação do pessoal de granito do Brasil para divulgar para visitantes do exterior”, conclui.

O relatório da PF sobre a análise das mensagens diz que “diante da proximidade das datas das mensagens”, haveria uma “clara possibilidade” de que elas tratariam do mesmo tema.

A Odebrecht e o ex-presidente Lula não comentaram o teor da reportagem publicada pela Folha.