segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PRIVATARIA DO "MINHA CASA, MINHA VIDA"

PT privatiza “Minha Casa Minha Vida” e usa verba do programa para beneficiar militantes. Na lambança, há de tudo: improbidade administrativa, ofensa à Constituição e crime eleitoral

Por Reinaldo Azevedo
Jamais atribuí ao PT algo que o partido não tivesse feito. Nunca foi preciso fantasiar sobre teorias conspiratórias para criar um bicho-papão. Até porque, quando o partido está na área, não resta ao cronista muito espaço para imaginação. No mais das vezes, os petistas surpreendem só porque conseguem ir além dos juízos mais severos que possamos fazer a respeito deles. O diabo é sempre mais feio do que se pinta. Reportagens publicadas no Estadão neste domingo (aquiaqui e aqui) provam, sem margem para dúvidas, que o programa “Minha Casa Minha Vida”, em São Paulo, transformou-se num instrumento de luta política. 
Onze das doze entidades cadastradas para receber repasses do governo federal e gerir a construção de casas são comandadas pelo PT; a outra é ligada ao PCdoB. 
Juntas, elas administram uma bolada de R$ 238,2 milhões. Pior: essas entidades criam critérios próprios para selecionar os beneficiários das casas, que não constam das disposições legais do “Minha Casa Minha Vida”. Vamos ver.
O governo federal, por meio do Ministério das Cidades, seleciona entidades — o único critério é haver uma militância organizada — que passa a gerir fatias milionárias de recursos para a construção das casas. E como é que esses grupos administram o dinheiro? Leiam trecho (em vermelho):
Os critérios não seguem apenas padrões de renda, mas de participação política. Quem marca presença em eventos públicos, como protestos e até ocupações, soma pontos e tem mais chance de receber a casa própria. Para receber o imóvel, os associados ainda precisam seguir regras adicionais às estabelecidas pelo programa federal, que prevê renda familiar máxima de R$ 1,6 mil, e prioridade a moradores de áreas de risco ou com deficiência física. A primeira exigência das entidades é o pagamento de mensalidade, além de taxa de adesão, que funciona como uma matrícula. Para entrar nos grupos, o passe vale até R$ 50. Quem paga em dia e frequenta reuniões, assembleias e os eventos agendados pelas entidades soma pontos e sai na frente.
Ou por outra: as entidades petistas privatizam o dinheiro público e só o distribuem se os candidatos a beneficiários cumprirem uma agenda política. 
Atenção! O MST faz a mesma coisa com os recursos destinados à agricultura familiar. A dinheirama vai parar nas mãos de cooperativas ligadas ao movimento, e as que são mais ativas politicamente são beneficiadas. Não houvesse coisa ainda mais grave, a simples cobrança da taxa já é um escândalo. Essas entidades, afinal, passam a cobrar por aquilo a que os candidatos a uma casa têm direito de graça. É claro que isso fere o princípio da isonomia.
Mas esse não é, reitero, o aspecto mais grave. Observem que o eventual acesso, então, a uma moradia passa a ser privilégio de quem se dedica a um tipo muito particular de militância política — gerenciada, como é evidente, pelos petistas. Assim, o que é um programa do estado brasileiro passa a beneficiar apenas os que estão sob o guarda-chuva de um partido político. O Ministério das Cidades diz que não pode interferir na forma como essas associações se organizam. Entendi: então o governo lhes repassa o dinheiro — e elas podem, se quiserem, jogar a Constituição e as leis no lixo. Parece-me escandalosamente claro que, ao tolerar essa prática, os responsáveis pela pasta incorrem em vários parágrafos da Lei de Improbidade Administrativa — isso para começo de conversa.
Haddad
As indicações passam a ser arbitrárias. E contam, como não poderia deixar de ser, com o apoio do prefeito Fernando Haddad. Em agosto, ele assinou um decreto em que estabelece que essas entidades poderão indicar livremente os beneficiários do programa. E não pensem que é pouca grana, não! É uma bolada! Leiam mais um trecho:
A maior parte das entidades é comandada por lideranças do PT com histórico de mais 20 anos de atuação na causa. É o caso de Vera Eunice Rodrigues, que ganhou cargo comissionado na Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) após receber 20.190 votos nas últimas eleições para vereador pelo partido. Verinha, como é conhecida, era presidente da Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste até março deste ano – em seu lugar entrou o também petista José de Abraão. A entidade soma 7 mil sócios e teve aval do Ministério das Cidades para comandar um repasse de R$ 21,8 milhões. A verba será usada para construir um dos três lotes do Conjunto Habitacional Alexius Jafet, que terá 1.104 unidades na zona norte.
No ano passado, Verinha esteve à frente de invasões ocorridas em outubro em prédios da região central, ainda durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), e em pleno período eleitoral. Em abril, foi para o governo Haddad, com salário de R$ 5.516,55. A Prefeitura afirma que ela está desvinculada do movimento e foi indicada por causa de sua experiência no setor.
Outra entidade com projeto aprovado – no valor de R$ 14 milhões –, o Movimento de Moradia do Centro (MMC), tem como gestor Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, filiado ao PT há mais de 30 anos e atual candidato a presidente do diretório do centro. Com um discurso de críticas à gestão Kassab e de elogios a Haddad, ele também nega uso político da entidade. “Qualquer um pode se filiar a nós e conseguir moradia. Esse é o melhor programa já feito no mundo”, diz sobre o Minha Casa Minha Vida Entidades.
Campanha eleitoral
Como se vê, esses “movimentos” são tão independentes quanto um táxi. Atuaram abertamente durante a campanha eleitoral em favor de Fernando Haddad e contra a gestão anterior. E é certo que, além da apropriação de dinheiro público, do possível crime de improbidade, da agressão a direitos fundamentais garantidos pela Constituição, tem-se também o crime eleitoral. Leiam:
Nas eleições do ano passado, pelo menos três vereadores petistas – Juliana Cardoso, Nabil Bonduki e Alfredinho – tiveram o apoio de entidades de moradia para obter a vitória nas urnas. Também do partido, o deputado federal Simão Pedro e o estadual Luiz Cláudio Marcolino tiveram com o apoio de líderes dos sem-teto nas eleições de 2010.
“Nas últimas eleições nós fizemos campanha para o Nabil (Bonduki), mas eu gosto mesmo e tenho simpatia é pela Juliana (Cardoso)”, afirma Vani Poletti, do Movimento Habitação e Ação Social (Mohas), com sede na região de Cidade Ademar, na zona sul da capital. Ela afirma estar insatisfeita com o fato de o PP do deputado federal Paulo Maluf ter ficado com a Secretaria Municipal de Habitação. “O movimento esperava que fosse o Simão Pedro.”
Retomo
Simão Pedro, é? É o atual secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo. Não custa lembrar: é ele o amigão e ex-chefe de Vinicius Carvalho, o chefão do Cade, que conduz aquela estranha investigação sobre a Siemens. Um rapaz sem dúvida influente…
Entenderam agora por que os companheiros querem tanto o financiamento público de campanha? Os demais partidos ficariam obrigados a se contentar com o que lhes coubesse de um eventual Fundo. Com os petistas, no entanto, seria diferente. Além do apoio da máquina sindical — proibida, mas sempre presente —, a legenda continuaria livre para usar recursos públicos, por intermédio dessas entidades, para fazer campanha eleitoral.
O caso está aí. Não há dúvida, ambiguidade ou mal-entendido. Um partido está usando dinheiro público em seu próprio benefício e manipulando as regras de um programa federal para que ele beneficie apenas os seus “escolhidos”.
Com a palavra, o Ministério Público. 
O que é isso senão a criação de um estado paralelo, de sorte que os mecanismos de decisão deixem de obedecer a critérios republicanos e se submetam à vontade de um partido? Pensem um pouquinho: de outro modo e com outros meios, também o mensalão não foi outra coisa. Em São Paulo (e duvido que seja muito diferente Brasil afora), o “Minha Casa Minha Vida” virou propriedade privada das milícias petistas.

DILMA, O DIABO, E A FOGUEIRA DO PNAD

Miranda Sá

Dizem que os brasileiros esquecem depressa os fatos mais extremamente agressivos, sejam políticos, econômicos ou sociais. É verdade em parte; muitos acontecimentos perdem-se na lembrança de muitos, mas não de todos.

Esmaeceu-se no tempo, por exemplo, a recordação das vigorosas demonstrações de força popular na “Primavera de Junho”; mas pior, muito pior foi o povo por de lado o gigantesco escândalo do Caso Rosemary com suas ações quadrilheiras em nome da Presidência da República, com o uso de passaporte e mala diplomáticos, os euros levados para Portugal e os diamantes africanos.

Nem se precisa falar do relacionamento amoroso com o ex-presidente Lula da Silva, porque se trata de problemas pessoais e nem mesmo a trombeteada espionagem da NSA deveria bisbilhotar.

Os poucos brasileiros que não olvidam as coisas guardam como se fosse ontem a impressão negativa causada pela presidente Dilma ao dizer que faria o diabo para ganhar as próximas eleições. E nem precisam ter boa memória; assistem quase diariamente a Governanta fazendo diabólicas traquinagens com uma desenvoltura de quem realmente vendeu a alma a satanás…

São recentes sortilégios satânicos, lançados após o abandono da vassoura para voar sobre a mentira. Imposturas tão explícitas que só têm a serventia de municiar os arautos lulo-petistas que mamam nas tetas do governo.

A dança das bruxas agitou-se em torno de duas fogueiras: A fogueira da crise econômica que os economistas chapas-branca disseram que seria uma marolinha e a fogueira do Pnad que avivou o braseiro do analfabetismo crescente nos onze anos de poder petista.

No caso da economia descontrolada no câmbio e na inflação, vemos Dilma – associada ao diabo – tentando explicar o inexplicável, ao dizer que a variação do dólar não influi na economia brasileira por causa das reservas, escamoteando assim a enorme influência que exerce a subida da moeda americana sobre a inflação.

A área econômica do PT-governo empalma – como um trapaceiro em jogos de azar – as improvisações, os desacertos, e o fracasso, aventurando-se em elevar o PIB medíocre sem conseguir, e culpando os EUA e a Zona do Euro pelo malogro na condução dos negócios públicos.

Para os desavisados, displicentes, a massa ignorante e a infantilidade doente do esquerdismo, o “imperialismo” ainda é um monstro assustador; mas para aqueles que sabem (como sabia o finado Mao-Tse-Tung) que o imperialismo é um “tigre de papel”, esta falseta dilmista não cola.

No ardor de outra fogueirinha, a do Pnad, não dá para apontar Tio Sam e os seguidores da Tia Merckel. Então, a desculpa melosa não tem efeito para ninguém. A alta do analfabetismo – registrando treze milhões de brasileiros sem saber ler e escrever são de responsabilidade, intransferível, dos governos do PT; oito de Lula e quase três de Dilma.

Um argumento malicioso diz que vale a pena para os pelegos no poder a existência de treze milhões de eleitores analfabetos. Sinceramente não creio nisso. Entretanto não é descartável para quem faz um pacto com o diabo.

Uma coisa é certa: Nos oito anos de Lula a Educação não mereceu atenção a não ser nas jogadas de marketing. As verbas cobriam laudas e laudas de papel sem sair delas a não ser para as facilidades conquistadas pelas ‘consultorias’ e as propinas nas compras de material escolar e impressão e distribuição de livros inconvenientes.

Assim temos treze milhões de brasileiros na orfandade propedêutica, conforme os dados oficiais recém-divulgados pelo IBGE. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma nova forma de escravidão em pleno século XXI.

Por falar em escravidão – quase ia me esquecendo de outra mentira do satanismo vigente – temos a falácia eleitoralista dos pobres médicos cubanos – de quem não podemos deixar de falar da maneira como disse o orador paraibano José Américo de Almeida: “falar e falar muito, e dizer tudo, custe o que custar”.

Assiste-se no Brasil anestesiado a injustiça que se pratica no Programas Mais Médicos, com os profissionais importados. Não por serem cubanos, menos por serem médicos, mas pelo tratamento desigual e desumano que estão recebendo do Governo do Diabo no mercado de trabalho, ferindo a Constituição Federal.

EXPLODEM DESPESAS COM CARTÕES CORPORATIVOS


A conta dos cartões corporativos do governo federal ultrapassou R$ 32 milhões em setembro, mês marcado pela decisão da presidenta Dilma Rousseff de hospedar-se com sua comitiva, em Nova York, esta semana, no luxuosíssimo hotel St. Regis, onde somente sua diária custou R$ 25 mil. Desde agosto foram R$ 6 milhões torrados com cartões. A Presidência é quem mais gastou: R$ 3,6 milhões.

Sob a surrada alegação de “segurança do Estado”, o Palácio do Planalto se recusa a detalhar as despesas com cartões corporativos.

Enquanto Dilma ocupava no hotel St. Regis, líderes do seu governo negociavam reduzir reajuste salarial dos professores, em todo o Brasil.

Campanha da Dilma montou esquema de caixa dois em 2010 e deu informações falsas ao TSE


Cabos eleitorais da presidente Dilma Rousseff que aparecem como "voluntários" na prestação de contas de campanha de 2010 afirmam que receberam dinheiro pelo trabalho realizado no segundo turno da eleição. A Folha localizou 12 pessoas em Mato Grosso e no Piauí que dizem nunca ter atuado de graça, apesar de serem tratadas como prestadores de serviço sem remuneração nos papéis entregues pela campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O motoboy Fernando Araújo Matos, 23, de Teresina (PI), é um desses "voluntários" de Dilma. Ele rodava a cidade em sua moto carregando bandeiras da candidata do PT."No segundo [turno] fiquei só com a Dilma. Recebi R$ 300 e o tanque de gasolina." O nome dele e de outros cabos eleitorais aparecem em declarações individuais de "trabalho voluntário" assinadas, nas quais eles atestam estar cientes da "atividade não remunerada".

As declarações fazem parte da documentação entregue à Justiça Eleitoral, que considera "doador" quem presta serviço "voluntário". A Folha identificou ao menos 43 "trabalhadores voluntários" na prestação de contas da campanha, totalizando "doações" de cerca de R$ 20 mil. No grupo, estão os 12 localizados pela reportagem. Efetuar pagamentos de campanha e não declará-los é crime de caixa dois. O PT nega a prática e diz que suas contas foram aprovadas. No total, a campanha da atual presidente registrou arrecadação de R$ 135 milhões e despesas de R$ 153 milhões.


Nas entrevistas com os cabos eleitorais, a Folha mostrou cópias das declaração de "trabalho voluntário". A maioria confirmou a assinatura, mas disse não ter lido o documento antes. "[O trabalho] não foi de graça. Não sou otário para trabalhar de graça", disse Mariano Vieira Filho, que atuou como motoboy no PI. 

Já Luís Fernando Barbosa Nunes, 25, também motoboy na campanha de Dilma em Teresina, disse que sua assinatura foi falsificada no documento entregue ao TSE. "Nunca ia assinar meu nome errado. Está escrito Luís com z e eu não escrevo assim".

Em Cuiabá, a tecnóloga em segurança do trabalho Cristine Macedo, 48, diz ter ganho cerca de R$ 600 para panfletagem. "As pessoas que trabalharam precisavam do dinheiro. Eu trabalhei pelo dinheiro. Se falar em voluntário, ninguém vai trabalhar". 

Nas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral não há registro de pagamento a nenhum deles no segundo turno. No primeiro turno, todos trabalharam para candidatos do PT ou aliados nos Estados e foram registrados como prestadores de serviço. No segundo turno, viraram "voluntários" de Dilma.

OUTRO LADO

Procurada e informada sobre o teor da reportagem, a coordenação financeira da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, comandada pelo atual secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, José de Filippi Júnior, afirmou que a prestação de contas foi aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Os termos de trabalho voluntário foram feitos pelas coordenações estaduais da coligação e repassadas à coordenação nacional, que encaminhou para o TSE junto com toda documentação relativa à prestação de contas", disse, por meio de nota, o tesoureiro à época. Filippi Júnior disse ainda que "toda arrecadação e pagamento" foram realizados por meio de transferência bancária e registrados.

O coordenador-geral da campanha petista de 2010, José Eduardo Dutra, disse por meio de sua assessoria que o assunto não cabia a ele, porque não cuidou das finanças. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também coordenou a campanha de Dilma em 2010, disse via assessoria de imprensa que as contas foram aprovadas e que somente coube a ele a coordenação jurídica.

Também procurada no Palácio do Planalto, a assessoria da presidente Dilma Rousseff afirmou que "todas as questões relativas a 2010 são respondidas pela coordenação da campanha". 

 (Folha de São Paulo)

sábado, 28 de setembro de 2013

INVASORES DECIDEM QUEM RECEBE CASAS DO MINHA CASA, MINHA VIDA



Militância vira critério para receber moradia do Minha Casa Minha Vida

Onze das 12 entidades com projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados ao PT; quem marca presença em protestos e até ocupações ganha prioridade na fila da casa própria em São Paulo

Adriana Ferraz e Diego Zanchetta, O Estado de S.Paulo

Líderes comunitários filiados ao PT usam critérios políticos para gerir a maior parte dos R$ 238,2 milhões repassados pelo programa Minha Casa Minha Vida Entidades para a construção de casas populares na capital. Onze das 12 entidades que tiveram projetos aprovados pelo Ministério das Cidades são dirigidas por filiados ao partido. Suas associações privilegiam quem participa de atos e manifestações de sem-teto ao distribuir moradias, em vez de priorizar a renda na escolha. Entre gestores dos recursos, há funcionários da gestão de Fernando Haddad (PT), candidatos a cargos públicos pela sigla e até uma militante morta há dois anos.

A partir de repasses diretos, as associações selecionadas pelo governo federal escolhem quem vai sair da fila da habitação em São Paulo. Os critérios não seguem apenas padrões de renda, mas de participação política. Quem marca presença em eventos públicos, como protestos e até ocupações, soma pontos e tem mais chance de receber a casa própria.

Para receber o imóvel, os associados ainda precisam seguir regras adicionais às estabelecidas pelo programa federal, que prevê renda familiar máxima de R$ 1,6 mil, e prioridade a moradores de áreas de risco ou com deficiência física. A primeira exigência das entidades é o pagamento de mensalidade, além de taxa de adesão, que funciona como uma matrícula. Para entrar nos grupos, o passe vale até R$ 50.

Quem paga em dia e frequenta reuniões, assembleias e os eventos agendados pelas entidades soma pontos e sai na frente. O sistema, no entanto, fere o princípio da isonomia, segundo o advogado Márcio Cammarosano, professor de Direito Público da PUC-SP. “Na minha avaliação, esse modelo de pontos ainda me parece inconstitucional, além de escandaloso e absolutamente descabido. Ele exclui as pessoas mais humildes, que não têm condições de pagar qualquer taxa ou mesmo de frequentar atos públicos”, afirma.

50 mil pessoas. Os empreendimentos são projetados e construídos pelas associações, que hoje reúnem uma multidão de associados. São mais de 50 mil pessoas engajadas na luta pelo direito à moradia. Além das entidades dos petistas, há ainda uma outra dirigida por um filiado ao PCdoB.

A força política dos movimentos de moradia, que só neste ano comandaram mais de 50 invasões na cidade, pressionam não só o governo federal, mas a Prefeitura. Em agosto, Haddad publicou um decreto no qual se comprometeu a permitir que entidades possam indicar parte das famílias que serão contempladas com moradias em sua gestão. A promessa de campanha é entregar 55 mil até 2016 – as lideranças querem opinar sobre 20 mil desse pacote.

O cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV, ainda alerta para o um efeito colateral do esquema implementado na capital pelas entidades, que é a cooptação política dos associados, com fins eleitorais.

“O governo deve imediatamente intervir nesse processo e rediscutir as regras. Isso remete ao coronelismo. Além disso, a busca pela casa própria não pode ser um jogo, onde quem tem mais pontos ganha.”

Quem é quem. A maior parte das entidades é comandada por lideranças do PT com histórico de mais 20 anos de atuação na causa. É o caso de Vera Eunice Rodrigues, que ganhou cargo comissionado na Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) após receber 20.190 votos nas últimas eleições para vereador pelo partido.

Verinha, como é conhecida, era presidente da Associação dos Trabalhadores Sem Teto da Zona Noroeste até março deste ano – em seu lugar entrou o também petista José de Abraão. A entidade soma 7 mil sócios e teve aval do Ministério das Cidades para comandar um repasse de R$ 21,8 milhões. A verba será usada para construir um dos três lotes do Conjunto Habitacional Alexius Jafet, que terá 1.104 unidades na zona norte.

No ano passado, Verinha esteve à frente de invasões ocorridas em outubro em prédios da região central, ainda durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), e em pleno período eleitoral. Em abril, foi para o governo Haddad, com salário de R$ 5.516,55. A Prefeitura afirma que ela está desvinculada do movimento e foi indicada por causa de sua experiência no setor.

Outra entidade com projeto aprovado – no valor de R$ 14 milhões –, o Movimento de Moradia do Centro (MMC), tem como gestor Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, filiado ao PT há mais de 30 anos e atual candidato a presidente do diretório do centro. Com um discurso de críticas à gestão Kassab e de elogios a Haddad, ele também nega uso político da entidade. “Qualquer um pode se filiar a nós e conseguir moradia. Esse é o melhor programa já feito no mundo”, diz sobre o Minha Casa Minha Vida Entidades.

ATENÇÃO, INTERNAUTA, O GOVERNO QUER ESPIAR VOCÊ

Tiro do governo vai sair pela culatra, prevê idealizador do Marco Civil

Para advogado, incluir no projeto de lei mecanismo que obrigue empresas como Google e Facebook a criar data centers no Brasil afugentará companhias e provocará enxurrada de ações judiciais requerendo acesso a dados pessoais

Renata Honorato

Ronaldo Lemos (Divulgação)

Diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, o advogado Ronaldo Lemos, de 37 anos, é um dos idealizadores do Marco Civil da internet, em gestão desde 2009. O projeto de lei pretende estabelecer regras para a web brasileira, prevendo direitos e deveres de cidadãos, provedores acesso e de serviços e também do governo em relação às atividades realizadas na rede. 

Às vésperas da votação do projeto na Câmara, contudo, Lemos se insurge contra uma ideia que o governo tenta, aos 45 minutos do segundo tempo, incluir no texto. Trata-se da proposta de obrigar empresas como Google e Facebook a implantar data centers (servidores de grande porte, na prática) em território nacional para armazenar aqui dados de usuários brasileiros. É uma resposta do Planalto à suspeita de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos espionou autoridades e empresas locais — incluindo a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras. 

"Essa localização forçada fará com que as empresas de internet fujam do Brasil e com que os brasileiros se tornem clandestinos, cidadãos de segunda classe, nos serviços americanos ou europeus. Os sites terão receio de oferecer serviços a usuários brasileiros com medo de, no futuro, ter que montar um data center local", diz Lemos. 

O advogado prevê ainda que o tiro do governo sairá pela culatra no tocante à defesa da privacidade: a presença dos data centers no Brasil vai provocar uma enxurrada de ordens judiciais exigindo acesso a informações pessoais, além da retirada de conteúdos do ar — com prejuízo óbvio à liberdade de expressão. 

"Teremos filas de oficiais de Justiça com ordens para acessar dados nos data centers. Com as atuais leis brasileiras, o usuário estaria mais seguro se seus dados estivessem na Europa do que em solo nacional." 

Confira a ENTREVISTA que Lemos concedeu a VEJA.com por telefone, de Londres.

Até agora, médicos cubanos só trabalham como cabos eleitorais do PT

Reportagem de VEJA desta semana mostra que, sem autorização para iniciar os atendimentos, tudo que os médicos fizeram até agora foi aparecer ao lado de políticos do partido para exaltar o programa Mais Médicos

Alexandre Aragão e Kalleo Coura - VEJA


No palanque: Padilha, ministro e candidato a governador, recepciona os médicos cubanos: tudo filmadinho (Rondon Vellozo/ASCOM. Min. Saúde)

Tupanatinga, no agreste de Pernambuco, tem 25 000 habitantes e menos de 1 000 carros. Para chegarem lá, as médicas cubanas Norka Imberd e Norma Elías sacolejaram na estrada por quatro horas e meia desde o Recife. Estão instaladas há quase uma semana em um dos dois únicos hotéis da cidade, mas ainda não tiraram o estetoscópio da bagagem. Como continuam sem autorização de trabalho no Brasil, aproveitaram o tempo livre para desfilar sorridentes ao lado do ainda mais sorridente prefeito Manoel Tomé (PT). “Queria saudar aqui duas pessoas importantíssimas que o município acaba de receber”, discursou ele. “Elas vieram lá de ‘Cubas’ numa missão para melhorar a saúde de nossa cidade.” O fato de o prefeito não conseguir acertar o nome do país das doutoras não significa que ele ignore a força política do programa do governo federal que as trouxe a Tupanatinga -- o Mais Médicos. Prova disso é que já mandou até pintar um dos postos de saúde da cidade de vermelho e branco, as cores do seu partido.

BRASIL DO PT É UM BRASIL SEM FUTURO

É uma vergonha. Dilma corta verba e o analfabetismo cresce pela primeira vez desde 1998.

No Coturno

O analfabetismo no País, que vinha em queda constante desde 1998, voltou a crescer no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram identificadas 13,2 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever, o equivalente a 8,7% da população total com 15 anos ou mais de idade. Em 2011, eram 12,9 milhões de analfabetos, o equivalente a 8,6% do total. Em 2004, a taxa de analfabetismo brasileira chegava a 11,5%. Os dados estão na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad 2012), divulgada nesta sexta-feira. O levantamento consultou 147 mil domicílios em todo o Brasil.

Não poderia ser diferente. Observem o que aconteceu com as verbas do Programa Brasil Alfabetizado no Governo Dilma Rousseff. As verbas de combate ao analfabetismo foram praticamente zeradas. Acabou o combate a esta chaga, a esta vergonha, a esta indignidade chamada analfabetismo. Vejam:


Em 2011, foram aplicados mais de R$ 600 milhões. A verba foi reduzida a pouco mais de 10% em 2012, ficando em R$ 69 milhões. Em 2013, até agora, foram aplicados míseros e vergonhosos R$ 9 mil reais. Este valor é um terço do que Dilma Rousseff pagou por uma diária em hotel de luxo em New York, recentemente. Não é à toa que o alfabetismo está subindo.


A mão que faz politicagem com crianças é a mesma que corta as verbas

Em novembro de 2012, Dilma lançou um Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Uma medida provisória foi aprovada pelo Senado. Ela tinha como objetivo estimular as escolas e os professores a se engajarem no projeto de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. O governo prometia distribuir, em 2013, R$ 500 milhões para as instituições educacionais que apresentassem os melhores desempenhos. O dinheiro seria repassado na forma de premiações às experiências bem-sucedidas. A MP virou lei em abril deste ano, mas nada foi feito. Neste ano, apenas R$ 5,6 milhões foram distribuídos aos estados, na forma de apoio à alfabetização.

No seu discurso pomposo, quando lançou o Pacto, Dilma afirmava:

Vamos também premiar o mérito. Premiar o que está dando certo. Professores e escolas que se destacarem, que conseguirem alcançar os melhores resultados receberão prêmios... nós iremos, primeiro, distribuir R$ 500 milhões... nós consideramos que é fundamental que o Brasil, a cada ano, reconheça e valorize professores alfabetizadores, e torne professores alfabetizadores nos professores com os maiores status no nosso país.

Como sempre, tudo é lindo e maravilhoso no marketing e na propaganda nacional-socialista do PT. Até mesmo esta chaga social do analfabetismo, que não para de crescer, envergonhando o nosso país.

DESGOVERNO RESPONSÁVEL PELO RETROCESSO NA ECONOMIA E NAS CONQUISTAS SOCIAIS


Pela primeira vez em 15 anos, a taxa de analfabetismo parou de cair, interrompendo a tendência de queda contínua --mais acentuada no fim dos anos 90. (O Brasil avançava nas conquistas sociais com o empenho do então ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, e de Ruth Cardoso, que promoveu uma série de ações contra a miséria e o analfabetismo. Tudo isso foi interrompido depois que o PT assumiu. Usurparam apenas os programas de distribuição de renda, porém desvirtuaram seu propósito de oferecer oportunidade aos excluídos socialmente para se limitar ao assistencialismo eleitoreiro).

O percentual de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever no país passou de 8,6% para 8,7% entre 2011 e 2012. Entre os brasileiros com 60 anos ou mais, o percentual chegou a 24,4%. Na outra ponta, a menor taxa foi entre jovens de 15 a 19 anos (1,2%). Restam 13,2 milhões de analfabetos no país, envergonhando o Brasil diante do mundo. A chaga do Brasil é o Nordeste, que concentra o maior número de beneficiários da Bolsa Família e mais da metade dos analfabetos de 15 anos ou mais. A taxa chega a 17,4%, ante os 4,4% do Sul.

A redução da desigualdade no país também estagnou no ano passado e a distância da remuneração entre homens e mulheres aumentou. O motivo para esse cenário na igualdade é que o rendimento dos mais ricos subiu num ritmo mais acelerado do que o dos mais pobres. O retrato da Pnad evidencia, segundo analistas, o esgotamento do modelo de transferência de renda às famílias na base da pirâmide como forma reduzir a desigualdade, especialmente com o baixo crescimento econômico a partir de 2011. O dado que sintetiza a maior concentração é o fato de a renda da faixa dos 1% mais ricos ter crescido 10,8%, numa velocidade superior à média (5,8%) e à dos 10% mais pobres (6,4%). O movimento foi mais marcante no Nordeste e no Sudeste. 

(Com informações da Folha)

MANIFESTANTES PAULISTANOS SÃO AGREDIDOS POR MILITANTES PETISTAS

Protesto em evento do PT acaba em pancadaria em SP
Encontro do partido na capital paulista foi cenário de ato contra mensaleiros. Polícia Militar interviu para evitar confronto entre manifestantes e militantes



PM segura manifestante ferido em protesto contra o mensalão em SP (Gabriela Biló / Estadão Conteúdo)

Um protesto contra os mensaleiros terminou em confusão na noite desta sexta-feira, em São Paulo, quando manifestantes entraram em confronto com militantes do PT e com a Polícia Militar em frente ao local em que era realizado um evento do partido.

O protesto começou no início da noite, na Avenida Paulista, e reuniu cerca de cem pessoas. Entre as pautas do grupo, estava o repúdio à aceitação dos embargos infringentes pelo STF, decisão que prolongou o julgamento do mensalão por tempo indefinido.

Diversas vias da capital paulista foram interditadas durante a passagem do grupo, que caminhou até a Casa Portugal, na Avenida Liberdade, centro de São Paulo, local de eventos que sediava um encontro do PT. A festa lançou a candidatura do ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza à presidente estadual do partido e também serviu para promover o ministro da Saúde Alexandre Padilha, provável candidato petista ao governo de SP em 2014.

Tumulto - A confusão começou quando um motociclista tentou furar o bloqueio dos manifestantes na avenida e quase foi agredido. Também houve um princípio de tumulto quando alguns militantes petistas deixaram o local do evento e trocaram xingamentos e socos com manifestantes. A PM interviu para separar os dois lados. Alguns manifestantes tiveram ferimentos leves e duas pessoas foram detidas.

No momento em que as bombas da Tropa de Choque estouravam do lado de fora, o ex-presidente Lula discursava no evento pedindo apoio à reeleição de Dilma e à candidatura de Padilha. Durante o tumulto, os organizadores do encontro petista fecharam as portas do salão para evitar mais problemas.

(Com Estadão Conteúdo)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MÃE DO PAC EMPACADO AGORA TAMBÉM É OFICIALMENTE MÃE DA ESGOTOSFERA

Foto: Então...

A Folha de hoje publica matéria sobre o assunto do momento, a postagem do blog da Dilma que associa a imagem de Joaquim Barbosa a um macaco, mas alega que o fato causou constrangimento ao governo como se não tivesse nada a ver com isso.

Repito o que escreveu Reinaldo Azevedo, o “Blog da Dilma” só continua no ar, mesmo com as indignidades a que volta e meia se entrega, porque a dona do nome permite: Dilma!

E tem mais, a baixaria veiculada por essas páginas que puxam o saco do governo petista, espalham boatos maldosos para desqualificar os adversários do partido e fazem o diabo para destruir reputações de quem os contraria é financiada com dinheiro público. Acessem e confiram que contam com patrocínio de estatais e mantêm ligações com as principais lideranças do PT, principalmente Lula e Dilma.

Vejam mais um exemplo do que essa gente faz no post do Coturno:

Dilma recebe detrator e caluniador dos seus adversários nas redes sociais. Só não revelou a "bolada" que deve estar pagando.


Dilma Bolada, a famosa personagem fictícia da presidente da República, encontra-se agora com a verdadeira Dilma para uma entrevista. A agenda era esperada por Jeferson Monteiro, autor da versão virtual da petista. A presidente real aproveitou a reunião com o internauta para resgatar seu perfil no Twitter, desativada desde 2010. Tanto o encontro quanto sua reaparição no microblog fazem parte de uma ação do Palácio do Planalto para promover mais ativismo digital do governo nas redes sociais. Nesta sexta-feira (27), o porta-voz da presidente, Thomas Traummann apresenta oficialmente o novo portal do governo. 
(Da Folha Poder)

Dilma, ao receber Jefferson Monteiro e sua camisa vermelha, oficializa os ataques mentirosos e agressivos que ele organiza no twitter e facebook. A baixaria passa a ser oficial. Nenhum presidente da República do mundo utiliza qualquer meio de comunicação com tanta irresponsabilidade. A não ser Dilma, a partir de agora a Mãe da Esgotosfera.






quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SE DILMA PISCAR..."TEM GENTE" DE VOLTA AO JOGO TORCENDO POR SUA DESGRAÇA

Eduardo Campos: Se Dilma piscar, Lula será candidato; segundo governador, presidente avalia que Serra será candidato

Por Reinaldo Azevedo
Se o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), vai mesmo ser candidato ou não, isso ainda não dá para saber; se tem ou não chance de emplacar, idem. Realiza uma primeira etapa bem-sucedida: ele tem hoje uma forte presença na imprensa e junto ao empresariado — sabe gerar notícia e está devidamente estruturado para isso. Também se mostra um analista competente do quadro político.
Abaixo, há trecho de uma. A exemplo do que se escreveu neste blog, o governador também leu a entrevista que Lula concedeu a sindicatos como uma espécie de, bem…, de ameaça. Ao afirmar que está “de volta ao jogo”, o chefão petista emendou: “para a desgraça de alguns”. Campos também pergunta: “desgraça de quem?”. O governador revela parte de sua conversa com Dilma. Segundo diz, a presidente lhe teria feito um alerta: ““Você e o Aécio devem ficar espertos porque o Serra será candidato!” Por que Dilma faria uma observação dessa natureza a potenciais adversários? Para colaborar com eles? Não deve ser.
O possível candidato do PSB à Presidência avalia que a candidatura de Serra pelo PPS seria positivo para o campo dos adversários de Dilma, muito especialmente se Marina Silva, da Rede, não se candidatar. Leiam trecho de reportagem de Maria Lima no Globo Online.
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Na conversa de mais de uma hora que teve com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, quando foi lhe comunicar o rompimento do PSB com seu governo, o presidenciável Eduardo Campos ouviu dela um alerta: “Você e o Aécio devem ficar espertos porque o Serra será candidato!” Em sua passagem ontem por Brasília, ao analisar a conjuntura pós rompimento com os aliados, o governador pernambucano fez uma leitura da entrevista em que o ex-presidente Lula diz estar “no jogo”, para alegria de uns e desgraça de outros. E devolveu o alerta: “Se a presidente Dilma piscar, Lula volta”. “Desgraça de quem? Foi uma entrevista muito significativa, cheia de recados. Pra nós e para Dilma. Lula tem até março para se decidir. Se Dilma piscar, ele pega!”, avaliou Eduardo Campos, para quem a luta da presidente, hoje, é para cristalizar um patamar de 35% do eleitorado nacional e segurar uma ala do PT “que perdeu completamente a razão”.
Na avaliação dos socialistas, a presidente Dilma perde a cada dia o apoio de lideranças expressivas do PT de São Paulo, entre elas o ex-líder Cândido Vaccarezza e atual, Arlindo Chinaglia. União do PT, atualmente, só mesmo em torno da pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nome com o qual os petistas esperam tirar os tucanos do governo de São Paulo.
Eduardo Campos concorda com Dilma em um ponto: o ex- ministro José Serra , sem espaço no PSDB, será mesmo candidato pelo PPS, a presidente ou senador. Mas não veste a carapuça de que isso seja necessariamente ruim para a sua candidatura. Continua achando que um candidato competitivo a mais, no campo das oposições, ajuda a levar a disputa com a favorita para o segundo turno.
Isso porque, na avaliação feita com os aliados antes da reunião da Executiva nacional ontem, a candidatura de Marina Silva ainda é uma incógnita, caso seja inviabilizada a criação do partido Rede Sustentabilidade. O entorno de Campos avalia, entretanto, que como candidata à Presidência, Marina pode repetir o fenômeno Celso Russomano, em São Paulo: ter uma subida inicial vertiginosa, numa faixa do eleitorado que quer fugir da polarização PT x PSDB, mas quando a campanha começar para valer e a fragilidade e essência da candidata forem explicitadas, ela pode perder os apoios e voltar ao seu teto de 20 milhões de votos mais cativos.
“O voto de Marina não é um voto duro. É um voto mole, fácil de tirar num segundo momento”, avaliou o deputado Márcio França (PSB-SP), que o PSB negocia para integrar a chapa de reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Com o campo aberto, depois do rompimento com o governo Dilma e o expurgo dos dissidentes dilmistas do PSB, Eduardo Campos se prepara para uma nova etapa de sua pré-candidatura. Além da articulação mais direta agora para a recomposição de apoios perdidos no Ceará e no Rio de Janeiro, sábado ele grava as primeiras cenas para o programa semestral de rádio e TV do PSB, que irá ao ar no inicio de outubro.
(…)

Terapia de Grupo Infraestrutural

O ex-governador de São Paulo José Serra escreve no Estadão de hoje um ótimo artigo sobre a economia brasileira. 
Serra define a relação do governo Dilma com as concessões como “terapia infraestrutural de grupo” — todo mundo se entrega a um "debate da relação", mas sem sair do lugar. É o Brasil medíocre e empacado da ERA PT.
Leiam trechos.
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A economia brasileira teve um suspiro de alívio com o anúncio de que o banco central dos EUA (Fed) não vai abrandar seu estímulo monetário. Apesar da inflação baixa (1,5% ao ano) e do juro real negativo, a economia americana continua a exibir desempenho modesto: a utilização da capacidade instalada aumentou só 1% nos últimos 12 meses, o PIB crescerá 1,7% em 2013 e o desemprego é de 7,3%. Assim, o estímulo, mediante compra massiva de ativos pelo Fed, vai ser mantido no atual ritmo ao menos até o ano que vem.
Isso contrariou as expectativas do mercado financeiro mundial e vai diminuir a pressão sobre a taxa de câmbio no Brasil, arrefecendo seu impacto sobre a inflação. Haverá um pouco menos de especulação e algo mais de ingresso de capital externo, mesmo porque agora os juros domésticos são maiores e continuarão a subir. Daí o suspiro. Suspiro virar fôlego são outros 500… Uma coisa está clara: a ideia de que a economia brasileira seria dinamizada já neste ano pelo boom de investimentos em infraestrutura e petróleo, com pujantes efeitos sobre a demanda a curto prazo, se desvaneceu.
O exemplo recente das concessões de estradas é eloquente. Duas foram postas em leilão. Uma (BR-050) funcionou porque o governo errou nos cálculos: previu mais investimentos dos futuros concessionários que o necessário. A outra (BR-262) não deu em nada, pois o governo acertou nos cálculos e seu modelo era, como sempre foi, inviável, apesar de repleto de subsídios fiscais e de crédito, volumosos e casuísticos.
O ceticismo dos críticos é confirmado pelas declarações da zelosa ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esta semana no jornal Valor. Suas justificativas e sua franqueza evidenciam que, no 11.º ano de governo, o PT não sabe o que fazer com as concessões. Ela chega a dizer que a da BR-101 na Bahia vai ficar por último “a fim de termos uma avaliação melhor”. E continuou: “Se chegarmos à conclusão de que é impossível fazer concessão, vamos migrar para obra pública”. Quantos anos já transcorreram e quantos ainda teremos pela frente até essa terapia infraestrutural de grupo chegar ao fim?
(…)
Na área de energia, os descaminhos não são diferentes. O modelo de concessões de petróleo aprovado pelo governo FHC nos anos 1990 funcionava muito bem. As reservas do pré-sal foram descobertas por causa disso. Mesmo para quem aprecia o peso estatal, trata-se de um modelo forte, pois, no limite, via royalties e participações especiais, o governo poderia apropriar-se de até 70% das receitas geradas.
Foi então que, sem nenhum motivo racional, mas movido pelos interesses corporativistas, fisiológicos e eleitoreiros, o governo decidiu, em 2010, implantar um modelo de partilha para novas explorações no pré-sal, obrigando a Petrobrás a deter pelo menos 30% do capital e criando uma nova estatal – Petrosal! -, que controla o comitê gestor de cada campo.
Perdeu-se muito tempo para começar a implantar esse modelo, como se os frutos do petróleo não representassem dinheiro e empregos. Vejam só: no período de janeiro a julho, o déficit comercial brasileiro de petróleo e derivados saltou de US$ 9 bilhões para US$ 20 bilhões, entre 2012 e 2013! Mais ainda, as novas exigências quebraram a Petrobrás, que não tem recursos financeiros, técnicos e operacionais para cumprir suas obrigações. Paralelamente, diga-se, o governo suspendeu ou atrasou concessões mesmo nos campos que pertenciam ao modelo antigo. A troco de quê? De nada!
(…)
O Fed deu agora um pouco de oxigênio a esse modelo moribundo. Animado, ele sai do leito e ensaia passos do samba-exaltação Ninguém Segura este País. Sou da oposição, mas essa crise não me agrada. A esta altura da vida, sei muito bem que “quanto pior, pior”. E é preciso ter a coragem de dizê-lo.

BLOGS FINANCIADOS COM NOSSO DINHEIRO E A BAIXARIA NA INTERNET

Foto: Então...

Blog da Dilma” tira montagem racista do ar. Ou: Os blogs vinculados à “presidenta”

O tal “Blog da Dilma” tirou do ar a montagem que associa a imagem do ministro Joaquim Barbosa à de um macaco, conforme denunciei aqui no dia 23. O branco Celso de Mello não sabe o que é pressão. Por isso o nosso Rui Barbosa de Tatuí reclama no jornal de sua cidade natal… A manifestação explícita de racismo foi severamente criticada nas redes sociais. Se alguma associação que combate o preconceito racial se manifestou, não fiquei sabendo. Parece que certos setores ideológicos podem ser racistas sem ser importunados pelos militantes.
À Folha, Thomas Traumann, porta-voz da Presidência da República, informa: “”O único blog vinculado com a presidenta Dilma ou com a Presidência da República é o Blog do Planalto”.
Pois é… Ocorre que o “Blog da Dilma” só continua no ar, mesmo com as indignidades a que volta e meia se entrega, porque a dona do nome permite: Dilma! De toda sorte, não é o que se faz de mais doloso na área. Inaceitável mesmo é que exista uma miríade de veículos financiados com dinheiro público com o propósito de puxar o saco do governo e do PT e de atacar, em termos no mais das vezes inaceitáveis numa sociedade civilizada, aqueles que são considerados “inimigos”: políticos, jornalistas e juízes.
São, Traumann não tem como negar, páginas de algum modo “vinculadas à presidenta (como ele diz) da República”. Financiar com dinheiro público o oficialismo já seria, em democracias normais, inaceitável. E o que dizer então de usar verbas de estatais para promover a baixaria?
Por Reinaldo Azevedo

O DESGOVERNO PETISTA USOU E ABUSOU DO LEGADO DE FHC, MAS ESTRAGOU TUDO

'Progresso no Brasil acabou', diz editor da The Economist



Michael Reid, editor de seção América da revista britânica, avalia que os protestos pelo país há dois meses mostraram a frustração com os serviços oferecidos pelo governo.

A capa da edição deste mês da revista traz a perguta "O Brasil estragou tudo?" e mostra o Cristo Redentor como um foguete desgovernado. A imagem faz referência à uma publicação de quatros anos atrás, que tinha como título "O Brasil decola".



Quatro anos após afirmar que o Brasil estava “decolando”, a revista britânica “The Economist” se pergunta, na reportagem de capa de sua edição de 28 de setembro para a Ásia e América Latina, se o país “estragou tudo”.

Em novembro de 2009, uma reportagem de capa de 14 páginas afirmava que o Brasil estava em alta, tendo sido um dos últimos a entrar na crise financeira mundial de 2008 e um dos primeiros a sair."Sua economia está crescendo novamente a uma taxa anualizada de 5%. E o crescimento deve acelerar nos próximos anos, quando novas grandes reservas de petróleo em águas profundas começarem a produzir e enquanto os países asiáticos ainda têm fome pela comida e minerais do solo vasto e rico do Brasil", diz a "Economist" à época.

Já na publicação deste ano a revista aponta que o crescimento econômico está travado, e se pergunta se a presidente Dilma Rousseff conseguirá “religar os motores”.Segundo a “Economist”, desde a reportagem de 2009, o país “voltou à Terra”. Com o crescimento de 0,9% registrado no PIB de 2012 e os protestos iniciados em junho, “os maiores em uma geração”, “muitos agora perderam a fé na ideia de que seu país estava em direção à órbita e diagnosticaram mais um voo de galinha”, diz a revista.

A publicação, no entanto, afirma que há desculpas para a desaceleração. “Todas as economias emergentes perderam ritmo. Alguns dos motores por trás do crescimento anterior do Brasil – os ganhos com o fim da hiperinflação e a abertura comercial, a alta dos preços das commodities e os grandes aumentos no crédito e no consumo – já terminaram de render”.

O Brasil, no entanto, fez muito pouco nos anos de crescimento, diz a revista, apontando que o setor público são um peso muito grande para a iniciativa privada, e que o país tem a estrutura tributária mais onerosa do mundo.“Esses problemas têm se acumulado ao longo de gerações. Mas Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentá-los, e criou mais problemas interferindo mais que o pragmático Lula. Ela assustou investidores para longe de projetos de infraestrutura e minou a reputação brasileira de retidão macroeconômica ao pressionar o presidente do Banco Central a cortar as taxas de juros”, diz a reportagem. 

(O Globo)

DA IMAGINAÇÃO À REALIDADE

O looping do Cristo Redentor revoga a decolagem que não houveAugusto Nunes

O BRASIL DECOLA, equivocou-se a capa da revista  The Economist em novembro de 2009. Sempre surfando na marolinha imaginária, o presidente Lula promoveu a publicação inglesa a porta-voz do planeta e juntou a reportagem à papelada que justificaria o registro em cartório do Brasil Maravilha.
Ao longo de 2012, The Economist tratou de reparar o escorregão triunfalista. Debochou das previsões pilantras de Guido Mantega, recomendou à presidente Dilma Rousseff que fizesse imediatas correções de rota na política econômica, espantou-se com a incompetência dos tripulantes. Mas só agora a ficha caiu, informa a capa da mais recente edição.
O BRASIL ESTRAGOU TUDO?, pergunta The Economist.  O tremendo looping do Cristo Redentor avisa que, quase quatro anos depois da decolagem que não houve, os editores da revista descobriram que a potência emergente sul-americana só existiu na cabeça baldia do maior dos governantes desde Tomé de Souza.
É nisso que dá acreditar no quer Lula diz.

Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist

Em especial de 14 páginas, revista britânica aponta os erros cometidos pela administração da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade




Revista ironiza chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes. Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. 

A The Economist é categórica ao afirmar: "até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".

O especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. (...)

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

(...) "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Íntegra AQUI.

REAÇÃO MERECIDA CONTRA A GRANDE FARSA

JARBAS VASCONCELOS CRITICA LULA POR ATAQUE À CPMF

Por: Myrcia Hessen

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) criticou nesta quinta-feira (26) o ex-presidente Lula por lembrar, em entrevista, da rejeição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e ter acusado a oposição de querer “prejudicá-lo”. Segundo Jarbas, o povo brasileiro teria sido lesado com a supressão de R$ 40 bilhões para a saúde caso fosse feito novo adiamento do fim da contribuição.
O senador classificou a fala de Lula como “uma mentira deslavada” e lembrou que a CPMF foi criada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), em 1997, para financiar exclusivamente a saúde. “Começaram as distorções e virou uma festa o dinheiro desse imposto”, afirmou. Jarbas enfatizou que a contribuição foi prorrogada várias vezes com oposição do PT e, agora, “Lula inventa que isso foi contra ele”, afirmando que “tiraram R$ 40 bilhões dele”. 
“Tiramos R$ 40 bilhões de imposto, da carga tributária, que ele tentou tirar várias vezes e não alcançou sucesso”, acusou. “Essa história de dizer que foi contra Lula não é verdade”, garantiu.
Para o parlamentar, o PT foi à tribuna lutar contra a CPMF e ameaçar, assim como fez contra o Plano Real, a  Lei de Responsabilidade Fiscal, o Proer e outras medidas que “conseguiram, juntas, estabilizar o país”. “[O Brasil] nem moeda tinha. Até a implantação do Real, éramos um país sem moeda! O Brasil da época do Cruzeiro e do Cruzado era um país avacalhado”, afirmou.

VINTE RAZÕES PARA VOTAR CONTRA O PT EM 2014

MENSALÃO: Chega de LUTO diante da decisão do Supremo. Vamos trocá-lo pela LUTA para tirar o lulopetismo do poder, com o VOTO . Eis 20 RAZÕES para votar contra o PT em 2014

Ricardo Setti

O voto em outubro de 2014 é a grande arma para mudar o atual estado de coisas (Foto: Agência Senado)

CHEGA DE LUTO. A decepção pela decisão do Supremo de aceitar os embargos infringentes e, com eles, esticar o julgamento da quadrilha de mensaleiros até Deus sabe onde — com o risco de crimes graves serem prescritos, e quadrilheiros saírem livres, leves e soltos — foi um golpe duro na confiança na Justiça.

Escrevi dias atrás que jogava a toalha, e, quanto ao Supremo, joguei mesmo. Se vier cadeia para aqueles que tentaram um golpe de Estado branco contra a democracia, me considerarei no lucro. Mas, infelizmente — admito –, não deposito esperanças no tribunal.

Isso não me impedirá de continuar a escrever apontando as mazelas do lulopetismo que nos governa há já quase treze anos. Muito menos de apontar, sempre, a necessidade de não jogar a toalha quanto às ELEIÇÕES — não apenas para a Presidência, mas para o Congresso, algo para que grande parte dos brasileiros não dá a devida atenção na hora de votar.

Insistirei, sempre, na necessidade de tirar essa gente do poder pelo instrumento democrático do voto.

E começo hoje, dia em que dou um basta ao luto e proponho, em seu lugar, a LUTA política, por apontar PELO MENOS 20 RAZÕES PARA VOTAR CONTRA O PT NO ANO QUE VEM — o que significa votar contra o projeto hegemônico de Lula.

Leia AQUI.

EM NY, DILMA DÁ AULA DE COMO ESPANTAR INVESTIDORES

VEJA

Nova York: Dilma diz que governo "respeita contratos" (Celso Junior/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff mostrou, mais uma vez, nesta quarta-feira, que não só não simpatiza com investidores estrangeiros como também subestima sua inteligência. Dilma compareceu a um evento organizado pelo Goldman Sachs em Nova York para tentar atrair clientes do banco para investir em projetos de infraestrutura no Brasil. Sua ida ao evento, por si só, é coisa rara. A questão é que ela desperdiçou a oportunidade. Mais: ela piorou, como se ainda fosse possível, a avaliação que fundos e empresários de fora têm do Brasil nos últimos três anos. Em vez de aproveitar o evento para tentar quebrar o muro que separa o governo dos investimentos privados, a presidente aumentou sua extensão. Repetiu que o país vai muito bem, obrigada, que os projetos de infraestrutura são "muito rentáveis" para o setor privado e que "não há risco jurídico".

Para os investidores desavisados, dizer que o Brasil vai bem não é a maior das mentiras. Afinal, é fácil constatar que o país está em melhor situação que os endividados europeus ou que emergentes politicamente instáveis, como a Rússia. Contudo, colocar em evidência a atratividade das concessões de infraestrutura num momento em que planos fracassam, como no caso da BR-262, que não teve interessados, ou do trem-bala, que teve de ser engavetado por falta de consórcios, beira a ingenuidade — ou a falta de bom-senso. No leilão do campo de Libra, por exemplo, apenas onze empresas pagaram a taxa para participar. O governo esperava, pelo menos, quarenta. As gigantes do setor, como Chevron, BP e Exxon, preferiram não entrar. "Estamos colocando o investimento em infraestrutura como prioridade para o crescimento do país", disse a presidente, em Nova York.

Mas nada soou mais nocivo aos ouvidos dos que estavam presentes do que a afirmação de que o Brasil cumpre contratos e não representa qualquer risco jurídico para investidores. O erro começa na própria necessidade de a presidente fazer tal afirmação. Um país que respeita contratos não precisa se afirmar aos investidores porque o fato é percebido como ponto pacífico. O México, país latino-americano que vem sendo constantemente comparado ao Brasil, tem vindo a público anunciar reformas estruturais, e não dizer que respeita seus acordos.

A afirmação feita por Dilma contradiz de forma desconcertante os três anos de seu governo marcados por insegurança jurídica. 

Para citar alguns casos, o acordo automotivo com o próprio México, que foi quebrado em 2011 — e foi para o lixo junto com o acordo de livre-comércio que vinha sendo costurado entre os dois países. 

Outro momento histórico de risco jurídico conduzido por ideologia protecionista foi o aumento de 30 pontos porcentuais no imposto sobre produtos industrializados (IPI) dos automóveis importados, também em 2011 — que prejudicou consumidores e feriu a competitividade da indústria. 

Mais tarde, houve o plano Inovar-Auto, que se propôs a flexibilizar o aumento do IPI para as montadoras que decidissem abrir fábricas no país. Tais mudanças fizeram com que empresas do setor paralisassem investimentos e reavaliassem seus planos para o Brasil, diante da insegurança.

O risco jurídico mais nocivo para a imagem do país, no entanto, veio apenas no segundo semestre do ano passado, com as mudanças no setor elétrico. As novas regras — que obrigavam as empresas a abandonar as concessões caso não se submetessem a uma redução de tarifas forçada pelo governo — foram vistas pelo empresariado como o início da degradação de um dos segmentos econômicos mais previsíveis do país. E previsibilidade, no mundo dos negócios, é fator preponderante que Dilma parece desconhecer.

'O MUNDO FORA DAQUI'

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, voltou a defender a tese favorita (e derrotada no Supremo) do alto comando petista: a de que o Mensalão foi “apenas a prática de Caixa Dois, e não desvio de dinheiro público, como restou provado no julgamento”. O ministro se engana: o STF apurou o desvio de R$ 170 milhões, em valor não atualizado, e o suborno de parlamentares para que votassem com o Governo. Mas este é só um equívoco; o importante é que Gilberto Carvalho, alto dirigente do partido, influente integrante do Governo, acha que Caixa Dois é crime menor, ou nem crime é.
Nos Estados Unidos, o ex-deputado democrata Jesse Louis Jackson Jr., filho de um herói da luta pelos Direitos Civis, o pastor Jesse Jackson, foi condenado em agosto último a 30 meses de prisão, em regime fechado (já está preso), por ter abastecido o Caixa Dois de sua campanha com US$ 750 mil ─ pouco menos de dois milhões de reais. Seus bens estão sendo leiloados para que o dinheiro irregular seja devolvido aos cofres públicos.
O deputado israelense Omri Sharon, filho de um herói nacional, o general e ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, comandou o Caixa Dois de uma campanha de seu pai. Foi julgado e condenado a nove meses de prisão, com perda de mandato e multa equivalente a US$ 64 mil ─ cerca de R$ 150 mil. O pai, inconsciente desde que sofreu um derrame cerebral, não pôde ser julgado.
Convenhamos: que falta faz o ministro Gilberto Carvalho em outros países!
Todos os enrolados…
A ministra-chefe da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann, provável candidata do PT ao Governo do Paraná, vê outro de seus assessores envolvido em escândalo: depois de Eduardo Gaievski, preso em Curitiba sob a acusação de pedofilia, agora é Idaílson Macedo, acusado pela Polícia Federal de corromper prefeitos para atrair investimentos dos fundos de pensão municipais, algo como R$ 300 milhões.
Chamam a atenção as jovens encarregadas de atrair os prefeitos, muitas integrantes do elenco de Jeanny Mary Corner, empresária brasiliense do ramo de entretenimento sexual. Idaílson, do PT de Goiás, é funcionário do Ministério de Relações Institucionais, de Ideli Salvatti, mas foi indicado por Gleisi.
…de Gleisi Hoffmann
Além dos acusados de pedofilia e de corrupção, há mais gente ligada a Gleisi Hoffmann enfrentando problemas. Luiz Antônio Tauffer, subchefe de Monitoramento da Casa Civil, furou um bloqueio policial em Brasília e teve a carteira de motorista cassada (por que furou o bloqueio? Ah, deixa pra lá).
E há Carlos Carboni, antigo chefe de Gabinete de Gleisi, hoje coordenador de sua campanha ao Governo do Paraná. Carboni é casado com Lucimar Carboni, cuja empresa assessora prefeituras paranaenses que buscam verbas em Brasília. Era uma situação esquisita, o marido de um lado do balcão, a esposa do outro. Ele então trocou de cargo. Mas a Consultoria e Assessoria Empresarial Carboni continua funcionando no mesmo setor. E o marido da dona, embora fora do Ministério, ficou até mais forte junto da ministra, como seu chefe de campanha.
Voa, dinheiro, voa! 
Para que serve um helicóptero? Depende: o Bell 412 azul e amarelo comprado novinho em setembro de 2010, por R$ 14 milhões, serve para ficar em terra, paradinho. As equipes da Polícia Federal, que ele deveria transportar, que se virem para chegar ao destino. Voltemos ao começo: o helicóptero voou entre março e outubro de 2012. Então, por falta de contrato de manutenção, parou, e está em terra até hoje. Só isso? Não, que aí seria barato demais: o Governo pagou o treinamento de quatro pilotos, durante dois meses, nos Estados Unidos. Como o helicóptero estava parado, não puderam renovar a licença de pilotagem no Brasil.
O helicóptero ultrapassou, em janeiro último, o prazo de inspeção, e a ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, suspendeu seu Certificado de Aeronavegabilidade.
Resumindo: o helicóptero não voa porque não tem contrato de manutenção, a inspeção está vencida e não conta com piloto habilitado. Os pilotos não estão habilitados porque o helicóptero não voa. E você, caro leitor, paga a conta sem ter o serviço, porque o Governo não consegue desmanchar este nó.
Compra, dinheiro, compra! 
O vereador Nabil Bonduki, do PT paulistano, é o autor do projeto da Bolsa Blog, que tramita na Câmara Municipal. Por ele, a Prefeitura dará R$ 70 mil do seu, do meu, do nosso dinheiro a “projetos de mídia independente”. Tudo a fundo perdido: R$ 70 mil para cada projeto, que com dinheiro alheio a Prefeitura não vai regular micharia. Os projetos, claro, serão aprovados por uma comissão. Quem forma a comissão? Quatro pessoas indicadas pela Administração petista e quatro indicados por “movimentos sociais” ─ talvez até haja algum que não seja petista. Os projetos aprovados não poderão ter finalidade lucrativa.
Traduzindo, de alguma forma vão ter de arrumar mais dinheiro público para sobreviver.
Mexe-mexe
Paulinho da Força (Solidariedade) deu um pula-pula de presente ao deputado Arlindo Chinaglia (PT). Será convite para pular o muro e buscar nova legenda?