quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist

Em especial de 14 páginas, revista britânica aponta os erros cometidos pela administração da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade




Revista ironiza chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes. Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. 

A The Economist é categórica ao afirmar: "até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".

O especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. (...)

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

(...) "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Íntegra AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário