sábado, 14 de setembro de 2013

CONTROLE AVANÇA SEM OBSTÁCULOS

O pessoal das redes sociais vem se manifestando e alertando aos que buscam informação sobre o perigo que nos ronda, a todos nós brasileiros, que é a pressa do desgoverno em estabelecer o controle da internet. Por este motivo, repito o que já publiquei dias atrás:


Nada mais óbvio que o factóide recentemente lançado pelo marketing do governo, o da espionagem, faz parte de uma ação orquestrada para convencer a população da necessidade do controle da internet.

O que isso significa? Que a incompetência dos órgãos responsáveis pela inteligência (Abin e Controladoria-Geral da União principalmente) não importa e quem tem que pagar o pato por suposta invasão na rede é o internauta que perderá o direito à liberdade de expressão?


Pois o controle deverá se estender ao conteúdo dos veículos de comunicação, privando-nos do direito de escolha ao impor uma programação limitada, de acordo com suas conveniências. 
Confiram a análise do jornal britânico Financial Times, publicada na VEJA:

Para FT, governo usa espionagem como desculpa para protecionismo

Política de conteúdo nacional no setor de telecomunicações causará ainda mais danos à economia do país, diz jornal

Espionagem abre espaço para mais ideias protecionistas do governo, diz FT (Celso Junior/Reuters)

O programa de espionagem norte-americana no Brasil, vazado pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, pode se transformar em desculpa para o governo brasileiro intensificar sua política protecionista, segundo análise do jornal britânico Financial Times.

Segundo o blog Beyondbrics, do FT, as últimas declarações de membros do governo - e da própria presidente Dilma - indicam que o país poderá lançar mão de uma política de conteúdo nacional no setor de telecomunicações que causará ainda mais danos à economia do país, que já está "sem fôlego".

O jornal cita o centro de certificação anunciado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que será de uso obrigatório de todas as empresas presentes no país (de telecom ou não) e que terá como função "bloquear espiões da NSA". "Que surpresa que esse escândalo tenha disparado os reflexos agudos de protecionismo do Brasil", ironizou o Beyondbrics.

O FT também cita pontos do marco civil da internet como forma insustentável de "proteger" dados brasileiros. "Os políticos brasileiros obviamente não pensaram em por que diabos essas propostas funcionariam num mundo em que empresas de tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento e o fluxo de informação são verdadeiramente globais", diz o jornal.

De acordo com o artigo, como resultado dessas medidas, o país deverá ficar para trás em tecnologia e os custos aos consumidores subiriam devido ao monopólio de empresas locais detentoras dos produtos exigidos pelo governo. "Enquanto isso, os espiões dos Estados Unidos ficarão tão felizes espiando brasileiros por meio dos equipamentos locais como ficam ao usar redes globais".

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