quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SOMBRA ARGENTINA

Por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - O GLOBO

A mudança dos pesos do índice de inflação medido pelo IBGE chegou tão na hora certa para o governo que levantou dúvidas.
É difícil acreditar que os itens empregada doméstica e educação estão pesando menos nos orçamentos.
O IBGE tem um lastro de credibilidade, mas isso é como cristal: não pode trincar.
O instituto ontem soltou nota sobre o assunto.
Deve mesmo se empenhar para afastar as sombras.

A Argentina está tão aqui do lado que a gente até tem medo de contágio.
Lá, o governo Cristina Kirchner fez uma intervenção no Banco Central, destruiu o Indec, instituto de pesquisas oficial.
Hoje ninguém mais acredita nos indicadores das contas nacionais.

Aqui, no ano inteiro a inflação de serviços ficou em torno de 9% ou até mais, em 12 meses.
Ela voltará a subir com a alta do salário mínimo de 14%.
Pois foi exatamente em alguns dos itens que compõem a inflação de serviços, como educação e empregada doméstica, que houve redução mais significativa dos pesos no IPCA.
Caiu também o peso do cigarro.
O governo subiu o imposto do cigarro, depois adiou para o ano que vem, e o IBGE agora anunciou que ele pesará menos na inflação.

Não acho que seja manipulação.
Mas lembro que esta é a terceira dúvida que o Instituto enfrenta nos últimos tempos.
(...)

Na nota, o IBGE disse que já havia avisado que alteraria os pesos e destacou principalmente a educação, que caiu de 4,1% para 3,0%.
Disse que esses são procedimentos regulares e que está à disposição da mídia para tirar as dúvidas.
Ótimo. Diante do mau exemplo do país vizinho, é bom que o IBGE não deixe dúvida sobre dúvida neste caso.
(...)

Recentemente, o Banco Central divulgou uma mudança na fórmula de cálculo do endividamento e do comprometimento da renda das famílias com dívidas junto ao sistema financeiro.
Caiu de 26% para 21%.
Justamente quando os economistas estavam alertando para o risco de se aproximar do patamar de 30% houve a mudança da fórmula e o número caiu.

O melhor em todos esses casos é transparência e muita explicação, porque o Brasil já foi prisioneiro da síndrome de repetir os erros argentinos.
Espera-se que a síndrome do chamado “ Efeito Orloff” tenha morrido com a hiperinflação.

Íntegra AQUI.

NÃO HÁ MOTIVO PARA COMEMORAR O PIB

Crise amplia distância econômica entre estados brasileiros
Áreas dependentes de exportações foram mais atingidas

Daniel Haidar - O GLOBO

A crise acentuou a distância do crescimento econômico dos estados brasileiros.
Isso ocorreu porque em 2009 algumas unidades da federação foram mais afetadas pela queda das exportações e pela desvalorização de commodities como o petróleo, enquanto outras foram beneficiadas por projetos locais de infraestrutura de grande porte.

Compare o PIB dos estados brasileiros com diferentes países

O Distrito Federal gerou tanta riqueza por habitante quanto Israel.
Brasília não conta com o poderio tecnológico israelense, mas tem a maior renda per capita média do Brasil devido aos elevados salários do funcionalismo público.
Desse jeito, passou incólume pela crise com alta de 4,0% no PIB local.

Já o Piauí teve um PIB per capita de US$ 3 mil no ano de 2009, o menor do país.
O piauiense gerou praticamente tanta riqueza quanto o habitante de Kosovo, um país predominantemente rural que declarou independência em 2008 após sangrenta guerra civil e ainda muito abalado pela violência.

Apesar de ser o maior produtor de petróleo do país e, portanto, o mais prejudicado pela queda nos preços da mercadoria, o Rio teve um desempenho mediano frente às taxas de outros estados, com 2% de crescimento do PIB.
Foi a mesma taxa de crescimento de Camarões, uma economia menor do que a amazonense, mas bem impactada pela crise.

O tombo mais forte de 2009 foi sofrido pelo Espírito Santo que teve desempenho semelhante ao da Hungria.
O país também recuou 6,7%, para US$ 128,7 bilhões de PIB, e foi um dos mais afetados pela queda na demanda internacional.
Teve de recorrer a empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), já que cerca de 81% do seu PIB vinha de exportações em 2008.

Uma das evidências da desigualdade econômica entre os estados brasileiros é a concentração de riqueza, destaca o economista Flavio Comim, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A renda per capita mensal dos 10% mais ricos da população brasileira atingiu em 2009 o maior valor médio desde 1981 (R$ 3.018), variando de R$ 7.094 no Distrito Federal a R$ 1.623 no Maranhão.
Na média nacional, os 10% mais ricos detinham 42,77% de toda a renda brasileira.
É a maior concentração de rendimento da América Latina sobre os 10% mais ricos, segundo comparação da Comissão Econômica para América Latina (Cepal) com Chile, Panamá, Costa Rica, Equador, Peru, Argentina e Uruguai.

— Não há motivo para comemorar o PIB, porque a distribuição é desigual — disse Comim.

PSDB sobe o tom

Lauro Jardim



O PSDB começou a exibir há pouco, em rede nacional de TV, um vídeo de 38 segundos que dá uma ideia de como o partido irá coordenar o discurso de enfrentamento à corrupção no governo.

Depois de verificar que as críticas aos “malfeitos” no governo de Dilma Rousseff repercutiram bem na opinião pública, o partido resolveu engrossar o tom para marcar posição. Serão dez inserções nesta noite, entre 19h30 e 22h.

No vídeo, o PSDB lembra propaganda contra a corrupção divulgada há nove anos pelo PT e ironiza o slogan “se o Brasil não acabar com a corrupção, a corrupção vai acabar com o Brasil”:

– O que era apenas uma propaganda do PT virou uma realidade do governo.

Educação de mal a pior ENEM o ministro sabia

Reinaldo Azevedo vem alertando sobre determinados índices divulgados ao público que contradizem os dados reais.
Preocupado com a verdade dos fatos, o jornalista busca os registros que muitos ignoram ou esquecem.
Os jornais informam que no governo do PT aumentou o percentual de alunos de 15 a 17 anos fora da escola, mas ninguém lembra a redução de 45% nos oito anos de FHC.
Confiram:

"Em agosto de 2010, contra a propaganda oficial, tornada senso comum em amplos setores da imprensa, demonstrei os desastres que o governo do PT tem provocado na educação.
Fernando Haddad, o gugu-dadá do leninismo que não suja o shortinho, é mais fama do que proveito.
Escrevi, então, dois artigos.
O primeiro trata da falsidades dos petistas no que concerne às universidades federais (AQUI).
No segundo texto eu informava a tragédia que o petismo patrocinava no ensino de segundo grau.
Reproduzo um trecho:


“Ontem, no horário eleitoral de Dilma, ouviu-se lá: ‘O governo Lula criou o Fundeb’. Uma ova! Mentira! O governo lula mudou em 2007 o nome do Fundef - como mudou o nome do Bolsa Família, que já existia; como mudou o nome do Luz para Todos, que já existia; como, se me permitem a graça, mudou até o nome da política econômica, que já existia…. Além de atender ao ensino fundamental (como fazia o Fundef), o Fundeb se propôs também a auxiliar o ensino médio e o ensino infantil.

No ensino médio - área afeita aos governos de Estado, mas sob monitoramento do Ministério da Educação, que pode atuar -, o desastre é assombroso.
Nos oito anos de governo FHC, houve uma expansão de 80%; nos seis primeiros anos de governo Lula, apenas 16%.
Em 1995, 33% dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos estavam fora da escola.
Em 2002, esse número havia caído para 18% - uma redução de 15 pontos percentuais.
Em 2008, eram ainda 16% - redução de ridículos dois pontos.”


Agora, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulga o seu primeiro relatório sobre a situação dos adolescentes brasileiros entre 2004 e 2009.
Nada menos de 20% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam fora da escola!

VOCÊS ENTENDERAM DIREITO!

Os petistas chegaram ao governo em 2003, e havia 18% dos brasileiros nessa faixa etária longe dos bancos escolares, depois de uma drástica redução promovida pelo, olhem que coisa!, governo FHC!
Quem comandava a área era o competente Paulo Renato.
Seis anos depois, o petismo não só não havia dado continuidade à redução como provocou uma elevação do percentual.

Reparem que os dados com os quais trabalhei, então, iam até 2008 — são do Ministério da Educação.
Os do Unicef vão até 2009.
A situação piorou!

Insisto: nos oito anos de governo FHC, houve uma redução de 45% no estoque de alunos fora do ensino médio.
Em seis anos de governo Lula, houve um aumento de 11%!

Como se vê, eu só relatava fatos!

Historiador pilantra

Por Augusto Nunes

“Se seguíssemos com a política de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil teria quebrado.
O Brasil deu certo apenas porque mudamos suas políticas”.


Lula, em entrevista à revista The New Yorker, explicando que, para salvar o Brasil, criou o Plano Real, cuja aprovação no Congresso só foi possível porque o PT venceu a resistência de Fernando Henrique Cardoso.



O QUE SERÁ DE UM PAÍS QUE NÃO CUIDA DE SEUS JOVENS?

Quase nove milhões de adolescentes brasileiros vivem na pobreza extrema

O número de brasileiros que vivem na pobreza cresceu entre os adolescentes.
A conclusão é de um estudo divulgado hoje pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância.


Gioconda Brasil

Segundo a Unicef, os 21 milhões de brasileiros entre 12 e 17 anos nunca foram tão vulneráveis.
Os adolescentes fazem parte do grupo mais pobre da população, depois das crianças.

Quase nove milhões vivem na pobreza ou na pobreza extrema.
O relatório é feito com dados oficiais divulgados entre 2004 e 2009.

Mais da metade tem baixa escolaridade e 68% dos rapazes não sabem ler nem escrever.

Os que trabalham são 13,3 milhões.
A maioria abandonou a escola.

O Unicef também faz uma relação entre adolescência e violência.
No Brasil, os acidentes provocam a maioria das mortes, mas entre os jovens isso muda.
O que mata mais são os homicídios.
Onze adolescentes morrem por dia.
Entre os negros, esse risco é multiplicado por quatro.

Outro dado preocupante é a gravidez na adolescência, quase 300 mil jovens entre 12 e 17 anos tiveram filhos em 2009.
Matéria e video com a reportagem AQUI.

FUTURO DO BRASIL EM RISCO

Unicef: 20% dos brasileiros entre 15 e 17 anos estão fora da escola
Taxa de mortalidade para brasileiros nessa faixa etária também é maior, revela pesquisa
Do Portal Terra


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou nesta quarta-feira, (30) em Brasília (DF), um relatório sobre a situação dos adolescentes brasileiros.
Na área da educação, o órgão aponta que 20% dos adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola, em uma faixa etária que abrange praticamente todo o ensino médio.
Quando analisada a faixa de 6 e 14 anos a situação é mais tranquila, com apenas 3% fora da escola.

O relatório analisa a situação de meninas e meninos de 12 a 17 anos a partir da evolução de 10 indicadores entre 2004 e 2009.
O documento também traz uma análise das políticas públicas desenvolvidas no Brasil e propõe um conjunto de ações a serem tomadas para garantir a realização dos direitos de todos e de cada adolescente.

Vivem hoje no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos (incompletos), o que equivale a 11% da população brasileira.
Na área da educação, o Unicef propõe como uma ação imediata o estabelecimento de um plano específico no Plano Nacional de Educação (PNE) para os adolescentes fora da escola, em risco de evasão ou retidos no ensino fundamental.
O PNE estabelece 20 metas para a educação brasileira nos próximos dez anos e é analisado na Câmara dos Deputados.

"O Unicef quer propor um novo olhar. Um olhar que reconheça que os adolescentes são um grupo em si. Ou seja, não são crianças grandes, nem futuros adultos. São sujeitos, com direitos específicos, vivendo uma fase extraordinária de sua vida", disse Marie-Pierre Poirier, representante do Unicef no Brasil.

Violência

Em relação aos homícidios, o Unicef aponta que, em 2009, a taxa de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos era de 43,2 para cada grupo de 100 mil adolescentes, enquanto a média para a população como um todo era de 20 homicídios para cada 100 mil.

Já o indicador da extrema pobreza entre os adolescentes, por exemplo, registrou um pequeno aumento, enquanto a tendência na população geral é de queda.
De acordo com o Unicef, isso significa que houve um aumento da representação dos adolescentes na população pobre.
Fonte: ISTO É

GOVERNO DO PT MENTE DESCARADAMENTE

Praças do PAC estão paralisadas
Dyelle Menezes
Do Contas Abertas

No primeiro ano em que constam no orçamento, as chamadas Praças do PAC não foram contempladas com recursos.
Do total de R$ 227 milhões previstos para 2011, nada foi executado.


O Contas Abertas teve acesso ao empenho, que aconteceu no dia 26 de agosto deste ano.
A finalidade era atender as despesas de operacionalização administrativa das atividades pertinentes ao repasse financeiro a Estados, Distrito Federal e Municípios, desde a inscrição até a entrega de relatório de realização.
Ou seja, não incluíam os empreendimentos físicos.
A meta para 2011 era que 109 espaços fossem construídos.
(...)

Na época em que o cronograma foi apresentado a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, disse que com os recursos do PAC, o governo iria garantir equipamentos de esporte e cultura para as áreas mais carentes das grandes cidades brasileiras.

“O objetivo é estabelecer uma parceria com as prefeituras para o enfrentamento dos problemas urbanos dessas cidades”, acrescentou.
Mais AQUI.

SAÚDE "PERFEITA" SOMENTE PARA PRIVILEGIADOS

Prima de Lula aguarda por cirurgia contra câncer no SUS
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC

A paciente Ana dos Santos Silva, 72 anos, que é prima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu diagnóstico de câncer na língua e na garganta há cerca de um mês, depois de quatro biópsias.

A cirurgia de remoção do tumor, que foi agendada para o dia 23 de novembro no Centro Hospitalar Municipal de Santo André, foi cancelada horas antes de o procedimento começar.

A paciente, que alegava dores e já estava internada em jejum, recebeu alta hospitalar e teve de voltar para casa, na Estrada do Cata Preta, no Parque João Ramalho.

De acordo com a família, o médico responsável pela cirurgia informou que o adiamento foi causado pela falta de materiais cirúrgicos para realizar o procedimento.

A Prefeitura negou a informação e declarou que a cirurgia foi transferida por causa da chegada de outros dois casos urgentes no hospital - não especificados pela administração -, que ocuparam os dois leitos na Unidade de Terapia Intensiva disponíveis no dia.
(...)

A família, revoltada com confusão na marcação de cirurgias, não entendeu a dispensa e espera que desta vez o procedimento seja concluído.

"Não concordamos com o que fizeram.
O médico dela disse que o caso é grave.
Ela não consegue mais falar, se alimenta por sonda e toma remédio para dor todos os dias"
, disse a filha.
(...)

O irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, visitou a prima há cerca de um mês e considerou uma "safadeza" o modo que avaliaram o caso.

"Chamaram para operar, colocaram outra pessoa na frente e mandaram ela embora", criticou.
Íntegra AQUI.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

JURÔMETRO - entendam porque a elite ama o governo do PT

Jurometro FIESP


O Jurômetro Fiesp-Ciesp é um alerta aos cidadãos sobre o que gastamos somente pagando juros.
Essa é uma dívida que o governo assume em nome de todos os brasileiros, prejudicando o nosso desenvolvimento.
Neste PLACAR você acompanha em tempo real os valores gastos com juros no Brasil e o que poderia ser feito em benefício da sociedade com todo esse dinheiro.

Do cofre do governador aos cofres públicos

REVISTA LEMBRA QUE DILMA PARTICIPOU DE GRUPOS TERRORISTAS E LIVRO REFAZ AÇÃO DE DILMA NO 'ROUBO DO COFRE'


Os jornais de hoje dão destaque para uma reportagem da New Yorker que afirma que "o Brasil é governado por ex-revolucionários sem remorso, muitos dos quais, incluindo a presidente, foram presos por anos por serem terroristas".

E para o lançamento de um livro intitulado "O COFRE", cujo autor, depois de pesquisas com mais de trinta pessoas, informa que Dilma sequer teria participado do grupo de 11 pessoas que, sob o comando de Juarez de Brito, o Juvenal, invadiu em julho de 1969 a casa do irmão de Ana Capriglione para pegar o famoso cofre de Adhemar de Barros.

"Mas Wanda tinha, sim, grande importância no grupo.
Cuidava de planejar, distribuir armas e munição, documentos.
Tomou conta de várias malas com os dólares e ajudou a definir sua distribuição".


Leiam matéria de GABRIEL MANZANO - O Estado de S.Paulo

Duas moças bem arrumadas entram no Copacabana Palace, vão ao guichê de câmbio, trocam US$ 1 mil e desaparecem.
Uma hora depois, as duas - as guerrilheiras Dilma Vana Rousseff e Maria Auxiliadora, da VAR-Palmares - comemoram com seus companheiros, em um apartamento perto dali, o sucesso da operação.

(continua)

BBB da Bandidagem

A aproximação de 2012 perturba o sono dos mensaleiros: vem aí o BBB da Bandidagem
Por Augusto Nunes


Em outubro de 2005, ao festejar o 50° aniversário no sítio em Goiás, o fora-da-lei Delúbio Soares presenteou-se com uma previsão debochada:

“No futuro, o mensalão vai virar piada de salão”.

Por enquanto, a profecia não se confirmou: o escândalo que escancarou a alma sombria do governo Lula desembocou no processo que será julgado no próximo semestre pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.
E pode dar cadeia, começa enfim a desconfiar “nosso Delúbio”, como costumava referir-se Lula ao companheiro ladrão.

Neste sábado, numa reunião com 40 sindicalistas em Brasília, o ex-tesoureiro do PT preferiu qualificar de “boato” o colossal balaio de maracutaias que, passados seis anos, já deveria ter virado anedota.
Delúbio, em sua essência, não mudou: o cinismo repulsivo, o vocabulário cafajeste, a compulsão para a mentira e outros traços abjetos seguem confirmando que certos defeitos de fabricação não têm conserto.
Mas o sumiço do sorriso desdenhoso e a multiplicação de vincos no rosto indicam que o gerente da roubalheira imensa já não se acha condenado à perpétua impunidade.

“Esse julgamento será o maior espetáculo midiático do Brasil”, previu Delúbio no fim de semana.

Desta vez, o delinquente enquadrado por formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro acertou.
Por mais de dois meses, uma cadeia gigantesca composta por emissoras de rádio e TV, jornais, revistas, sites e blogs vai transmitir ao vivo uma espécie de Big Brother Brasil da Bandidagem, primeiro reality show inspirado na corrupção engravatada.

Os advogados dos mensaleiros tornarão a recitar que o mensalão não existiu.
Serão confrontados com as incontáveis provas dos muitos crimes cometidos pela quadrilha.

O destino dos participantes será decidido pelos ministros.
Mas os juízes votarão vigiados por milhões de testemunhas que saberão o que fez e o que merece cada personagem.

Só se viu algo parecido em julho e agosto de 2005, quando as sessões da CPI do Mensalão alcançaram índices de audiência de novela da Globo.
O país foi apresentado à face horrível da Era Lula, a popularidade do presidente desceu a temperaturas siberianas e o governo só escapou do naufrágio porque a oposição oficial decidiu socorrer a federação dos corruptos.

Como ocorreu há seis anos, o BBB da Bandidagem também vai começar sem roteiro definido.
É impossível adivinhar o desfecho.
Delúbio e o resto dos mensaleiros têm motivos para perder o sono.

Ficarão muito mais inquietos se os brasileiros decentes abrirem os olhos imediatamente e enxergarem com nitidez o calendário político até agora subvertido pelo Planalto.
Com a cumplicidade dos jornalistas federais, os réus e seus padrinhos fazem de conta que 2012 será o ano das eleições municipais.
Mais uma vigarice: o que vem aí é o ano do julgamento do mensalão.

As urnas poderão melhorar ou piorar a vida de uma cidade.
Só isso. As togas dirão se a lei vale para todos, se ainda há juízes no Supremo e se o Brasil tem jeito ou perdeu de vez a vergonha.

Bye bye, Brasil

Bispo ‘importa’ índios para Raposa Serra do Sol
No blog do Claudio Humberto

Em ação incentivada por um bispo Aldo Mogiano, índios de diversos países sul-americanos estão sendo levados para a reserva Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, para fazer número e dar ideia de “ocupação”.
A região, grande produtora de arroz, foi transformada em nova fronteira de fome, desemprego e alcoolismo, depois que os agricultores foram expulsos por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Esperteza antiga

Índios estrangeiros sempre foram levados a ocupar áreas reivindicadas para demarcação, mas eles eram arregimentados apenas na Guiana.

O tal bispo Mogiano criou no passado uma “Aldeia da Demarcação”.
Os índios importados se articulam em novas “nações independentes”.

Protegidos pela Funai, índios estrangeiros usufruem de assistência de dentistas, médicos, remédios e até avião para emergências médicas.

O CIDADÃO BRASILEIRO ESTÁ AGINDO

Engana-se quem pensa que desistimos de combater a corrupção

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pena que o brasileiro elegeu quem sabe menos num país que pode mais

Serra critica condução da economia por Lula e Dilma

Por Gustavo Uribe, no Estadão:

Em aparição pública na manhã de hoje, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) fez duras críticas à condução da economia brasileira pelo governo da presidente Dilma Rousseff e de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT.
Em palestra, durante o VII Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o tucano minimizou o Programa Brasil Maior, uma das principais vitrines do primeiro ano de administração Dilma Rousseff, e avaliou como “o erro mais espetacular de política econômica da história brasileira”, o fato do governo federal não ter reduzido a taxa básica de juros durante a última crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008 com a quebra do banco Lehman Brothers.

“A crise econômica é muito feia, mas o Brasil, em crises passadas, soube aproveitar as oportunidades”, avaliou.

“Mas houve uma crise que foi desaproveitada, a de 2008 e 2009, porque o Brasil foi o único país do mundo que não baixou os juros”, acrescentou.

Na avaliação de Serra, que disputou as eleições presidenciais do ano passado com Dilma Rousseff, o governo federal lançou o Programa Brasil Maior com boa intenção, mas com “boa parte das coisas erradas, porque não conhece direito quais são as questões da indústria.”

O tucano ressaltou ainda, em um contraponto aos discursos do ex-presidente Lula, que o Brasil é ainda, no contexto da economia mundial, um país pequeno.

“Nós não temos mais do que 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e temos uma participação no comércio mundial em torno de 2%”, considerou.

“Nós temos ainda, no que se refere às questões econômicas e sociais, muito o que avançar”.

O ex-governador de São Paulo criticou ainda o atual patamar da taxa de juros e a alta carga tributária que, segundo ele, castigam os investimentos na economia nacional.

“Isso só piorou nos últimos anos com o PIS/COFINS, que aumentou sobre a energia elétrica a partir de 2002 e 2003″, afirmou, referindo-se ao início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A munição do ex-governador de São Paulo sobrou ainda para a Petrobrás.
Segundo ele, a estatal não tem um plano correto de desenvolvimento da atividade privada para o fornecimento de equipamentos e insumos para a exploração de petróleo da camada do pré-sal.
O ex-governador avaliou também que não há uma proposta séria para vincular os royalties aos investimentos.
E fez um alerta.

“Nós não podemos perder o bônus oriundo da exploração do petróleo”, ressaltou.

Na área da Saúde, gastos estão em queda

Em dez anos, governo deixou de aplicar R$ 45,9 bilhões que, no papel, destinara ao setor

Regina Alvarez - O Globo


A grave crise no setor da Saúde reflete, entre outros problemas, escolhas do governo no rateio dos recursos federais.
Desde 2000 — quando entrou em vigor a Emenda Constitucional 29, que estabelece um piso de gastos para o setor — até o ano passado, o montante de recursos efetivamente aplicados caiu de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,66%, na contramão do espírito da lei.

Levantamento realizado pelo GLOBO mostra que, na área social, o setor foi o que mais perdeu na comparação com os demais.
Na Educação, os gastos subiram de 0,97% para 1,29% do PIB nesse período.
Na Previdência, pularam de 6,3% para 6,9%, e na Assistência, de 0,45% para 1,06% do produto.

Os números da execução orçamentária mostram enorme diferença entre o que o governo se comprometeu a gastar e o que, na prática, foi destinado à Saúde.
De 2000 a 2010, a diferença entre os valores empenhados (prometidos) no orçamento da Saúde e o que foi efetivamente gasto no setor chega a R$ 45,9 bilhões, sem considerar a inflação do período.
Só em 2010, essa diferença foi de R$ 6,4 bilhões.

(...)

Parte do previsto vira restos a pagar

O governo calcula o piso de gastos com base no montante de recursos empenhados para o setor somado à variação nominal do PIB — como estabelece a Emenda 29.
No entanto, parte desses recursos não é executada no exercício e transforma-se em restos a pagar.
Ou seja, é transferida para o orçamento do ano seguinte.

O que os procuradores do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) constataram é que uma parte desses restos a pagar é cancelada, após ter sido computada no piso da Saúde.

— O governo tem deixado, a cada ano, bilhões em recursos destinados à Saúde como restos a pagar e, nos anos seguintes, cancela esses recursos.
Aí está a fraude
— alerta o médico Gilson Carvalho, especialista da área e consultor do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde.
(continua)

Governo Dilma perde controle com os gastos da Copa

Poder público perde controle e obras da Copa já estão R$ 2 bilhões mais caras
Rafael Moraes Moura, de O Estado de S.Paulo

A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB).
Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%.
Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro.
Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença).
O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção.
Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados.

domingo, 27 de novembro de 2011

Petrobras vazou duas vezes mais óleo em 2010 do que acidente da Chevron

Para analistas, petrolíferas não investem o bastante em segurança
Bruno Rosa
Ramona Ordoñez
O Globo


Os vazamentos de petróleo no Brasil são mais comuns do que se pensa.
Só a Petrobras, a maior empresa do setor, encerrou o ano passado poluindo mais e recebendo um grande volume de autos de infração dos órgãos de fiscalização.
Em 2010, a estatal registrou 57 vazamentos, contra 56 ocorrências em 2009.

O volume de petróleo e derivados derramado cresceu cerca de 163%, pulando de 1.597 mil barris, em 2009, para 4.201 mil barris espalhados na natureza no ano passado, quase o dobro dos 2.400 barris que teriam vazado do poço da Chevron no campo de Frade (Bacia de Campos), onde a Petrobras tem 30%.
(...)

Segundo a advogada ambientalista Beatriz Paulo de Frontin, falta uma fiscalização mais rigorosa nos pequenos vazamentos que ocorrem não apenas nas plataformas, mas em oleodutos, refinarias, navios e bases.
Ela ressalta que, às vezes, esses derramamentos não são nem considerados acidentes, por serem de pequeno porte, nem chegam ao conhecimento do público, mas causam grandes danos:

— Por serem pequenos, esses vazamentos não têm muito controle, mas devem ter um impacto ambiental grande.
Deveria haver uma fiscalização mais constante para esses pequenos vazamentos e, principalmente, que fossem feitos de forma preventiva.

(...)

Muitos especialistas, no entanto, não sabem dimensionar se o país está preparado para um grande desastre ambiental.
Para biólogos, faltam equipamentos de segurança em escala nacional.

Íntegra AQUI.

Alvaro Dias X Lupi – UFC no Congresso Nacional



No blog do Senador Álvaro Dias

Mais um vídeo enviado pelo jovem Danilo Paske, desta vez sobre os embates do Senador Alvaro Dias com o Ministro Carlos Lupi durante audiência no Senado Federal.
Edição bem humorada dos questionamentos que toda a sociedade brasileira tem feito à Presidente Dilma.
Parabéns ao Danilo pelo trabalho! (Assessoria)

Mais verba do FGTS para empreiteiros

Notas do Claudio Humberto

Mais verba do FGTS vai ajudar empreiteira amiga

A presidenta Dilma continua jurando que detesta a figura do empreiteiro Marcelo Odebrecht, mas seu governo gosta tanto que pode dar para a empresa mais dinheiro do fundo de investimentos do FGTS (mas sem autorização dos trabalhadores, de cujos salários saiu a grana).
Colocou R$ 450 milhões numa das empresas do próprio grupo, a Embraport, e adquiriu 26,5% de uma terceira, a Foz, e 30% da Odebrecht Transports.

E vem mais
Agora, o governo autorizou o aumento do uso do FGTS para obras da Copa.
Certamente já com destino certo para empreiteiros.

Cadê o juiz?
A Odebrecht constrói ou reforma quatro arenas para a Copa.
Lançou site para acompanhamento das obras.
Mas para seguir a verba...

Concretando a conta
Só no combalido Maracanã, no Rio, a empreiteira conquistou a conta de duas das três reformas bilionárias realizadas em apenas dez anos.

Terceiro tempo
Para um governo que jurava não colocar dinheiro público nos estádios, é curioso vê-lo abrir o cofre para as empreiteiras em ano pré-eleitoral.

Muro de Berlim
Grana pública para ONGs, ricaços e ditadores amigos e outras “bondades”, lembra a frase da ex-primeira-ministra inglesa Margareth Thatcher:

“O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros.”

Dilma foi avisada em fevereiro sobre cobrança de propina e não agiu

Oposição quer explicações de Dilma sobre Trabalho
VEJA mostra que presidente foi avisada em fevereiro sobre tentativa de extorsão na pasta, mas os envolvidos continuaram no cargo
Gabriel Castro - Veja


Diante da nova revelação de VEJA sobre o esquema de cobrança de propina no Ministério do Trabalho, líderes da oposição no Congresso prometem cobrar da presidente da República informações a respeito do caso, já que o Planalto foi avisado ainda em fevereiro sobre o episódio.

A reportagem mostra como o sindicalista Irmar Silva Batista foi vítima de uma tentativa de extorsão quando tentou regularizar a situação de sua entidade no Ministério do Trabalho.
Ele tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp).

Em 2008, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, para tratar do assunto.
Eudes pediu 1 milhão de reais para liberar o registro.
O pedido foi negado.

Em fevereiro deste ano, Irmar relatou o caso por email à presidente Dilma Rousseff e ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Os oposicionistas dizem que a reportagem aprofunda a crise no Ministério do Trabalho.

"Volto a repetir.
Isso é o resultado do pós-mensalão.
Os ministérios são doados aos partidos sem critérios de qualificação técnica, sem metas, sem resultados.
E cada um transforma o ministério em seu ministério pessoal"
, diz o líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira (SP).

"É crime de responsabilidaede.
A presidente nao poderia fazer vistas grossas a essa denúncia, que não é anônima",
diz o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

O parlamentar diz ainda que os novos fatos ajudam a sepultar a imagem da presidente faxineira:

"Ela tem sido, desde o primeiro momento, advogada de defesa de todos os ministros denunciados.
Uma advogada malsucedida, porque ao final perde a causa."


O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), diz que o partido vai cobrar uma resposta do Planalto sobre o episódio:

"Vamos buscar todos os meios.
Cabe a ela o dever de responder".


Para ele, a permanência de Carlos Lupi no cargo só pode ser explicada por algum interesse oculto:

"Essa insistência começa a dar a inmpressao de que tem algo entre a presidente e o ministro que não pode ser esclarecido", diz Bueno.

Enquanto isso, o DEM vai tentar trazer Lupi de volta à Câmara para falar sobre o novo escândalo.
Já há um convite aprovado para o ministro na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Agora, o líder da bancada, ACM Neto (BA), vai tentar fazer com que o ministro compareça à Casa já na próxima semana, na terça ou na quarta-feira.

Crise - O ministro Carlos Lupi está na berlinda desde que VEJA revelou a cobrança de propina dentro da pasta, em um esquema comandado por assessores diretos do ministro.
Lupi também foi pego mentindo: depois de negar ter viajado em um jato custeado por Adair Meira, comandante de entidades que mantém contratos suspeitos com o ministério, ele teve que recuar. VEJA mostrou imagens em vídeo da viagem que Lupi jurara não ter feito.

Quem sabe e não toma providências é "CÚMPLICE"

Por Álvaro Dias

A Revista Veja em nova reportagem informa que a Presidente Dilma recebeu denuncia de sindicalista, por escrito, e não tomou providências, silenciando diante da cobrança de propina no Ministerio do Trabalho.

A oposição cobra e VEJA divulga:

“É crime de responsabilidaede.
A presidente nao poderia fazer vistas grossas a essa denúncia, que não é anônima”
, diz o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

O parlamentar diz ainda que os novos fatos ajudam a sepultar a imagem da presidente faxineira:

“Ela tem sido, desde o primeiro momento, advogada de defesa de todos os ministros denunciados.
Uma advogada malsucedida, porque ao final perde a causa.”

FRAUDE na COPA em sintonia com a decisão do governo

Analista do Ministério das Cidades relata a pressão para mudar parecer de obra da Copa
Higor Guerra, técnico da pasta das Cidades que assinou primeiro parecer contrário à implantação do VLT em Cuiabá para a Copa de 2014, contou ao ‘Estado’ e ao Ministério Público detalhes de ‘procedimentos irregulares’ dos colegas

Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo

Em entrevista exclusiva ao Estado, o analista técnico do Ministério das Cidades Higor Guerra confirmou, pela primeira vez, a pressão que sofreu para adulterar o processo que trata da implantação de sistema de transporte público em Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014.

Ele disse que a operação fraudulenta começou após o Ministério Público de Mato Grosso pedir os documentos e a Controladoria-Geral da União (CGU) emitir parecer contrário à obra.

"Sim, houve uma fraude", disse ele na conversa gravada.

O funcionário também entregou à reportagem o depoimento que prestou na sexta-feira ao Ministério Público Federal.
Ele deu detalhes da operação - revelada pelo Estado na quinta-feira - que escondeu sua nota técnica de 8 de agosto, de número 123/2011, contrária ao projeto de R$ 1,2 bilhão para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que substituiu o BRT (linha rápida de ônibus).
O projeto do BRT custava R$ 489 milhões.

A fraude foi feita para cumprir o acordo político do governo federal com o governo de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), a favor do VLT.

Segundo Higor Guerra, no dia 29 de junho, numa reunião com integrantes do governo de Mato Grosso, os técnicos estaduais "reconheceram que não tinham conhecimento técnico sobre o projeto de VLT, e que a decisão de sua implantação havia sido política".

A gerente de projetos do ministério, Cristina Soja, no entanto, disse a ele que "a posição do órgão (ministério) tinha que estar em sintonia com a decisão do governo".

Higor afirmou que o cronograma do VLT era "falho", "pois previa várias fases sendo realizadas ao mesmo tempo de forma incorreta".

O analista entregou ao Ministério Público Federal 200 páginas e nove anexos sobre o caso.
(...)

Gravação revelada na quinta-feira pelo Estado mostra a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, admitindo que a estratégia era enganar o Ministério Público de Mato Grosso.
(continua)

Higor, um herói

Mary Zaidan - no blog do Noblat

Não tem saída. Quanto mais o Ministério das Cidades tenta, mais se enrola nas explicações.

Além da fraude ginasiana de substituir a nota técnica do processo para a aprovação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá, autorizando uma obra duas vezes mais cara do que a projetada (era menos de R$ 500 mi e pulou para R$ 1,2 bi), agora quer atribuir culpa de tudo ao único inocente: o analista de infraestrutura, funcionário de carreira, responsável pelo parecer original contrário à modificação.

Guardem esse nome: Higor de Oliveira Guerra.

Uma busca rápida no Google mostra Higor como técnico preparado, com mestrado no Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Tecnologia da UnB e tese em Transportes. Portanto, capacitado para a tarefa que exerce. Ainda assim, ele poderia ter seu parecer contestado sem necessidade de fraude. Aliás, algo corriqueiro na administração pública.

Mas não. Preferiu-se a ilegalidade. Talvez porque esse, ultimamente, tenha sido o caminho mais curto, rápido e próspero. E com impunidade garantida.

Basta rememorar episódios recentíssimos. Nada acontece. Carlos Lupi, flagrado em negócios mais do que duvidosos e filmado descendo de um aviãozinho providenciado por dirigente de uma ONG com contratos milionários em seu Ministério, mentiu, desmentiu e mentiu de novo e continua ministro do Trabalho. Segurou com unhas e dentes o osso que nem ele nem o seu PDT pretendem soltar.

Para ficar, Lupi declarou amor à presidente Dilma Rousseff.
Negromonte, pateticamente, chorou.


Na sexta feira, em Salvador, o ministro das Cidades apelou para as lágrimas ao jurar inocência e – nada criativo – repetir o bordão aprendido com petistas: a culpa é da mídia e, desta vez, da mídia do Sul, “de parte da imprensa interessada em enfraquecer a presidente”. Isso porque, diz, a mídia em geral discrimina a mulher e a do Sul, o nordestino.

Difícil apontar o que é mais absurdo. Se as declarações indecentes do ministro - que finge não ter visto o documento forjado e ouvido as gravações da reunião feita por sua diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Viana, - ou o fato de o Ministério abrir uma sindicância interna contra Higor.

Para a fraudadora Luiza, o problema não é a fraude. O que lhe apoquenta é como o documento original foi parar no processo. Seria hilário não fosse gravíssimo.

Possivelmente, como o caseiro Eriberto ou Jaílson Chagas, aquele motorista que devolveu uma mala com R$ 74 mil, encontrada dentro do ônibus que dirigia, Higor será esquecido em breve. Portanto, faz-se obrigatório louvar sua integridade, agradecê-lo e lhe antecipar o tributo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ORAS - AÇÃO! DEFENDAM TVS CATÓLICAS ASSINANDO A PETIÇÃO

Entenda melhor o caso do Ministério Público e as TVs Católicas. Depois opine!
Publicado por: Cadu

Ontem todos os católicos foram surpreendidos com a notícia que O Ministério Público Federal (MPF), na pessoa do procurador da República Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira pediu na Justiça a cassação das TVs Canção Nova e Aparecida, ambas de entidades ligadas à Igreja Católica.

Vimos também que o procurador ressaltou que os pedidos de anulação das outorgas não têm a ver com o fato de as emissoras serem católicas, e conseqüentemente da TV Canção Nova ter retirado os políticos esquerdistas que nela se infiltraram (é só uma coincidência).

O argumento do procurador é técnico: as concessões da Canção Nova (de 1998) e da TV Aparecida (2001) são posteriores à Constituição de 1988, que exige licitação pública para a cessão de novos canais geradores de TV.

Vamos entender o que aconteceu

Na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1996-2001) foram criados decretos que dispensam concorrências públicas para a distribuição de freqüências para emissoras educativas.

Do ponto de vista legal, tanto a TV Aparecida quanto a Canção Nova são canais educativos.

Para o procurador Oliveira, todos os decretos feitos na gestão de Fernando Henrique estão irregulares, em desacordo com a Constituição, os decretos nos quais o governo se baseia para a outorga de canais educativos (o decreto lei 236/1967 e o decreto 2108/1996, que prevê a dispensa de licitação para a escolha de emissoras educativas).

Por isso o procurador pede a cassação da Canção Nova e da TV Aparecida porque elas foram outorgadas com fundamento nesses decretos, portanto, “sem a observância de processo de licitação obrigatório para concessão de serviço público”, previsto pela Constituição de 1988.

O raciocínio vale para dezenas de canais educativos distribuídos após 1988 e não apenas para as duas emissoras religiosas.
Se valer esse princípio, todos os canais educativos abertos após 1988 deveriam ser cassados, sejam eles católicos, evangélicos ou verdadeiramente educativos.

Oliveira, contudo, pediu a anulação apenas das duas emissoras católicas porque sua área de atuação é a de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. E as concessões da Canção Nova e TV Aparecida são de municípios sob sua jurisdição, respectivamente Cachoeira Paulista e Aparecida.

Oliveira defende que somente a licitação de canais educativos permitiria à administração pública selecionar a entidade mais capacitada tecnicamente e com o melhor projeto educacional.

Agora nos resta aguardar, rezar e também fazer nossa parte para que o desfecho dessa história tenha um final feliz para os católicos.

Já foi criada uma Petição Pública na internet onde você católico pode protestar contra essa ação do Ministério Público assinando a mesma:

peticaopublica.com.br

Preencha os dados deixe sua mensagem.
Feito isso, vá ao seu email e confirme a assinatura, pois sem isso ela se torna inválida.

Juntos Somos Mais! E Canção Nova (Sem PT) é bom demais!

Tem de ser feita uma faxina para tirar presidente e não só ministro


Após as denúncias de irregularidades em obras da Copa, o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), afirmou nesta sexta-feira (25) que a chamada "faxina" do governo precisa atingir até a presidente Dilma Rousseff.

Segundo ele, há um "conluio" para "roubar o Brasil".

A Folha mostrou hoje que diante da pressão de governadores, Dilma ordenou ao Ministério das Cidades que mudasse a toque de caixa projetos de transportes para a Copa 2014.

Com isso, as cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) puderam trocar o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e demorados, como metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.

"As denúncias são gravíssimas.
Só em uma delas, há um prejuízo de R$ 700 milhões e foi feito por determinação da presidente.
Tem de ser feita uma faxina para tirar presidente e não só ministro.
Há um conluio para roubar o Brasil",
disse Torres.

O Palácio do Planalto e o Ministério das Cidades negam que tenha havido qualquer pressão política para que os setores técnicos aprovassem a mudança no projeto de sistemas de transportes proposto pelos governos da Bahia e de Mato Grosso.

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), saiu em defesa do Planalto e disse que o Ministério das Cidades está apresentando seus esclarecimentos.
Ele disse que vai aguardar os desdobramentos do caso para avaliar se o ministro terá que vir ao Congresso dar explicações.
Ele disse que ainda não é o momento e sinalizou que isso não deve ocorrer.
Segundo Jucá, o fim de ano já está "bastante tumultuado".
(Da Folha Poder)

Salvo-conduto

Dora Kramer, no Estadão

Um palpite? Dificilmente o ministro Mário Negromonte será importunado por ter avalizado fraude documental para troca de um projeto de infraestrutura da Copa, em Mato Grosso, que custava RS 489 milhões por outro de R$ 1,2 bilhão.

Além do preço quase triplicado, o projeto teve parecer contrário do corpo técnico do Ministério das Cidades.

E por que a suposição de que o ministro continuará impávido colosso?

Algumas hipóteses. Uma delas é que, pelo relato do repórter Leandro Colon ontem no Estado, desta vez o buraco é mais profundo.

A substituição dos projetos envolveu negociação da qual participaram, além do ministro das Cidades, a titular do Planejamento, Miriam Belchior, e o vice-presidente Michel Temer.

A troca era de interesse do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, como Temer.

Como se vê, não seria simples apenas descartar Mário Negromonte ou seu chefe de gabinete, Cássio Peixoto, de quem partiu a ordem para alteração do parecer contrário ao projeto que acabou sendo adotado.

Mas, a despeito da existência de provas fartas e substanciais de que houve uma urdidura de má-fé dentro do ministério e, segundo registro gravado na voz da diretora de Mobilidade Urbana, em cumprimento a uma ação 'de governo', dificilmente haverá abalos de primeiro escalão.

Não fosse pelo motivo substantivo, há outra indicação.
O Palácio do Planalto há alguns dias tomou providências para reduzir o dano da permanência de Carlos Lupi no Trabalho e tratou de antecipar que ele e Negromonte sairão na reforma do início do ano.

Pela ótica do governo, estaria assim dada a satisfação pública para o caso presente, o último de passado recente, mais os que porventura venham a ocorrer em tempo que chamaremos de futuro próximo a fim de delimitar o período que nos separa da anunciada reforma ministerial.

Está bastante evidente a disposição do governo de não produzir novas baixas até que possam ser explicadas pelo rearranjo político-administrativo. Enquanto isso, as coisas funcionam no piloto automático.

A partir do advento Lupi, Dilma Rousseff deixou de lado a sistemática de só demitir quando ficava impossível manter o protagonista da denúncia em tela. Preferiu adotar a prática do gerenciamento dessa impossibilidade geradora de escândalos dando de ombros aos fatos.

Fará o mesmo em relação ao ocorrido no Ministério das Cidades? Se não quiser reacender as cobranças para a demissão de Lupi e atender ao padrão por ela mesmo imposto no caso dele, sim.
É uma escolha que a presidente como a dona da bola tem todo direito de fazer.

O ruim é que, assim, a reforma ministerial que poderia ser esperada com uma expectativa de melhora nos critérios do governo de coalizão, já nasce servindo como justificativa para que se deixem crimes sem castigo.

União ignora R$ 26,5 bi enviados a ONGs

Repasses do governo feitos às organizações não constam do cadastro do Ministério do Planejamento e dificultam pente-fino em convênios

Fausto Macedo, enviado especial de O Estado de S.Paulo

Informações sobre a destinação de R$ 26,5 bilhões do Tesouro, transferidos para organizações não governamentais (ONGs) e entidades entre setembro de 2008 e junho de 2011, não constam do banco de dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), do Ministério do Planejamento.

A revelação foi feita durante debates da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), em Bento Gonçalves (RS).

O montante à margem do cadastro do Siconv representa 54% do total repassado por ministérios e outros entes do governo federal a título de transferências voluntárias.
(continua)

Parceria Lula & Silvio Santos

A farra bilionária do Banco Panamericano foi uma obra conjunta de Lula e Sílvio Santos
Por Augusto Nunes

O que houve entre o governo federal e o Banco Panamericano não foi um negócio.
Foi um cortejo de negociatas envolvendo pequenos trapaceiros e figurões do Banco Central, do BNDES, da Caixa Econômica Federal, do PT e do Palácio do Planalto, além de auditores cafajestes, todos em perfeita afinação com punguistas disfarçados de executivos de uma instituição privada.

A queima de bilhões de reais tungados dos pagadores de impostos não foi uma solução de emergência.
Foi uma operação criminosa premeditada para livrar da falência o dono de uma rede de TV especialmente útil a caçadores de votos que, para ganhar a eleição, vendem até a mãe.
Em fatias, se o freguês preferir.


Todos os personagens da peça político-policial merecem espaço no palco, desde que não encubram a visão da dupla que concebeu e conduziu a trama bandida.
Como atesta o post de 11 de novembro de 2010 reproduzido na seção Vale Reprise, o buraco negro do Banco Panamericano foi escavado em parceria por Lula e Sílvio Santos.

O animador de comício e o animador de auditório planejaram a farra bilionária e mandaram a conta para a plateia.
O elenco inclui numerosos coajuvantes. Mas os protagonistas são dois.

Partidos rastejantes e inúteis. O Brasil precisa de um governo que não tenha vermes como aliados


Juras de fidelidade

Renata Lo Prete, Folha de S.Paulo

Com a proximidade da reforma ministerial, partidos aliados de Dilma Rousseff deflagraram competição paralela na tentativa de demonstrar obediência ao Planalto.

A prorrogação da DRU na Câmara, nesta semana, foi um termômetro da disputa: apesar das ameaças e cobranças que precederam a segunda discussão, líderes tentavam assegurar ao governo maior número de votos e presença máxima das bancadas em plenário.

De olho na nova configuração da Esplanada, PR e PV, que não integram oficialmente a base de Dilma, e até siglas ameaçadas de perder espaço, como PP e PDT, fizeram a diferença em favor do governo.

República: de volta para o futuro

Por José Serra

Publicado no Estadão em 24/11/2011.

A proclamação da República, comemorada na semana passada, foi a culminância de um processo de grandes mudanças no Brasil do século 19.
Basta lembrar o fim do tráfico de escravos, as primeiras tentativas de utilização da mão-de-obra livre, a expansão da economia cafeeira, o crescimento da população urbana e as campanhas abolicionistas.

Na esfera política, o republicanismo rompeu o imobilismo institucional do Império.
É preciso reconhecer que a formação do Estado monárquico teve um papel dinâmico do ponto de vista da formação do país.

Permitiu a manutenção da integridade territorial, estruturou a máquina do Estado e lançou os fundamentos da organização nacional.

Não foram tarefas fáceis.
Algumas delas levaram até a guerras com os países platinos.
O Império, no entanto, mostrou-se pouco virtuoso no que diz respeito ao desenvolvimento econômico: foi anti-industrializante, criou barreiras à formação de um sistema de média e pequena propriedades no campo e foi tímido na modernização da infraestrutura.

As bases do subdesenvolvimento brasileiro nos séculos 20 e 21 se encontram no 19, ao qual chegamos com uma economia que se equiparava à dos EUA.
Entre 1800 e 1913, no entanto, o PIB por habitante do Brasil estagnou.
A economia americana, cujo PIB era próximo ao brasileiro por volta de 1800, aumentou seis vezes no mesmo período.
Nossa grande regressão ocorreu durante o Império.

A partir do fim do século 19, começamos a crescer mais rapidamente.
E, desde esse tempo até 1980, a economia brasileira foi a que mais se expandiu no mundo.
Mesmo descontando o crescimento populacional, continuamos na linha de frente, só perdendo para o Japão.
Bons tempos, ao menos no dinamismo econômico.

(...)

O regime republicano teve enorme dificuldade de conciliar crescimento econômico e a manutenção das liberdades fundamentais do cidadão.
E isso acabou marcando a nossa história desde 1930.

Só na segunda metade dos anos 1950 e, mais especificamente, nas últimas duas décadas, é que conseguimos compatibilizar economia e política com a estabilização advinda do Plano Real, a construção de uma rede de proteção social e a defesa permanente do Estado democrático de direito.

Mas o espírito da “res publica”, que começara a reativar-se nos anos noventa, foi desaparecendo.
O sonho dos primeiros republicanos, de um governo do povo e para o povo, acabou sendo substituído, numa curiosa metamorfose, por um governo dos, e para os, setores organizados e simpáticos aos poderosos do momento.

Nos anos recentes, o patrimonialismo refez-se em duas vertentes: na formação de uma burguesia do capital estatal e na ocupação pura e simples da máquina do Estado. Ocupação voltada ao sistemático desvio de recursos públicos para partidos, pessoas e manipulação eleitoral.
E, desde logo, de uma ineficiência wagneriana na organização e funcionamento do serviço público e, pior ainda, na formulação e execução de um projeto de desenvolvimento nacional.

Isso significa que algumas das características essenciais de um regime republicano foram se perdendo ao longo do tempo, em nome de um suposto pragmatismo que mal esconde arranjos para proteger interesses patrimonialistas e corporativistas que se estabelecem ao arrepio da maioria do povo brasileiro.

Precisamos recuperar o espírito da República para que o Brasil possa avançar. Precisamos caminhar de volta para o futuro.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dilma vai usar o dinheiro do trabalhador para fazer a alegria dos empreiteiros

Aprovado uso de FGTS em obras da Copa
Exame


O governo conseguiu aprovar hoje no Senado a medida provisória que libera o uso de recursos do FGTS para financiar obras de infraestrutura ligadas à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016.
A autorização foi incluída na MP que tratava, originalmente, da desoneração de tributos para alguns setores da economia.
O texto agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

O senador José Pimentel (PT-CE), relator da proposta, aceitou apenas as emendas que propunham alterações no texto da MP, para evitar que o projeto voltasse para a Câmara dos Deputados.
Após quase cinco horas de discussão, o projeto foi aprovado em votação simbólica, com os votos contrários da oposição, que estava em obstrução.

O Fundo de Investimento do FGTS poderá injetar até R$ 5 bilhões em obras relacionadas à Copa e à Olimpíada.
(continua)

Reflexões sobre escândalos, demissões, Dilma e a imprensa

No blog do Noblat

* E então? Dilma vai esperar a reforma ministerial de janeiro para se livrar do ministro das Cidades?
Ou antecipará sua demissão?

* Por que é sempre a imprensa que descobre roubalheiras no governo?
Por que o governo não se antecipa e descobre?

* Escrevi aqui outro dia que este governo apodreceu.
Pois não é que aprodreceu mesmo?
E não completou nem um ano... Estou pasmo!

* Uma saída para que o ministro das Cidades não tenha que sair logo do governo: diga "Eu te amo, Dilma!"
Vai, Negromonte, diz "Eu te amo, Dilma!".
Não custa nada. E pode dar certo.

* Como são as coisas...
A imprensa descobre roubalheiras no governo - o governo, não.
Depois o governo diz que a imprensa quer mandar nele. Pode?

* Balanço: cinco ministros caíram até aqui por suspeitas de corrupção.
Um disse "Eu te amo, Dilma!" - e ficou no cargo.
Tem mais um para cair.
Portanto: cinco no chão e dois gravemente avariados.
Tudo em menos de 11 meses.
Que tal? É ou não é um espanto?

* Para ser coerente, depois de ter segurado Lupi e assim "provado" que manda no governo e não obedece à imprensa, Dilma está obrigada a segurar também Negromonte, ministro das Cidades.
E a rezar para que até a reforma ministerial de janeiro não apereça nenhum outro ministro metido em roubalheira.

* No que dá perder a coerência...
Ministro suspeito de promover ou fechar os olhos a irregularidades era demitido por Dilma depois de duas ou três semanas de exposição em praça pública.
Dilma suspendeu a escrita com Lupi.
Aí aparece o ministro das Cidades no meio de uma das maiores safadezas descobertas até hoje.
Ficará no governo até a reforma ministerial de janeiro?
Será demitido - e Lupi não?
................................

(Excluí uma das reflexões porque não concordo de jeito nenhum. Morder e assoprar só favorece a malandragem. Como alguém pode acreditar que Dilma não conhecia nenhum dos ministros se os comandava como Chefe da Casa Civil? Tenha dó!)

Aparelhamento Demais Dá Nisso

Por Ajuricaba - da Tribo dos Manaós


O vazamento de óleo em um poço da Chevron na bacia de Campos dos Goitacazes levanta a questão mais importante dessa história toda.
Que raios de ação qualificativa, seletiva e fiscalizadora faz a Agência Nacional do Petróleo - ANP?

Primeiro que pode dias o assunto foi tratado nas redes sociais sem que nenhuma das grandes empresas de jornalismo desse nem uma vírgula em seus telejornais.

Depois de informações começarem a aparecer na mídia estrangeira, inclusive com fotos de satélite é que a coisa veio a público.

E aqui me refiro ao povão dependente das informações dos "jornais nacionais" televisivos.
Balelas prá lá e prá cá e meia notícias até que a imensidão que a mancha de óleo representava no oceano fosse realmente mostrada.

Fatos bizonhos como a inspeção feita pelos fiscais a bordo e um "alicóptro" cedido pela própria Chevron e que não tinha autonomia prá sobrevoar a mancha inteira.
Só deu prá ir e voltar no local da plataforma.
Depois as conversas de arremesso de areia prá afundar a mancha, o equivalente a varrer prá baixo do tapete.
Falta de equipamento de coleta, diferenças brutais de informações sobre volume do vazamento, inexistência de planos de emergência e contingências na instalação, sumiço de autoridades e por aí vai.

O fato da plataforma usada ser uma velharia recusada pela Petrobras há mais de 10 anos, nem precisa falar né? Uma verdadeira zona.

E por conta de quem?
Prá mim, da ANP aparelhada com petralhas e ou a eles submissos e pela ausência de técnicos com autonomia de ação profissional e não política em todas as etapas do processo de concessão da exploração.


A lição do mestre Cacique (continua)

A USP e a corrosão do caráter

Roberto Romano, filósofo, professor de Ética e Filosofia na Unicamp, é autor, entre outros livros, de 'O Caldeirão de Medeia' (Perspectiva) - O Estado de S.Paulo

Acadêmicos brasileiros pouco afeitos à cultura imaginam que noções éticas, morais, científicas surgem apenas em textos considerados relevantes nas seitas universitárias.
A preguiça e a pressa na publicação, unidas, logo brotam juízos "definitivos" sobre algum campo do pensamento.

Assim ocorre com o tema antigo sobre a presença ou ausência de caráter nas pessoas.

Os supostos pesquisadores consideram que o conceito de uma corrupção do caráter aparece com o sociólogo norte-americano Richard Sennett.
(...)

A corrosão do caráter é potencializada quando os grupos e indivíduos assumem o perfil da militância.

O militante padrão, por mimetismo, sacrifica normas éticas, sociais e políticas em proveito de seu movimento, visto por ele como a fonte última dos valores.
Todos os demais âmbitos seriam movidos por interesses escusos.

(...)

No Brasil, temos um campo mais complexo.
Aqui, longe de permanecerem distantes e hostis aos poderes públicos, lutando contra eles na concorrência para dominar indivíduos e grupos, movimentos sociais mantêm excelentes tratos com os governos e Parlamentos.

Eles sabem aplicar ventosas nos cofres estatais (as ONGs...) de modo a expandir suas forças, mas guardam a retórica contrária ao Estado.
A busca de verbas põe a militância ao dispor de partidos políticos hegemônicos.
O militante exerce seu fervor de tal modo que, em pouco tempo, pratica o que suas doutrinas condenavam ou condenam.

O militante, cujo caráter foi corroído, julga que os interesses sociais alheios à sua pauta são "burgueses", "abstratos", "conservadores".

Ele se imagina autorizado a manter em lugares estratégicos oligarcas exímios na arte de roubar os cofres públicos.
Na superfície, movimentos como a UNE (e suas subsidiárias) arvoram palavras de esquerda.
Mas dão suporte às mais retrógradas forças políticas. Líderes estudantis que ontem lutavam contra a corrupção, ao subirem ao poder de Estado, guardam excelentes relações com oligarcas truculentos.
(...)

A que assistimos na USP nos últimos dias?
Lutas contra o arbítrio autoritário dos oligarcas?
Denúncias de corrupção política (que lesa milhões de brasileiros em termos de educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia)?
Batalhas contra a falta de democracia nos grandes partidos, nos quais os dirigentes são donos das alianças, das candidaturas, dos cofres, sem ouvir as bases?
Movimentos contra o privilégio de foro, algo que faz de nosso Estado um absolutismo contrário à República?

A pauta dos militantes, professores e alunos é alienada em todos os sentidos, da marijuana ao populismo rasteiro.

Militantes fazem sua revolução em escala micrológica contra o reitor, mas os dirigentes nacionais do movimento estudantil negociam apoio aos donos do poder, os verdadeiros soberanos.

Aviso aos bajuladores do petismo: a noção de caráter é velha como o saber humano e foi estudada, sobretudo, por um pensador "burguês", Immanuel Kant.
Para ele, o caráter é "marca distintiva do ser humano como racional, dotado de liberdade".

O caráter "indica o que o ser humano está preparado para fazer a si mesmo".
Dentre as técnicas para a corrosão do caráter, as drogas são as piores.
É irresponsabilidade ética afirmar que elas não prejudicam os usuários ou "ajudam a melhorar a imaginação nas artes e nas ciências".
A leitura de pesquisas como a de Alba Zaluar, sobre a indústria das drogas, traria prudência aos seus apologetas nos câmpus.

Militantes sempre ignoram e combatem a liberdade e a dignidade alheias, basta ver as multidões que apoiaram tiranias modernas, do fascismo ao stalinismo.

Hoje, na USP, a militância aposenta a busca de "mudar o mundo".
Sobram os coquetéis Molotov para a defesa do nada, da irrelevância absoluta, da morte.

Íntegra AQUI.

Lula e o etanol: bode morre pela boca

Marcos Guterman

Em setembro de 2010, o então presidente Lula jactou-se do etanol brasileiro, disse que os países ricos teriam de se abrir para o produto e ironizou o etanol de milho feito nos EUA:

“Milho a gente dá para galinha para comer e para a galinha poedeira botar uns ovinhos, mas não pode dar muito milho para bode, porque ele estufa e morre”.

A ironia é que, pelo contrário, o Brasil pode estar a caminho de se tornar dependente do etanol de milho para bodes e galinhas americanos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Igreja também é alvo

Procuradoria quer anular concessões das TVs Aparecida e Canção Nova
Folha.com


O Ministério Público Federal em Guaratinguetá (SP) entrou com duas ações civis públicas pedindo a anulação das concessões das TVs Canção Nova e Aparecida, realizadas em 1997 e 2001, respectivamente.

Para a Procuradoria, as concessões outorgadas pelo Ministério das Comunicações à Fundação Nossa Senhora de Aparecida, mantenedora da TV Aparecida (canal 59-E), e à Fundação João Paulo 2º, mantenedora da Canção Nova (canal 35-E), ocorreram "sem a observância de processo de licitação obrigatório para concessão de serviço público", previsto pela Constituição de 1988.

As emissoras transmitem nacionalmente programação evangelizadora de diferentes correntes da Igreja Católica e seus sinais estão disponíveis para antena parabólica e nos sinais das TVs abertas que integram a programação da maioria das operadoras de TV a cabo.

Para o procurador da República Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira, somente a licitação dos canais educativos permitiria à administração pública selecionar a entidade mais capacitada tecnicamente e que apresente o melhor projeto educacional.

Gonçalves afirma que o pedido de cassação das concessões não tem nenhum vínculo com o tipo de conteúdo transmitido pelas emissoras, "mas com o fato de terem sido outorgadas sem licitação, o que põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação, que é eminentemente público".

Segundo as ações, a ausência de licitação anula todos os atos posteriores, principalmente, o contrato de concessão firmado entre a União e a entidade interessada.

Parabéns Canção Nova!

Por Cadu

Parabéns Canção Nova! Parabéns Padre Jonas Abib! Parabéns Padre José Augusto!

Pensei muito sobre se deveria ou não escrever esse texto.
Embora me parecesse mais conveniente não o fazê-lo, algo me impelia a escrever.
Durante esses dias vivi uma série de sentimentos que pensava terem morrido em mim e que de uma hora para outra se mostraram vivos e intensos, de modo que precisava colocar para fora de uma forma mais clara e lúcida.

Sei que sou imperfeito e pecador.
Conheço minhas misérias mais do que ninguém.
Porém sei quem sou e posso dizer sem medo: Sou um idealista. Não faço as coisas por dinheiro ou fama.
Não sinto necessidade de prestígio.
Tudo que faço, é pelo que acredito.

Há 13 anos eu conheci um homem que mexeu com meus ideais.
Era um sacerdote da cabeça branquinha e cheio de Deus.
Esse homem me mostrou um caminho de Deus cheio de vida, alegria e profetismo.
Ele era livre para falar da palavra de Deus como eu nunca vi ninguém ser.
Decidi segui-lo.
Seu nome: Padre Jonas Abib.

Durante 11 anos eu segui como missionário na Comunidade Canção Nova e mesmo hoje não sendo membro da Comunidade, posso dizer que o amo profundamente.
Se tenho tanto e melhorar, posso dizer que o pouco que consegui devo a ele e a comunidade que me ensinou a ser um homem de Deus.
Aprendi a amar a Igreja, os Sacramentos, a Palavra de Deus, a Santa Missa, o Rosário, a Confissão…
Ele e essa comunidade me ensinaram a ser um homem trabalhador e a dar a vida pelo Reino de Deus.

Sim, eu deixei de ser missionário.
Resolvi trilhar outros caminhos, mas trago essa comunidade no coração e todos os dias, eu rezo por ela e pelo seu fundador.

Por isso, pelo grande amor que tenho dentro de mim, quero parabenizar a Comunidade Canção Nova pela decisão de retirar os políticos da sua grade de programação (sobretudo alguns deles que não quero nem citar o nome).

Enquanto fui missionário sempre combati essa ideia de político não apenas na TV Canção Nova, mas em qualquer meio de comunicação católico.
Hoje como paroquiano continuo pensando da mesma forma.
Sei que essa decisão não foi fácil de ser tomada, mas glorifico a Deus por ela.
Espero que ela seja definitiva.

Quero fazer minha parte na manutenção dessa decisão.
Convido todos os meus leitores a se associarem a Canção Nova.
Ajude a manter essa obra evangelizando (clique aqui e saiba como).

Uma obra gigantesca como essa precisa da ajuda de muitos fiéis.
Se você era sócio da Canção Nova e por qualquer motivo deixou de contribuir, peço encarecidamente: Retome a sua ajuda!

Nesses dias que virão eu estarei me associando.
Não ganho muito, mas quero ajudar!

Espero que a Comunidade Canção Nova retome o ar profético de antes e aproveite da liberdade de evangelizar que sempre teve.
Rezo para que ela siga firme e agüente a pressão (que virá) da parte das pessoas que eram beneficiadas com esse “palanque virtual” que por algum momento possa ter se erguido.

Sei que os missionários dessa obra crêem na providência.
Digo sem medo: Ela (A Divina Providência) não se afastará de vocês nunca se vocês estão na vontade de Deus.

Por fim quero dizer a Deputada Myrian Rios e ao Deputado Eros Biondini, que estes nasceram do seio católico e o trabalho de ambos continuará sendo admirado por mim.
Sempre que souber de um bom fruto que veio da sua atuação política terei prazer em publicar.

Os demais políticos… Bom, estes não vão fazer falta alguma.
Bye bye, so long!
Façam um favor: Errem o caminho da Canção Nova.
Se voltarem lá, que seja para ouvir uma boa pregação do Professor Felipe, do Padre José Augusto ou do Padre Paulo Ricardo!

Estou fora eu sei, mas a Canção Nova sempre estará dentro de mim.
Aonde for estarei defendendo e ajudando a comunidade (quando não der para ajudar ai paciência!).
Quero sempre o melhor para todos os missionários dessa obra, que considero como irmãos.
Grande abraço e sigamos na luta rumo ao Céu.

Dom Bosco, educai-nos para a Santidade!
Canção Nova (Sem PT) é bom Demais!

BRASIL, SAI DO CASULO!


Austeridade parece ser a fórmula encontrada para enfrentar a crise na Europa, ao contrário do governo brasileiro que costuma debochar quando alguém propõe um "Choque de Gestão".
Talvez muitos nem entendam o que isso significa, mas está comprovado que o destino dos que caem na tentação do dinheiro aparentemente fácil, com as ofertas de "crédito" (agiotagem) e o incentivo à gastança irresponsável, é o fundo do poço.

Os índices revelados nos últimos dias expõem o que a propaganda oficial não consegue mais esconder, a qualidade de vida da população brasileira é uma das piores do mundo.
Temos baixos salários, índices vergonhosos no desenvolvimento humano, péssimos serviços públicos, porém, as mais elevadas taxas de juros ao consumidor e carga tributária insustetável.
O endividamento das famílias aumentou oitenta por cento nos últimos anos e isso compromete não só a economia doméstica, mas também ameaça a economia do país.

A incompetência que tem colocando em risco o plano econômico que projetou o Brasil no cenário mundial é agravada pela corrupção desenfreada, que multiplica esse quadro desfavoravelmente.

Esse nem é o caso dos países em crise, mesmo assim, governantes estão caindo ou perdendo eleições.
Por que o brasileiro aceita ser roubado e não pensa em trocar o comando?
E não me refiro aos ministros, iguais aos que estão aí tem um monte aguardando a saída dos titulares para ocupar suas vagas.
Para quem ainda resiste aos fatos, insisto na afirmação de Merval Pereira, Dilma é a única responsável pela indicação de ministros desqualificados para seu governo.

"Como estamos em regime presidencialista, a responsabilidade por erros e acertos deveria ser da presidente, assim como a decisão de tirar ministro que ficasse inviabilizado, por qualquer motivo, de continuar no governo."

Herança maldita não são somente os ministros que a presidente decidiu manter, o legado que está condenando o Brasil ao atraso é a própria gestão petista.

O reconhecimento ao guerreiro

O jornalista Reinaldo Azevedo recebeu um e-mail de Dom Luiz Bergonzini, bispo de Guarulhos, líder religioso que teve a coragem, durante a campanha eleitoral, de defender os princípios da Igreja Católica.

“Caríssimo jornalista Reinaldo Azevedo,
Parabéns pelo trabalho de esclarecimento da juventude universitária, sobre o esquerdismo e suas consequências.
A juventude e o povo brasileiro estão vivendo sob o império da mentira. Isso precisa terminar.”


Muito obrigado, Dom Luiz!

Este bispo da Igreja Católica mantém uma página na Internet em que trava o bom combate.
Suas mensagens estão afinadas com a Igreja a que ele serve e com a orientação do papa Bento 16.

Ser católico é uma opção, não uma imposição.
E Dom Luiz defende abertamente os princípios de sua Igreja.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Brasileiros têm de estar atentos ao endividamento

Míriam Leitão - O Globo

O Brasil tem a maior taxa de juros do mundo.
Todos falam da Selic, mas o que interessa para o bolso são as taxas de juros cobradas do consumidor.

Nos últimos anos, tem aumentado muito o crédito no país, a taxas de 15% a 20% ao ano.
Mas esses patamares não são sustentáveis.
Para se ter uma ideia, de 2008 até hoje, o endividamento das famílias brasileiras aumentou 80%.

Hoje, se pegarmos tudo o que as famílias devem,está em torno de 42% da sua renda anual.
Há dívidas invisíveis como, por exemplo, o cheque pré-datado, que não entra em conta nenhuma, assim como certos carnês.
Por isso, o endividamento pode ser ainda muito maior.

O Banco Central acabou de tomar uma decisão que, no meu ponto de vista, está errada: o pagamento mínimo do cartão de crédito, que subiria de 15% para 20%, foi cancelado.

Vale sempre lembrar que o cartão não pode ser considerado forma de crédito, tem de ser entendido como meio de pagamento, pois o juro é caro demais. Você tem de usar o seu cartão e quitar o pagamento completamente, é a coisa mais inteligente a se fazer.

Ao todo, 60% dos trabalhadores que recebem 13º salário vão usar o dinheiro para quitar dívidas.
No Brasil, são R$ 118 bilhões que serão injetados na economia com o 13º.

Essa é a boa notícia.
O gasto está aumentando muito, mas o brasileiro é bom pagador.
Ele é sério, quer usar o 13º para reduzir a dívida.
É mesmo o que tem de ser feito para evitar o endividamento, caso contrário, vira uma bola de neve.

Assistam o video do programa BOM DIA BRASIL AQUI.

Relatório sigiloso da Defesa comprova sucateamento do setor militar no País

Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo

Documento sigiloso produzido pelos comandos militares sobre a situação da defesa nacional repassado ao Palácio do Planalto nos últimos dias mostra um sucateamento dos equipamentos das três Forças.
Segundo os militares, os dados esvaziam as pretensões brasileiras de obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de inibir a participação do País em missões especiais da ONU.

De acordo com a planilha obtida pelo Estado, a Marinha, que em março mantinha em operação apenas dois de seus 23 jatos A-4, não tem hoje condições de fazer decolar um avião sequer do porta-aviões São Paulo.

Com boa parte do material nas mãos de mecânicos, a situação da Marinha se distancia do discurso oficial, cuja missão seria zelar pela área do pré-sal, apelidada de Amazônia Azul.

Segundo o balanço, que mostrou uma piora em relação ao último levantamento, realizado em março, a situação da flotilha também não é confortável.
Apenas metade dos navios chamados de guerra está em operação.
Das 100 embarcações, incluídas corvetas, fragatas e patrulhas, apenas 53 estão navegando.
Dos cinco submarinos, apenas dois ainda operam.
Das viaturas sobre lagartas (com esteiras), como as usadas pelos Fuzileiros Navais para subir os morros do Rio de Janeiro, apenas 28 das 74 estão em operação.
)continua)

A responsável

Merval Pereira, O Globo

A desmoralização do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, tem o efeito imediato de desmoralizar junto com ele o seu partido, o PDT, mas paradoxalmente não atinge, pelo menos até o momento, o prestígio da presidente Dilma junto à população, que não identifica nela o que ela realmente é: a única responsável pela indicação de um ministro desqualificado para seu governo e, mais que isso, pela sua manutenção no cargo, mesmo depois de ter mentido privadamente para a própria presidente e publicamente numa comissão do Congresso.
(...)

Mesmo sem ter tomado a iniciativa de nenhuma das cinco demissões por corrupção — é interessante notar que o único caso em que a presidente assumiu a dianteira foi na única demissão que não teve nada com corrupção, a do ministro Nelson Jobim (Defesa), que fez críticas públicas a companheiros de governo —, a presidente Dilma vem recebendo por parte da opinião pública a responsabilidade por uma "faxina ética", que hoje está evidente que nunca existiu como projeto de governo, mas continua tendo seus efeitos políticos positivos para ela.

O problema que já começa a perturbar os partidos aliados é que essa sucessão de crises ministeriais, ao mesmo tempo em que aumenta estranhamente a popularidade de Dilma, aprofunda inversamente a descrença da população nos partidos políticos, que no final das contas são os únicos responsáveis, diante da opinião pública, pelos desvios de conduta, e também não recebem os bônus por eventuais programas de governo que deem certo.
Nesses casos, é também a presidente Dilma que recebe o reconhecimento da população.

Como estamos em regime presidencialista, a responsabilidade por erros e acertos deveria ser da presidente, assim como a decisão de tirar ministro que ficasse inviabilizado, por qualquer motivo, de continuar no governo.

Até porque, em última instância, foi a presidente quem o escolheu para o ministério.
(...)

O que temos hoje é um governo de cooptação, que se baseia em interesses outros que não os do país.
Íntegra AQUI.