segunda-feira, 30 de julho de 2012

JULGAMENTO DO MENSALÃO: A LEI OU O VALE TUDO



Faltam apenas três dias para o início do julgamento do século, que vai decidir se no Brasil vale tudo e se as leis que estabelecem a exigência de ficha-limpa aos candidatos não passam de um blefe ou, numa virada de cento e oitenta graus, a Justiça impõe outro rumo ao país ao julgar com isenção e correção o maior esquema de corrupção de nossa história. 
O Mensalão é mais do que isso, trata-se do mais grave atentado aos princípios democráticos, já que um dos Poderes, por dinheiro, aceitou o papel de marionete do Poder Executivo e continua, até hoje, refém da presidência da República.
Que ao menos o Judiciário consiga provar sua independência e, quem sabe, o Legislativo também resgate a sua.
Esse acontecimento é importante, acima de tudo, para podar as raízes nocivas do hábito de oferecer e aceitar propina, que vêm se alastrando por todos os segmentos da sociedade e transformando uma série de crimes em atos banais.
Reinaldo Azevedo destrincha os movimentos mais importantes do esquema do Mensalão e deixa bem claro o papel dos Ministros do STF: Cada um deles dirá se o Brasil deve escolher a lei ou o vale-tudo. Também estarão redigindo a própria biografia!
Leiam trechos:

Começa na quinta-feira o primeiro dia do resto da vida institucional no Brasil. São nove homens, duas mulheres e um destino: o do país! Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber vão decidir se o país renova a sua opção pela democracia ou se marca um encontro com a impunidade, a bandalheira, o roubo e o atraso.
(...)

Se o núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão a dizer que é legítimo usar dinheiro público para atender às necessidades de um partido.

Se o núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão a dizer que é legítimo comprar partidos, comprar políticos, comprar consciências.

Se o núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão a dizer que é legítimo recorrer à trapaça, a ameaças, à chantagem, à calúnia, à injúria e à difamação, sufocando a verdade com a mentira.

Se o núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão não apenas naturalizando os crimes do mensalão como os que a eles se seguiram, notadamente a rede suja montada pelo subjornalismo para difamar o próprio tribunal, a Procuradoria-Geral da República, a imprensa e, nem poderia ser diferente, os parlamentares honestos da oposição e até da base governista.

Neste fim de semana, as páginas da Carta Capital, do notório Mino Carta, trazem um último espasmo do submundo do crime, que tenta desmerecer a verdade com a mentira, com a infâmia, com a calúnia e com as vozes trevosas.
Refiro-me, obviamente, a um arremedo de reportagem que tentou implicar, mais uma vez, o ministro Gilmar Mendes em crimes que obviamente não cometeu. A falsificação é de tal sorte grosseira que uma lista supostamente feita em março de 1999 já coloca Mendes como advogado-geral da União, cargo para o qual foi indicado só em janeiro do ano seguinte.
(...)

Neste ponto, antes que continue, é hora de chamar Dilma Rousseff à razão. A presidente tem dito que o governo quer se manter distante desse assunto, que é matéria — e é mesmo — que cabe ao Poder Judiciário. Mas que governo independente, neutro e austero é esse que permite que o dinheiro público financie uma rede que hoje existe com o propósito de cumprir a agenda do PT — da sua pior parcela, na verdade — e de difamar aqueles que são considerados adversários? Gostaria muito de saber como a austera Dilma justifica essa óbvia apropriação do que é de todos em benefício de um grupo.

Se o núcleo criminoso for absolvido, então os absolvedores do Supremo estarão, em suma, abonando esses métodos e colocando a corda no próprio pescoço. Esses grupos que se orientam nas sombras têm interesses os mais diversos. Mais de uma vez, eles hão de se chocar com o estado de direito, e o STF será chamado a arbitrar. A absolvição corresponderá à naturalização também desse método criminoso de fazer pressão, ao qual todos estarão sujeitos.

Dois golpes
Os mensaleiros tentaram, na verdade, dar dois golpes no país. O primeiro foi no Legislativo. Quando se montou a máquina criminosa — COM DINHEIRO PÚBLICO — para alimentar nas sombras uma parcela do Congresso, ficou evidente que o governismo tentava criar o seu próprio “Congresso”.

Seria um Legislativo do B, a soldo, para prestar serviços ao governo, fora de qualquer controle institucional. Com parlamentares que recebem dinheiro ilegal na boca do caixa, um governo pode executar a agenda que bem entender porque o espaço da representação popular foi conspurcado por larápios.

Duplamente golpistas! Desde que a denúncia foi aceita pelo Supremo, teve início a campanha sistemática contra o tribunal, em especial contra alguns de seus membros, contra a Procuradoria, contra as instituições. Alguns mensaleiros tentaram se organizar com o propósito de demonstrar que o tribunal não teria condição de julgá-los.
(...)

Roubo de dinheiro público
Na versão que Marcos Valério e PT tentaram emplacar, a origem do dinheiro repassado ao PT e aos mensaleiros seriam os empréstimos feitos pelas empresas do publicitário. Huuummm… Tenho cá comigo o relatório da CPMI. Entre 2000 e 2005, as “Organizações Valério” movimentaram a estratosférica quantia de R$ 1.147.635.715 — sim, leitor, lê-se assim: “Um bilhão, cento e quarenta e sete milhões…”. Parte significativa desse dinheiro teve origem em contrato com estatais.

Confiram Aqui  trecho do relatório.

Destrinchando
A coisa era simples. Uma empresa de Valério recebia dinheiro de empresa pública e o depositava no banco A ou B. Esse mesmo banco, vejam que coisa!, emprestava valor praticamente correspondente a uma outra empresa do publicitário. O dinheiro “emprestado” ia, então, parar nas mãos do PT e dos mensaleiros, sob a gerência de Delúbio Soares. Sob a coordenação de quem trabalhava Delúbio?
(...)
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Clique aqui para saber "os caminhos do dinheiro".

HORA DA VERDADE


Já valeu!

No país da jabuticaba e do jeitinho, do esperto que leva vantagem em tudo e da impunidade que beneficia os mais influentes e endinheirados, dá gosto ver 38 notáveis do governo passado enfrentando anos de incerteza quanto ao seu futuro próximo.

Na condição de réus são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.

Acabarão condenados?

Convenhamos: foram condenados, embora possam ser absolvidos pela Justiça.

Lembra-se de Fernando Collor?

Acusado de corrupção, renunciou ao cargo de presidente para escapar do impeachment no Senado. Ignorou-se sua carta-renúncia. Decisão política, meus caros!
O mandato de Collor foi cassado por larga margem de votos. Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu por falta de provas de que prevaricou.

Mudou a situação de Collor? Ele passou a ser apontado como uma triste inocente vítima de escandalosa injustiça?
Collor pode se reeleger senador em seu Estado quantas vezes queira ou quantas os alagoanos desejem. E ser tratado pelos poderes da República com as mesuras reservadas a todo ex-presidente.

Pouco importa. Daí não passará.

Está escrito com tinta irremovível na memória coletiva que ele deixou roubar antes e durante o seu governo. E que desfrutou do roubo. Isso é suficiente para impedi-lo de sonhar com a recuperação da sua imagem.
Mesura nada tem a ver com respeito. Tem a ver com protocolo. Collor é um morto-vivo, um fantasma que vaga pelos corredores do Senado.
As prerrogativas dele são iguais às dos seus colegas. Nem por isso Collor é igual a eles. Faz parte de um passado que desejamos envergonhadamente esquecer.

O "caçador de marajás" foi uma fraude. Hipnotizou a maioria dos brasileiros ansiosos por mudanças. Os candidatos da mudança foram para o segundo turno. Collor derrotou Lula.

Por que Lula, que considerou "prática inaceitável" o suborno de parlamentares, confessou sentir-se traído por antigos companheiros e foi à televisão pedir desculpas?; por que ele, agora, se refere ao "mensalão" como uma farsa montada com o único propósito de derrubá-lo? O que o fez mudar de lado?

Não vale responder que Lula é uma "metamorfose ambulante". E que se reconhece como tal.
A verdade - ou algo parecido: o julgamento dos mensaleiros é também o julgamento de Lula e do PT. Lula quer ser lembrado como o "pai dos pobres". Não como o chefe dos mensaleiros. Nem dos aloprados. Nem...


O julgamento marcado para começar nesta quinta-feira não revelará o PT que temos por que esse já sabemos qual é. Revelará o STF que temos. Um STF capaz de ignorar o clamor popular pela condenação dos acusados - e assim afirmar sua independência. Ou um STF capaz de ouvir o clamor - e assim dar o basta mais forte à impunidade.

Da redemocratização do país para cá, dois dos três poderes da República se viram expostos a sucessivas avaliações da sociedade – o Executivo e o Legislativo. Esse último foi reprovado todas as vezes.

Chegou a hora do Judiciário, o poder mais refratário a qualquer tipo de exame. O mais fechado. O mais autocrático.

Oremos por ele!

MENSALÃO: REVELAÇÕES ESCANDALOSAS

Texto guardado em sigilo há mais de seis anos revela alterações no relatório final da CPI dos Correios, que investigou o mensalão, para omitir menções ao filho mais velho do ex-presidente Lula. O documento, ao qual a Folha teve acesso, foi redigido pela equipe do deputado ACM Neto (DEM-BA), sub-relator da CPI dos Correios para o tema fundos de pensão. ACM Neto confirmou à Folha que se trata do texto original.

Do texto enviado ao relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), foram suprimidas menções a Fábio Luís, o Lulinha, e ao fato de a empresa investigada Gamecorp pertencer a ele.

Serraglio tinha poderes para alterar o texto do sub-relator. Chama atenção que só tenham sido suprimidos trechos que citavam Lulinha ou eram críticos a ele e a Lula. Fábio Luís foi investigado porque a Telemar (atual Oi) investiu R$ 5 milhões na Gamecorp em 2005, um ano após ter sido criada por Lulinha, com capital de R$ 10 mil. Dois fundos de pensão investigados pela CPI tinham participação na Telemar, que recebera aporte do BNDES.

Foram suprimidos trechos como "por envolver, naturalmente, como beneficiário, o filho do presidente da República". Ficou de fora um parágrafo inteiro que criticava o Ministério da Fazenda e juntas comerciais de diversos Estados que não responderam aos pedidos da CPI por informações sobre a Gamecorp.
 
A Fazenda, segundo o texto de ACM Neto, respondeu que repassar essas informações "poria em risco os interesses legítimos da empresa". O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse à Folha que conversou com Lula diversas vezes e que houve pressão "de todos os lados", mas silenciou sobre a origem da ordem para retirar o nome de Lulinha.

Serraglio confirma as pressões do Planalto.
 
"Essas informações chegavam para gente, 'ou vocês retiram ou nós vamos criar dificuldades para aprovar'", disse.
"Tinham pessoas mais próximas [do Planalto] que acompanhavam, o Carlos Abicalil (PT-MT), o Jorge Bittar (PT-RJ), era a tropa da frente." Para Delcídio e Serraglio, se o nome de Lulinha tivesse sido mantido, o relatório não teria sido aprovado. Mencionar Lulinha seria o mesmo que citar o presidente.
 
A CPI não quebrou o sigilo da Gamecorp. Segundo ACM Neto, na segunda-feira anterior à votação do relatório final, foi avisado por Serraglio de que era preciso retirar o nome de Lulinha.
 
"Não sei de quem partiu a ordem para tirar o nome do Lulinha, mas aceitei porque era o acordo ou nada."
 
A Folha não conseguiu localizar os deputados citados por Serraglio, e a assessoria do ex-presidente Lula não quis comentar o caso. A assessoria de Lulinha também não respondeu.
 
(Folha de São Paulo)

domingo, 29 de julho de 2012

PETRALHEI, PRONTO!!!



Alguém poderia explicar para que servem tantas riquezas naturais e uma arrecadação gigantesca de impostos se temos IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) equivalente ao de países miseráveis?

Como ter esperança de melhoria das condições de vida do brasileiro se o que o governo investe em infra-estrutura e nos setores que atendem diretamente à população é uma vergonha? O site Contas Abertas informou recentemente o que foi aplicado no último ano em Transportes, Defesa e Educação, que executaram apenas R$ 6,1, R$ 5,8 e R$ 2,8 bilhões, respectivamente.

Quando surgem polêmicas, como agora com o início do julgamento do Mensalão, ou notícias desfavoráveis na economia, Dilma repete Lula e propaga o LANÇAMENTO de uma série de PACotes, que nunca são executados ou são medidas improvisadas sem nenhum efeito consistente no desenvolvimento ou na vida das pessoas, nada que realmente possa resolver o quadro caótico mascarado pelo efeito da propaganda.

Nossas jornalistas, "tadinhas", tão sensíveis! Fico comovida com o ar de condolência das mocinhas na TV quando informam sobre situações dramáticas que começam a acontecer em outros países, como é o caso de famílias gregas que entregam seus filhos aos cuidados de abrigos públicos porque não têm condições financeiras de sustentá-los.
Nunca viram isso no Brasil?

Houve algum rumor quando os advogados da FIFA, em defesa de Josão Havelange e Ricardo Teixeira da acusação de recebimento de suborno para influenciar na decisão de determinados acordos da Fifa e da CBF, argumentaram que a propina faz parte do salário "da maioria da população brasileira".
Essa declaração deveria provocar revolta, no mínimo indignação, se por acaso não tivesse um fundo de verdade.

Mas quando se pensa em propina, nem sempre se trata de pagamento em dinheiro, temos outras formas de corromper o cidadão em troca de algo que beneficie o corruptor, como o apoio político, por exemplo. Além da tradicional compra de votos, cada vez mais ostensiva, temos uma pauta ufanista, abraçada por praticamente todos os órgãos da imprensa, que debocha da miséria de nosso povo enquanto infla seu ego de uma forma demoníaca.

Afirmar, por exemplo, que uma família com renda per capita acima de R$ 300 pertence à “classe média”, como deram para fazer certos economistas, induzindo à ideia de que o governo do PT acabou com a pobreza no Brasil, é de uma vigarice cruel e desumana.

O que temos, porém, além da adesão irrestrita de um lado e da crítica contra tudo e contra todos do outro?
Acompanhando as movimentações que preparam o eleitor para mais uma campanha política, temos duas possibilidades sendo cogitadas:

- A massa que não resiste aos apelos da midia, dos sermões nas igrejas e das promessas nos palanques, que embalam um mundo de ilusões e resultam nos aplausos aos possíveis feitos que nunca se concretizam;

- Ou a tentação do voto nulo, que só beneficia quem tem seus votos garantidos e que obviamente torcem para que essa onda conquiste o máximo possível de adeptos.

Eu não nego meu voto, pode ser no melhor ou no menos pior, mas não vou me desgastar sozinha contra a corrente nem me indispor com amigos que eu prezo muito, mas que são irredutíveis quanto à intenção de seguir modismos.
Portanto, seja o que Deus quiser, porque uns querem o PT e outros não querem nada, mas não posso permitir que a política seja um motivo de transtorno na minha vida pessoal.

Se as matérias jornalísticas já emplacam a disputa entre prováveis vices para a Dilma em 2014 porque consideram sua reeleição como certa, talvez até por WO (assim deseja o pessoal do voto nulo), pois há indícios de que ninguém se disponha a concorrer com a presidente popular e poderosa, toda a crítica ao seu governo será em vão.

FEITIÇO PETISTA EM SÃO PAULO SEMPRE VIRA CONTRA O FEITICEIRO


Todos sabem que o berço do PT, assim como o do PSDB, é a grande São Paulo. O PT com raízes em São Bernardo.
Muitas análises tendem a enaltecer o PT, atribuindo um "status" que não corresponde ao fato de que o partido nunca alcançou a vitória desejada no estado e tem muita dificuldade em conseguir votos na capital. Aliás, o PT jamais chegaria à presidência da República se dependesse dos votos dos paulistas.
Enquanto isso, os tucanos contam com os votos e a credibilidade que conquistaram com anos de trabalho sério e com resultados satisfatórios para a população. Tanto é que não há rede de calúnias e boatos que consiga envenenar o eleitor de São Paulo. Aliás, isso tem surtido efeito contrário, cada vez é maior a aversão aos métodos truculentos e ao jogo sujo do PT.

Em São Paulo também não funciona o mantra que tenta converter, ou subverter, o eleitorado à idolatria ao ex-presidente como fazem as instituições cooptadas pelo poder da máquina federal.
Lula tenta impor sua figura nos palanques, mas em São Paulo sempre é derrotado.
Falta, portanto, uma análise honesta que explique essa trajetória fracassada do PT no eleitorado paulista. E a tendência é piorar na próxima eleição.
Vejam o que foi publicado no blog do UCHO:

Efeito colateral – O primeiro efeito do julgamento do Mensalão do PT já pode ser medido pelo fraco desempenho de candidatos apoiados por Lula neste início da disputa eleitoral de 2012. O caso mais emblemático diz respeito ao ex-ministro Fernando Haddad (PT), que não decola nas pesquisas pela prefeitura de São Paulo.

A avaliação foi feita nesta terça-feira (24) pelo líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), para quem a exposição pública dos detalhes do maior caso de corrupção do País comprometerá a capacidade de Lula de eleger “candidatos poste”.

“O julgamento vai mostrar todas as contradições de um ex-presidente que, primeiro, afirmou, naquela fatídica entrevista em Paris, que tudo não passava de caixa 2, uma coisa que todo mundo fazia. Depois, confrontado com a gravidade do caso, chegou a pedir desculpas à Nação. Agora, na véspera do julgamento, tenta fazer circular a tese de que o mensalão não existiu. Essa postura abala profundamente a credibilidade de Lula e pode ajudar a afundar todos os que pretendem se eleger colados em sua figura”, afirma o líder do PPS.

Rubens Bueno ressalta ainda que ficará provado no julgamento que o mensalão “foi um crime contra a República e contra a Democracia” com o único objetivo de, por meio de propina, formar uma ampla base de apoio para Lula no Congresso Nacional.

“A tese do ‘eu não sabia’, do ‘eu fui traído’ tende a ser desmascarada durante o julgamento. Até o ex-deputado Roberto Jefferson, delator da quadrilha, que antes protegia Lula, agora aponta o dedo para ele. Vamos ter um debate emocionante no STF. Além dos acusados, também sentará no banco dos réus toda a estrutura política do país, há anos viciada pela corrupção”, avalia o deputado.

Para o líder do PPS, esse julgamento pode marcar uma virada nos rumos do país.

“O Congresso não faz as reformas que o país precisa, até porque o governo, que tem maioria no Parlamento, não tem interesse, pois se beneficia dessa estrutura política caduca. De outro lado, o Judiciário apenas recentemente vem reagindo para punir políticos corruptos. Portanto, o julgamento do mensalão é um julgamento contra a impunidade, a favor de uma nova postura política. É um debate que pode representar um salto do Brasil rumo a uma administração pública mais ética”, acredita o parlamentar.

Desgaste inevitável

Por Ruy Fabiano
O julgamento do Mensalão, que começa daqui a cinco dias, ainda que não dê em nada (como receia boa parte da população), já é um revés considerável para a imagem do PT e do ex-presidente Lula.

A transmissão direta pela TV confere às sessões do Supremo Tribunal Federal contornos de espetáculo político, a condicionar e moldar o comportamento de juízes, advogados e promotores.
Cada qual, mesmo escondendo-se atrás de uma linguagem cifrada, o juridiquês, sabe que está sendo visto e avaliado por milhões de espectadores. A mídia se encarrega de traduzir o que cada qual diz e a oposição reverbera os aspectos mais negativos.

Em ano de eleição, isso é trágico, o que explica o empenho frustrado de Lula em procurar ministros do STF em busca de adiamento, que levaria à prescrição de boa parte das acusações.

Lula, embora não seja réu, é personagem central de toda essa história, seja porque ocorreu em seu governo, seja porque a negou, seja porque é acusado de ser o seu mentor – ou por tudo isso somado.

Embora tenha indicado nada menos que sete dos onze ministros – incluindo um ex-advogado do PT, José Antonio Toffoli, e um amigo da família, o relator revisor Ricardo Lewandowski -, não tem qualquer segurança de que os trabalhos serão conduzidos favoravelmente.

O fator imponderável chama-se opinião pública. Lewandowski, por exemplo, teve que acelerar seu relatório em face das pressões que recebeu dos próprios colegas de tribunal. Havia dito, mais de uma vez, que não tinha pressa para concluí-lo. Chegou a cogitar de entregá-lo no ano que vem, mas acabou cedendo às reações.
Além dos casos pontuais que serão examinados, estará em jogo o caráter bipolar do PT, que surgiu e se firmou como uma espécie de vestal da política brasileira, fiscal da moral alheia e que, ao chegar ao poder, transformou-se no seu antípoda, levando ao paroxismo as piores tradições da vida pública brasileira: alianças espúrias, aparelhamento do Estado, corrupção ativa e passiva. O Mensalão é a síntese desse comportamento.

Há quem argumente que, se ao tempo em que foi denunciado, o Mensalão não impediu que Lula se reelegesse, por que agora faria diferença? Simples: Lula foi então beneficiário de dois fatores convergentes: de um lado, o temor de envolvê-lo e provocar turbulências sociais (Roberto Jefferson, o denunciante, o proclamou inocente); de outro, o boom econômico e a febre de consumo que estimulou.
A esses fatores, se agregou a avaliação equivocada da oposição de que Lula sangraria em público e que até um poste o derrotaria nas eleições. Era o que proclamava na época o senador Antonio Carlos Magalhães, que procurou o então presidente da OAB, Roberto Busato, pedindo-lhe que não encaminhasse à Câmara dos Deputados o processo de impeachment. O Conselho Federal da OAB acatou o pedido.

Hoje, o quadro é outro. A economia já não está em alta e os denunciantes, como Roberto Jefferson, não hesitam em atribuir a Lula o comando do Mensalão. Podem até não dispor de provas que o levem às barras da Justiça, mas o expõem a um desgaste incontornável, na medida em que há verossimilhança na acusação.

Como poderia Lula, que dirige o PT com mão de ferro desde sua fundação, ignorar operações de tal magnitude?

Não bastasse, José Dirceu, apontado pelo procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, como “chefe da organização criminosa”, disse mais de uma vez que tudo o que fez foi com “o conhecimento e o consentimento do presidente”.
Essas e outras declarações serão relembradas ao longo das sucessivas sessões do STF, nos discursos da tribuna do Congresso e nos inevitáveis replays que infestarão as TVs e a internet.
Ainda que as figuras maiores do PT sejam absolvidas, não escaparão do desgaste que essa história lhes impõe. A presidente Dilma, ciente disso, mantém prudente distância do problema, ainda que, de forma indireta, tenha sido dele beneficiária

sábado, 28 de julho de 2012

Movimento Brasil de Verdade


Vale a pena compartilhar com seus amigos o site Movimento Brasil de Verdade. As velhas e novas noticias sobre o mensalão e a tentativa petista de censurar a imprensa.

Você poderá acompanhar também as novidades sobre o julgamento histórico.

General Motors dispensa funcionários em São José dos Campos

A unidade da General Motors em São José dos Campos, interior do estado, dispensou todos os funcionários na madrugada de terça-feira. A fábrica está fechada e não é permitida a entrada de nenhum trabalhador. Cerca de 300 funcionários estão na porta da empresa.

O fechamento ocorre em meio a negociações entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos sobre o destino dos cerca de 1.500 trabalhadores da linha de produção conhecida como MVA (Montagem de Veículos Automotores), que pode ser desativada pela empresa.

Em nota, a GM informou que a decidiu dispensar os trabalhadores - sob licença remunerada - porque temia que a fábrica fosse invadida. Na unidade de São José dos Campos são produzidos os modelos Corsa hatchback, Meriva, Zafira e Classic.
Leia AQUI a nota oficial da GM.

Atividade na construção civil cai e expectativas pioram

O Globo

O nível de atividade da indústria da construção mantém a tendência de queda. De acordo com a Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a atividade no setor está abaixo do normal: o indicador marcou 45,3 pontos em junho, menor patamar histórico e abaixo dos 50 pontos – o que aponta nível de atividade abaixo do usual.
Além disso, a utilização da capacidade operacional do setor caiu para 69% em junho, ante os 71% registrados no mês anterior.

“A indústria da construção já reflete os efeitos da desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira. O segmento vem mostrando desempenho desfavorável nos últimos meses, ainda que superior ao das indústrias extrativa e de transformação. A atividade encontra-se desaquecida e com tendência de queda”, afirmou a entidade.

“O País não está crescendo como se previa no início do ano, o que frustra as previsões de investimentos e de novos empreendimentos e serviços das empresas do segmento”, completou a CNI, em trecho do estudo.

O desempenho ruim no setor de construção também é observado na evolução do número de funcionários, aponta a CNI. O indicador teve leitura de 47,8 pontos em junho, abaixo dos 50,1 pontos registrados em maio. Essa é a primeira vez que esse indicador rompe a linha dos 50 pontos, indicando queda no número de empregados, desde janeiro.

As expectativas do setor não são animadoras. A CNI afirma que não há sinais claros de reversão nesse quadro no restante deste ano. Apesar de se manterem acima de 50 pontos, todos os indicadores de expectativa para os próximos seis meses mostram queda no otimismo em julho. A maior queda é registrada no otimismo quando a novos empreendimentos, que caiu de 58,8 pontos em junho para atuais 56,5 pontos.

“O setor menos otimista é Obras de infraestrutura, fortemente afetado pelos desembolsos governamentais, que apresentam execução muito abaixo do previsto para o ano”, destaca a entidade.

Indústria considera que primeiro semestre foi ‘perdido’, aponta CNI

O primeiro semestre deste ano foi tempo perdido para a indústria brasileira. Segundo a Sondagem Industrial, pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no período houve redução da produção, do número de empregados, do uso da capacidade instalada (UCI) e aumento dos estoques. A falta de demanda é um dos problemas que preocupam o empresariado do setor, junto com o com o custo das matérias-primas e com a inadimplência.
(...)
O indicador de produção ficou em 45,5 pontos em junho, com queda em comparação a maio (51,6 pontos), o quarto recuo em seis meses. O número de empregados também recuou 1,5 ponto e marcou 47,2 pontos em junho.

Mais AQUI.
 

Crescem, e preocupam, os sinais negativos na economia brasileira

Consumo e abertura de vagas perdem força. Indústria fica ainda mais fraca
 
Ao contrário do que se viu quando a turbulência financeira assombrou o mundo há três anos, o Brasil não vive mais uma onda forte de crescimento.

O consumo — travado por causa do endividamento das famílias — já não consegue dar fôlego para a economia. A indústria, por sua vez, ainda se ressente da fraca demanda e da falta de competitividade.

Há razões para que analistas comecem deteriorar as expectativas. Setores alvos de benefícios do governo — como o automotivo — começam a demitir. As previsões para a indústria entraram no campo negativo e uma retração de 0,04% é esperada para este ano. O setor industrial fala em “semestre perdido”, por causa da queda de produção e emprego, baixa utilização dos pátios das fábricas e aumento de estoques. Já o comércio teve a primeira queda das vendas desde 2009, de 0,8%, em maio. A confiança da indústria voltou para patamares da crise há três anos.

A arrecadação de impostos caiu 6,5% pela primeira vez no ano, porque as empresas lucram menos. E também remeteram 47% menos lucros e dividendos para o exterior no primeiro semestre. Mesmo com o dólar alto — como queria a indústria nacional — houve uma retração das exportações de 45% nos seis primeiros meses do ano.

A criação de empregos com carteira caiu quase 33% nesse período. A Previdência Social fechou junho com déficit de R$ 2,7 bilhões: 38% maior que em igual período de 2011. Menos dinheiro entra no país: o fluxo cambial foi negativo em US$ 1,9 bilhão em julho, por causa do desempenho negativo de exportações e das saídas de investidores. Grandes bancos como Santander, Itaú e Bradesco perdem lucratividade e culpam o alto índice de inadimplência que começa a recuar, mas está ainda em nível recorde.

Para o professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzo, um dos principais interlocutores do Palácio do Planalto no campo econômico, as famílias estão no maior nível de endividamento, de 43,3%, e no fim de um ciclo de consumo de bens duráveis.

— As limitações são maiores, o nível de renda é menor — disse Belluzzo. — Não sou eu, mas a torcida do Flamengo, gregos e troianos acham que o governo tem de ir pelo caminho do investimento em infraestrutura para sair dessa crise.
(...)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

TUCANO LIDERA EM SANTOS

Paulo Barbosa (PSDB) mantém liderança

O candidato do PSDB, Paulo Alexandre Barbosa, mantém a liderança
e a diferença dos demais candidatos, conforme aponta a pesquisa
Boqnews/Enfoque, realizada após o início do período eleitoral

Fernando de Maria, BoqNews


 
A terceira pesquisa eleitoral Jornal Boqnews/Enfoque serve para mostrar que os efeitos das campanhas eleitorais - iniciadas em 6 de julho - ainda se mostram tímidas, mas suficientes para alterar alguns cenários. Os exemplos são a diminuição no número de indecisos, o desinteresse por parte do eleitorado em relação à política e a provável polarização de três candidatos para ver quem passará para um eventual segundo turno na disputa contra o candidato do PSDB, deputado Paulo Alexandre Barbosa. Ele se mantém na casa dos 39 pontos percentuais, o mesmo registrado na pesquisa anterior, realizada no início de junho, e que, mantido o ritmo, estará no segundo turno.

As fichas, portanto, serão lançadas efetivamente a partir de 21 de agosto, quando começará o horário eleitoral gratuito. Quem tiver mais para jogar, terá chances maiores de disputar contra o candidato do PSDB.

Pela pesquisa, o deputado Paulo Alexandre se manteve nos 39% na pesquisa induzida, mas cresceu especialmente na espontânea em relação à consulta anterior. Em junho, ele tinha 17,6% e agora surge com 24,4%. Foi quem mais cresceu nesta questão. Na pesquisa espontânea, o eleitor assinala o primeiro nome que vem à mente, sem necessidade de indução por meio de disco por parte do pesquisador.

Na comparação das pesquisas, as principais mudanças, no entanto, ocorreram no segundo bloco dos candidatos, envolvendo a deputada estadal Telma de Souza (PT), o deputado federal Beto Mansur (PP) e Sergio Aquino (PMDB).
 
Na pesquisa estimulada (com apresentação do cartão com os nomes dos nove candidatos), Telma permanece em segundo lugar com 18,6% (antes tinha 21%), enquanto Mansur cresceu de 8,8% para 11,2%, seguido bem de perto por Aquino, o candidato governista, que dobrou o percentual de intenção de voto, saindo de 5,4% em junho para 10,8%.

TODA ELEIÇÃO É ASSIM - INCRÍVEL REDE DE CALÚNIAS CONTRA SÃO PAULO PARA TENTAR BENEFICIAR CANDIDATO DO PT

Secretário de Segurança de SP rebate críticas e diz que vai à corregedoria contra procurador

Em entrevista à JP, Antonio Ferreira Pinto falou sobre o assunto. Confira!

Publicado Por: Bruna Gavioli - Jovem Pan

Em audiência pública realizada na sede do Ministério Público Federal de São Paulo, o procurador da República Matheus Baraldi Magnani disse que aguarda uma imediata resposta do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), para reprimir a violência de policiais na segurança. Caso nenhuma providência seja tomada, Magnani afirma que irá protocolar um pedido para que o comando da Polícia Militar seja substituído. Para ele, a corporação perdeu o controle, ensina a usar a violência e alguns policiais usam a violência "por prazer".

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, secretário estadual da Segurança Pública São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que “o procurador não tem elemento algum para fundamentar esse pedido e alegar falta de controle da Polícia Militar e do seu comando”. Antonio Ferreira Pinto disse que a Polícia Militar é uma instituição preparada e serve de referência a outras polícias do país.

“É uma forma muito temerária de denegrir a Polícia Militar. Estão confundindo a opinião pública com informações equivocadas (...) Vou representar contra o procurador. Eu lamento esse movimento contra a polícia. É um oportunismo”.

Ouça a entrevista completa no site da Jovem Pan.

TENTATIVA DE ADIAR O JULGAMENTO DO MENSALÃO É UMA CONFISSÃO DE CULPA

A petição assinada pelos doutores do PT merece ser anexada ao processo do mensalão: a desesperada tentativa de adiar o julgamento é uma confissão de culpa

Augusto Nunes

Integrante do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Cármen Lúcia teve de suspender por alguns minutos o exame de coisas sérias para ler a petição encaminhada pelos advogados Marcelo Figueiredo, Marco Aurélio de Carvalho, Gabriela Shizue Soares de Araújo, Fábio Roberto Gaspar e Ernesto Tzulrinik. Os bacharéis a serviço do PT pedem à destinatária que explique aos colegas do STF que o julgamento do mensalão coloca a pátria em perigo e ameaça o futuro da nação.
Confira os principais argumentos dos cinco doutores, transcritos em negrito, acompanhados por ligeiros comentários entre parênteses:

“O desequilíbrio, em desfavor dos partidos envolvidos, é evidente”.
(Os signatários da petição estão dizendo em juridiquês de palanque que o PT vai ficar mal no retrato justamente na temporada de caça ao voto. Não necessariamente, deve-se registrar.. Só haverá “desequilíbrio em desfavor” do partido se os acusados tiverem culpa no cartório. Como vivem jurando que são inocentes, o PT deveria estar feliz: não existe lugar melhor que o STF para desmascarar a farsa tramada pela oposição e mostrar ao eleitorado que merece ser castigada nas urnas essa gente que insiste em punir homens honrados).

“Tem-se o pior dos mundos: a judicialização da política e a politização do julgamento”.
(“Judicialização da política” e “politização do julgamento” são expressões sinônimas. Em língua de gente, os doutores estão querendo acabar de vez com essa mania de julgar figurões do PT que se meteram em bandidagens.
Para os pecadores companheiros, o melhor dos mundos é o Brasil que institucionalizou a corrupção impune. O pior é qualquer país cujas cadeias têm vagas para criminosos de qualquer categoria econômica ou classe social).

“Perde a Democracia, com a realização de uma eleição desequilibrada. Perde a República, com o sacrifício dos direitos dos acusados ao devido processo legal”.
(Quem escreve Democracia com D maiúsculo costuma louvar a ditadura de partido único em conversas amigas. O sistema democrático só tem a ganhar quando a Justiça deixa claro que todos são iguais perante a lei. A República só tem a ganhar quando inimigos do Estado de Direito descobrem a existência do Código Penal. Os acusados exerceram seus direitos até o limite da paciência.
O mensalão foi descoberto há sete anos. Faz cinco que o processo no Supremo começou. Se os mensaleiros não foram devidamente defendidos, a culpa é dos advogados).

O chefe supremo da seita deveria estar eufórico com a chance de desmascarar os golpistas que tramaram a derrubada do governo. O rebanho deveria estar festejando a chance de provar que o mensalão não existiu. A desesperada tentativa de adiar a hora da verdade grita que os farsantes são eles. A petição dos cinco doutores merecia ser incorporada aos autos do processo. É mais uma das tantas provas contundentes contra os réus. É uma confissão de culpa, com rubrica e assinatura.

O PT E SEUS APOIADORES NÃO SOSSEGAM ENQUANTO NÃO ACABAREM COM A PM EM SÃO PAULO

Todo ano eleitoral o crime organizado em São Paulo nos faz relembrar as ações dos grupos armados que aterrorizavam a população para tentar instalar, com o uso da força, o regime comunista no Brasil. Muitos dos que foram presos tiveram treinamento de guerrilha no exterior, especialmente em Cuba, e ensinaram essas técnicas aos "ladrões de galinha" nas penitenciárias. Quem teve proximidade com algum deles facilmente deduz que, a partir de então, a bandidagem começou a se organizar e, por conseguinte, a violência tomou conta do país.

(Essa afirmação não significa a defesa da tortura aos que comenteram crime no passado nem aos criminosos de hoje, como acontece muito Brasil afora. Porém, atribuir status de heróis e indenizar quem metralhou inocentes nas ruas é um desaforo. Como lembra Boris Casoy, no video abaixo, a história está sendo reescrita e de maneira distorcida, tanto é que os verdadeiros heróis da redemocratização do país, que podem ser vistos em videos que ainda resistem à ação que visa passar a borracha na verdade, nem são citados pelos que tratam do assunto).
Incomodados com a eficiente ação da polícia paulista, fico imaginando qual o interesse desses bandidos que intensificam suas ações criminosas em período eleitoral? Ou alguém ainda acredita que é só coincidência?

Por que a midia entra nesse jogo que tem a clara intenção de desmoralizar a Polícia Militar e que acaba criando facilidades para os bandidos?
Por que a fácil adesão à versão dos militantes e apoiadores do PT que criam polêmicas que tendem a enfraquecer a Polícia Militar?
Sorte da população que nossas autoridades reagem à altura.
É o que mostra a VEJA Online:

O secretário estadual da Segurança Pública São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou nesta quinta-feira que vai acionar a Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) para que investigue a conduta do procurador que o acusou de perder o controle sobre as tropas da Polícia Militar. O procurador Matheus Baraldi Magnani disse, nesta tarde, que pretende abrir uma ação civil pública pedindo o afastamento o comando da PM.
Em nota divulgada pela SSP, Ferreira Pinto afirmou que as declarações do procurador coincidem com o ano eleitoral. Em outubro, serão escolhidos prefeitos e vereadores em todo o país. Em São Paulo, disputam a prefeitura o tucano José Serra, ex-governador, e o petista Fernando Haddad.
“A ideia propalada pelo procurador da República, de que a PM estaria descontrolada e teria que ter o comando substituído, é absurda e capciosa”, afirma o secretário. “A Polícia Militar é uma instituição preparada e  serve de referência a outras polícias do país. É evidente que, numa corporação com mais de 90.000 homens, erros acontecem.”
O secretário lembrou ainda de duas atribuições do governo federal no combate à criminalidade que o MPF tem obrigação de fiscalizar: “Espera-se que o MPF aja com eficiência contra duas das causas principais da criminalidade nos estados – o contrabando de armas e drogas que entram pelas mal patrulhadas fronteiras do país.”
As declarações do procurador foram feitas em audiência pública realizada pelo MPF, Defensoria Pública do Estado e órgãos de defesa dos direitos humanos, na sede da Procuradoria Regional da República, na região central da capital. “Caso o estado de São Paulo não troque imediatamente o comando, ajuizarei essa ação civil nos próximos dias”, afirmou Magnani. “É oportuno o momento para a troca do comando, mas não apenas isso. Também é necessária a luta pela mudança da estrutura ideológica de apologia ao uso da violência excessiva pelo estado.”
(...)
O procurador também pretende encaminhar a representação para o procurador-geral da República, para que ele acompanhe a atuação da PM no estado pelos próximos doze meses. “O mero fato de haver novos órgãos investigando eliminará essa sensação de liberdade irrestrita por parte dos policiais.”
(...)
Compareceram à audiência representantes de entidades civis, deputados estaduais, famílias de vítimas e integrantes da Polícia Militar. Em alguns momentos os ânimos ficaram exaltados entre os policiais e as famílias de vítimas. Alguns PMs chegaram a se retirar do auditório em sinal de protesto.
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(Enquanto isso, num determinado estado governado por um aliado do PT e protegido pela midia, a população sofre com a ausência de segurança e ninguém exige providências:)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

REAÇÃO AOS QUE ODEIAM SÃO PAULO - Carta ao Povo de São Paulo e do Brasil

A Polícia Militar defende e protege 42 milhões de pessoas que residem no estado de São Paulo. Para quem pergunta se a população confia na Polícia, os números falam por si: no último ano, atendemos a mais de 43 milhões de chamados de pessoas pedindo ajuda, socorro e proteção; realizamos 35 milhões de intervenções policiais, 12 milhões de abordagens, 310 mil resgates e remoções de feridos e 128 mil prisões em flagrante (89 mil adultos e 39 mil “adolescentes infratores”); apreendemos 70 toneladas de drogas e mais de 12 mil armas ilegais; recuperamos 60 mil veículos roubados e furtados. De janeiro a junho, a população carcerária do estado cresceu de 180 mil para 190 mil presos, o que representa 40% de todos os presos do Brasil.
O estado de São Paulo ocupa o 25º lugar no Mapa da Violência 2012, publicado em maio pelo Instituto Sangari e registra hoje uma taxa de 10 homicídios/100 mil habitantes, uma das mais baixas do país. 
Só para ilustrar, o Rio de Janeiro registra a taxa de 30 homicídios/100 mil habitantes, e Alagoas chegou à impressionante taxa de 73 homicídios/100 mil habitantes. 
Tudo isso parece incomodar muito algumas pessoas, que tentam, por várias medidas, atacar e enfraquecer uma das mais bem preparadas e ativas polícias do nosso país. Essas pessoas ignoram muitos fatos e verdades. 
Neste ano, tivemos mais de 50 policiais militares assassinados covardemente e temos hoje mais de 5 mil policiais militares que ficaram inválidos na luta contra o crime.
Mesmo assim, não iremos nos acovardar. A Polícia Militar de São Paulo continuará sendo a força e a proteção das pessoas de bem que vivem em nosso Estado. Como policial, tenho orgulho de fazer parte dessa grande instituição e, como comandante, tenho orgulho dos 100 mil profissionais que trabalham comigo na luta contra o crime.
Peço a todas a pessoas de bem que acreditam em nosso trabalho que divulguem essa carta.
Muito obrigado!!!
Roberval Ferreira França
Coronel PM
Comandante Geral

TODO ANO ELEITORAL É A MESMA COISA. ALGUÉM AINDA ACREDITA QUE É SÓ COINCIDÊNCIA?

Os Amigos do Marcola – Petralhas, setores da imprensa, Ministério Público, Defensoria e, indiretamente, governo federal se juntam para atacar Segurança Pública de SP. Eles têm preconceitos e agenda política; eu tenho os números e os fatos 

Reinaldo Azevedo

Brasileiros e, muito especialmente, paulistas! A canalhice que se arma contra a Polícia de São Paulo precisa ser caracterizada e denunciada. Querem um dado da equação que está sendo omitido?

Se o índice de homicídios do Brasil fosse igual ao do estado, 28.302 vidas seriam poupadas por ano.
*
São assassinadas, em média, 50 mil pessoas POR ANO no país, o que é um escândalo!

Em um ano e meio de guerra civil síria, já lembrei aqui, morreram 17 mil. O Brasil tem 190 milhões de habitantes. São 26,3 mortos por 100 mil. Eis o primeiro grande contraste: o índice nacional corresponde a 2,3 vezes o do Estado.

Façam a conta: se os mortos por 100 mil do país fossem iguais aos de São Paulo, em vez de 50 mil homicídios, haveria 21.698 — seriam poupadas 28.302 vidas. Nada menos!
(...)

O Estadão estampa hoje na primeira página: “Homicídios crescem 47% em São Paulo”. Refere-se a números só da capital. Pior: é um dado do mês de junho na comparação com maio. Essa evolução mês a mês não quer dizer grande coisa nem quando sobe nem quando cai.

Na sua coluna na Folha Online, Gilberto Dimenstein não perdeu a chance: “Vivemos uma calamidade”. Este senhor decreta a existência de uma “calamidade” no estado que deve ter hoje o segundo ou terceiro melhor índice de homicídios do país.

Hoje, um procurador pedirá nada menos do que o afastamento do comando da PM, aí por conta das duas mortes havidas na semana passada, em duas abordagens desastradas. CONTRA OS NÚMEROS, CONTRA AS EVIDÊNCIAS, CONTRA UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA QUE TEM UM HISTÓRICO, pretende-se decretar a existência do caos — ou da “calamidade” — no estado.
(...)

Bom é governar o Rio!
Sim, a taxa de homicídios caiu lá também. Mas ainda é o dobro da de São Paulo — e, obviamente, não se ouve falar em calamidade! Uma policial é assassinada numa área dita “pacificada”, e o assunto merece o tratamento de exceção.

Há áreas em Niterói em que os índices de violência cresceram mil por cento por conta da migração dos bandidos que deixam as favelas “pacificadas” do Rio. Mas não se fala, em nenhum momento, em descontrole ou calamidade. A “pegada” das reportagens sempre indica um poder público no controle da situação, por mais periclitante que ela se mostre.

Mas São Paulo??? Ah, São Paulo, vocês sabem, esta à beira da desordem e da anomia. AINDA QUE OS DADOS DEMONSTREM QUE ISSO É ESTUPIDAMENTE MENTIROSO!

Íntegra AQUI.

Petralha comemora homicídios em SP

Reinaldo Azevedo demonstra com dados que estado e sua capital apresentam os melhores números do país



A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou números sobre a violência no Estado e na capital. A petralhada se diverte como sabe se divertir um petralha na lama ou no lixo. Por quê? Houve um aumento do número de homicídios e latrocínios no primeiro semestre deste ano na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
A delinquência militante — que ignora também a matemática, ou finge ao menos — está comemorando: “Houve aumento, houve aumento!!!”
Vamos primeiro ao que está servindo para que os setores da imprensa que odeiam a Polícia e São Paulo façam alarde.

Os homicídios dolosos na capital passaram de 482 para 585 do primeiro semestre do ano passado para o primeiro semestre deste; os latrocínios (roubos seguidos de morte da vítima), de 53 para 55. Em todo o estado, o número de homicídios dolosos subiu, na mesma comparação, de 2014 para 2183; no caso dos latrocínios, caiu de 176 para 174. De saída, faço uma observação: os casos que costumam gerar grande intranquilidade são os latrocínios. Notem que o número é praticamente estável — no total, houve até queda. Mas o que importa, sei, é a sensação de insegurança. Adiante.
No caso dos homicídios dolosos, houve, sim, aumento.
Será essa uma tendência? O tempo vai dizer. Quero chamar a atenção de vocês para um fato importantíssimo.
O Estado de São Paulo tem 41.250.000 habitantes — ou 412,5 grupos de 100 mil habitantes. No mundo inteiro, um dos índices de violência é aquele que se mede por 100 mil habitantes. São números do Censo de 2010; hoje, deve haver mais do que isso. Mas fiquemos por aí. A conta é simples: dividam aqueles 4714 por 412,5: são 11,42 homicídios por grupo de 100 mil habitantes.

É claro que é um número alto. Estudos da ONU apontam que a violência deixa de ser epidêmica se esse número cai abaixo de 10: nos EUA, é 5; na Grã-Bretanha, 5,4. No Japão, abaixo de um. Há muito a ser feito.
Ocorre que esse número continua a fazer com que o estado e a capital de São Paulo estejam entre os lugares em que menos se mata no Brasil. Se as demais unidades não melhorarem seus números, ficarão em último lugar nesse ranking incômodo. Vejam, de novo, o quadro do Mapa da Violência com dados de 2010. Notem: caso se confirmem esses números, a marca de 2012 será ainda melhor do que a de 2010. Para que se tenha precisão absoluta: a base de dados do Mapa da Violência não é a mesma da Secretaria de Segurança Pública, mas os números são próximos.

MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO É MAIS O MESMO



A parcela da sociedade, infelizmente cada vez mais reduzida, que ainda se incomoda com a impunidade dos corruptos denunciados por envolvimento ou por comandar esquemas de corrupção esbravja que a Justiça Federal inocentou Erenice Guerra.

Na verdade, a informação correta é que não foi a Justiça Federal quem livrou Erenice 6%, mas o Ministério Público Federal, que pediu o arquivamento. E o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, deixou bem claro que não tinha o que fazer, como informam Felipe Coutinho, Andreza Matais e Rubens Valente, na Folha:

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que, por força de lei, pouco poderia fazer além de arquivar o inquérito, uma vez que isso foi pedido pelo Ministério Público:

"Segundo a lei, o juiz não pode indeferir o pedido de arquivamento e dar continuidade às investigações".

Na decisão que determinou o arquivamento, ele informa que a investigação da PF localizou “movimentações financeiras consideradas incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal” nas contas de Israel Guerra, filho de Erenice.
Ele é sócio da Capital Consultoria. A empresa intermediava contratos com o governo federal e cobrava uma “taxa de sucesso”. De acordo com a decisão do juiz, a PF apurou que a empresa “teria deixado de prestar informações sobre as rendas auferidas nos anos de 2009 e 2010″.

Esse período foi justamente o auge das negociações de Israel com empresários. Nessa época, Erenice foi secretária-executiva de Dilma na Casa Civil e, depois, a sucedeu.

Para o juiz Oliveira, essas descobertas não poderiam de imediato servir para transformar o inquérito em ação penal. Ele explicou que, por entendimento do Supremo Tribunal Federal, só “pode haver ação penal de crime de sonegação fiscal e outros crimes tributários após o término do procedimento administrativo na Receita Federal”.
A decisão informa ainda que relatório do Coaf (órgão de inteligência do Ministério da Fazenda) indicou “a possível prática de crime de lavagem de dinheiro”.
O juiz não especifica quais são os envolvidos na lavagem de dinheiro, mas disse que já existe novo inquérito na PF.
(…)

União gasta com “vigilância” mais do que investe em saúde

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Paulo Victor Chagas
Do Contas Abertas
A União gastou no ano passado quase R$ 1,7 bilhão em despesas com vigilância.
O valor é mais que o dobro dos investimentos executados pelo Ministério da Saúde em 2011 (R$ 746 milhões).

Caso os recursos tivessem sido aplicados por um ministério, a Pasta da “vigilância” ocuparia a quarta posição no ranking de investimentos executados em 2011, perdendo apenas para os Transportes, a Defesa e a Educação, que executaram R$ 6,1, R$ 5,8 e R$ 2,8 bilhões, respectivamente. Este ano, essas despesas já chegaram a R$ 715 milhões até o final de junho.
Confira os gastos em 2011 e 2012

De acordo com Nelson Gonçalves de Souza, pesquisador em segurança pública, a vigilância ostensiva é caracterizada pela promoção da segurança por meio de vigilantes que são facilmente identificáveis (daí o nome ostensivo), podendo ou não ser feita de modo armado. Como a União abrange inúmeros ministérios, autarquias e fundações, além de órgãos do Legislativo e do Judiciário, situados em centenas de prédios, o valor chega a níveis astronômicos.

Caso os gastos com a despesa de vigilância ostensiva no ano passado fossem utilizados apenas para a contratação de vigilantes patrimoniais, cujo piso atualmente gira em torno de R$ 873, o valor desembolsado no ano passado seria suficiente para contratar quase 162 mil vigilantes durante o período. O número se assemelha à média de postos de trabalho criados nos meses de junho em 2012 e 2011 (167,9 mil), de acordo com levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e do Emprego.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

EFEITOS DA ONDA DO VOTO NULO



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O ELEITOR LAVOU AS MÃOS, NA ELEIÇÃO DE 2010, E DECIDIU QUE O BRASIL NÃO PRECISA DE OPOSIÇÃO. PRATICAMENTE SÓ OS CANDIDATOS DA BASE ALIADA AO GOVERNO TIVERAM VOTOS.
ISSO TEM REFLEXO NOS MUNICÍPIOS E LOGO NEM PRECISAREMOS MAIS DE ELEIÇÕES, TEREMOS VITÓRIAS POR WO (atribuição de uma vitória a uma equipe ou a um competidor individual quando não existem adversários).

Os três principais partidos que fazem oposição ao governo federal lançaram o menor número de candidatos a prefeito desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003. Dos cerca de 15 mil candidatos que concorrem a uma prefeitura no país, 2.807 são do PSDB, do DEM ou do PPS.

Isso equivale a 18% do total de candidaturas.
(...)

A redução atual coincide com a derrocada dos oposicionistas no Congresso. A presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara a menor oposição desde 1988.
(...)

Entre as 85 principais cidades do país (capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores), 22 não têm candidato de PSDB, DEM ou PPS.

(Informações da Folha de São Paulo)

Recebo muitos emails defendendo a ideia do Voto Nulo.
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Considero um ato contra a cidadania e, mais do que isso, é tudo o que o partido que está no poder quer, pois tem seus votos garantidos e, com essa atitude cômoda do eleitor, não temos mais uma República, podemos dizer que o Brasil voltou aos tempos do Império.

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Em 2010, OITENTA MILHÕES de eleitores NÃO votaram na candidata do governo. Se ao menos um terço dos que se omitiram (36 milhões anularam ou se ausentaram) tivessem votado em seu adversário, o resultado teria sido diferente.

No Legislativo a mesma coisa, muita gente negou seu compromisso com a Nação e brincou nas urnas, mas quem teve voto assumiu sua cadeira no Congresso. Resultado, poucos são os parlamentares que defendem o povo, a maioria diz "AMÉM" ao Executivo.

Porém, se há quem considere que todos os políticos são iguais e não merecem o nosso voto, simplesmente renuncia ao direito de reclamar porque os militantes do partido que governa o país jamais vão abrir mão do direito de votar.

Respeito a vitória legítima e admiro a garra de quem persevera, tanto quanto respeito quem é derrotado, desde que lute até o fim sem esmorecer.
Não é o que acontece quando se pensa em voto nulo, pois abandonar quem está na disputa à própria sorte é um ato digno de adjetivos nem um pouco louváveis.

A solução não é fugir à responsabilidade, ao contrário, é buscar a informação e discernir o que é fato do que é boato. Assim não terão votos somente os que mentem nos palanques ou os que corrompem o eleitor.

Com o voto consciente, poderemos iniciar a transformação necessária para mudar esse cenário de mediocridade e corrupção que tanto nos envergonha.

AH! SE FOSSE O CONTRÁRIO, O PT JÁ ESTARIA PRONTO PRA GUERRA

De acordo com o "Painel" da "Folha de S.Paulo", um grupo de seis advogados ligados ao PT e à campanha de Fernando Haddad protocolará no TSE uma petição dirigida à presidente, ministra Carmen Lúcia, para que a Justiça Eleitoral monitore e puna o uso indiscriminado de imagens do mensalão no horário eleitoral de TV de adversários do partido.
Os advogados também pedirão ao Tribunal que seja regulado o uso de fotos em material impresso, como anúncios e panfletos, e avisam que o PT pretende processar campanhas que usarem cenas do julgamento, que começa no dia 2 de agosto.

Que absurdo!
Afinal, é o partido que está no poder que define o que a população pode ou não saber sobre o julgamento do Mensalão?
Isso tem um nome - TIRANIA.

O Estadão também divulga mais uma manobra para ludibriar a população antes da eleição:

Cinco advogados de São Paulo pediram na terça-feira, 24, à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, que pondere com seus colegas de STF que é inoportuno julgar a ação do mensalão durante o período eleitoral. O julgamento está marcado para começar em 2 de agosto e deve durar pelo menos um mês.

Na petição, eles observam que os debates entre defesa e acusação serão televisionados e noticiados pelos meios de comunicação. Segundo os advogados, a repercussão será ainda maior porque o julgamento ocorrerá durante o período eleitoral. "O desequilíbrio, em desfavor dos partidos envolvidos, é evidente. Tem-se o pior dos mundos: a judicialização da política e a politização do julgamento. Perde a Democracia, com a realização de uma eleição desequilibrada. Perde a República, com o sacrifício dos direitos dos acusados ao devido processo legal", afirmam na petição os advogados Marcelo Figueiredo, Marco Aurélio de Carvalho, Gabriela Shizue Soares de Araújo, Fábio Roberto Gaspar e Ernesto Tzulrinik.


"CHEQUE EM BRANCO" MUDOU O CURSO DA HISTÓRIA

O jornalista Ricardo Noblat relembra o dia em que Lula sai em defesa de Roberto Jefferson. Foi justamente quando o ex-presidente garantiu que assinaria um cheque em branco para o então deputado.
Dá para entender, então, porque Roberto Jefferson retribuiu a gentileza e disse na CPI que Lula era um homem "probo".
Agora seu advogado aponta o dedo para quem seria o comandante do esquema e, mesmo assim, o petebista continua fazendo o jogo de "morde e assopra", algo semelhante ao que faz Marcos Valério.
Não é à toa que Lula sumiu do mapa, deve estar aterrorizado com os "recados" de seus parceiros à época.

(Notícia aqui publicada em 14.06.2005)
Agência Estado

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), acusado de participar de um suposto esquema de cobrança de propina nos Correios.

Lula abriu o almoço com os líderes da base aliada, no Palácio do Planalto, avisando que o Roberto Jefferson tem a sua "solidariedade" e pediu ao líder do PTB, José Múcio (PE), que transmitisse a mensagem ao deputado.

"Precisamos ter solidariedade com os parceiros", declarou o presidente, acrescentando que "não se pode condenar ninguém por antecipação" e que a relação do governo com o PTB não muda.

A solidariedade de Lula a Jefferson foi confirmada pelo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Depois da defesa do deputado no plenário da Câmara, no Planalto, a avaliação era de que o deputado havia se saído bem e que as suas explicações foram convincentes.

Além de convincente, houve quem traduzisse a fala dele também como tranqüilizadora. Mas todos aguardam a completa apuração dos fatos para poderem emitir completo juízo de valor."


Outras matérias também indicavam que Jefferson tentara livrar PTB e Lula do "mensalão"

Em depoimento à CPI da Compra de Votos (Mensalão), o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) procurou desvicular seu partido de participação no suposto esquema de pagamento de "mesada" a parlamentares pelo governo em troca de apoio político no Congresso e isentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de envolvimento no escândalo, desmentindo acusação feita por ele próprio um dia antes, durante fala do deputado e ex-ministro José Dirceu (PT-SP) ao Conselho de Ética da Câmara.

Na ocasião, o petebista afirmou que Lula avalizou, com a participação de Dirceu, viagem de emissários do PT e PTB a Lisboa, a fim de negociar com executivos da Portugal Telecom o pagamento de uma "comissão".

Para Lula, disse, retribuiria o "cheque em branco" em demonstração de confiança que uma vez o presidente disse estar disposto a passar para ele.

(Para bom entendedor, meio recado bastava)

"RECADOS" DE MARCOS VALÉRIO

Os desmentidos de Marcos Valério confirmam que Lula precisa tratar com muito carinho a caixa preta mais perigosa do país

Por Augusto Nunes

Como revelou a edição de VEJA desta semana, o grão-mensaleiro Marcos Valério comunicou a amigos de Lula que, se não fosse tratado com o carinho que merece a mais perigosa caixa-preta do país, poderia ceder à tentação de contar detalhes de conversas que teve com o ex-presidente antes da descoberta do mensalão.

Nesta segunda-feira, instado pelo portal Terra a comentar a reportagem, Valério confirmou a ameaça com duas frases grávidas de entrelinhas.

“Eu sou igual ao doutor Delúbio, nunca endureci o dedo para ninguém e não vai ser agora, às vésperas do julgamento”, começou o declarante.
“Eu não tenho nenhum confidente em Brasília, principalmente lá, onde não vou há anos”, terminou.

Traduzidas as frases, o que se ouve são dois desmentidos que ratificam e ampliam as informações divulgadas por VEJA.
A primeira lembra aos interessados que, como Delúbio Soares, Valério sabe muito e não contou nada, está pagando sozinho por pecados coletivos e espera que os danos morais e financeiros sejam devidamente compensados.
Ao frisar que nunca endureceu o dedo, está dizendo que poderia ter feito o contrário. O indicador só enrijece se existe algo ou alguém a apontar. Não fez isso e não fará às vésperas do julgamento, sublinha. Mas nada impede que faça depois. Depende do desfecho do caso.

Ao afirmar na segunda frase que não tem confidentes em Brasília e não aparece por lá há alguns anos, Valério confirma outra informação da reportagem: os encontros com Paulo Okamotto e Luiz Eduardo Greenhalgh, que repassaram o recado a Lula, ocorreram em São Paulo.

Não foi necessário reaparecer no local do crime. Antes da descoberta do esquema criminoso, ele passava mais tempo em Brasília do que em Belo Horizonte e entrava sem bater em gabinetes inacessíveis para a gente comum. Até ser reduzido a caso de polícia e descobrir como é passar a noite na cadeia.

Em setembro de 2011, nas alegações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal pela defesa de Marcos Valério, o advogado Marcelo Leonardo afirmou que o elenco formado por 38 réus do processo do mensalão só ficará completo com a incorporação do protagonista ausente. Dois trechos do documento resumem a ópera:

É um raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano”, escreveu o advogado. “Alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA”.
“A classe política (…) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário (…) dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve”.

Letras maiúsculas são gritos gráficos. As duas vogais e a consoante reprisada do LULA amplificam as ameaças sussurradas ou apenas insinuadas pelo diretor financeiro do bando. A drenagem do pântano não foi além das margens. Os principais personagens escondem segredos há sete anos. Nenhum tem tanto a dizer quanto Marcos Valério.