terça-feira, 24 de julho de 2012

A APOSTA NA INTIMIDAÇÃO AO STF

Reportagem de O Globo informa que agentes da Força Nacional de Segurança poderão atuar na vigilância do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do mensalão, marcado para começar em 2 de agosto. O pedido foi feito pelo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro confirmou ontem, em nota, que colocou a Força à disposição do STF, mas lembrou que o Supremo pode acionar a Polícia Militar do Distrito Federal para essa missão.

Ou seja, o governo petista, formalmente, diz que disponibiliza os agentes para a proteção aos ministros do Supremo, mas passa a peteca para a PM.
A matéria mostra o argumento do Ministro:

O governo prefere que não sejam recrutados soldados da Força. Como o escândalo envolve o governo Lula, o uso desses agentes daria um caráter de acirramento e de clima de guerra entre opositores e governistas. 

Os agentes atuariam para evitar confrontos entre manifestantes e também na defesa do prédio do Supremo.

Observem que a ação necessária para evitar o confronto não faz parte do esquema desejado pelo PT. Há um dado importante, porém, que sempre passa batido - os tais movimentos que costumam ser recrutados pelo partido é composto por militância sempre disponível para atender aos seus propósitos, seja o de promover a baderna contra governantes de partidos adversários ou, nesse caso, para defender mensaleiros.

Quem dispõe de tempo livre para esse tipo de manifestação?

O cidadão que clama por justiça e condena a corrupção não tem esse tipo de possibilidade, tem mais o que fazer do que acampar em praças públicas para agredir pessoas, pisar na nossa bandeira, violar a lei e subverter a ordem.
Quem aguarda um julgamento justo e a devida punição dos culpados é o cidadão que trabalha, que cumpre suas obrigações e o máximo que se espera dessas pessoas é a "resmungação" nas redes sociais. Não há sinais de que alguém se disponha a se envolver em movimentos ou se comprometer com com alguma forma organizada de participação nessas questões.

Portanto, não há previsão de confronto entre os que exigem o devido rigor no julgamento e os que pretendem pressionar pela impunidade dos acusados.
O que o PT quer, na verdade, é facilitar a aproximação desses movimentos de pressão contra os juízes e permitir que a truculência os intimide.

Espero que isso não surta efeito  e, caso aconteça, que a imprensa não fique acuada, cumpra seu papel e mostre a cara de quem defende interesses que ferem a ética e desrespeitam a lei.
A Justiça precisa desse reforço moral e a população da informação correta.

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