quarta-feira, 25 de julho de 2012

EFEITOS DA ONDA DO VOTO NULO



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O ELEITOR LAVOU AS MÃOS, NA ELEIÇÃO DE 2010, E DECIDIU QUE O BRASIL NÃO PRECISA DE OPOSIÇÃO. PRATICAMENTE SÓ OS CANDIDATOS DA BASE ALIADA AO GOVERNO TIVERAM VOTOS.
ISSO TEM REFLEXO NOS MUNICÍPIOS E LOGO NEM PRECISAREMOS MAIS DE ELEIÇÕES, TEREMOS VITÓRIAS POR WO (atribuição de uma vitória a uma equipe ou a um competidor individual quando não existem adversários).

Os três principais partidos que fazem oposição ao governo federal lançaram o menor número de candidatos a prefeito desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003. Dos cerca de 15 mil candidatos que concorrem a uma prefeitura no país, 2.807 são do PSDB, do DEM ou do PPS.

Isso equivale a 18% do total de candidaturas.
(...)

A redução atual coincide com a derrocada dos oposicionistas no Congresso. A presidente Dilma Rousseff enfrenta na Câmara a menor oposição desde 1988.
(...)

Entre as 85 principais cidades do país (capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores), 22 não têm candidato de PSDB, DEM ou PPS.

(Informações da Folha de São Paulo)

Recebo muitos emails defendendo a ideia do Voto Nulo.
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Considero um ato contra a cidadania e, mais do que isso, é tudo o que o partido que está no poder quer, pois tem seus votos garantidos e, com essa atitude cômoda do eleitor, não temos mais uma República, podemos dizer que o Brasil voltou aos tempos do Império.

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Em 2010, OITENTA MILHÕES de eleitores NÃO votaram na candidata do governo. Se ao menos um terço dos que se omitiram (36 milhões anularam ou se ausentaram) tivessem votado em seu adversário, o resultado teria sido diferente.

No Legislativo a mesma coisa, muita gente negou seu compromisso com a Nação e brincou nas urnas, mas quem teve voto assumiu sua cadeira no Congresso. Resultado, poucos são os parlamentares que defendem o povo, a maioria diz "AMÉM" ao Executivo.

Porém, se há quem considere que todos os políticos são iguais e não merecem o nosso voto, simplesmente renuncia ao direito de reclamar porque os militantes do partido que governa o país jamais vão abrir mão do direito de votar.

Respeito a vitória legítima e admiro a garra de quem persevera, tanto quanto respeito quem é derrotado, desde que lute até o fim sem esmorecer.
Não é o que acontece quando se pensa em voto nulo, pois abandonar quem está na disputa à própria sorte é um ato digno de adjetivos nem um pouco louváveis.

A solução não é fugir à responsabilidade, ao contrário, é buscar a informação e discernir o que é fato do que é boato. Assim não terão votos somente os que mentem nos palanques ou os que corrompem o eleitor.

Com o voto consciente, poderemos iniciar a transformação necessária para mudar esse cenário de mediocridade e corrupção que tanto nos envergonha.

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