terça-feira, 31 de março de 2015

FALIDO COMO PARTIDO, O PT TENTA A SORTE COMO PIADA

Josias de Souza


Após reunião com Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, dirigentes do partido nos Estados divulgaram um manifesto revelador. O texto indica que o PT não só acredita em vida depois da morte como crê piamente que é esta que está vivendo. Após fenecer como partido, o PT tenta a sorte como piada.

O manifesto do PT anota a certa altura: “Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. […] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.”

É como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT declarou-se a favor de apurações rigorosas foi antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passou uma temporada enjaulada na Papuda. E não há vestígio de expulsão. Ao contrário.

Vítima de um expurgo cenográfico na época da explosão do escândalo, Delúbio foi readmitido nos quadros da legenda. Com as bênçãos de Lula. Dirceu e Genoino são cultuados nos encontros partidários como “guerreiros do povo brasileiro”.

Noutra evidência de que o cotidiano do petismo é uma tragédia que os petistas vivem como comédia, o manifesto aponta a existência de “uma campanha de cerco e aniquilamento”, na qual vale tudo para acabar com o PT, “inclusive criminalizar” a legenda. A cruzada antipetista é realmente implacável.

Deve-se a criminalização do PT aos petistas que, ocupados em salvar o país, não tiveram tempo de ser honestos. A Procuradoria da República e o juiz Sérgio Moro elegeram como inimigo número 1 da honra petista o tesoureiro João Vaccari Neto. José Dirceu, reincidente, está na bica de ser convertido em inimigo número 2.

Noutro trecho, o manifesto sustenta: “Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.” Trata-se de uma reedição do velho discurso do “rouba mas faz”. Só que num formato bem mais divertido.

“Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de país tenha sido vitorioso nas urnas”, acrescenta o texto, numa cômica injustiça com os 13% de brasileiros que, segundo o Datafolha, ainda consideram Dilma Rousseff ótima ou boa três meses depois da segunda posse.

O 5º Congresso do PT, marcado para junho, deve “sacudir” a legenda, antevê o manifesto. Anuncia-se a retomada da “radicalidade política” e o desmanche da “teia burocrática” que imobiliza a direção partidária “em todos os níveis”, levando o partido a habituar-se com o “status quo”.

Suspeita-se que os redatores do manifesto tenham desejado dizer o seguinte: o PT vai se auto-sacudir radicalmente, para combater seu próprio status quo. De preferência, destruindo o status sem mexer no quo.

Uma coisa é preciso reconhecer: o ex-PT cada vez mais se dá bem consigo mesmo. O que é tragicamente cômico.

PETISTAS COMETEM SUICÍDIO COLETIVO

Diretórios estaduais redigem um documento aloprado, com a anuência de Lula e Falcão, em que insistem em hostilizar os brasileiros. Presidente do PT diz ser “impensável” acusar partido de corrupção!

Por Reinaldo Azevedo
Caramba! Chega a dar medo! O maior fator de risco hoje no país é o grau de alienação dos petistas. Os companheiros estão vivendo numa realidade paralela. Perderam o bonde! Nesta segunda, dirigentes dos 27 diretórios estaduais do PT se reuniram e lançaram um manifesto, com o aval de Lula e de Rui Falcão, presidente do partido, que discursaram. A íntegra do texto está aqui, no site do partido. Seria cômico se aquilo não fosse uma tentativa de falar a sério.
Esses caras ainda acabarão fazendo uma grande bobagem. Eles estão doidinhos para ver cumpridas as suas piores — ou seriam as melhores para eles? — expectativas. Há momentos notavelmente aloprados no texto, mas, a meu juízo, o ápice está aqui, prestem atenção, quando tentam identificar por que os adversários não gostam do partido:
“Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.”
Entenderam?
Os brasileiros não estão enojados com a corrupção na Petrobras.
Os brasileiros não estão descontentes com a inflação acima de 8%.
Os brasileiros não estão insatisfeitos com juros de 12,75% ao ano.
Os brasileiros não estão inconformados com uma recessão que pode chegar perto de 2%.
Os brasileiros não estão furiosos com a penca de estelionatos eleitorais.
Os brasileiros não estão cansados de uma saúde capenga.
Os brasileiros não estão furiosos com uma educação medíocre.
Os brasileiros não estão fartos da incompetência arrogante.
Os brasileiros não estão estupefatos ao ver a Petrobras na lona.
Nada disso! Por que, afinal, a população iria se zangar com essas bobagens? Por que, afinal, esse povo bom e generoso iria reagir mal ao fato de um simples gerente da Petrobras aceitar devolver US$ 97 milhões que ele confessa oriundos da propina? Por que, afinal, a nossa brava gente se espantaria que José Dirceu tenha faturado quase R$ 2 milhões em consultorias só no período em que estava em cana? Nada disso é motivo!
Segundo o partido, seus adversários não suportam mesmo é ver supostos 36 milhões de pessoas saindo da miséria. A afirmação é de uma estupidez ímpar. Houve um tempo em que essa ladainha colava. Eis aí, leitor, revelado o verdadeiro espírito “petralha”. Quando criei a palavra, referia-me exatamente a isto: à justificação da roubalheira, do assalto aos cofres públicos, da ladroagem mais descarada, em nome da igualdade social.
O manifesto aloprado segue adiante:
“O PT precisa identificar melhor e enfrentar a maré conservadora em marcha. Combater, com argumentos e mobilização, a direita e a extrema-direita minoritárias que buscam converter-se em maioria todas as vezes que as mudanças aparecem no horizonte. Para isso, para sair da defensiva e retomar a iniciativa política, devemos assumir responsabilidades e corrigir rumos. Com transparência e coragem. Com a retomada de valores de nossas origens, entre as quais a ideia fundadora da construção de uma nova sociedade.”
Uau! Então os milhões que saíram às ruas são “de direita e extrema direita” e estão se opondo “às mudanças”, não à “sem-vergonhice”? Querem saber! Estou aqui vibrando com essa análise. Ela conduz o partido à extinção. Ninguém precisará, como diz o texto, “acabar com essa raça”. Essa raça está cometendo suicídio. A propósito: o texto diz que é preciso enfrentar os adversários com “argumento e mobilização”. Tá. Sei o que é “argumento”. Mas o que vem a ser “mobilização” nesse contexto?
O texto, na sua burrice teórica, abriga este notável momento:
“Ao nosso 5º Congresso, já em andamento, caberá promover um reencontro com o PT dos anos 80, quando nos constituímos num partido com vocação democrática e transformação da sociedade – e não num partido do ‘melhorismo’. Quando lutávamos por formas de democracia participativa no Brasil, cuja ausência, entre nós também, é causa direta de alguns desvios que abalaram a confiança no PT.”
O partido gigante, que se apoderou de todas as estruturas do estado, que aparelha estatais, fundos de pensão, autarquias e universidades; que se imiscui até em fundações de direito privado para impor a linha justa, essa máquina gigante deveria, na visão dos valentes, se comportar como um partido pequeno, em formação, capaz de falar em nome da pureza, mesmo tendo nas costas o mensalão e o petrolão, entre outras barbaridades.
O documento lista ainda dez medidas a serem defendidas pelo partido. Entre elas, estão: campanha de agitação e defesa do PT; controle da mídia e imposto sobre grandes fortunas. E, claro!, a formação da tal frente ampla, formada por “partidos e setores partidários progressistas, centrais sindicais, movimentos sociais da cidade e do campo”. Entendi! O PT está com o saco cheio da sociedade brasileira. Acha que é hora de substituí-la.
Na minha coluna de sexta, na Folha, afirmei, apelando ironicamente a Karl Marx — que as esquerdas citam sem ler — que o PT hoje é “vítima de sua própria concepção de mundo”. Eis aí. Ah, sim: Lula também discursou e disse que seus sequazes têm de levantar a cabeça. De que adianta se eles se negam a abrir os olhos?
Numa entrevista depois do evento, Falcão teve a coragem de dizer: “É impensável que a gente possa ser acusado de corrupção”. Dizer o quê? Vai ver corrupção praticada por petista deva ser chamada de obra humanitária. A única chance de Dilma, se é que lhe resta alguma, é se afastar desse hospício.

O POSTE É INSEPARÁVEL DO FABRICANTE

Dilma será para Lula o que Pitta foi para Maluf

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Augusto Nunes
Como um punguista de antigamente depois de afanada a carteira da vítima, Lula tenta afastar-se de Dilma Rousseff com cara de paisagem, assoviando um sambinha enquanto caminha nem tão depressa que pareça medo nem tão devagar que pareça provocação. A malandragem deu certo no escândalo do mensalão. O chefão caiu fora da cena do crime e a patente de comandante do bando acabou enfeitando os ombros do subchefe José Dirceu.
Mas não se terceiriza o pessoal e intransferível. A segunda-dama Rose Noronha, o prefeito Fernando Haddad e a instalação de uma usina de maracutaias nas catacumbas da Petrobras, por exemplo, são coisa de Lula. Dilma Rousseff também. Lula logo aprenderá que um poste é inseparável de quem o inventou — e um produto de péssima qualidade pode levar seu fabricante à falência política. Dilma Rousseff será para Lula o que Celso Pitta foi para Paulo Maluf.
Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação reiterados pelas usinas de pesquisas, o prefeito Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar que conseguiriam transformar qualquer nulidade em ocupante provisório do trono. Para que os escolhidos cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar até que o chefe voltasse, constatou um post de 2010, o marajá de São Paulo e o reizinho do Brasil decidiram-se, sem consultar ninguém, por figuras sem autonomia de voo nem luz própria.
O primeiro pinçou na Secretaria de Finanças do município um negro economista. O segundo pinçou na Casa Civil uma mulher economista. Ao apresentar o sucessor, o prefeito repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo.Mas quem arranjou o dinheiro, revelou, foi aquele gênio da raça chamado Celso Pitta. Ao apresentar a sucessora, o presidente reiterou que foi Lula o parteiro do Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso, ressalvou, foi aquela sumidade político-administrativa por ele promovida a Mãe do PAC.
Obediente a Maluf e monitorado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando obviedades e louvando o criador de meia em meia hora. Como herdaria uma cidade sem problemas, sua missão seria torná-la mais que perfeita com espantos de matar de inveja a rainha da Inglaterra. Grávido de orgulho, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse.
Obediente a Lula e tutelada pelo marqueteiro João Santana,  Dilma percorreu o atalho para o Planalto desconversando em debates e entrevistas, gaguejando platitudes e bajulando o criador a cada 15 minutos. Como lhe cairia no colo um país pronto, caberia à herdeira tocar em frente o pouco que faltava para torná-lo uma espécie de Noruega com praia, mulher bonita e carnaval. Grávido de confiança, o padrinho comunicou ao eleitorado que ele e ela eram a mesma coisa. Votar em Dilma seria a mesma coisa que votar no maior dos governantes desde o Descobrimento.
São Paulo demorou três anos para entender que estava nas mãos do pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, milhões de iludidos escorraçaram Pitta do emprego e atenderam à vontade do seu inventor: nunca mais Paulo Maluf foi eleito para qualquer cargo executivo. O Brasil demorou quatro anos para compreender que, ao conferir um segundo mandato a Dilma Rousseff, ratificara a mais desastrosa opção presidencial de todos os tempos.
Pena que as multidões não tenham acordado algumas semanas mais cedo. Mas enfim despertaram — e despertaram de vez, berram as manifestações de rua e o sumiço do único “líder de massas” do mundo que só discursa para plateias amestradas. Antes do fiasco de Alexandre Padilha nas urnas de outubro, Lula caprichou na ironia presunçosa: “De poste em poste estou iluminando o Brasil”, repetia.
O terceiro poste afundou a muitas léguas do Palácio dos Bandeirantes. O segundo, Fernando Haddad, pedala no mundaréu de ciclovias para fugir do naufrágio inevitável. O poste inaugural vai sendo tragada pelo mar de corrupção e incompetência. Dilma Rousseff debate-se furiosamente milímetros acima da superfície. Lula quer que afunde sozinha. Mas não escapará do abraço de afogado.

DOLEIRO LEVOU PROPINA NO PRÉDIO DO PT

Estadão

YOUSSEF AFIRMA QUE LEVOU DINHEIRO ATÉ O TESOUREIRO DO PT, JOÃO VACCARI NETO (FOTO), EM SÃO PAULO (FOTO: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃO)

O doleiro Alberto Youssef, peça chave da Operação Lava Jato, reafirmou à Justiça Federal que entregou cerca de R$ 800 mil em dinheiro vivo para o tesoureiro do PT João Vaccari Neto – metade desse valor, segundo ele, na porta do diretório nacional do partido, localizado na Rua Silveira Martins, coração de São Paulo.

Em novo depoimento, agora nos autos do processo sobre operações ilícitas de câmbio realizadas pelo laboratório Labogen – empresa que ele tentou infiltrar no Ministério da Saúde na gestão do então ministro Alexandre Padilha (PT), o doleiro declarou que “a mando da Toshiba (Infraestrutura)” fez dois pagamentos para o tesoureiro do PT.

O dinheiro, segundo Youssef, teve origem em uma contratação para obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), entre 2009 e 2010. “O primeiro valor foi retirado no meu escritório da (rua) Renato Paes de Barros (São Paulo) pela cunhada dele (Vaccari)”, declarou Youssef, referindo-se à Marice Corrêa Lima, perante o juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações penais da Lava Jato. “Eu entreguei esse valor pessoalmente. O segundo valor foi entregue na porta do diretório do PT nacional pelo meu funcionário Rafael Ângulo para o funcionário da Toshiba para que ele pudesse entregar o valor para o Vaccari.”

O sr. sabe o nome do funcionário da Toshiba?, perguntou um advogado na audiência. “Piva”, respondeu o doleiro. O advogado indagou qual era o papel dele no esquema de pagamento de propinas e favores a agentes públicos e políticos. “Eu era uma mera engrenagem, totalmente descartável. A partir do momento que não cumprisse com as obrigações, não recebesse e pagasse em tempo hábil os valores de maneira correta, no outro dia eu estava fora. Poderiam contratar qualquer outra pessoa para fazer esse trabalho.”

"PÁTRIA "(DES)EDUCADORA: CORTE DE VERBAS NA EDUCAÇÃO

Na Folha:
Escolas técnicas participantes do Pronatec decidiram suspender as aulas do programa e demitir professores, devido aos atrasos no pagamento do governo federal. A gestão Dilma Rousseff ainda não repassou recursos equivalentes às aulas de novembro, dezembro e janeiro. Até 2014, a União pagava até 45 dias após cada mês letivo. O atraso fez com que os colégios Augustus (MG) e Futura (PR) suspendessem as aulas, à espera da normalização dos pagamentos. As escolas possuem, respectivamente, 300 e 220 estudantes. Os institutos federais de Minas Gerais e o de Farroupilha (RS) também chegaram a suspender as atividades, mas já retornaram, após pagamento de parte do atrasado.
Conforme a Folha informou mês passado, dificuldades orçamentárias fizeram com que o governo atrasasse repasses desde o fim de 2014. Outro problema no Pronatec é que a União ainda não informou às escolas quantos novos alunos poderão ingressar no programa neste ano. As aulas foram adiadas em um mês, com previsão agora para início em junho. Os colégios já se preparam para receber menos alunos. Dificuldades no programa fizeram com que fossem demitidos professores nos colégios Factum, Cristo Redentor e Senac, no Rio Grande do Sul. Nos dois primeiros, o corte ficou em 10%. O Senac informou que foram 35 docentes. Questionado sobre os problemas no Pronatec, o Ministério da Educação disse apenas que, na semana passada, já trabalhava para fazer o pagamento de dois dos três meses atrasados. O programa foi uma das principais bandeiras de Dilma nas eleições.
Empréstimos
“Estávamos recorrendo a empréstimos bancários, mas isso tem um limite. E o Ministério da Educação nunca deixa claro quando pagará”, afirmou o diretor do Futura (PR), Marcos Aurélio de Mattos. Aluno do curso de massoterapia no colégio, Jeverson Branski, 36, disse entender a situação da escola. “O Pronatec é uma ótima política de educação, mas está com esse problema de recursos. Demoraremos mais para nos formar e trabalhar na área.”
O colégio Augustus (MG) afirmou que não possui mais caixa, por isso suspendeu as aulas. A escola já prevê que, dos 300 alunos, devem voltar apenas 100, pois muitos se frustraram com a situação. “Tivemos de demitir 10% dos professores, suspender investimentos. Como organizar as atividades nesse cenário de incertezas?”, disse a diretora do colégio Factum (RS), Bárbara Nissola.
(…)

O GRANDE CULPADO

Editorial do Estadão: ‘O grande culpado’(O texto traça o roteiro da privatização do Estado por meio da colocação do governo a serviço do projeto de poder do PT)


A grave crise política e econômica na qual o País está mergulhado coloca Dilma Rousseff na berlinda. E não poderia ser diferente. Afinal, ela é a presidente da República e tem demonstrado uma inacreditável inépcia no exercício das funções de primeira mandatária. Mas uma análise conjuntural que amplie o foco de observação da cena política para além dos episódios do dia a dia e se projete sobre os 12 últimos anos expõe à luz o protagonista oculto, o ardiloso responsável maior pela tentativa de reinventar o Brasil – aventura que hoje custa caríssimo para cada um dos brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva.

SEITA LULOPETISTA MENOR QUE A INFLAÇÃO

Os 8% de teimosos agora são mais de 60% e se multiplicam nas ruas. A seita lulopetista ficou menor que a inflação real

Augusto Nunes
Foto: Bruno SantosFoto: Bruno Santos

Em 9 de junho de 2009, o título do post reproduzido na seção Vale Reprise ironizou o pânico epidêmico provocado pela instauração de uma CPI da Petrobras: alguém deve ter gritado “olha o rapa!” na porta da maior estatal brasileira, resumia. Estavam pálidos de espanto diretores, fregueses, fornecedores, pequenos acionistas e o homem do cafezinho. Estavam transidos de horror o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados da base alugada, oposicionistas a favor, porteiros do Palácio do Planalto e o jornaleiro do Congresso. Por que tanta correria? Por que o medo coletivo? Aí tem, concluía o texto.
Tinha mesmo, sabiam os que nunca perderam o juízo e a vergonha. E como tinha, vem reiterando desde março de 2014 a devassa do Petrolão. Abstraídas as dimensões assombrosas da roubalheira e as propinas calculadas em milhões, a descoberta do maior, mais guloso e mais atrevido esquema corrupto da história não pareceu surpreendente aos olhos de quem não cai em conto do vigário e vê as coisas como as coisas são. Os leitores da coluna são testemunhas (e o timaço de comentaristas é protagonista) desse filme em que o PT morre no fim. E não foi por falta de aviso que tanta gente demorou tanto para entender que o país está sob o domínio de um bando de farsantes.
Se a abulia epidêmica fosse menos longeva, os comparsas envolvidos no grande embuste seriam alcançados mais cedo pelo desmoralizante castigo sonoro que fez Lula perder a voz, o rumo e o sono no Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos de 2007. A vaia, lembrou um post de 17 de julho de 2009, “é o som que funde a fúria, o cansaço, o sarcasmo e a chacota. Sobressalta o presunçoso, silencia o falastrão, inibe o debochado, constrange o arrogante, desfaz o sorriso do canalha, assusta o ladrão. Nada como a propagação da vaia para combater surtos de bandidagem política semelhantes à que devasta o Brasil neste começo de século. Não há nada a perder além da sensação de impotência e da indignação há tanto tempo represada”.
Há seis anos, os supermercados de pesquisas repetiam que não passavam de 8% os que achavam ruim ou péssimo o governo lulopetista. Os nativos indignados, portanto, já foram uma espécie em extinção. Eram tão poucos que alguns blogueiros estatizados sugeriram que os críticos do governo fossem identificados um a um e examinados cuidadosamente, porque certamente sofriam de algum distúrbio psíquico ainda não catalogado pela ciência. A ideia ganhou força em 2012, quando o poste ameaçou superar o recorde do seu fabricante e chegar a 100% de popularidade (ou 103%, se a margem de erro oscilasse inteira para cima).
Passados dois anos, todas as pesquisas escancaram a dramática mudança na paisagem. Os 8% se multiplicaram com extraordinária rapidez. Agora são mais de 60% os que acham ruim ou péssimo o desempenho de Dilma e seus ministros A resistência democrática está nas ruas ─ e na ofensiva. Os poderosos vigaristas da virada da década estão acuados por manifestações de protesto. Muitos estão na cadeia, outros fogem do camburão. Lula sumiu, Dilma não sabe o que fazer e não diz coisa com coisa. Os satisfeitos com o desgoverno somam desprezíveis 7% do eleitorado.
A seita lulopetista ficou do tamanho da inflação oficial. E muito menor do que a inflação real.

REFORMA POLÍTICA DO PT - "PROPINA NA CUECA"

Espertos, petralhas de "casco duro" não se dão por vencidos, nem quando seus crimes são descobertos e alguns bandidos vão para a cadeia. Tudo acaba virando pretexto para tentar impor seus projetos que podem garantir ao partido o poder absoluto, como a proposta de financiamento público de campanha que vai minguar os demais partidos, pois serão exterminados por anemia financeira.

Mesmo com tantos escândalos levados ao conhecimento da população, o PT ainda ousa se fazer de vítima ao querer confundir doação legal com propina. Os tesoureiros, até então, têm sofrido as devidas punições da Justiça. Foi assim com Delúbio no mensalão e Vaccari no petrolão. Mas a novidade no partido não é parar com os esquemas de arrecadação, simplesmente vão trocar a mochila do tesoureiro pela "cueca", ou qualquer outro acessório, de cada militante petista que terá que ir buscar a sua contribuição direto com o "doador".


(Estadão)
 

As principais correntes internas do PT estão próximas de um acordo que prevê a proibição de instâncias do partido receberem doações de empresas privadas. O PT pretende compensar a perda criando uma ferramenta digital para coleta de doações dos mais de um milhão de filiados. Pela proposta, candidatos do partido a cargos eletivos estão liberados para receber doações privadas, mas assumirão totalmente a responsabilidade pela origem dos recursos.

A proibição faz parte da tese elaborada pela corrente Mensagem ao Partido para a segunda etapa do 5.º Congresso Nacional do PT, marcado para junho. Conta com o apoio do Movimento PT, segundo maior corrente interna da legenda, dos presidentes dos 27 diretórios estaduais reunidos nesta segunda-feira, 30, em São Paulo e de lideranças importantes, como o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia.

A ideia surgiu na semana passada, depois que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, se tornou réu da Operação Lava Jato. Vaccari é acusado de receber propinas de empresas fornecedoras da Petrobrás em forma de doações legais ao partido e seus candidatos. Ele nega as acusações. Um alto dirigente do partido, favorável à proibição, argumentou que, se na leitura da oposição, financiamento privado é “propina” apenas para o PT, enquanto para os demais é “doação legal”, então, segundo o dirigente, a melhor saída é mesmo acabar de vez com “essa palhaçada”.

A proposta amadureceu nesta segunda, durante reunião entre o ex-presidente Lula, a executiva nacional do PT e os presidentes dos 27 diretórios estaduais do partido. Entre as principais forças políticas internas, apenas um setor da corrente majoritária Construindo Um Novo Brasil (CNB) resiste à ideia. Segundo relatos, durante a reunião desta segunda, apenas a secretária de Relações Internacionais, Monica Valente, mulher do ex-tesoureiro Delúbio Soares, preso por envolvimento no mensalão, foi contra a proposta.

“Não tem consenso nisso”, disse ela, de acordo com participantes da reunião. Embora seja pessoalmente favorável ao fim das doações empresariais, Falcão foi cauteloso. “Ainda tem muita dúvida sobre isso, pois os outros partidos vão continuar recebendo”, disse ele.

MANIFESTO DO PT PÕE A CULPA DA LADROAGEM NOS OUTROS, COMO SEMPRE

PARTIDO SE VÊ COMO 'BODE EXPIATÓRIO' DA CORRUPÇÃO QUE IMPLANTOU


Diário do Poder

O PT divulgou nesta segunda-feira (30) um manifesto, que foi composto por dirigentes estaduais do partido, com aval do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e do ex-presidente Lula. O documento diz que o PT está "sob forte ataque" e chega a comparar ao cenário de 1989, quando o sequestro do empresário Abílio Diniz foi atribuído ao partido.

A questão foi vista pelo petista como um dos fatores determinantes para a derrota de Lula na disputa presidencial contra Fernando Collor. "Em nossa história de 35 anos, muitas vezes investiram contra nós. O fato mais marcante, numa longa trajetória de manipulações, foi imputarem ao PT o sequestro do empresário Abilio Diniz", diz trecho do primeiro parágrafo.

"A ofensiva de agora é uma campanha de cerco e aniquilamento", continua o texto, que acusa um sujeito indefinido de já ter proposto no passado ser "preciso acabar com a nossa raça". O documento diz ainda que "não suportam" o fato de o PT ter tirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras, em "tão pouco tempo" e que, por isso, tentam criminalizar o PT.

"Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de País tenha sido vitorioso nas urnas", diz o texto que lembra a eleição de um operário, em referência a Lula, e de uma mulher que combateu a ditadura, em referência a Dilma. Na linha de argumentação de que a oposição tenta um terceiro turno, o manifesto diz que "maus perdedores no jogo democrático tentam agora reverter, sem eleições, o resultado eleitoral".

Ao falar das denúncias de escândalos na Petrobras, o documento dos dirigentes petistas diz que querem fazer do PT "bode expiatório da corrupção nacional" e repete que o partido é favorável à completa investigação de malfeitos e afastamento de partidários, caso sejam condenados em virtude de "falcatruas".

segunda-feira, 30 de março de 2015

A IDEOLOGIA QUE PLANTA O ÓDIO PARA SEMEAR PODER

Quanto mal o PT faz ao Brasil! E não é só corrupção nem a inversão de valores e a banalização do crime, o pior de tudo é o ÓDIO que semeou no coração dos brasileiros.



“A esquerda revolucionária representada pelo PT, PC do B, PSOL e outros partidos que comungam da mesma visão de mundo, dividiu o Brasil entre pobres e ricos, negros e brancos, héteros e gays, índios e produtores rurais, empregados e patrões e jogou uns contra os outros, destruindo os laços de solidariedade existentes entre o povo brasileiro. O mal que a mentalidade revolucionária infligiu ao país levará décadas para ser reparado. O colapso da economia é apenas uma parte desse mal. Nossa cidade e o nosso país não suportam mais essa política nefasta.”


Para o PT, não basta demonizar FHC e todos os partidos para tentar justificar seus crimes, mas quer usar também os brasileiros como bodes expiatórios.

Matérias publicadas em jornais, revistas e em páginas de notícias da internet indicam que o PT entregou release para a imprensa com intuito de transformar todos brasileiros em corruptos por natureza. Ou não seriam corruptos também os que recebem dinheiro para propagar esse tipo de ideia?

Vejam uma das publicações que jogam a imagem do povo brasileiro na lama:

"Todo mundo reclama da corrupção no governo, mas será que o brasileiro não pratica irregularidades no seu cotidiano? O UOL mostrou lista com seis atos ilícitos para pessoas na rua e descobriu que furar filas e comprar produtos piratas são os preferidos. Leia mais em UOL Notícias, com o título, Furar fila e comprar pirata são as corrupções do dia a dia do brasileiro."


Ah, tá!
Entendo que a mentalidade torta de algumas pessoas limita sua capacidade de se indignar com os ladrões dos cofres públicos, mas isso não justifica os bilhões que nos roubam nem é justo jogar a culpa no trabalhador, no aposentado, nos jovens, nas famílias, enfim, no cidadão.


Aprendi que o exemplo vem de cima, portanto, se essas coisas acontecem é porque há certeza de que vale tudo para se dar bem e garantia de impunidade.

AS RATAZANAS ABANDONAM O BARCO ... COM OS BOLSOS CHEIOS

O PARTIDO QUE JÁ NÃO OUSA DIZER SEU NOME – PT planeja se esconder nas próximas eleições e criar uma tal “Frente Ampla” para enganar o eleitor

Por Reinaldo Azevedo
Informei aqui no dia 11 de fevereiro que o ex-presidente Lula andava pensando na criação de um novo partido. Alguns acharam que eu estava ficando doido. Não! Era só uma informação. Não que Lula pense em criar uma nova agremiação, com outro nome. A coisa é um pouco diferente, segundo reportagem de Catia Seabra na Folha deste domingo. O Babalorixá de Banânina teria decidido importar do Uruguai o modelo da Frente Ampla. Assim, para disputar o poder, o PT comporia uma grande frente envolvendo partidos, sindicatos, ONGs e movimentos sociais.
Ah, bom… A ideia, parece evidente, é disputar a eleição dando destaque ao nome fantasia da coalizão. Vamos ver. Em 2014, a coligação liderada por Dilma se chamou “Com a Força do Povo”; a comandada por Aécio, “Muda Brasil”, e a estrelada por Marina Silva, “Unidos Pelo Brasil”. Tais nomes apareciam no horário eleitoral em letras minúsculas, apenas para justificar a soma dos tempos de cada partido. As respectivas campanhas, no entanto, davam relevo às legendas. Mas nada impedia os postulantes que fizessem praça da coligação.
Lula, pelo visto, quer algo um pouco diferente. Ele pensa mesmo, vejam que esperto!, é em mudanças da legislação eleitoral para que a eleição seja disputada por aglomerados que não são partidos, entenderam? Assim, ora vejam!, sindicatos, ONGs e movimentos sociais poderiam ir para as urnas. É uma piada. E o homem propõe esse troço porque é um democrata? Não! O que ele pretende é esconder o nome do PT, do qual as ruas, hoje, não podem nem ouvir falar. Ou posto de outro modo: sua intenção é arrumar uns “laranjas” para atuar em nome do seu partido.
Incrível! Os companheiros chegaram à fase em que buscam desesperadamente mecanismos para tirar a população da jogada. O partido, como é sabido, luta pelo financiamento público de campanha e pela aprovação do voto em lista — aquele em que o eleitor escolheria apenas uma legenda, sem nem saber direito quais deputados estariam indo para a Câmara. Agora, os valentes querem esconder até mesmo a… legenda!
Segundo informa a Folha, Rui Falcão, presidente do PT, vê a tese com simpatia e quer que ela seja debatida no 5º Congresso do partido, que acontece em junho, na Bahia: “Vejo com simpatia a ideia de que, no bojo da reforma política, se abra espaço para a criação de um movimento que leve à experiência como a da Frente Ampla, no Uruguai, e a da Concertação, no Chile”.
Ou por outra: o PT chegou ao poder brandindo a sua bandeira em todo canto. No quarto mandato presidencial, o partido concluiu que, para continuar no poder, precisa desesperadamente se esconder do povo.
Combinar com os adversários
Como se nota, Lula almeja mais do que simplesmente dar destaque ao nome fantasia de uma coligação. Agora ele propõe que “não partidos” — desde que comandados pelo “partido” — disputem a eleição. A lei vigente não permite essa excrescência, e o ex-presidente terá de convencer as demais legendas, especialmente o PMDB, de que isso é uma boa ideia. Ao longo da vida, este senhor tem razões de sobra para achar que tanto seus adversários como seus aliados são trouxas. Não creio que vá prosperar desta vez. 
Que coisa, né? O partido está mais sujo do que pau de galinheiro e acha que o Brasil precisa fazer uma reforma política que sirva para disfarçar essa sujeira. Não passará.

CORRUPÇÃO PARALISA O BRASIL



(Estadão) 

A ausência de uma lei orçamentária e o cofre do governo trancado pelo ajuste fiscal derrubaram os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a dois terços dos valores verificados no ano passado. De acordo com dados levantados pela organização não governamental (ONG) Contas Abertas, os valores pagos até o fim de fevereiro somaram R$ 7,5 bilhões, ante R$ 11 bilhões em 2014, uma queda de 31,8%. Essa cifra inclui investimentos e também gastos com custeio e inversões financeiras (aquisições como imóveis e bens) relacionados ao programa.

O Estado publicou um levantamento mostrando que há pelo menos 30 grandes obras paradas em todo o País, principalmente por causa dos efeitos da operação Lava Jato, que afetou a Petrobrás e as gigantes da construção civil, e também por conta do aperto fiscal.

Empresários que prestam serviços ao governo federal já vinham relatando a forte desaceleração das obras do PAC. “É uma situação muito difícil para os investimentos este ano”, comentou o secretário-geral da Contas Abertas, Gil Castello Branco. “A União já apresenta retração nos dois primeiros meses, que pode ser justificada pela ausência do orçamento, mas também é fruto do ajuste, que não vai poupar os investimentos.” Ele avalia que o quadro se mostrará ainda mais grave quando saírem os dados sobre investimentos das empresas estatais do primeiro bimestre. Eles deverão mostrar mais claramente os efeitos da Lava Jato sobre os investimentos da Petrobrás e também, eventualmente, sobre a Eletrobrás e outras empresas estatais federais. 


Cortes. Nos investimentos, os pagamentos feitos até fevereiro foram 28% inferiores aos de igual período em 2014, caindo de R$ 9,3 bilhões para 6,7 bilhões. Os números mostram que a redução mais forte ocorreu no Ministério da Defesa, com redução de R$ 1,6 bilhão. Também foi afetada a pasta do Desenvolvimento Agrário, com queda de R$ 824 milhões, e no Ministério da Educação, que gastou R$ 421 milhões menos.

O Planejamento informa que os gastos de investimento previstos no Orçamento de 2015 ainda não foram autorizados. É uma situação diferente da de 2014, quando essa autorização já existia em fevereiro. A regra adotada no início deste ano, que permitiu aos ministérios gastarem apenas 1/18 de sua previsão orçamentária a cada mês, provocou queda nas chamadas inversões financeiras, que também incluem investimentos financeiros. Entram nesse grupo gastos como aumento de capital ou concessão de empréstimo, por exemplo. Os pagamentos caíram à metade, de R$ 16 bilhões em 2014 para R$ 8 bilhões em 2015.

NÃO TEM CORTE DE GASTO NO BRASIL VERMELHO. O POVO VERDE/AMARELO É QUE PAGA A CONTA

A insustentável máquina do governo

Reportagem da Revista ISTOÉ mostra que os 39 ministérios de Dilma custam mais de R$ 400 bilhões por ano e empregam 113 mil apadrinhados. Só os salários consomem R$ 214 bilhões - quase quatro vezes o ajuste fiscal que a presidente quer fazer às custas da sociedade.

Adivinha quem paga essa conta?



Isto É

Diante da necessidade imperativa de disciplinar as desordenadas contas públicas, legadas da farra fiscal praticada no mandato anterior, a presidente Dilma Rousseff impôs ao País um aperto de cintos. Anunciou como meta de sua segunda gestão um ajuste fiscal capaz de gerar uma folga de R$ 66 bilhões no Orçamento até o fim do ano. 

O necessário ajuste seria digno de louvor se as medidas anunciadas até agora pela presidente não tivessem exigido sacrifícios apenas de um lado dessa equação: o dos cidadãos brasileiros. 

Mais uma vez, a conta da irresponsabilidade fiscal de gestões anteriores sobra para o contribuinte. Ao mesmo tempo em que aumenta impostos, encarece o custo de vida da população, ameaça suspender a desoneração de empresas e retira dos trabalhadores direitos previdenciários e trabalhistas, Dilma Rousseff segue no comando de uma bilionária máquina pública aparelhada, inchada e – o mais importante – ineficiente.

Leia a matéria na íntegra AQUI.

PRATICAMENTE TODO (85%) ESFORÇO FISCAL SAI DO BOLSO DOS BRASILEIROS

MEDIDAS ECONÔMICAS SOMAM ATÉ AGORA R$ 45 BI DA META DE R$ 66 BI


A maioria das pessoas não sabe para que serve o superávit primário – economia de recursos feita pelo governo para manter as contas no azul e garantir um extra que cobre o pagamento da dívida pública. Neste ano, porém, todos os brasileiros vão tirar dinheiro do bolso para ajudar nessa economia. Do bolo de recursos que o governo já garantiu para o superávit, 85% são bancados pela população.

Segundo cálculo do economista Mansueto Almeida, feito a pedido do Estado, as medidas anunciadas pela nova equipe conseguiram reunir até agora R$ 45 bilhões dos cerca de R$ 66 bilhões que fixou como meta para 2015 (o compromisso é fazer o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto do ano). Ocorre que apenas R$ 7 bilhões são cortes na máquina pública, basicamente de despesas de custeio, como cafezinho e xérox.

O grosso dos recursos, R$ 38 bilhões, vai sair do orçamento das famílias. Uma parte virá da cobrança de tributos, como a volta da Cide nos combustíveis e a mudança no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com o fim da desoneração de veículos e a alta na taxa para cosméticos. Um estudo da LCA Consultores, encomendado pelas indústrias do setor, concluiu que um simples batom – que pelas estimativas vai subir mais de 12% – dará um quinhão ao ajuste fiscal. “Não tinha como ser diferente porque esforço fiscal se faz com corte de gasto ou alta de tributo”, diz Mansueto. “Ainda assim, o governo terá dificuldades para cumprir a meta.”

Para o economista, nem tudo que é esperado virá. Os R$ 18 bilhões estimados com as mudanças em benefícios sociais, como pensão das viúvas jovens e seguro-desemprego, devem cair a R$ 3 bilhões. Outras despesas, como o Bolsa Família, vão crescer e reduzir os ganhos da medida. O fim da desoneração da folha de pagamento, por sua vez, gerou tanta polêmica que, para Mansueto, é uma incógnita. Ele nem a considerou na estimativa. “Para fechar a meta, o governo terá de fazer um corte brutal de investimentos ou elevar carga tributária, punindo o já comprometido crescimento.”

Contas engessadas. Matematicamente, o superávit primário se dá quando a receita é maior que a despesa (excluindo-se gastos com juros). Assim, ele sinaliza que não vai deixar a dívida pública fugir do controle, o que fortalece a confiança dos investidores e gera um ciclo virtuoso na economia.

O Estado brasileiro sempre gastou demais. Em parte, com a proliferação de órgãos e funcionários. Pesam também as obrigações com a população, principalmente após a Constituição de 1988. O governo deve garantir previdência, saúde e educação universais sem ter mecanismos financeiros adequados. “Os benefícios criados na Constituição atentam contra a aritmética”, diz William Eid Junior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas.

Para os economistas, após a crise de 2008, a política adotada pelo governo aprofundou as distorções: houve excesso de desonerações e benefícios setoriais, além de outros mecanismos de intervenção na economia que levaram à queda da arrecadação, do investimento e do crescimento. “O descontrole dos últimos anos foi grave”, diz o economista Marcos Lisboa (leia a entrevista na página 3).

O governo sinaliza que pode cortar ministérios para dar a sua contribuição. A medida, porém, diz o economista Fábio Klein, da Tendências Consultoria, é “simbólica”. Os ministérios virariam secretarias. Não haveria demissões. A conta em pouco cairia. Só uma reforma no Estado mudaria o cenário. (AE)

domingo, 29 de março de 2015

PT NEGA O PARAÍSO E OFERECE O INFERNO

Enquanto o PT idealiza o modelo cubano para o Brasil, onde todos são tratados com suposta igualdade, ou seja, NINGUÉM tem direito à liberdade, à propriedade, à informação, a um salário justo, ao direito de escolher nem mesmo o que comer e vestir, entre outras coisas que apenas os "donos" do país usufruem, o partido que desgoverna o Brasil hostiliza os países que oferecem qualidade de vida para a população, com poucos impostos e livre de corrupção.

INVEJA OU IGNORÂNCIA?
IGNORÂNCIA FAZ O GOVERNO HOSTILIZAR CINGAPURA
BRASIL ACHA CINGAPURA 'PARAÍSO FISCAL' POR IGNORÂNCIA E PRECONCEITO


Por inveja, preconceito e ignorância, o governo brasileiro coloca Cingapura na lista de “paraísos fiscais”, porque considera assim qualquer país de carga tributária inferior a 20%. Tributos em Cingapura somam 17%, mas, ao contrário do Brasil, é um país austero, sério, de gestão pública eficiente... e livre de corrupção. Cingapura mantém comércio anual superior a US$ 4 bilhões com o Brasil. Mas, de tanto ser hostilizado, vai acabar desistindo de investir no nosso país.

Tecnocratas incompetentes não entendem como Cingapura pode cobrar menos impostos e ter qualidade de vida de primeiro mundo.

Em Cingapura, não há burocracia cara, ineficiente e corrupta como a brasileira, e o imposto é revertido em benefício da população.

Há pleno emprego em Cingapura, 9º melhor IDH do mundo, onde tudo funciona, é limpo e exemplar. E 90% da população tem casa própria.

Leia mais na Coluna Cláudio Humberto

sábado, 28 de março de 2015

AS OPERAÇÕES DE PALOCCI NA LAVA JATO



(Isto É) 

A pedido da Procuradoria Geral da República está em curso na Justiça Federal do Paraná uma investigação sobre a participação do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci Filho, no esquema do Petrolão. Entre os alvos principais do processo estão contratos feitos entre a Projeto – consultoria financeira pertencente ao ex-ministro – e empresas que fizeram direta ou indiretamente negócios com a Petrobras.

Com base em delações premiadas, documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, procuradores e delegados da Operação Lava Jato calculam que consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$ 100 milhões do Petrolão para os cofres do PT. “Vamos demonstrar que, assim como o ex-ministro José Dirceu, Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal, disse um dos procuradores na tarde da quarta-feira 25.

Até a semana passada, os procuradores observavam com lupa seis contratos da empresa de Palocci e nas próximas semanas deverão recorrer ao juiz Sérgio Moro para que autorize a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro. Os documentos e depoimentos que mais têm despertado a atenção de delegados e procuradores dizem respeito às relações do ex-ministro com a WTorre Engenharia e com o Estaleiro Rio Grande.

De acordo com os relatos feitos por procuradores da Lava Jato, em 2006, após deixar o governo Lula acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Palocci teria intermediado a aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras.

Em seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de oito cascos de plataformas marítimas, em um contrato de aproximadamente US$ 6,5 bilhões. “Não é comum que uma empresa sem nenhum histórico no setor vença uma concorrência bilionária”, afirma um dos procuradores da Lava Jato. Os indícios encontrados pelo Ministério Público, porém, vão além do simples estranhamento.

Leia aqui a reportagem completa.

sexta-feira, 27 de março de 2015

RATAZANAS CORROENDO TODO O SETOR PÚBLICO


G1


O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da força-tarefa criada para a Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou durante entrevista à jornalista Miriam Leitão, exibida nesta quinta-feira (26) na GoboNews, que há informações de que a corrupção ultrapassa a Petrobras e atinge outros órgãos públicos.

“Temos informações - informações de inteligência, por enquanto - de que a corrupção, ela está alastrada também para outros órgãos públicos. Isso nos traz uma preocupação muito grande, não só de buscar punição, responsabilização integral de quem cometeu esses crimes, mas também de mudar nosso ambiente”, disse Dallagnol.

“Nós temos informação de que isso [corrupção em outros órgãos] acontece. Aliás, muitas pessoas já diziam isso antes",completou. O procurador também que no atual modelo de trabalho do Ministério Público estão sendo oferecidos pacotes de acusações com tudo o que está sendo apurado pela Operação Lava Jato.

"Nós temos trabalhado com prioridades. E oferecido pacotes de acusações. Nós temos buscado focar para produzir resultados. Porque todo mundo que quer abraçar o mundo acaba não abraçando ninguém", disse.

De acordo com Dalagnol, ainda há novas etapas das investigações "por vir". "Certamente, a maior parte das investigações ainda está por vir. Existem muitas coisas que ainda estão em processo de investigação. A investigação é como a apuração de qualquer coisa na nossa vida. Você busca descobrir se algo aconteceu, começa a coletar evidencias e informações para chegar a uma conclusão."

CORRUPÇÃO - "QUEM ROUBA, MATA MILHÕES"



(G1)

Miriam Leitão foi a Curitiba para entrevistar o jovem procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador, no Ministério Público Federal, da Operação Lava-Jato. “Temos uma janela histórica para o combate à corrupção e não podemos fechá-la”, disse Dallagnol.

Aos 33 anos, Dallagnol comanda a investigação do maior escândalo do país, que apura a corrupção envolvendo empreiteiras, doleiros, políticos e funcionários de alto escalão da Petrobras. “Hong Kong, depois de uma série de medidas anticorrupções, passou a estar entre os 17 países mais transparentes do mundo. Para se ter uma ideia, o Brasil está em 69º”, afirma o procurador.

Ele falou sobre o pacote anticorrupção apresentado pelo Ministério Público ao Congresso Nacional. “O nosso parâmetro para lidar com a corrupção deve ser o crime de homicídio”, disse. “Quem rouba milhões, mata milhões”, afirmou Dallagnol a Miriam Leitão.

O procurador explicou como funciona o sistema de delação premiada e disse que o Brasil não pode perder a chance histórica de fortalecer as instituições a partir do crime de corrupção, que considera hediondo: “Quando a gente fala que a corrupção é um crime hediondo, é que ela rouba a comida, o remédio e a escola do brasileiro”.

quinta-feira, 26 de março de 2015

NÃO VAMOS ENTREGAR O BRASIL PARA O PT



O líder do partido corruPTo na Câmara, deputado Sibá Machado, criou um argumento para tentar desqualificar os movimentos que cada vez agregam mais pessoas para protestar contra o desgoverno petista, ele diz que a CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos) está por trás das manifestações do último dia 15 de março.

Ele publicou um comentário ridículo em sua página no Facebook, um dia antes das manifestações que aconteceram em todo o Brasil:


"SUSPEITA: Que a CIA esteja coordenando a Campanha pelo enfraquecimento dos governos da América do Sul 'não alinhados', tal como fizeram para instalar as Ditaduras Militar nos anos 60. A 'Orquestra é completa'!".

Então, vamos tornar essa imbecilidade verdadeira. A partir de agora, todos nós, os brasileiros que defendem o Brasil das ações nefastas dos corruPTos que estão quebrando nosso país, somos um coxinha reacionário agente da CIA, o “culpado imaginário” do partido mais corruPTo da história.




Esses somos nós, os milhões de "agentes da CIA" (coxinhas para alguns) que estão saindo às ruas, UNIDOS (mesmo com diferenças, isso é Democracia), mas com um ideal acima de tudo, o amor ao Brasil.
Que venha o exército vermelho de Lula e Dilma.
Que tentem nos impor suas reformas e seu projeto de poder, saberemos reagir.
ELES NÃO ENTENDERAM NADA!




PROLETÁRIOS, A GRANDE CAUSA DO ATRASO

O artigo de Luis Milman, publicado no blog de Percival Puggina, é uma aula para quem ainda se deslumbra com o discurso demagógico de gente que explora as misérias humanas e condena o Brasil e países companheiros ao atraso.



Você quer que o proletariado se integre à vida econômica e social? Não o entregue aos cuidados de quem precisa dele exatamente como está. Leia com atenção este artigo do Prof. Dr. Luis Milman.

Desde a década de 80, o Partido dos Trabalhadores, mais especificamente o lulopetismo , estimulou sempre a ascensão do proletariado à cena política de ponta, tutelando-o, estimulando-o, tornando-o agente, ainda que dependente do partido, de transformações na sociedade brasileira. Os métodos de cooptação são conhecidos; distribuição de bolsas-família pelo governo, atendimento popular feito por médicos cubanos, programas de assentamento para sem terra, financiamento para casas populares nas periferias, entre outros. Por essa razão, é importante considerar, no plano da análise sociológica, as implicações desta ascensão para a nação nos últimos 30 anos. Ao contrário do que apregoa o esquerdismo de frases feitas, derivado do Manifesto Comunista de Marx e Engels, o crescimento do proletariado e da sua ideologia é corrosivo, do ponto de vista civilizacional.

A economia de subsídios para os proletários não retira deles a sua condição de párias. Convém lembrar que as palavras “prolertariado” e “´proletário” vêm-nos dos tempos romanos e não dos tempos de Marx. Na acepção romana, um "proletarium" era um homem que não contribuía para a comunidade política com nada, a não ser com a própria prole. Uma tal criatura não pagava impostos (porque não tinha renda suficiente), vivia às custas do público, não cumpria deveres cívicos, não fazia nenhum trabalho digno de menção e não conhecia o significado da solidariedade social ou da piedade. Como massa, os proletários coletivos, o proletariado, são formidáveis; exigem certos direitos – em tempos antigos, pão e circo; em nossos dias, direitos muito mais amplos, que lhes são concedidos para evitar que se tornem violentos como coletividade. 

Ao Estado, repito, o proletário contribui apenas com os filhos – que, por sua vez, quase sempre viram proletários. Ocioso, ignorante e muitas vezes criminoso, o proletariado pode arruinar uma nação. O que Arnold J. Toynbbe (1889-1975), em "A Study of History – Volume V: Desintegration of Civilization", Parte 1, chamava de “proletariado interno”, arrassou dessa maneira, a civilização romana de mil anos; os invasores bárbaros, o proletariado “externo”, apenas irromperam pelo frágil casco de uma cultura que já havia sangrado até a morte. Karl Marx, o duro inimigo do patrimônio da civilização moderna, conclamou o proletariado moderno a se levantar e a verter sangue em grande escala.

O Manifesto do Partido Comunista, de 1848, conclui com as seguintes palavras: 'Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada tem a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todo o mundo, uni-vos'. Triunfantes no Império Russo após a Primeira Guerra Mundial, na Europa Oriental e tantas outras regiões do mundo pouco depois da Segunda Guerra Mundial, os discípulos ideológicos de Marx instalaram no poder proletários brutais, como Lênin, Stálin, Mao Tse Tung e Fidel Castro, onde se mostraram tão impiedosos quanto estúpidos. As carnificinas, os genocídios e o terror que implantaram quando chegaram ao poder estão relatados nos livros de Stephanie Courtois ET. Al, " O Livro Negro do Comunismo: Crimes , Terror e Repressão" (1999), e de Paul Johnson, "Tempos Modernos: O Mundos dos anos 20 Aos 80 (1999)".

Em nossos dias, no Brasil, o proletariado não possui apenas os meios de intimidação por meio da violência; ele tem mais efetivamente o poder da urna eleitoral.

Nossos hunos e vândalos têm sido engendrados dentro de nosso País por subsídios estatais e nossas ominosas instituições educacionais e culturais. Ora, no Brasil de hoje, a quem nos referimos quando falamos de um proletariado, de uma classe desenraizada e descontente, que é um ônus para a comunidade política? Primeiro é necessário especificar os grupos que não podemos enquadrar nesta categoria social. O proletariado não é idêntico aos “pobres”. Embora a maioria dos proletários seja pobre, um homem pode ser rico e, ainda assim, proletário, se não for nada mais que uma vergonha para a comunidade política, e se tiver a mentalidade de um proletário. Por outro lado, também há muitas pessoas de renda modesta, que recebem baixos salários e que, mesmo assim, possuem um caráter louvável e são bons cidadãos e, por isso, não se enquadrando na categoria social dos proletários. 

O proletário não é idêntico ao “trabalhador” – de fato, uma das características do proletário é não trabalhar voluntariamente. 

O proletário não é idêntico ao “recebedor de auxílio social”, ainda que a vasta maioria dos proletários esteja na lista dos beneficiários deste auxílio. Logicamente, entre aqueles que recebem bolsas e auxílios locais, estaduais e federais, encontramos vários idosos, enfermos, ou pessoas afligidas por algum outro mal, que, contudo, não são tão desventurados a ponto de compartilhar da mentalidade e da moralidade proletária.

O proletário não é idêntico ao homem negro que habita os bairros pobres dos centros urbanos. Parece que mais da metade dos proletários brasileiros são brancos e a outra metade gente negra, embora isto signifique, obviamente, que a proporção dos proletários entre a população negra do Brasil seja consideravelmente mais alta do que a proporção de proletários brancos.

A população proletária não é apenas a população urbana. Cada vez mais a, a condição de vida proletária se expande até mesmo para remotos distritos rurais. Mesmo em longínquas pequenas cidade do interior, como Vicente Dutra e Panambi, no, Rio Grande do Sul, lúgubres ajuntamentos de casebres em decomposição circundam as ruelas que se projetam da praça central. Por lá, a taxa de crimes, especialmente a venda de drogas, a violência contra as mulheres, os homicídios e os latrocínios crescem a cada ano devido a presença de estratos já significativos de proletários nestas cidades.

O proletariado, em suma, é uma massa desenraizada de pessoas, originada de deslocamentos populacionais sucessivos, que perdeu – se é que alguma vez possuiu – a comunidade, a esperança de melhora, as convicções morais, os hábitos de trabalho, o senso de responsabilidade pessoal, a curiosidade intelectual, a participação em uma família saudável, a propriedade, a participação ativa nos assuntos públicos, nas associações religiosas e a consciência de fins e objetivos da existência humana.

A maioria dos proletários vive dia após dia, sem refletir. Em tempos de declínio na produção industrial e crise econômica, o proletariado moderno se vê quase sem dinheiro, com pouco trabalho desqualificado disponível e, invariavelmente, numa confusão social e moral. O divórcio, o abandono de esposas e de crianças e o crime endêmico tornam-se mais comuns, assim como o surgimento de pseudofamílias monoparentais, fazendo com que estados democráticos controlados por uma casta política de socialistas, como o Brasil, ativem programas assistenciais extremamente dispendiosos para atender suas demandas.

Nosso panorama de políticas públicas é dominado pelo assistencialismo, via benefícios governamentais em grande escala. Ao mesmo tempo, o tecido dos costumes e o sistema educacional públicos se degradam pela ideologização esquerdista e permissiva. As esquinas das grandes cidades são dominadas por gangues de jovens sem futuro, entendiados e ociosos, que adotam como exemplos paternos o dono de bordel, o extorsionário e o traficante de drogas.

Se pensarmos nos estados totalitários, ao longo da nossa mais recente história (século XX), constatamos que estes atacaram o problema da desagregação social que está na origem da ascensão do proletariado, com violência revolucionária interna ilimitada, guerras, reformas coletivistas desastrosas e deslocamentos populacionais forçados, gerando miséria generalizada, fome e instituindo o domínio do cotidiano da sociedade por gangues de criminosos com função policial, a serviço do estado.

Cuba e Coréia do Norte, onde dinastias comunistas se perpetuam no poder e os níveis de pobreza e ignorância são aterradores, são os países que ainda hoje representam a assunção ao poder da mentalidade proletária; e a Venezuela é o exemplo mais recente do que a proletarização da política, com a correlata assunção de tiranos demagogos ao poder, é capaz de acarretar para uma nação.

Passo a analisar um ponto importante No Brasil, ainda são precárias as estatísticas sobre o consumo de álcool e drogas pelos trabalhadores da indústria, mas estima-se, com base em pesquisas realizadas nos EUA, Canadá e Europa, que mais de 30 por cento encontram-se num nível de “debilitação” ou vivem perigosamente sob a influência de narcóticos e álcool, sendo que no setor de serviços a estimativa é de que este número ultrapasse os 20 por cento. Um trabalhador italiano da indústria, por exemplo, que pertence ao grupo consumidor de substâncias psicoativas pode gastar até a metade de seu salário em cocaína, heroína, maconha e bebidas destiladas e, ainda assim, permanecer empregado.

Em que proporção este diagnóstico se aplica ao trabalhador industrial brasileiro? Não sabemos ao certo, mas os números, por projeção, nos colocam diante de um quadro muito mais alarmante. E, pelo vigor com que são apregoadas e recepcionadas as doutrinas de tolerância à droga no Brasil, este trabalhador é, certamente, um proletário situado na fronteira do desemprego e da ruptura com todos os padrões morais.

Ele busca alucinógenos ou a estupefação de bebidas muito fortes porque não tem mais nenhum fim ou objetivo na vida. Ele e, provavelmente, sua prole na escola, constituem a ponta de uma cadeia de escala planetária do tráfico e distribuição de drogas, controlado por mafiosos mundiais e locais, associados muitas vezes a governos e a grupos políticos terroristas, que se financiam mutuamente. O vício em narcóticos, convém não esquecer, faz de pessoas com chances de sucesso no trabalho e no estudo, proletários vazios. E quando quase um terço da mão-de-obra industrial está viciada desta forma, por quanto tempo uma sociedade urbana, como nossas cidades, pode se manter coesa?

O que dizer, então, dos estratos econômicos inferiores, ligados ao subemprego e à desqualificação profissional? Por quanto tempo os costumes, a moralidade pública, a busca pelo sucesso e o estímulo ao aprendizado, podem resistir à corrosão continuada promovida pelo arremedo de vida proletária, pela embriaguez e a drogadição , que multiplicam a mentalidade proletária nas novas formas de família precária, na espetacularização do gosto vulgar e pornográfico, que a indústria de massa explora, transformando os proletários em consumidores de uma cultura degradada?

É por isso que a contribuição dos proletários à vida pública e aos bons costumes civilizatórios é apenas destrutiva. Como na Roma antiga, eles geram filhos que serão iguais a eles e permanecem à margem de qualquer contribuição pública. Os proletários continuam a ser movidos pelo tédio, pelo pão e pelo circo. Na realidade, estão ligados ao crime e ao ódio à vida civilizada.

A forma de enfrentar o problema, nas repúblicas constitucionais, cada vez mais ameaçadas pelo avanço destas hordas nas cidades pequenas e grandes, é a reforma moral radical no sistema de educação pública que, a longo prazo, poderia transformar estas massas destrutivas, paulatinamente, em potenciais cidadãos orgulhosos de suas capacidades, dos valores cívicos adquiridos e, assim, capazes de integrarem-se em redes de atividades produtivas. Mas em países como o nosso, dominados por uma inteligentsia revolucionária, que estimula, usa e financia a cultura proletária para fins ideológicos, é de se esperar que não venhamos a sair da situação dramática em que estamos, ao menos tão cedo. Somente a ação política destinada a recuperar a alta cultura, que foi banida da escola e da universidade, pode alterar este quadro. Esperemos que ela não venha tarde demais.

DNA PETRALHA: DA BOCA PRA FORA, BELO DISCURSO ...

RELATÓRIO MOSTRA QUE PAIM TEM AS PERNAS CURTAS

PAIM SUMIU PARA AJUDAR A MANTER VETO QUE PREJUDICA TRABALHADORES


O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou uma cédula de votação fajuta para negar que ajudou a manter o veto de Dilma à redução da contribuição de empregada doméstica ao INSS. Esta coluna noticiou que o “paladino dos oprimidos” saiu do plenário de fininho. Ele negou, mas o relatório oficial de votações do Senado prova que na bancada gaúcha só Paim esteve ausente. O veto foi mantido por três votos.

Paim mostrou a cédula de votação para “provar” seu voto contra o veto. Mas a cédula apenas atesta intenção de voto. Na hora agá, ele sumiu.

Senadores do Rio Grande do Sul, Ana Amélia (PP) e Lasier Martins (PDT) votaram contra do veto de Dilma à redução da contribuição.

Confrontado de novo com sua ausência, Paim finalmente confessou ontem: “Na hora da votação, por azar, eu não estava no plenário”.

ERA PT NÃO TEM AS CONTAS EM DIA

CONTAS DO GOVERNO NÃO SÃO JULGADAS DESDE 2002


Desde 2002, último ano do governo FHC, o Congresso não cumpre a obrigação constitucional de julgar as contas do governo. O julgamento é feito a partir dos relatórios anuais do Tribunal de Contas da União (TCU), e governante com contas rejeitadas fica inelegível por 8 anos. O tema é tão irrelevante para os presidentes da Câmara e Senado que, confrontados, ontem, ambos não tinham o que dizer a esse respeito.

MENSALÃO IMPUNE
Estes 13 anos sem o Congresso julgar as contas dos governos foram marcados por escândalos de corrupção, como o mensalão da era Lula.

Indagado no Salão Verde sobre o julgamento das contas dos governos Lula e Dilma, Renan Calheiros fez que não ouviu e apertou o passo.

Na presidência da Câmara dos Deputados, informa-se que “não há discussão” sobre o exame de contas dos governos petistas.

O Congresso pode aprovar as contas, rejeitá-las ou aprová-las “com ressalvas”, ou seja, desde que sejam feitas correções recomendadas. 

BONS OU MAUS MOTIVOS

Thomas Traumann cai. Terá sido por bons ou por maus motivos? Tenho uma desconfiança…

Por Reinaldo Azevedo
Thomas Traumann não é mais ministro da Comunicação Social. Pediu demissão. Saiu citando Paulinho da Viola: “Vou imprimir novos rumos/ ao barco agitado que foi minha vida./ Fiz minha velas ao mar,/ disse adeus sem chorar/ e estou de partida./ Todos os anos vividos/ são portos perdidos que eu deixo para trás. /Quero viver diferente,/ que a sorte da gente/ é a gente que faz”.
Citação razoável para uma causa ruim. Traumann foi demitido por seus próprios méritos. Poderia ser por bons motivos, mas creio que terá sido pelos maus. Isso não depõe a favor dele, mas contra o governo. Nota antes que continue: havia uma convocação para que ele falasse no Senado sobre o documento aloprado da Secom que veio a público. A convocação foi trocada por um convite. Que a demissão não o impeça de se explicar.
Agora os motivos. No tal documento, Traumann escreveu algumas irrelevâncias. Disse que há um “caos político” no país, o que é um óbvio exagero, e que o governo errou a mão na comunicação. Também reconheceu, em outras palavras, que é difícil haver bom trabalho nessa área quando o governo é ruim. Estou cantando e andando para essas coisas. Acho menos importante, embora relevante, até mesmo a admissão do uso de robôs na Internet. O que me interessa naquele documento é a admissão de que o governo comete crimes. E, claro!, não foi Traumann quem começou. Ele deu continuidade.
Lá se admite que o governo recorre à mão de obra de mercenários, os blogs sujos, para fazer seu trabalho de difamação de adversários. Ou nos termos do texto: o Planalto fornece “munição” para ser “disparada” por “soldados de fora”. Mais: propõe-se abertamente que a Constituição seja violada e que a propaganda federal em São Paulo sirva para alavancar a popularidade de Fernando Haddad. E, finalmente, prega-se que estruturas do estado — Voz do Brasil e Agência Brasil — e instrumentos partidários (o blog da Dilma) estejam submetidos a um controle único.
Trata-se de práticas criminosas. Traumann sai. Quem vem no lugar? É claro que dá para piorar. Se saiu por bons motivos, Dilma porá no lugar alguém que porá fim a essas delinquências políticas. Se caiu por maus motivos, só foi demitido porque revelou o que deveria permanecer escondido.
Vamos ficar vigilantes, não é? Cada vez mais está claro aos brasileiros que “a sorte da gente é a gente que faz”. É a novidade que está nas ruas e que o PT insiste em não enxergar. Que continue a não entender nada. É um bom caminho para a extinção.