terça-feira, 10 de novembro de 2015

TRAGÉDIA EM COPACABANA - EMBAIXADOR SOFRIA BULLYING

MORTE DO EMBAIXADOR SEBASTIÃO DO REGO BARROS CONSTERNA A DIPLOMACIA
BARROS DEIXOU MULHER, TRÊS FILHOS E MUITOS AMIGOS E ADMIRADORES



A morte do embaixador Sebastião do Rego Barros, nesta segunda-feira(9), no Rio de Janeiro, deixou consternados todos os seus colegas de carreira. "Bambino", como ele era chamado, tinha 75 anos e foi um dos mais admirados diplomatas do nosso tempo. Ele morreu ao cair do 11º andar do edifício Prelúdio, onde morava, na Av. Atlântida, em Copacabana.

O embaixador vestia de terno e gravata. Ao lado dele, foi encontrado um livro sobre Getúlio Vargas, presidente brasileiro que se matou em agosto de 1954. Mais cedo, "Bambino" se exercitou na academia do hotel Copacabana Palace, vizinha ao pédio onde morava. Ele deixa mulher Maria Cristina e três filhos.

Apesar da sua reconhecida competência profissional e após chefiar os postos mais importantes da carreira, Sebastião do Rego Barros foi nomeado diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), durante o governo FHC, em 2002, e cumpriu seu mandato até 2005. Sua escolha por FHC lhe valeu cruel perseguição durante o governo Lula. Durante a gestão do ex-ministro Celso Amorim, ele ficou relegado ao "DEC - Departamento de Escadas e Corredores", como no Itamaraty se referem a diplomatas nessas escanteados, até se aposentar.

Advogado e diplomata, Rego Barros liderou missões importantes do Brasil junto a ONU, à Comunidade Europeia e à Organização dos Estados Americanos. Foi também embaixador do Brasil em Moscou e Buenos Aires.

A presidente da Associação dos Diplomatas Brasileiros, embaixadora Alice Cleaver, disse ter recebido a notícia com tristeza e tratar-se de "uma grande perda para a diplomacia". Ela disse que, apesar de não ser contemporânea de "Bambino", trabalhou próxima a ele por cerca de um ano quando "confirmou tudo o que diziam sobre ele. Uma pessoa muito qualificada e simples".

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