domingo, 30 de junho de 2013

BRASIL TEM UM NOVO "PIB": PRODUTO DA INSATISFAÇÃO BRUTA

Os protestos continuam incendiando o país, mesmo com as tentativas frustradas de Dilma para tentar arrefecer os ânimos.

Protesto contra o aumento da passagem do ônibus de São Paulo de 3 reais para 3,20 reais, manifestantes usam fogo para interditar avenidas em São Paulo

As primeiras manifestações que ocorreram em São Paulo foram alvo de vândalos e baderneiros que, liderados pelo Movimento Passe Livre, tomaram as ruas, levaram o caos à cidade, causando enorme prejuízo ao patrimônio público. Sem contar o prejuízo a milhares de cidadãos, que enfrentaram gigantescos engarrafamentos.

Numa estratégia genial, os grupos anônimos que já tentaram em diversas ocasiões organizar marchas de protestos pelas redes sociais, mas que não conseguiam mobilizar muita gente disposta a isso, aproveitaram-se da iniciativa e engrossaram o coro dos insatisfeitos, porém, ampliando o leque de reivindicações. 

O tal movimento que iniciou tudo faz o que pode para manter as atenções voltadas unicamente para a questão da tarifa do transporte público,  mas perdeu o controle e agora as manifestações abrangem todos os temas possíveis.

O cidadão que despertou para esse novo momento que vai fazer parte da história do país, entretanto, não apenas condena a violência que vinha marcando as ações dos radicais ligados aos partidos aliados ao PT, mas também repudia as intenções dos grupos que pretendiam "tocar o terror" em São Paulo. 

Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) e apoiado por partidos de esquerda (como PCdoB, PSOL, PSTU, PCO e PT), grupos de punks e anarquistas, a primeira marcha passou pela Avenida Paulista e deixou um rastro de vandalismo com a depredação de 65 ônibus e três entradas nas estações do Metrô, que sofreu 73.000 reais de prejuízo.



Ônibus incendiado durante protesto do dia 11 de junho
Os tais grupos de esquerda ainda tentam capitalizar as ondas de protestos, mas têm sido defenestrados pelos participantes que repudiam os oportunistas e também o PT. Entidades que sempre conduziram as massas, como a A UNE, não existem nem representam mais ninguém. Foram privatizadas por Lula, que as comprou com dinheiro público.

Desde então, há uma queda de braço nas ruas: de um lado, as forças organizadas de esquerda, que deflagraram o movimento com o objetivo de desgastar governantes de oposição; de outro, uma imensa massa, que aderiu por razões sinceras e que vão muito além do aumento das passagens de ônibus. 


Manifestantes se reúnem no Largo da Batata 

Militantes de partidos políticos são hostilizados na Avenida Paulista. Grupos entraram em choque

Essa massa gigantesca representa a verdadeira face do povo brasileiro, sua índole é pacífica e agregadora, ao contrário daqueles que seguem a cartilha da discórdia.

Tanto é que o primeiro protesto depois da revogação do aumento foi marcado por conflitos envolvendo manifestantes que afirmavam ser “apartidários” e militantes de partidos políticos. Um total de 100.000 pessoas, segundo a polícia, participou do protesto, na Avenida Paulista. Atendendo a uma convocação do presidente do PT, Rui Falcão, cerca de 80 militantes da sigla compareceram ao protesto. Todos foram hostilizados desde o início. Em determinado momento, bandeiras de partidos foram tomadas e queimadas.

Em matéria da Folha, o retrato do fracasso de uma artimanha que deu errado, mas que funcionou como a "faísca" que despertou o Brasil:

Durante o ato, o MPL reagiu: “É inconcebível essa onda oportunista da direita de tomar os atos para si.”
Segundo o movimento, desde o ato de terça-feira, grupos de direita (não se sabe se organizados ou não) levaram às ruas pautas que não representam o MPL, o que gerou preocupação, pois “distorce a iniciativa”.
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Certas redes de TV tentam dissuadir os manifestantes e, logo após a rejeição às bandeiras vermelhas, repetiam, exaustivamente, as declarações de um membro do Movimento Passe Livre dizendo que o protesto acabou porque a reivindicação foi atendida. Parecia um aviso aos demais participantes: estão vendo? Baixaram as tarifas. Não temos mais o que fazer aqui.

Deu tudo errado e os movimentos continuaram.

Os jornais têm ouvido os diferentes setores da sociedade para saber o que se pode esperar das manifestações daqui para frente e seu impacto na vida nacional.

O sentimento é que o movimento pode refluir, mas terá deixado um legado de cidadania nunca antes explicitado com tanta força e representatividade pela sociedade brasileira.

O que importa agora é dar consequência concreta ao que pede a população, não a invenção de plebiscito que atende, acima de tudo, aos interesses do partido que está no poder, mas que não contempla o que solicitam os brasileiros nas ruas e em nada melhora as condições de vida da população.

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