terça-feira, 22 de janeiro de 2013

DESGOVERNO PETISTA JOGOU ESTABILIDADE CONQUISTADA COM PLANO REAL PELA JANELA, NÃO DÁ MAIS PARA DISFARÇAR COM PROPAGANDA

Meta de inflação está sendo jogada pela janela, diz FT

Publicação critica foco do governo brasileiro no PIB e afrouxamento fiscal e diz que, mesmo com a economia estagnada, a inflação subirá


O jornal inglês 'Financial Times' voltou a criticar a política econômica brasileira, ao publicar em seu blog Beyond Brics, nesta segunda-feira, matéria intitulada “Brasil: meta de inflação jogada pela janela”. Fazendo referência ao relatório Focus do Banco Central (BC), a publicação afirma que os economistas estão elevando cada vez mais suas expectativas para a inflação para 2012, passando-a de 5,53% para 5,65% no último relatório.

Para o FT, estes são “tempos cada vez mais difíceis” para os formuladores de política monetária e fiscal do país - e ressaltou que o corte da Selic foi justificado pelo abrandamento da economia do país e do exterior. “Mas, enquanto a economia continuar estagnada, a inflação estará persistentemente subindo”, traz o texto, ressaltando que a expectativa de crescimento do PIB em 2013 caiu de 3,2% para 3,19% no relatório Focus do BC, divulgado nesta segunda-feira.

O blog destaca que os investidores brasileiros não estão acreditando que o BC vai conseguir estimular a economia sem custo inflacionário. O texto argumenta ainda que os contratos de juros futuros de 2012 a 2015 estão a preços mais altos, indicando uma expectativa de aumento da Selic. Contudo, há pressões políticas para que a taxa de juros básica caia, a despeito dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) entenderem que  essa não deve ser a política mais eficiente. “Se isso acontecer, a meta de inflação (entre 2,5% e 6,5%) será realmente jogada pela janela”, diz o texto.

No ano passado, a inflação fechou em 5,84%, distante do centro da meta (4,5%). Em dezembro, a inflação subiu 0,79% e a estimativa do Focus é de alta de 0,83% em janeiro (maior do que há uma semana, que estava em 0,79%). “Se a inflação estivesse no topo das prioridades do BC, certamente ela estaria se ajustando agora", diz a publicação. Em inúmeros artigos publicados ao longo dos últimos meses, o FT critica a decisão de priorizar o Produto Interno Bruto (PIB) em detrimento da inflação.

O jornal inglês afirma ainda que a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros (Selic) em 7,25%, em sua primeira reunião do ano, foi acertada e deve manter a inflação com tendência negativa. Contudo, os estímulos monetários e a maior disponibilidade de crédito tiveram pouco efeito porque os brasileiros estão muito endividados.

Outro fator citado pelo FT que evidencia a piora do cenário macroeconômico do país é a atenção do governo aos estímulos fiscais, colocando na mesa a possibilidade de diminuir a meta do superávit primário (dinheiro economizado para o pagamento dos juros da dívida externa, atualmente fixado em 3,1% do PIB), conforme falou o secretário do Tesouro, Arno Augustin, na semana passada. “Se os consumidores não vão gastar para recuperar a economia, ao que parece, o governo o fará”, destacou.

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