sábado, 26 de janeiro de 2013

MAIS UM TRUQUE DOS NÚMEROS - PARA O BANCO CENTRAL, A REDUÇÃO DA CONTA DE LUZ SERÁ MENOR DO QUE A ANUNCIADA POR DILMA


No dia seguinte às promessas feitas por Dilma em pronunciamento aos brasileiros na TV, de que a conta de luz iria ter uma redução de 18% em média, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom, e as análises dos membros do comitê, segundo analisa o jornal “O Globo”, desmentem as perspectivas otimistas da presidente em relação à queda nas tarifas de energia. 

De acordo com a ata do BC, a redução das tarifas residenciais, no fim das contas, será em média de apenas 11% este ano, pois é preciso levar em conta os reajustes e revisões tarifárias que as concessionárias do setor farão ao longo de 2013. 

Resumindo: as medidas do governo para redução de encargos e renegociação das concessões com as empresas de energia levarão as tarifas residenciais a sofrerem uma queda de até 18%, mas os reajustes anuais feitos pelas distribuidoras farão com que a redução seja, no final das contas, de algo em torno de 9 a 14%, dependendo do Estado. 

(...)

Elson Teles, do Itaú Unibanco, prevê que a redução da conta de luz ficará em torno de 10%. Mas ressalta, porém, que o tamanho da redução dependerá do quanto será usado de energia térmica. Com a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, o governo tem acionado as usinas termelétricas, mais caras, para garantir a oferta de energia. 

Esta visão é compartilhada por Alessandra Ribeiro, da Tendências.

— A redução dos preços vai incentivar o consumo de energia e obrigar o uso de mais térmicas, o que deve encarecer a eletricidade novamente. Por isso, esperamos que no fim de 2013, a redução na conta de luz fique em 9% — diz.

Na ata do Copom, o BC informou ainda que trabalha com possibilidade de alta de 5% na gasolina para o consumidor este ano. Na avaliação do BC, houve aumento de preços ao consumidor decorrente da reversão de corte de impostos, pressões nos alimentos, bebidas e no segmento de transportes. 

Para o BC, por falta de investimentos, o Brasil deve ver altas de preços em segmentos específicos.

Leia mais em O Globo.

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