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domingo, 17 de outubro de 2010

Verdadeiro Cristão de fé e coragem

Este homem tem a coragem de defender os valores de sua Igreja.
Mas há quem se escandalize com isso.
Governo atua para tentar dividir cúpula católica.



Dom Luiz Gonzaga Bergonzini: ele faz o que se espera de um pastor.
Não é mesmo espantoso?
O Estadão de hoje traz uma reportagem sobre a divisão de bispos da Igreja Católica provocada pelo processo eleitoral.
Leiam um trecho.

Padres, bispos e outras pessoas ligadas à hierarquia católica — e o mesmo ocorre na maioria das igrejas — podem ter a posição política pessoal que acharem mais conveniente.
Como todos nós, têm suas convicções ideológicas, sua visão de mundo para os assuntos da vida laica; assim, como cidadãos que também são, divergem sobre as qualidades deste ou daquele candidatos e os rumos do país.

Mas há algumas coisas que dizem respeito a princípios da Igreja à qual pertencem.
E o repúdio ao aborto é uma delas.
A Igreja Católica, infelizmente, está contaminada pela ideologia faz tempo — e isso, à diferença do que dizem os partidários do que chamo Escatologia da Libertação, mais a enfraquece do que a fortalece.
Para voltar à imagem de Sobral Pinto — um católico tradicionalíssimo, que enfrentou a ditadura de Getúlio Vargas e a ditadura militar—-, muitos setores trocaram a Cruz pela foice e pelo martelo.
Em vez de Jesus Cristo, rudimentos de Karl Marx.

O tal manifesto a que dom Luiz Gonzaga Bergonzini deu apoio lembra os princípios da Igreja de que ele é bispo, fazendo um histórico das muitas vezes em que o PT atuou — porque atuou — em favor da descriminação do aborto.
Cumpriu a sua obrigação de pastor. S
e Dilma Rousseff, candidata do PT, estava — e estava — comprometida com essa luta, esse, sim, é um problema da política, não da religião.

Ocorre que ela tentou resolver a questão por meio da religião, não da política.
O que quero dizer com isso?
Dilma correu para tentar provar que

a) havia mudado de idéia e se tornado uma católica exemplar;

b) havia uma grande conspiração político-religiosa contra ela.

Que tivesse a coragem de defender o seu ponto de vista, ora essa!
Ninguém é obrigado a comungar dos valores cristãos.
Nem deve fingir que comunga.

O governo federal, por sua vez, passou a atuar firmemente para rachar os bispos da Igreja Católica.
O centro-avante da operação foi Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, ex-seminarista que tem seus interlocutores na Teologia da Libertação.
Conseguiu levar a cizânia onde deveria haver consenso.
E o consenso é pela condenação ao aborto — ou provem o contrário os adversários do manifesto.

Em uma carta aos bispos em que esclarece a sua posição, escreve d. Luiz Gonzaga Bergonzini:
“O meu comportamento é baseado em minha consciência e no Evangelho.
E visa à discussão de valores com a sociedade.
Seja qual for o resultado das eleições, filósofos, sociólogos, antropólogos, religiosos e a população já começaram a debater o que chamam de “agenda de valores”.
O relativismo na sociedade e na Igreja Católica, sempre lembrado pelo papa Bento XVI, também tem sido questionado: o meu sim é sim e o meu não é não.”


O trecho é impecável!
Uma eleição, se querem saber, sempre é decidida pela agenda de valores.
E é preciso ter a coragem de distinguir o “sim” do “não”.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A PALAVRA DE DEUS NÃO SE NEGOCIA

Contra a mentira, nada melhor do que a verdade.
Da Folha de São Paulo:

O bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, disse que não vai recuar em seu posicionamento contra a candidata Dilma Rousseff (PT) e que o partido está sendo "oportunista" ao estudar voltar atrás na defesa da descriminalização do aborto.
O religioso foi o primeiro nesta eleição a se manifestar publicamente contra a presidenciável do PT -em julho, escreveu um artigo recomendando que os católicos não votassem em Dilma.
Durante a campanha, outros líderes católicos e evangélicos pregaram votos contra ela.
Para Bergonzini, 74, a mobilização foi decisiva na votação e deve ter grande influência no segundo turno.

Vejam trecho da entrevista.

terça-feira, 20 de março de 2012

Filhos da PUC querem enterrar a identidade católica da universidade

Por A Catequista


Cada tijolo da PUC-SP foi erguido com a grana e o esforço dos católicos. No ano de sua criação, em 1946, seus fundadores tinham um objetivo bem claro: oferecer educação de qualidade e disseminar a fé e os valores cristãos.

Coitados… devem estar agora revirando no túmulo, pois as salas de aula desta universidade estão infestadas de professores anticatólicos.

Sempre zeloso e sem papas na língua – graças a Deus! – o bispo emérito de Guarulhos, Dom Luiz Bergonzini, pediu em seu blog que a direção da PUC-SP tome providências para que “os princípios cristãos e o catolicismo sejam respeitados pelos professores e alunos”.

“Se a PUC é da Igreja Católica, deve seguir o Evangelho e a Moral Cristã. Não pode ter em seu corpo docente professores contrariando os ensinamentos da Igreja Católica, dentro ou fora da sala de aula.

É um direito de cada pessoa ter e defender as idéias que quiser. Porém, as escolas e universidades católicas não são obrigadas a admitir empregados com posições contrárias aos seus ensinamentos.
(…)
“Os professores abortistas, defensores da eutanásia, da liberação da maconha, da ideologia homossexual ou comunistas podem procurar escolas que defendam essas ideias para lecionar nelas. Não podem lecionar numa escola católica, que é totalmente contrária a esses posicionamentos.”


D. Luiz Bergonzini

É preciso ser muito cínico ou ter o cérebro atrofiado para negar que o que Dom Luiz disse faz todo o sentido. Porém, na semana passada, um grupo de estudantes da PUC-SP – de número pouco representativo, ao que parece pela foto publicada no Estadão – protestou contra as declarações do bispo. Ô, crianças… quando prestaram vestibular, vocês não sabiam que essa universidade era católica, não?

Alguns professores também reagiram mal às palavras de Dom Luiz.
A presidente da Associação dos Docentes da PUC-SP, Maria Beatriz Costa Abramides, mandou essa pérola:
“Sempre lutamos por uma universidade laica e plural. Temos de defender pesquisa, investigação e conhecimento voltados para os interesses da população, não ligados a uma religião”. Ô, minha filha, tá difícil de entender que esta universidade que paga o seu salário é católica, não é laica? CA-TÓ-LI-CA!!!!! A PUC-SP é uma instituição privada, um patrimônio da Igreja.

E o pior é que essa gente é tão abusada que acha que está exercendo um direito. Vejam só… Daqui a pouco esses professores vão pensar que podem invadir nossos templos, subir no presbitério e vomitar seu discurso marxista pros fiéis, que terão que ouvir tudo caladinhos e ainda dar um dimdim pra eles no final. Ah, vai ser cara-de-pau assim lá na PUC que pariu!

Se esses professores querem difundir suas ideologias de (...) e continuar atacando a Igreja de Cristo, que vão prestar concurso pras universidades públicas, ou vão (...) na cátedra de outra universidade laica qualquer. Mas deixem as instituições de ensino católicas em paz!

A grande tragédia é que esse mal não atinge apenas a PUC-SP, mas também muitas instiuições de ensino católicas em todo o mundo. Deus ajude que os bispos das demais dioceses, os educadores e estudantes católicos se movam em relação a isso. Já basta que pisem em nossa identidade religiosa nas ruas, no Congresso Nacional, nas novelas, nos jornais… já basta! Que ao menos nas instituições de ensino da Igreja os católicos possam se sentir em casa, e os estudantes não-católicos possam ter a oportunidade de ver a beleza e a riqueza da nossa fé.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O reconhecimento ao guerreiro

O jornalista Reinaldo Azevedo recebeu um e-mail de Dom Luiz Bergonzini, bispo de Guarulhos, líder religioso que teve a coragem, durante a campanha eleitoral, de defender os princípios da Igreja Católica.

“Caríssimo jornalista Reinaldo Azevedo,
Parabéns pelo trabalho de esclarecimento da juventude universitária, sobre o esquerdismo e suas consequências.
A juventude e o povo brasileiro estão vivendo sob o império da mentira. Isso precisa terminar.”


Muito obrigado, Dom Luiz!

Este bispo da Igreja Católica mantém uma página na Internet em que trava o bom combate.
Suas mensagens estão afinadas com a Igreja a que ele serve e com a orientação do papa Bento 16.

Ser católico é uma opção, não uma imposição.
E Dom Luiz defende abertamente os princípios de sua Igreja.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS

Em sua defesa, Diocese de Guarulhos prova que documento apreendido pela PF é verdadeiro e que texto defende princípios da Igreja, de acordo com a Constituição
*
A Mitra Diocesana de Guarulhos encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral o pedido de revogação da liminar que determinou a apreensão dos impressos que traziam um “apelo” aos brasileiros para que não votassem em candidatos simpáticos à descriminação do aborto.
Por ordem do TSE, a Policia Federal apreendeu os folhetos que estavam na gráfica Pana, em São Paulo.

O que fez o ministro Henrique Neves da Silva, do TSE, determinar a apreensão?

a) a suposição de que o documento seria falso, já que não contaria com o endosso da CNBB;

b) o suposto crime eleitoral.

Sobre a suposta falsidade do documento, argumenta a Mitra Diocesana de Guarulhos (peço que vocês leiam; é fundamental):
O documento é verdadeiro e foi aprovado pelo CONSER -CONSELHO REGIONAL EPISCOPAL SUL-1, que compreende todo Estado de São Paulo, designado por CNBB-Regional Sul-1, distribuído em 41 Dioceses, na Assembléia Geral, registrada como “II ENCONTRO REGIONAL SUL-1 DAS CDDVs” (Comissões Diocesanas de Defesa da Vida).

A Assembléia aconteceu no dia 03.07.2010 e aprovou o “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, conforme a ATA E A LISTA DE PRESENÇA de todos os Bispos Participantes (does. 22/25).

A convocação da Assembléia foi dirigida para todas as Dioceses.
Os Bispos do Regional Sul-1, representados por sua diretoria executiva, composta por 11 Bispos, ratificaram o documento e emitiram a “NOTA DA COMISSÃO EPISCOPAL REPRESENTATIVA DO CONSELHO EPISCOPAL REGIONAL SUL l - CNBB, assinada pelo Presidente do CONSER-SUL-1, Dom Nelson Weistrupp, pelo Více-Presidente. do CONSER-SUL-1, Dom Benedito Beni dos Santos e pelo Secretário Geral do CONSER-SUL-1, Dom Aírton José dos Santos, que “acolhem e recomendam a ampla difusão do ‘APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul l”, em 26.08.2010 (does. 26/27).

Depois de todas as etapas deliberativas e administrativas, documento “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” foi aprovado e determinada a publicação, por emails, no site do Regional Sul-1, em 31.07.2010 (does. 28/29).

Ao contrário do que afirma a representante Dilma e a Coligação Para o Brasil seguir Mudando, não se trata de um “panfleto”, mas de um documento da Igreja Católica.

E o documento é verdadeiro.

Tanto é verdadeiro que a própria CNBB-Regionai Sul-1, contratou a impressão dos primeiros 100 milheiros, no formato A-4, frente e verso, na empresa Artes Gráficas Prática Ltda-ME, através da nota fiscal n. 2955 (does. 30/31).

Depois disso, a CNBB-Regional Sul-1 franqueou o documento, para ampla divulgação, como escrito na NOTA, para todas as outras Dioceses e Movimentos de Defesa da Vida que quisessem distribuir para seus fiéis, interessados e defensores da vida, evidentemente no formato e na quantidade que achassem melhor e mediante o custeio das despesas pelas mesmas interessadas.

O serviço de impressão, inclusive, foi solicitado na MESMA GRÁFICA UTILIZADA PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES, PORQUE TINHA O MELHOR PREÇO E CAPACIDADE PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO (Does. 32/33 ).

Destarte, É UM DOCUMENTO OFICIAL DA IGREJA CATÓLICA E DA CNBB-REGIONAL SUL-1, que compreende todo o Estado de São Paulo e tem autoridade para deliberar e expedir documentos em seu nome, orientando os fiéis.

Portanto, a CNBB-REGIONAL SUL-1, ELABOROU E APROVOU O “APELO” E EXPEDIU A “NOTA” recomendando sua ampla e irrestrita divulgação, que a requerente estava seguindo fielmente.
(…)

Sobre a suposto crime eleitoral, argumenta a Diocese de Guarulhos:
A Mitra Diocesana e o Bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini não apoiaram nenhum candidato a deputado estadual ou federal, senador, governador ou presidente.
Estão defendendo o Evangelho e a Doutrina Cristã e acompanhando a pregação e orientação do Papa Bento XVI, que desde o início de seu Papado, está alertando os católicos sobre o relativismo.

Relativismo é, por exemplo, votar em algum político que “rouba mas faz”.
Se ele rouba, não poderia ser candidato.
É mandamento cristão: “NÃO ROUBAR”.
Em obediência ao mandamento, os católicos não devem votar em quem rouba.

Relativismo é, por exemplo, aceitar e votar num partido ou político que está empenhado na liberação do aborto.
Cristo defende a vida.
A Igreja Católica defende a vida.
Os católicos defendem a vida.
Os cristãos defendem a vida.
A vida é o bem maior de todos os seres humanos.
“NÃO MATAR” é um mandamento.

O aborto, para os cristãos, consiste na retirada de um ser humano em formação - que será depois uma criança, um jovem, um adulto, um idoso, até chegar à morte -, do útero de uma mulher e jogá-lo na privada, no lixo ou no esgoto.

Além da questão do aborto, o Código de Direito Canônico obriga o bispo a propor e explicar aos fiéis as verdades.

A CNBB-REGIONAL SUL-1, Mitra Diocesana de Guarulhos e Dom Luiz Gonzaga deram cumprimento aos cânones 386, §1 e §2, assim escritos:
Leiam aqui.

Olhem aqui, meus caros: o que está em debate é o direito de uma igreja orientar os seus fiéis, direito este que foi suspenso por causa do processo eleitoral.
E nada, na Constituição, autoriza tal suspensão.
Mais: o argumento de que o documento da Regional Sul I é falso é um escândalo em si mesmo.

Pela primeira vez na história, desde a redemocratização do Brasil, usam-se as eleições para suspender garantias previstas no Artigo 5º da Constituição, cláusulas pétrea, que não podem ser revogadas nem por emenda constitucional.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O poder da oração e uma “vitória” da cultura da morte

Por Alexandre Martins

No dia 4 de outubro de 2010 (portanto, o dia seguinte ao do primeiro turno das eleições), o Diário Oficial da União publicava um “Termo aditivo ao Termo de cooperação n.º 137/2009”, um convênio celebrado entre a União Federal, através do Ministério da Saúde, e a Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro).
O objetivo declarado era prorrogar até 04/02/2011 o estudo e a pesquisa destinados a “despenalisar(sic) o aborto no Brasil”.
Lembremos que no início de 2009 a Fundação Oswaldo Cruz já havia lançado o filme “O fim do silêncio” produzido com R$ 80 mil fornecidos pelo Ministério da Saúde, um documentário “claramente a favor do aborto”, nas palavras da diretora Thereza Jessouroun.
Como se pode ver, a promoção do aborto pelo governo petista não parou nem mesmo em época eleitoral.

No dia 5 de outubro de 2010, durante a Santa Missa das 7 horas, Pe. José Augusto fez na TV Canção Nova uma corajosa pregação advertindo os cristãos sobre o Partido dos Trabalhadores:
“Os rumos da nação brasileira, estão prestes a mudar, e ela poderá mudar para o pior, para o lado pior, se nesse segundo turno, e eu vou falar com clareza, se o PT ganhar.
Estou falando claro.
Podem me matar, podem me prender, podem fazer o que quiser.
Não tenho advogado nenhum.
Podem me processar.
Se tiver de ser preso, eu serei.
Não tem problema.
Mas eu não posso me calar diante de um partido, que está apoiando o aborto, e a Igreja não aprova”.


Não foi preciso esperar que o governo ou o PT viessem perseguir Pe. José Augusto.
No mesmo dia, a Canção Nova apressou-se em dizer “não conheço esse homem” (Mc 14,71).

Pergunto: como pode um cristão, sem renegar o seu Batismo, pensar a respeito do PT de maneira diferente daquela como falou Pe. José Augusto?

Naquele mesmo dia, Mons. Jonas Abib pediu, “em nome da Canção Nova, perdão por qualquer excesso”.
E ainda: “É preciso ver nos irmãos o que nos une.
A Canção Nova não vê cada candidato por suas bandeiras, mas os acolhe como filhos amados de Deus”.

Pergunto: É indiferente a bandeira a que um candidato pertença?
Posso votar num candidato cujo partido defende explicitamente o aborto?

Ainda no mesmo dia 5 de outubro, Gabriel Chalita, eleito deputado federal graças a seu prestígio junto à Canção Nova, declarava à Folha de São Paulo que iria empenhar-se pessoalmente na defesa de Dilma Rouseff entre os religiosos, desfazendo “boatos” sobre a candidata.
Segundo ele, “Dilma nunca disse ser a favor do aborto” (sic).

Ora, isso é uma inverdade gritante!
Em 4 de outubro de 2007, ela dizia explicitamente em uma sabatina feita pela Folha de São Paulo:
“Eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto.
Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja… a descriminalização”.


E pelo simples fato de candidatar-se pelo PT, ela estava (e ainda está) obrigada a acatar uma resolução do 3º Congresso Nacional do PT (agosto/setembro 2007) que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”.

Quanto a isso, a Canção Nova silenciou-se.
Nenhuma nota foi emitida para dizer que o pronunciamento de Chalita em favor do PT e de Dilma não representava o pensamento da emissora com a ajuda da qual ele se elegeu.

No dia 17 de outubro, a Polícia Federal, cumprindo uma liminar arbitrária do Ministro Henrique Dias (TSE), apreendeu em uma gráfica de São Paulo, a pedido de Dilma, PT e partidos coligados, cerca de dois milhões de exemplares do documento “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, aprovado em 26/08/2010 pela Presidência e Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB[9].

O documento, que expõe fatos sobre a conexão indissolúvel entre o PT e o aborto, já havia subtraído muitos votos a Dilma no primeiro turno.

Na impossibilidade de negar os fatos, o PT optou por amordaçar aqueles que os divulgavam.

No dia 20 de outubro, a Mitra Diocesana de Guarulhos, representada pelo Bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que havia encomendado a impressão dos folhetos, protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido de revogação da liminar.
Infelizmente a morosidade da Justiça favoreceu o PT.
Somente em 30 de outubro, véspera do segundo turno, o Ministério Público Eleitoral manifestou-se pela revogação da liminar, com a devolução de todo o material apreendido à Mitra Diocesana de Guarulhos.
Argumentou que o material apreendido não constitui propaganda eleitoral, pois não foi elaborado por candidato ou partido político.
E ainda: “A manifestação de pensamento sobre o aborto ou qualquer outro tema [...] é assegurada pela ordem constitucional vigente e nada há de ilegal em escrutinar os posicionamentos dos partidos políticos, candidatos, apoiadores, sobre temas polêmicos, apenas porque se trata de período eleitoral”.

Ora, já houve o segundo turno das eleições (31 de outubro), Dilma Rousseff venceu com 56,05% dos votos válidos (contra 43,95% de José Serra) e até o dia de hoje o TSE ainda não deu uma decisão definitiva de mérito sobre a apreensão dos exemplares do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”!

Some-se a isso o comportamento lamentável do bispo de Jales (SP) Dom Demétrio Valentini, que criticou asperamente o documento, acusou de manipulação eleitoral os seus irmãos no episcopado e passou a apoiar publicamente Dilma Rousseff assinando um “Manifesto de cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em abundância!”
O texto do manifesto nega que Dilma seja favorável ao aborto e ao “casamento” de homossexuais e apresenta a candidata como defensora da vida.
Outros Bispos que assinaram o triste manifesto de apoio a Dilma: Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia (MT), Dom Luiz Eccel, Bispo de Caçador (SC), Dom Antonio Possamai, bispo emérito de Rondônia, Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana (MA) e Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana (MA).

Este último esteve em Roma em 28 de outubro, em visita “ad limina apostolorum” e saudou o Papa Bento XVI em nome dos outros bispos presentes do Regional Nordeste 5 (Maranhão).
O Santo Padre acolheu a saudação de Dom Gilles e lembrou aos Bispos o grave dever de emitirem um juízo moral, mesmo em matérias políticas, quando o exigirem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas, como é o caso é o caso de projetos políticos que contemplam, “aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto”.

“Ao defender a vida – disse o Papa – não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo”.

A intervenção do Papa a três dias das eleições não foi capaz, porém, de evitar o escândalo causado por aqueles bispos, a perseguição sofrida por outros, o silêncio e o temor de muitos.
O resultado nós o conhecemos.
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O que foi feito de nossas orações?

A oração tem eficácia garantida: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá” (Mt 7,7-8).

Se a oração fervorosa é sempre atendida, nem sempre ela o é do modo que imaginamos.
“É ele (Cristo) que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte” (Hb 5,7).
Aparentemente seu pedido não foi atendido.
No entanto, prossegue o texto: “e foi atendido, por causa da sua submissão”.
Cristo foi salvo da morte, não deixando de morrer (como seria de se esperar), mas ressuscitando ao terceiro dia e sendo exaltado à direita do Pai.

Do mesmo modo, não devemos pensar que não foram atendidas nossas orações feitas em favor do Brasil nestas eleições.
Não houve a derrota da candidata Dilma Rouseff, que tanto esperávamos.
Mas “da mão do anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subiu diante de Deus” (Ap 8,4).
Os frutos dessas orações, aparentes ou invisíveis, presentes ou ainda por vir, são certos.

A prisão de Jesus foi um momento tenebroso.
Ele próprio disse aos guardas: “É a vossa hora e o poder das trevas” (Lc 22,53).
Mas em pouco tempo as trevas cederiam seu lugar à luz da ressurreição.
A vitória do inimigo foi apenas aparente.
Da morte de Cristo, brotou a redenção para o mundo.

Convém que não esmoreçamos nem na oração nem na ação em defesa da vida.

Anápolis, 16 de novembro de 2010.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Íntegra aqui.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

#CançãoNovaSemPT - CN tira políticos do ar

Por Wagner Moura

Edinho Silva (à direita), presidente do PT, durante coletiva, no dia 18 de outubro de 2010, na qual petistas se referiam ao documento da CNBB Sul 1 contra voto em candidatos pró-aborto, como Dilma Rousseff, como “panfletos anti-dilma” – dissimulando a perseguição religiosa à qual estavam empenhados

charge - Emerson de Oliveira

Evangelização e ética se abraçarão.
Esse pode ser o resumo da decisão tomada pela TV Canção Nova após os protestos de católicos de todo o Brasil contra a presença do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), cujo estatuto exige empenho de todos os partidários pela legalização do aborto no país, Edinho Silva, na apresentação do programa recém-estreado “Justiça e Paz” – que foi ao ar nos dias 10 e 17 de novembro.

Edinho Silva, marxista formado pela Teologia da Libertação – teologia que legitima governos ditatoriais e inimigos dos direitos humanos como o praticado em Cuba pela família Castro – participou ativamente, no período eleitoral de 2010, do movimento de CENSURA do documento da CNBB Sul 1 que alertava todos os brasileiros para o comprometimento do PT com a legalização do aborto no Brasil.

Na época o bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, uma das principais vozes que endossavam o documento da regional São Paulo da CNBB, foi ameaçado de morte e obrigado a se esconder no Paraná até o final das eleições presidenciais.

Abismados com a promiscuidade eleitoreira que transformou o presidente do PT em apresentador da Canção Nova – função desempenhada, em geral, por padres e missionários -, católicos recorreram às redes sociais, emails e blogs para cobrar coerência da emissora religiosa, a maior da América Latina.

A ação espontânea dos fiéis de todo Brasil ficou conhecida pelo lema #CançãoNovaSemPT, conseguiu chamar a atenção do Vaticano para o ocorrido, mas não obteve qualquer resposta pública da TV Canção Nova.

Fontes anônimas comunicaram que o programa religioso do petista motivou um convite à direção da emissora por parte do bispo da diocese de Lorena (SP), jurisdição eclesiástica na qual se encontra a Canção Nova, Dom Benedito Beni, no início da semana passada.
Durante a reunião, supostamente a TV católica comprometeu-se em modificar sua grade de programação e tirar do ar os políticos que apresentam programas como “Justiça e Paz” (Edinho Silva – PT), “Papo Aberto” (Gabriel Chalita – PMDB) e “Mais Brasil” (Eros Biondini – PTB).

Em seu twitter, o deputado e missionário da Canção Nova, Eros Biondini, confirmou que seu programa estaria fora do ar no sábado, 19, e informou participar de uma reunião com a coordenação da Canção Nova relativa a “alterações por causa da lei eleitoral” que somente em 2012 entrará em vigor:

Rebanho de Deus não é rebanho de partidos

O jornalista Reinaldo Azevedo publicou matéria sobre os fiéis da Canção Nova, o PT de Edinho Silva e o PMDB de Chalita e alertou: "Não se deve usar o Reino de Deus para conquistar poder no reino dos homens".

Tratava do programa que o deputado estadual Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, ganhou na TV da Canção Nova.
O texto está AQUI.
Vejam alguns trechos:

O petista Edinho Silva, que acaba de ganhar um programa na emissora da comunidade, foi o mesmo que comandou os esforços para censurar — infelizmente, foi bem-sucedido — um manifesto de católicos contra políticos que apóiam o aborto.
Não havia no texto qualquer referência a partido nem se citavam nomes.
Uma liderança da Igreja Católica, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, foi impiedosamente demonizado por petistas .
No comando, Edinho Silva!


Caso do padre José Augusto
Ficou conhecido o caso do padre José Augusto, que pertence à Canção Nova.
Em uma homilia, censurou o PT por sua posição simpática ao aborto.
Ele foi repreendido pelo comando da Canção Nova, que fez questão de desautorizá-lo.

O pretexto para fazê-lo foi a neutralidade da comunidade, que não deveria se envolver em questões político-partidárias.
Não obstante, Gabriel Chalita, claramente identificado com essa corrente, andava pra cima e pra baixo com Dilma, tentando corrigir o que ela própria, por livre e espontânea vontade, havia dito sobre o aborto.

Pois bem: se o padre José Augusto foi censurado, não me parece, como posso dizer?, decoroso ver o próprio presidente da Canção Nova, Wellington Silva Jardim, conhecido como “Eto”, dividindo a mesa, como dividiu, com Edinho Silva em seu programa de estréia.

Quer dizer que, quando um padre censura o PT, isso é politização indevida, mas quando se entrega um horário da emissora para o presidente do partido, só estão fazendo “coisas de Deus”???

Parece-me que está em curso uma tentativa de instrumentalizar a fé em favor de uma escolha político-eleitoral.

A comunidade da Canção Nova não merece ter a sua fé manipulada desse modo.
Que reflitam bastante sobre o que está em curso e tomem cuidado com os discursos de manipulação, que recorrem à palavra de Deus para conquistar posições do reino dos homens.

Reflitam! Aborto, disputa eleitoral, alianças partidárias… Cuida-se aqui de religião ou de política?
Os fiéis da Canção Nova são parte do rebanho de Deus, não vacas de presépio de falsos profetas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

CRISTÃOS SERÃO CENSURADOS NOVAMENTE?


Na campanha de 2010, os religiosos que não são ingênuos a ponto de acreditar que os petistas no poder irão desistir de implantar suas ideologias registradas no estatuto do partido, isso inclui a legalização do aborto, foram perseguidos e sofreram constrangimentos inimagináveis numa democracia. Panfletos foram recolhidos, como acontece em regimes ditatoriais, e petistas ligados à igreja católica chamaram a polícia para intimidar os responsáveis pelo material.
Pessoas comuns que receberam o panfleto nas ruas ou nas igrejas foram detidas e interrogadas simplesmente porque estavam com o papel na mão.





Será que os produtores de panfletos favoráveis ao PT alguma vez sofreram tamanho constrangimento?

Mas o cidadão de fé é perseverante, como mostra matéria de Rodrigo Vizeu, na Folha Online.

*

Manifestantes católicos contrários ao aborto iniciaram nesta quarta-feira (21) a redistribuição de um panfleto elaborado nas eleições de 2010 recomendando que os brasileiros “deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto“. O folheto também faz críticas ao PT e à então candidata Dilma Rousseff.

Os cerca de 1 milhão de panfletos haviam sido apreendidos pela Polícia Federal às vésperas do 2º turno das eleições de 2010, mas foram liberados pela Justiça no ano passado. Os papéis são de autoria da Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), responsável pelo Estado de São Paulo.

O bispo emérito de Guarulhos, dom Luiz Bergonzini, que liderou a manifestação, disse que a recomendação de não votar em candidatos pró-aborto vale também para as eleições municipais deste ano. Ele não quis, no entanto, citar pré-candidatos específicos.
(…)
Um dos cartazes empunhados afirmava “Fora Assassina Ministra Eleonora Menicucci”, chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres, que se posicionou a favor da descriminalização do aborto. Um desenho mostrava um bebê morto por uma estrela vermelha, símbolo do PT, e por uma foice e um martelo, símbolos do comunismo.

Um tumulto ocorreu quando um grupo chegou à manifestação com cartazes favoráveis ao direito ao aborto. Eles foram vaiados e cercados pelos católicos, sob gritos de “viva a vida” e “petistas abortistas não passarão”. Os religiosos tentaram tapar os cartazes pró-aborto, mas não agrediram os manifestantes.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Movimento de fé e coragem

PT AMEAÇA PROCESSAR PASTOR PIRAGINE JR. POR SERMÃO EM QUE CONDENA PNDH (Plano Nacional de Direitos Humanos) E PEDE QUE FIÉIS NÃO VOTEM EM CANDIDATOS DO PT



Segundo noticiário da Rádio CBN de Curitiba, o PT estaria propenso a processar o Pastor Paschoal Piragine Jr., da 1a. Igreja Batista da capital paranaense, em razão do sermão proferido durante ato religioso em que mostrou um vídeo com cenas fortes sobre o aborto e casamento homossexual (vejam no vídeo acima), temas polêmicos que se incluem no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) do governo Lula.
O religioso condenou o conteúdo do PNDH e concitou os fiéis a não votarem nos candidatos que estejam comprometidos na defesa desse Plano do PT ou que apóiem o PNDH, notadamente o Partido dos Trabalhadores - PT.

Acima a reprodução do vídeo com o sermão do pastor o que, na verdade, faz parte de um grande movimento cristão de católicos e evangélicos recomendando aos fiéis que não votem nos candidatos do PT.
Uma das primeiras manifestações que apareceram neste sentido partiu do Bispo de Guarulhos, D. Bergonzini, e o movimento parece que se alastra com inaudito alcance por todo o país com a mobilização de católicos e evangélicos recomendando o voto contra candidatos do PT.
Fonte: blog do Aloizio Amorim, com link para o audio da reportagem que mostra representantes do PT ameaçando processar o pastor Piragine.