segunda-feira, 21 de março de 2016

GRAVAÇÃO REVELA QUE 'SAÍDA DO RAPAZ' ADIOU VIAGEM DE LULA A BRASÍLIA

OPERAÇÃO ALETHEIA - PARA OS INVESTIGADORES, O RAPAZ SERIA JOSÉ EDUARDO CARDOZO


O GRAMPO É DE 1.º DE MARÇO, 8H19. O DIÁLOGO MOSTRA QUE O EX-PRESIDENTE ESTAVA DE VIAGEM MARCADA PARA BRASÍLIA

Em grampo da Operação Aletheia, o ex-presidente Lula combinou com o então ministro chefe da Casa Civil Jaques Wagner que não iria a Brasília "por conta da saída do rapaz". "Rapaz", na avaliação dos investigadores, era uma referência ao ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, hoje ministro chefe da Advocacia Geral da União (AGU).

Oficialmente, Cardozo pediu para sair da Justiça, o que ocorreu dias antes do estouro da Aletheia, missão integrada da Polícia Federal e da Procuradoria da República que pegou Lula - essa investigação mira o Instituto Lula e a LILS Palestras e Eventos, do ex-presidente, e atribui ao petista a propriedade do sítio Santa Bárbara, localizado no município de Atibaia, interior de São Paulo, o que é negado veementemente pela defesa.

O grampo é de 1.º de março, 8h19. O diálogo mostra que o ex-presidente estava de viagem marcada para Brasília. A cadeira de Cardozo na pasta da Justiça foi assumida pelo subprocurador geral da República Eugênio Aragão.

Lula era um crítico de Cardozo porque o ex-ministro não teria controle sobre a Polícia Federal.

Três dias depois da conversa com Wagner, o ex-presidente foi pego na Aletheia e conduzido coercitivamente para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas em São Paulo. Foram quase três horas de depoimento.

"Ô galego, deixa eu te dizer uma coisa. Eu tava pensando se não era o caso de eu não ir a Brasília hoje", disse Lula.

"Por conta da saída do rapaz", respondeu Jaques Wagner.

"Por conta da saída do rapaz, ou seja…"

"Isso ela (presidente Dilma Rousseff) se preocupou ontem.. depois vão dizer que ele (Lula) só veio aqui prá comemorar o bota fora."

"É isso, então eu acho que era melhor eu não ir, sabe?", disse Lula.

"Deixar prá semana", disse Wagner.

"Deixar prá semana porque você veja, o Globo já fez editorial, acho que era importante alguém responder sabe, editorial tentando cagar em cima do governo."

"Eu nem vi, dizendo o quê?", perguntou o então ministro da Casa Civil.

"Ah, mostrando que essa troca (no Ministério da Justiça) não pode significar.. é colocando medo no novo ministro da Justiça."

"Não, e dizendo que eu que arrumei um cara prá poder resolver, é isso?"

"É isso."

"Você vê que eu sou foda, né?"

"Então, eu tava pensando em não ir hoje não, Wagner… você conversar com ela é melhor."

"Tá bom, ela teve a mesma preocupação que você, tanto que ficou é melhor sexta… é melhor quarta."

Lula muda de assunto:

"Eu tive uma bela reunião com a CUT ontem, com todo o bureau central da CUT... muita raiva, mas muita compreensão."

"Muita raiva, né?"

"É, mas muita compreensão também. Eu falei com eles, sabe? Eles querem conversar, sabe, o que acontece é que eles precisam ser tratados com um pouco mais de carinho caraio, eles são aliados é? Então deixa eu te contar, fala com ela que é melhor ficar prá outro dia. Pode ser essa semana ainda, pode ser a semana que vem. Como é que tá a agenda dela?"

"Fim de semana se ela topar tudo bem, também?", sugeriu Wagner.

"Tudo bem."

"Bom eu vou conversar com ela a gente volta a se falar."

"Tudo bem. Ela já tinha levantado essa preocupação ontem", reiterou o então ministro da Casa Civil.

"Ah perfeito, um abraço, tchau."

O Instituto Lula não comenta os grampos da Operação Aletheia.

NÃO VAI TER GOLPE!

Manifestação contra o impeachment de Dilma (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters) | Manifestação contra o impeachment de Dilma (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)


Ricardo Noblat

Simples o que aconteceu na última quarta-feira em Brasília quando Dilma telefonou para Lula avisando-o de que um emissário lhe entregaria no hotel o termo de posse.

No melhor “estilo Dilma” de falar, ela disse, na tentativa desesperada de se fazer entender: "Seguinte, eu tô mandando o Messias junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!"

Subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Jorge Messias deu a Lula uma cópia assinada por Dilma do termo de posse dele como ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República.

E pegou a assinatura de Lula em outra cópia do mesmo documento que ainda carecia da assinatura de Dilma. Mas como este parágrafo acabará na próxima linha, espere só um pouco para conhecer o resto da história. Adiante.

Dilma e Lula haviam sido informados de que o juiz Sérgio Moro estava pronto para decretar a prisão preventiva de Lula pedida pelo Ministério Público de São Paulo.

Se isso acontecesse, Lula correria o risco de ser preso antes da posse, indo assim a pique a operação montada para fazê-lo Ministro de Estado. Uma vez ministro, ele ficaria a salvo da “República de Curitiba” e aos cuidados do Supremo Tribunal Federal.

Do hotel em Brasília, Lula retornou a São Paulo. Se agentes federais batessem à sua porta, ele assinaria a cópia do termo de posse já assinado por Dilma, uma espécie de habeas corpus administrativo.

Em Brasília, por sua vez, Dilma assinaria a cópia do termo de posse já assinado por Lula, mandando-o para publicação no Diário Oficial. E o ministro-chefe da Casa Civil assim “lavado”, escaparia à prisão.

Um plano perfeito? Está para ser inventado um. Bancado pela dupla Dilma-Lula para obstruir a Justiça, o plano começou a dar errado tão logo Moro, acostumado a bisbilhotar os outros, soube que estava sendo bisbilhotado.

Suspendeu a redação dos motivos que justificariam a prisão de Lula e divulgou de uma vez mais de 40 conversas dele ao telefone, grampeadas com a sua autorização.

Para o país, foram horas eletrizantes, aquelas, transcorridas entre o anúncio de que Lula aceitara o convite de Dilma para ser ministro (pouco antes do meio-dia) e o momento em que se ouviu na Globo News (pouco antes das 19h) a voz de Dilma informando a Lula sobre o papel que só deveria ser usado “em caso de necessidade”.

Em cerca de sete horas, o governo foi da esperança e da euforia à frustração e ao medo.

É com pavor a uma queda rápida que o governo se prepara para enfrentar no Congresso o pedido de impeachment.

Desfalcado de Lula, que teve sua nomeação para ministro suspensa pela Justiça, e ameaçado por novos fatos a serem produzidos pela Lava-Jato, o governo parece dispor de uma única arma: os erros dos seus adversários.

Atuará em cima dos erros. E, no mais, seja o quer Deus quiser.

Deus, não sei, mas os brasileiros dão fortes sinais de que desejam ver Dilma, Lula e o PT pelas costas. Não estão divididos, como se diz. Podem não saber o que querem, mas sabem o que não querem.

Não querem ser enganados como foram por Dilma, reeleita com base em mentiras. Não querem devolver o que ganharam. E não querem corrupção - daí o esmagador apoio ao impeachment e a rejeição crescente a Lula.

Jamais a democracia por aqui deu tantas provas de solidez e de vitalidade. Suportou a queda de um presidente eleito. Se for o caso, suportará outra.

Tranquilo: não vai ter golpe.

NINGUÉM FREIA A LAVA JATO

O delegado Igor de Paula, que coordena a operação da PF, diz que não há mais espaço para “direcionar as investigações”, adianta os próximos alvos da força-tarefa, acusa Lula de mentir sobre o tríplex e informa que o “Japonês da Federal” pode ser afastado da equipe

Por: Ullisses Campbell

Delegado Igor Romario

Há dois anos, o delegado federal Igor Romário de Paula estava à frente da equipe responsável por puxar um fiapo que revelou um novelo de corrupção tão engenhoso e complexo que até agora não se sabe onde está a ponta final. Hoje, aos 43 anos, o policial que coordena as investigações da Lava-Jato comanda uma equipe de 2 930 policiais que atuam no desbaratamento do maior esquema de corrupção já revelado no Brasil. Curitibano, casado com uma delegada, tem duas filhas. É organizado a ponto de conseguir dizer o que tem em cada pasta e caixa espalhadas pelos mais de vinte armários da área onde se processam as investigações da Lava-Jato. No auge da carreira, bate ponto às 7 da manhã e trabalha doze horas por dia. Em sua sala na sede da PF em Curitiba, onde os funcionários entram sem bater, o delegado falou a VEJA.

A serviço da Lava-Jato, a PF prendeu os empreiteiros mais ricos do país, políticos, incluindo o líder do governo no Senado, e o tesoureiro do partido que está no poder. Até onde a operação vai chegar?

Não temos como prever onde está o fim, mas posso afirmar que a Lava-Jato caminha para os ministérios da Saúde, Planejamento e para a Eletrobras, além de grandes usinas. Isso porque são esses os nichos nos quais as grandes empreiteiras que hoje estão sendo investigadas atuaram.

A Lava-Jato é a maior operação anticorrupção já deflagrada no país e até agora tem sido aclamada como uma das mais bem-sucedidas. A que se deve esse resultado?

Diria que uma conjunção de fatores tem propiciado um ambiente favorável à operação. O principal deles é o fato de tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público poderem trabalhar de forma autônoma e sem interferências. Sem falar na atuação do juiz Sergio Moro, que é um profundo conhecedor da matéria. Se estamos tendo êxito, isso se deve a essa autonomia e ao fato de contarmos com uma equipe com muito conhecimento técnico e que trabalha com entrosamento e rapidez.

Leia a entrevista AQUI.

domingo, 20 de março de 2016

LULA QUER ESCOLHER O JUIZ, SÓ O QUE FALTAVA

O ESTADO SOU EU

ADVOGADOS DE LULA QUEREM ESCOLHER MINISTRO DO STF QUE JULGARÁ NOMEAÇÃO
ANTES, A DEFESA DE LULA QUIS MUDAR O PROCURADOR QUE O INVESTIGA



Após tentar mudar o procurador que investigava o escândalo do apartamento tríplex na praia do Guarujá, agora os advogados de Lula tentam escolher o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai julgar o caso da nomeação do ex-presidente para o cargo de minustro da Casa Civil.

Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins afirmam ter pedido no sábado ao ministro do STF Teori Zavascki que "reafirme sua competência para analisar os procedimentos remetidos ao STF no último dia 16/03, após o juiz Sérgio Moro declinar de fazê-lo."

Em nota, divulgada neste domingo (20), os advogados explicam que na petição afirmam que não cabia ao ministro Gilmar Mendes, ao analisar as ações do PSDB e do PPS, definir o órgão competente para dar continuidade às investigações "que procuram envolver o ex-presidente."

Os advogados lembram que na última sexta-feira já havia sido pedido a Teori Zavascki providências "para preservar o sigilo das gravações decorrentes de interceptações telefônicas, como estabelece a lei." Ainda conforme a nota, há "gravações realizadas sem autorização judicial e outras que envolveram, de forma reprovável, os próprios advogados de Lula".

NÃO VAI TER GOLPE

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Virou um mantra o refrão: “Não vai ter golpe” dito aos quatros cantos pelos partidários da presidenta Dilma em referência ao Impeachment que tramita no Congresso Nacional, bem como aos processos judiciais da “Operação Lava-Jato” da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. São gravíssimas as acusações em relação ao que ensejou a tramitação do Impeachment — “Pedaladas fiscais” — e os bilionários desvios de verbas da Petrobras investigados na “Operação Lava-Jato”, daí não ser sábio querer inserir na mente dos brasileiros que tais eventos sejam um “golpe” para tomar o governo.

O teor das conversas interceptadas pela Polícia Federal com autorização judicial e divulgadas pela mídia onde autoridades e o ex-presidente Lula foram pilhados são um verdadeiro atentado contra o Estado Democrático de Direito e, curiosamente, querem questionar a legalidade dos “grampos”, mas não falam uma só palavra sobre o malfadado conteúdo.

O que ocorre hoje no Brasil nada tem a ver com “golpe”, pois então vejamos o que diz no seu livro o eminente professor de Direito Constitucional e cientista político Paulo Bonavides sobre o “Golpe de Estado”: “Não obstante as afinidades que tem com os conceitos de revolução, guerra civil, conjunção e putsch, o golpe de Estado não se confunde com nenhuma dessas formas e significa simplesmente a tomada do poder por meios ilegais. Seus protagonistas tanto podem ser um governo como uma assembleia, bem assim autoridades já alojadas no poder. São características do golpe de Estado: a surpresa, a subitaneidade, a violência, a frieza do cálculo, a premeditação, a ilegitimidade”. Citado no livro: “Ciência Política”, Editora Malheiros, 18ª edição, 2011, pág. 454.

O brasileiro pode ficar tranquilo, pois não vai ter golpe e os processos do impeachment e os judiciais devem seguir seus cursos normalmente e os culpados devem pagar pelos seus atos..

SE GRITAR PEGA LADRÃO, NÃO FICA UM

Delação de Mônica Moura promete atingir cinco campanhas do PT

POR LAURO JARDIM

Geraldo Bubniak | Agência O Globo

Pelo o que está sendo negociado com a força-tarefa da Lava-Jato, não será só Dilma Rousseff que terá problemas com a delação premiada de Mônica Moura(foto), mulher de João Santana.

Mônica vai esquadrinhar todas as campanhas feitas aqui e no exterior pela Polis, empresa dela e do marido. No caso do Brasil, isso significa que entrarão no escrutínio as campanhas de Lula (2006), Marta Suplicy (2008) e Fernando Haddad (2012), além, claro, das de Dilma em 2010 e 2014.

sábado, 19 de março de 2016

DELCÍDIO EXCLUSIVO EM VEJA CONTA TUDO

Lula era o chefe; Dilma tentou interferir no STF e no STJ para melar Lava Jato; é caso de cadeia!



REINALDO AZEVEDO


Em entrevista a Daniel Pereira, de VEJA, o senador Delcídio do Amaral (MS), atualmente sem partido, afirma: Lula e Dilma sabiam de tudo. Ele se refere aos crimes do petrolão. O Babalorixá, diz Delcídio, “comandava o esquema”.

O senador confirma que Dilma atuou no STF e no STJ para melar a Lava Jato. E tudo em companhia de José Eduardo Cardozo.

Delcídio admite ter participado da conspirata que tentou obstruir a investigação, em companhia, pois, de Dilma, Lula e Cardozo. E, como se sabe, correndo por fora, estava Aloizio Mercadante.

Bem, meus caros, sendo as coisas assim — e os fatos que vêm à luz parecem dizer que assim elas são —, o lugar de Lula, Dilma, Cardozo e Mercadante é mesmo a cadeia.

Leia trechos da entrevista.

MELAR NO SUPREMO


“Combinou-se uma estratégia para melar a Lava Jato no Supremo. O presidente do STF era peça-chave no plano. Eu, Dilma e José Eduardo Cardozo discutimos isso juntos. Ficou acertado que o encontro seria no exterior para não chamar a atenção (…). Dias depois da reunião, a presidente conversou em Portugal, fora da agenda, com Cardozo e Ricardo Lewandowski. Teori Zavascki foi convidado para o encontro, mas não aceitou. Na conversa, Dilma tentou convencer Lewandowski a aderir ao acordão (…). Pouco tempo depois, Lula me contou a mesma coisa — que procurara Lewandowski, mas ele se recusara a atendê-lo.”

RIBEIRO DANTAS, DO STJ

“Sim, cumpri uma missão dada pela presidente, que pediu que eu reforçasse o compromisso de Ribeiro Dantas com a libertação dos presos da Lava Jato caso fosse nomeado ministro do STF. Conversei com ele sobre esse caso num sábado. Um dia antes, Lula havia me convocado para ir a São Paulo, junto com os senadores Renan Calheiros e Edison Lobão para discutir estratégias de defesa da Lava Jato.”

O COMANDANTE

“O Lula negociou diretamente com as bancadas as indicações para as diretorias da Petrobras e tinha pleno conhecimento do uso que os partidos faziam das diretorias, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas. O Lula comandava o esquema.”

BANCADA NO STF

“Dilma costumava repetir que tinha cinco ministros no STF. Era clara a estratégia do governo de fazer lobby nos tribunais superiores e usar ministros simpáticos à causa para deter a Lava Jato.”

OPERAÇÃO PARA NÃO PRENDER MERCADANTE

“Eu tinha a informação de que o Mercadante seria preso. Não foi. Alguém operou esse milagre, e olhe que o caso dele foi mais grave do que o meu.”

DILMA, A FINGIDA

“A Dilma herdou e se beneficiou diretamente do esquema, que financiou as campanhas eleitorais dela. A Dilma também sabia de tudo. A diferença é que ela fingir não ter nada a ver com o caso.”

MERCADANTE

“Para Mercadante, Dilma escaparia ilesa, fortalecida e pronta para imprimir sua marca no país. Lula sabia da influência do Mercadante. Uma vez me disse que, se ele [Mercadante] continuasse atrapalhando, revelaria como o ministro se safou do caso dos aloprados (…): ‘Esse Mercadante, ele não sabe o que eu fiz para salvar a pele dele’.

CARDOZO, O VAZADOR

“Cardozo vazava para ela [Dilma] as operações que seriam realizadas pela Lava Jato.”

CARDOZO E A CONDUÇÃO COERTIVA

“Cardozo soube com antecedência da condução coercitiva de Lula e alertou os principais interessados. Foi por isso que ele vazou dias antes trechos da minha delação premiada. Ele sabia que uma coisa abafaria a outra.”

FUI SOLDADO DO PARTIDO

“Não sou corrupto nem roubei. Fui soldado de um projeto de poder e fiz uma escolha errada. Disseram que tentei obstruir a Justiça. Pois bem, agora vou ajudar a Justiça e a sociedade a descobrir quem são os verdadeiros vilões desta história. Esse papel, definitivamente, não é meu. De novo: posso não ser santo, mas também não sou bandido.”