domingo, 6 de julho de 2014

A AGENDA DO RETROCESSO


Ruy Fabiano

Em 1964, estavam em disputa dois projetos autoritários para o Brasil: de um lado, o projeto socialista, que preparava um golpe de Estado, já devidamente instalado no governo João Goulart; de outro, um projeto tecnocrático-militar, de cunho conservador, que lhe impôs um contragolpe, com apoio popular.

Nenhum contemplava a democracia, embora o contragolpe infundisse a ideia de que o faria. Disso derivou o apoio popular, baseado nos pronunciamentos das lideranças civis e do marechal Castello Branco, que viria a presidir o novo governo, comprometendo-se com as eleições presidenciais previstas para o ano seguinte. Foi frustrado pela ala radical do Exército, que lhe impôs a prorrogação do mandato e a sequência do ciclo militar.

O novo regime, após banir as lideranças da esquerda, voltou-se contra seus próprios aliados civis. Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e Adhemar de Barros, que disputariam as eleições de 1965 – e apoiaram o contragolpe -, foram cassados.

O Congresso tornou-se um poder de fachada, diversas vezes posto em recesso e submetido a constantes cassações de mandato.

A luta armada, que começara antes de 1964, intensificara-se e fornecia argumentos para a continuidade do ciclo militar, que, a esse pretexto, endureceria ainda mais, a partir da edição do ato institucional nº 5, em dezembro de 1969.

A luta armada foi derrotada, mas a ação da esquerda não cessou: voltou-se para as universidades e para o meio cultural, formando as gerações seguintes de intelectuais e artistas, que mantiveram acesa a chama do ideal revolucionário.

O advento do PT ao poder federal, a partir de 2003 – quase 40 anos após a derrota esquerdista de 1964 –, foi (e continua sendo) nova oportunidade histórica de implantar o projeto socialista, hoje em condições logísticas bem mais favoráveis.

Estabeleceu-se, a partir de 1990, com a criação do Foro de São Paulo – entidade fundada por Lula e Fidel Castro – uma vasta aliança entre partidos, governos e movimentos de esquerda do continente. Já não há ações isoladas ou improvisadas. Tudo obedece a um comando central supranacional, que cuida da logística, inclusive militar.

No Brasil, criou-se a Força Nacional e entidades como MST e MTST funcionam como milícias, dispondo ainda, segundo denúncias da revista Época e do senador Jayme Campos DEM-MT), de campo de treinamento para guerrilhas em Mato Grosso. São notórias as ligações com grupos criminosos como as Farc colombianas, o que explica que o Brasil figure hoje como o segundo maior consumidor de cocaína do planeta e o primeiro de crack.

O efeito interno dessa aliança mede-se em números: 50 mil assassinatos por ano, a maioria jovens e pobres, em decorrência das guerras de narcotraficantes.
Paralelamente, fala-se em sucateamento das Forças Armadas.

No campo diplomático, toda a ação tem sido voltada para consolidar alianças com países hostis às democracias ocidentais, como Cuba, Coréia do Norte, Irã e ditaduras afro-asiáticas, beneficiárias de perdão de dívidas com o Brasil e de financiamentos do BNDES, sem qualquer consulta ao Congresso Nacional.

Na eventualidade de reeleição de Dilma Roussef, a agenda já anunciada, configura a nova etapa desse projeto socialista. Prevê a regulamentação (eufemismo de censura) da mídia e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva – isto é, dissociada do Congresso -, para, entre outras coisas, promover uma reforma política ajustada ao figurino do PT: voto em listas fechadas, financiamento público de campanha e estabelecimento de mecanismos de democracia direta, nos moldes do bolivarianismo venezuelano.

“Chávez é uma invenção nossa”, jactou-se certa vez Lula, na celebração dos 15 anos do Foro de São Paulo, quando ocupava a Presidência da República. Por aí, dá para se ter uma ideia do que está em pauta nestas eleições. Não se trata apenas de escolher nomes, mas um projeto político que definirá as próximas décadas.

Daí o termo “guerra eleitoral” mencionado por Lula e Rui Falcão, cuja senha parece ter sido dada pelo vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, com a menção dos nomes dos jornalistas que, “entre outros menos votados”, precisam ser silenciados.

Tudo, só para não variar, começa com o silêncio da imprensa. O resto sabemos de cor. Sabemos?

sábado, 5 de julho de 2014

DIRCEU É LIVRE PARA ARTICULAR SUCESSOR DE JOAQUIM

Diário do Poder

A saída de José Dirceu da Papuda devolveu ao governo um dos seus principais articuladores nos bastidores, para decisões importantes, como indicações para o Supremo Tribunal Federal. Fora da cadeia e num escritório de advocacia, ele ajudará a fazer a presidenta Dilma escolher o favorito dos petistas para a vaga de Joaquim Barbosa no STF: o atual ministro da Justiça, advogado José Eduardo Cardozo.

Dirceu certa vez revelou a esta coluna que a escolha de Joaquim é um dos maiores fatores de arrependimento do ex-presidente Lula.

Ministros nomeados por Lula, que não lhe prestaram vassalagem, como Ayres Britto e Cezar Peluso, são criticados pelos mensaleiros.

Dirceu também reclamou da independência do ministro Luiz Fux, que, nomeado por Dilma, votou pela condenação dos réus do mensalão.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A COPA E A REALIDADE

Foto

Maria Helena RR de Sousa

(...)

Impressionada com a confusão que dona Dilma está fazendo entre a Copa do Mundo e o Brasil como país. Tem dito coisas extravagantes, como “o Brasil, fora do campo, dá um exemplo de organização e de alegria em receber".

Ao menos ela não disse que o Brasil tem alegria em receber dentro do campo...

Mas não é justo tomarem para si o exemplo de organização que não é nosso, infelizmente, é da antipática FIFA e seu pontapé em nosso derrière. Merecido, e sem o qual, provavelmente, ainda estaríamos planejando as obras...

O senhor Valcke, meio sem graça ao ser lembrado do pontapé recomendado por ele, agora se mostra horrorizado com a quantidade de embriagados que vê nos estádios. Não é gozado? Eles dobraram as nossas leis que proibiam venda de bebidas alcoólicas nos estádios e agora ele acha ruim ver tantos bêbados? Por que será que ele acha que era proibido beber nos estádios?

Já em um palanque no Paraná, a presidente disse que o País "dá uma lição" naqueles que mostraram um "inequívoco complexo de vira-lata", que segundo ela, sem motivo, "se envergonharam do País do qual deveriam se orgulhar".

E continuou: "O nosso Brasil é o do ensino técnico, emprego com carteira assinada e médico no posto. É o Brasil da creche em tempo integral para os jovens e crianças, da educação profissional para os trabalhadores, para as mulheres", continuou.

Onde ela viu isso?

Não é o que vemos e não foi o que o time holandês, em visita ao morro Dona Marta, RJ, viu. Em meio a casebres e vielas com esgoto a céu aberto, conheceram de perto o outro lado da moeda. Ficaram impressionados com o que viram. Em todos os sentidos."Na Holanda, há lugares pobres também, mas não como esse. É muito diferente”.

Frase de protesto pintada em pedra no Dona Marta - Foto: Carolina Oliveira Castro/O Globo

Mas há mais. Será que dona Dilma não se deteve sobre o caos que ocorre em um setor essencial na vida de um país? Na engenharia? Muitos desabamentos com a justificativa: obra feita às pressas. Acidentes indesculpáveis, e pior do que tudo isso, morte de operários por falta de equipamentos de segurança.

Com o desabamento e mortes no viaduto em Belo Horizonte, ontem, a Copa das Copas fica marcada como Copa de muitos e tristes acidentes. E nenhuma goleada apagará esse fato.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

RESPONDENDO O "POLITICAMENTE CORRETO"

A invenção do "politicamente correto", um instrumento que vem sendo utilizado como forma de patrulha e busca constranger quem não se enquadra em conceitos estabelecidos por uma elite que se diz pensante e que se julga formadora da consciência alheia, vem servindo aos grupos de esquerda também como um instrumento de repressão contra os que dicordam de suas ideias ou combatem seus "malfeitos", sempre justificados ou minimizados.

Quanto ao politicamente correto no Brasil, quem disseminou a onda de que nenhum político presta e, com essa pauta, o brasileiro passou a ter vergonha de respeitar e admirar os bons nomes que resistem aos esquemas de corrupção e ao balcão de negócios patrocinado, no governo federal, pela presidência da República?


Já manifestei minhas conclusões sobre esta questão, iniciando minha análise nos tempos em que Lula rotulou os deputados como picaretas, justamente os que foram "convidados" pelo então presidente para compor sua base. Por que faria isso senão para torná-los reféns de seus próprios erros e, com o uso da intimidação, provavelmente com dossiês, colocá-los de joelhos para que seja feita a sua vontade.

Mais uma vez questiono, por que o dono do PT se aliaria justamente aos "coronéis" e "picaretas", desprezando e combatendo os bons nomes da política? 

Oras, tudo me leva a crer que todos os movimentos vêm sendo milimetricamente orquestrados para confundir as pessoas e minimizar o efeito de possível vazamento de seus esquemas, o que vem acontecendo desde o escândalo do segundo nome da Casa Civil no governo Lula, o homem de confiança de José Dirceu, Waldomiro Diniz. 

O argumento que serviu como cortina de fumaça para blindar os verdadeiros responsáveis pelas lambanças denunciadas quase que diariamente é a de que todos são iguais, portanto, não faz mal que sejam mensaleiros ou aloprados, mas eu não caio nessa. Respeito e admiro quem realmente se preocupa com as pessoas, com as cidades e com o Brasil.

Cabe a nós, cidadãos livres, mesmo quem vive sob regimes autoritários pode se dizer livre ao menos para pensar e ter opinião própria, recusar as rédeas que tentam nos impor.

O vídeo abaixo mostra claramente como militantes do "politicamente correto" invertem os fatos e criam uma guerra de valores para atacar seus adversários ideológicos, mesmo que a razão esteja com o outro.

"A batalha consiste não em opor-se, mas sim de expor, não para revelar, mas para refutar, não para fugir, mas para corajosamente proclamar uma alternativa completa, coerente e radical". Ayn Rand

Assistam ao vídeo, é imperdível. A proposta é colocar fim ao monopólio, denunciar e criminalizar a desinformação esquerdista.

Vamos quebrar a espiral do silêncio e mostrar que existem homens e mulheres que aprenderam a pensar por si mesmo, a escolher, a julgar, não se submetendo aos moldes coletivos.

SAIBAM QUEM COMBATE E QUEM DEFENDE O CRIME

Enquanto polícia de SP prende black blocs, ministro de Dilma bate papinho com eles

A polícia anunciou a prisão de um dos black blocs que depredaram uma concessionária de carros no dia 19 de junho. Comprovada a culpa, que a Justiça tenha o bom senso e a decência de manter esses bandidos em cana. Pessoas que atuam dessa maneira não são um caso de política, mas de polícia; não são manifestantes, mas delinquentes; não estão exercendo um direito, mas cometendo crimes.
Notem que diferença, não é mesmo? A Polícia de São Paulo se encarregou de investigar para chegar aos culpados. Já o governo federal atuou de outra maneira. Em entrevista à Folha, publicada no dia 24 de junho, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, confessou que manteve interlocução com os black blocs e que fez mais de uma reunião com eles. Tudo, disse ele, para entender o fenômeno.
Então ficamos assim: enquanto as forças de segurança de São Paulo se esforçam para prender os bandidos e para impedir a sua ação, o governo federal os transforma em interlocutores. Num tom que praticamente justifica a ação dos bandidos, embora tenha tido o cuidado de dizer que não concorda com as ações, Carvalho afirmou ao jornal:
“[os black blocs] têm a convicção de uma violência praticada pelo Estado através das omissões nos serviços públicos e denuncia muito a violência policial na periferia, com aquela história de que, na periferia, as balas não são de borracha, são metálicas e letais. E que a única forma de reagir contra essa violência é também com a violência, que eles dizem que não é contra pessoas, mas contra símbolos e objetivos. Por isso escolhem bancos e concessionárias de carros importados”.
Se vocês repararem no que chamo sotaque ideológico da fala, ainda sobra, santo Deus!, uma crítica para a polícia. Assim, vejam como é mesmo difícil a atuação dos policiais: têm de exercer o seu trabalho contra os criminosos, contra o fascínio de parte substancial da imprensa com o crime e contra a ação do próprio governo federal.
Só lhes resta agarrar-se à lei e cumprir o seu papel.
Por Reinaldo Azevedo

SALÁRIO MÍNIMO SERÁ QUASE CINCO MIL REAIS EM 2015... NA ALEMANHA

ALEMANHA APROVA CRIAÇÃO DE NOVO SALÁRIO MÍNIMO

Diário do Poder

Foto: Antonio Cruz  ABr

O Parlamento alemão aprovou nesta quinta-feira (3) a criação de um salário mínimo em todo o país no valor de 8,50 euros por hora de trabalho.
O projeto, aprovado com 535 votos a favor de um total de 601, é um marco na política alemã, pois cumpre uma das principais exigências da ala social-democrata, que integra o governo da chanceler Angela Merkel. O salário mínimo passa a vigorar em 2015.
“Hoje é um dia histórico para a Alemanha”, disse o vice-chanceler Sigmar Gabriel, dos sociais-democratas, comentando a aprovação da medida pelo Bundestag. A medida era uma exigência do Partido Social-Democrata (SPD) para formar um governo com Merkel após as eleições legislativas de setembro de 2013.
O tema foi amplamente discutido na Alemanha, pois o país era um dos poucos da União Europeia que não tinha salário mínimo estipulado por lei, por preservar o princípio da autonomia nas negociações salariais.
Alguns economistas se opunham à medida por acreditarem que isso levaria à perda de milhares de postos de trabalho. Em diversos setores, a remuneração é em média de 5,50 euros por hora. (ANSA)

ENQUANTO ESTAMOS ATENTOS AOS JOGOS DA COPA...


Dia de glória para o PT corrupto

Coturno


Hoje, às 7:25 saindo da cadeia para o "trabalho".

Hoje os jornais trazem várias notícias que colocam o PT no estado da arte da corrupção. André Vargas, o deputado petista pego na Operação Lava-Jato, efetivamente fez lobby junto a Alexandre Padilha, o "caidaço" candidato ao governo paulista, para fechamento de um contrato milionário com a Labogen,

O TCU confirma que Dilma comandou a escandalosa compra da refinaria de Pasadena, causando U$ 873 milhões de prejuízo e responsabilizando a presidente e os conselheiros pelas perdas, o que em qualquer país decente, como a França por exemplo, onde Sarkozy foi preso por tráfico de influência, geraria um processo sumário contra os responsáveis.

Por fim, José Dirceu, com a aposentadoria forçada de Joaquim Barbosa, ameaçado de morte por petistas, está saindo do regime fechado e começando a "trabalhar" no escritório de um advogado amigo. Ele não vai costurar bolas na cadeia e tampouco produzir tijolos com materiais reciclados. Vai fazer aquilo que sempre fez e no que é o melhor de todos: conspirar contra a democracia.

É o PT praticando o estado da arte em corrupção.