Ministro Fernando Pimentel ganhou R$ 1 milhão por palestras fantasmas
Robson Andrade citou série de palestras que teriam sido dadas pelo ministro
Thiago Herdy
Matéria e AUDIO - O Globo
A série de palestras nas unidades regionais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), citadas pelo ex-presidente da entidade Robson Andrade como prova dos serviços prestados pelo atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT), não aconteceu.
Levantamento feito pelo GLOBO junto a representantes das unidades da Fiemg em todo o estado mostra que Pimentel não viajou às cidades-polo da indústria para palestras em 2009, ano em que sua empresa P-21 Consultoria e Projetos foi contratada por R$ 1 milhão para prestar serviços à federação.
Atualmente, Andrade é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e, na última semana, deu entrevista em Brasília para explicar o trabalho realizado por Pimentel quando ele deixou a prefeitura de Belo Horizonte.
Na época do contrato com a P-21, Andrade estava à frente da Fiemg.
- O Pimentel, na época, também fez, a pedido da federação das indústrias, uma série de palestras nas regionais. A federação tem dez regionais, e ele participou de palestras nessas regionais e também em outras cidades-polo da indústria mineira - disse Andrade na ocasião.
No entanto, pelas regionais mineiras, o ex-prefeito e atual ministro não passou, segundo seus dirigentes.
- Não tem nos nossos arquivos registro de evento com o Pimentel em 2009. Busquei e não achei nada - disse Graciele Vianna, da assessoria da Fiemg Regional da Zona da Mata.
As gerentes da Regional do Vale do Rio Grande, Márcia Helena Lima, e da Regional Rio Doce, Jaqueline Coelho, também não se lembram da passagem de Pimentel.
- Não, na nossa regional ele não veio. E eu me lembraria, pois em 2009 eu já estava aqui na gerência - disse Márcia Helena.
- Olhamos aqui todas as nossas pastas, registros de 2009 e 2010. Olhamos até eventos que pudessem estar relacionados a algum tema com o qual ele pudesse contribuir, mas não tem nada - completou Jaqueline.
A responsável pelo setor de comunicação na Regional Pontal do Triângulo, Dina Gonçalves, foi na mesma linha:
- Todo evento realizado com empresários na cidade passa pelo meu departamento, estou aqui há quatro anos. Palestra do Fernando Pimentel, aqui, não teve.
Mesma conclusão de Adriana Pinilla, gerente da Regional Sul da Fiemg, e do responsável pela comunicação da Regional Centro-Oeste.
- Ele pode até ter vindo na cidade convidado por algum prefeito ou outra entidade. Mas a regional Sul da Fiemg não fez qualquer evento. Estou há 13 anos na Fiemg, dois como gerente da regional - afirmou Adriana Pinilla.
- Nunca vi Fernando Pimentel na minha vida - completou o assessor da unidade Centro-Oeste da Fiemg.
Funcionários das regionais do Alto do Paranaíba, do Vale do Paranaíba, do Vale do Aço e da Regional Norte também disseram não se lembrar de Pimentel em eventos na cidade organizados pela entidade, mas pediram que essa informação fosse confirmada com a Fiemg em Belo Horizonte.
O GLOBO pediu então à assessoria na sede que apresentasse o cronograma de palestras de Pimentel citadas por Andrade, com data e local.
A Fiemg informou que não tem mais informações sobre o assunto.
Ministério não se pronunciou
Andrade, procurado nesta quarta-feira, pronunciou-se por nota divulgada pela CNI.
"A Diretoria de Comunicação da CNI informa que todos os esclarecimentos sobre a consultoria à Fiemg já foram dados", informou.
Pimentel, por meio da assessoria do ministério, também informou que não se pronunciaria por considerar que "já prestou todas as informações necessárias a respeito dos serviços prestados".
A Fiemg pagou à P-21 Consultoria e Projetos, empresa de Pimentel, R$ 1 milhão para "consultoria econômica e em sustentabilidade".
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
segunda-feira, 25 de março de 2013
"DIABRURAS" DE DILMA
A eleição de 2014 foi antecipada pelo PT e Dilma já tenta emplacar o nome de sua preferência ao governo de Minas, Fernando Pimentel.
Como sempre faço, deixo o link para que o leitor tenha a possibilidade de reler algumas notícias relacionadas ao tema, no caso, as diabruras de Dilma para proteger Pimentel de uma série de denúncias veiculadas pela imprensa.
A medida mais escandalosa foi sua intervenção na Comissão de Ética, com a finalidade de forçar o arquivamento de processos contra Pimentel.
A comissão analisava dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel e o fretamento de jatinho para viagem na Europa.
Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff. Outros nomes foram indicados por Dilma e, com a nova composição, a Comissão arquivou os processos em tempo recorde.
Pimentel volta aos noticiários, envolvido em novo escândalo, o LOBBY de Lula e Dilma para ajudar Eike Batista.
Leima reportagem de Eliane Oliveira e Geralda Doca, O Globo:
Um ingrediente explosivo foi adicionado à polêmica envolvendo o embaixador do Brasil em Cingapura, Luís Fernando Serra, acusado de ter usado o nome do governo brasileiro para favorecer o empresário Eike Batista, com o objetivo de transferir o projeto do estaleiro Jurong Aracruz do Espírito Santo para o Porto do Açu, de Eike.
Em entrevista à revista “Época”, o diplomata disse ter agido a pedido do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel. Segundo o diplomata, Pimentel queria que ele arranjasse um encontro com um representante da SembCorp, responsável pelo projeto, para falar sobre a troca.
O mesmo apelo teria sido feito por Amaury Pires, diretor de Relações Institucionais da EBX, que informou ao embaixador que Pimentel iria procurá-lo com esse objetivo. Num telefonema, Pimentel teria pedido o encontro com o representante da SembCorp. Serra recebeu na embaixada um ofício em papel, em que o ministro solicita “seus bons préstimos” para marcar a reunião. Na entrevista, Serra conta que, após o telefonema de Pimentel, Pires continuou a procurá-lo em Cingapura por telefone e e-mail.
Leia mais em Embaixador em Cingapura diz que agiu a pedido de Pimentel
Como sempre faço, deixo o link para que o leitor tenha a possibilidade de reler algumas notícias relacionadas ao tema, no caso, as diabruras de Dilma para proteger Pimentel de uma série de denúncias veiculadas pela imprensa.
A medida mais escandalosa foi sua intervenção na Comissão de Ética, com a finalidade de forçar o arquivamento de processos contra Pimentel.
A comissão analisava dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel e o fretamento de jatinho para viagem na Europa.
Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff. Outros nomes foram indicados por Dilma e, com a nova composição, a Comissão arquivou os processos em tempo recorde.
Pimentel volta aos noticiários, envolvido em novo escândalo, o LOBBY de Lula e Dilma para ajudar Eike Batista.
Leima reportagem de Eliane Oliveira e Geralda Doca, O Globo:
Um ingrediente explosivo foi adicionado à polêmica envolvendo o embaixador do Brasil em Cingapura, Luís Fernando Serra, acusado de ter usado o nome do governo brasileiro para favorecer o empresário Eike Batista, com o objetivo de transferir o projeto do estaleiro Jurong Aracruz do Espírito Santo para o Porto do Açu, de Eike.
Em entrevista à revista “Época”, o diplomata disse ter agido a pedido do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel. Segundo o diplomata, Pimentel queria que ele arranjasse um encontro com um representante da SembCorp, responsável pelo projeto, para falar sobre a troca.
O mesmo apelo teria sido feito por Amaury Pires, diretor de Relações Institucionais da EBX, que informou ao embaixador que Pimentel iria procurá-lo com esse objetivo. Num telefonema, Pimentel teria pedido o encontro com o representante da SembCorp. Serra recebeu na embaixada um ofício em papel, em que o ministro solicita “seus bons préstimos” para marcar a reunião. Na entrevista, Serra conta que, após o telefonema de Pimentel, Pires continuou a procurá-lo em Cingapura por telefone e e-mail.

Leia mais em Embaixador em Cingapura diz que agiu a pedido de Pimentel
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
PRA QUEM "FAZ O DIABO", O RESULTADO É UM FIASCO

Há tempos o jornalismo que tem compromisso com a verdade vem alertando sobre o que pode ser chamado de "diabruras da Dilma".
Aqui no blog tem um monte de POSTAGENS a respeito, muitas sobre o ministro mais próximo da presidente, Fernando Pimentel.
Leiam trecho de uma delas:
A eleição de 2014 foi antecipada pelo PT e Dilma já tenta emplacar o nome de sua preferência ao governo de Minas, Fernando Pimentel. Como sempre faço, deixo o link para que o leitor tenha a possibilidade de reler algumas notícias relacionadas ao tema, no caso, as diabruras de Dilma para proteger Pimentel de uma série de denúncias veiculadas pela imprensa.
A medida mais escandalosa foi sua intervenção na Comissão de Ética, com a finalidade de forçar o arquivamento de processos contra Pimentel.
A comissão analisava dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel e o fretamento de jatinho para viagem na Europa.
Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff. Outros nomes foram indicados por Dilma e, com a nova composição, a Comissão arquivou os processos em tempo recorde.
Pimentel volta aos noticiários, envolvido em novo escândalo, o LOBBY de Lula e Dilma para ajudar Eike Batista.. (...)
A medida mais escandalosa foi sua intervenção na Comissão de Ética, com a finalidade de forçar o arquivamento de processos contra Pimentel.
A comissão analisava dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel e o fretamento de jatinho para viagem na Europa.
Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff. Outros nomes foram indicados por Dilma e, com a nova composição, a Comissão arquivou os processos em tempo recorde.
Pimentel volta aos noticiários, envolvido em novo escândalo, o LOBBY de Lula e Dilma para ajudar Eike Batista.. (...)
Além das "diabruras" contra a ética e contra os cofres públicos, o editorial de hoje do Estadão atenta para o fiasco de Pimentel como ministro, que mostra uma das marcas do desgoverno Dilma, a incompetência.
Trecho abaixo. Clique aqui para ler na íntegra:
Depois de três anos sem brilho na chefia de uma pasta potencialmente muito importante, o ministro Pimentel deixa o posto para disputar o governo de Minas Gerais e ajudar a presidente Dilma Rousseff em sua campanha para a reeleição. Apresentado pela imprensa, na época de sua nomeação, como um futuro superministro, ele sai de Brasília sem um triunfo na política industrial e com resultados humilhantes na área do comércio exterior. Duplamente humilhantes, pelo resultado geral da balança e pelo rombo crescente no comércio de manufaturados. Mas há um lado positivo nessa história: imagine-se o resultado se ele tivesse acumulado a responsabilidade pela política agrícola.
Depois de três anos sem brilho na chefia de uma pasta potencialmente muito importante, o ministro Pimentel deixa o posto para disputar o governo de Minas Gerais e ajudar a presidente Dilma Rousseff em sua campanha para a reeleição. Apresentado pela imprensa, na época de sua nomeação, como um futuro superministro, ele sai de Brasília sem um triunfo na política industrial e com resultados humilhantes na área do comércio exterior. Duplamente humilhantes, pelo resultado geral da balança e pelo rombo crescente no comércio de manufaturados. Mas há um lado positivo nessa história: imagine-se o resultado se ele tivesse acumulado a responsabilidade pela política agrícola.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Oposição reduzida precisa rebolar para cumprir sua função - Infelizmente o eleitor quis assim
Álvaro Dias envia requerimento a Pimentel pedindo esclarecimentos
Estadão
Inconformado com a posição da presidente Dilma Rousseff e da base aliada do governo de dispensar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de prestar esclarecimento ao Congresso sobre os R$ 2 milhões que recebeu como consultor, o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), recorreu a um novo procedimento.
Ele encaminhou 12 indagações a Pimentel, por intermédio de um requerimento, cujo encaminhamento depende do aval da Mesa Diretora do Senado.
Dias adotou a iniciativa dois depois de os senadores governistas rejeitarem o convite para que Pimentel participasse de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle (CFC).
O líder afirma que o requerimento dará ao ministro a segunda chance para se defender.
"Há nitidamente a prática de tráfico de influência", alega.
"Estamos dando a oportunidade para um ministro que está sendo duramente acusado de se defender".
Álvaro Dias faz 10 indagações a Fernando Pimentel relacionadas a sua atividade como um dos donos da AP-21 Consultoria e Projetos Ltda.
O líder pede cópia dos programas de desoneração tributária e desenvolvimento que a empresa teria proposto à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e de outros recibos e documentos que comprovaria as afirmações de Pimentel sobre sua atividade de consultor.
Dias questiona ainda sobre as palestras que o ministro teria dado em dez unidades regionais da Federação e a respeito dos técnicos da entidade que teriam recebido suas orientações.
O senador quer igualmente informações sobre outras empresas citadas como clientes da AP-21.
Outras perguntas se referem ao fato de Pimentel ter dito que fez contratos verbais, apesar do valor elevado, e se ele próprio não vê conflito de interesse na relação que mantém com as empresas, ditas clientes, e sobre as "garantias" de prestação dos serviços dadas por Pimentel.
Estadão
Inconformado com a posição da presidente Dilma Rousseff e da base aliada do governo de dispensar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de prestar esclarecimento ao Congresso sobre os R$ 2 milhões que recebeu como consultor, o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), recorreu a um novo procedimento.
Ele encaminhou 12 indagações a Pimentel, por intermédio de um requerimento, cujo encaminhamento depende do aval da Mesa Diretora do Senado.
Dias adotou a iniciativa dois depois de os senadores governistas rejeitarem o convite para que Pimentel participasse de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle (CFC).
O líder afirma que o requerimento dará ao ministro a segunda chance para se defender.
"Há nitidamente a prática de tráfico de influência", alega.
"Estamos dando a oportunidade para um ministro que está sendo duramente acusado de se defender".
Álvaro Dias faz 10 indagações a Fernando Pimentel relacionadas a sua atividade como um dos donos da AP-21 Consultoria e Projetos Ltda.
O líder pede cópia dos programas de desoneração tributária e desenvolvimento que a empresa teria proposto à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e de outros recibos e documentos que comprovaria as afirmações de Pimentel sobre sua atividade de consultor.
Dias questiona ainda sobre as palestras que o ministro teria dado em dez unidades regionais da Federação e a respeito dos técnicos da entidade que teriam recebido suas orientações.
O senador quer igualmente informações sobre outras empresas citadas como clientes da AP-21.
Outras perguntas se referem ao fato de Pimentel ter dito que fez contratos verbais, apesar do valor elevado, e se ele próprio não vê conflito de interesse na relação que mantém com as empresas, ditas clientes, e sobre as "garantias" de prestação dos serviços dadas por Pimentel.
domingo, 22 de abril de 2012
CPI do Cachoeira tira a atenção do Caso Fernando Pimentel
Por Mary Zaidan
Em
dezembro do ano passado vieram à tona os ganhos inexplicáveis do
ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel em consultorias que lhe
asseguraram rendimentos espetaculares de R$ 2 milhões.Amigo de Dilma, um dos poucos que ela, sem a tutela do ex Lula, indicou para o seu governo, Pimentel, ao contrário de seus pares flagrados em “malfeitos”, continua ministro e primeiro conselheiro. É irremovível.
(...)
A Comissão de Ética da Presidência da República, à qual Dilma já demonstrou que pouco se lixa, até tenta. Pediu explicações a Pimentel há mais de mês. Foram insuficientes, dizem. Na última segunda-feira, 16, renovaram o pedido com mais 10 dias prazo para que ele explique o inexplicável.
Se as consultorias-fantasma já não assombravam, agora então Dilma e Pimentel respiram ainda mais aliviados. A presidente preferia, com razão, não ter de lidar com uma CPI que, ao bisbilhotar tramóias de um bicheiro, pode esbarrar e, provavelmente, o fará, em gente do seu governo. Mas já pode enxergar nela algumas vantagens.
A investigação não tem capacidade, ao contrário do que imaginava Lula, de colocar o mensalão em segundo plano. Mas, seguramente, deixará as denúncias contra Pimentel em quinto.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
AFINAL, QUEM FINANCIA A CORRUPÇÃO?
O que um Pimentel está fazendo neste governo? Se houvesse seriedade, o amiguinho da Dilma já teria sido demitido. Ficou e continua aprontando.
No Coturno
Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, é um dos envolvidos na rede de escândalos que enlameia o governo do PT, um governo que é corrupto e corruptor, porque é quem tem o dinheiro para pagar a corrupção em todos os níveis.
No Coturno
Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, é um dos envolvidos na rede de escândalos que enlameia o governo do PT, um governo que é corrupto e corruptor, porque é quem tem o dinheiro para pagar a corrupção em todos os níveis.
Não existe corrupção sem dinheiro. E quem manda no dinheiro é o Executivo, não é o Legislativo.
Em vez de ser demitido, Pimentel, o consultor, continuou no governo. Por quê? Para aprontar mais. É ele quem está por trás da transformação dos empréstimos para Cuba e Angola em gastos secretos. Por que estes dois países socialistas? Por que estes dois países onde Lula conduz as negociações diretamente, fazendo lobby de empreiteiras?
Leiam o que informa Rubens Valente, na Folha:
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027. O BNDES desembolsou, somente no ano passado, US$ 875 milhões em operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola. O país africano desbancou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos do gênero.
Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações “estratégicas”, documentos “apenas custodiados pelo ministério” e dados “cobertos por sigilo comercial”. Os atos foram assinados por Pimentel em junho de 2012, um mês após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. É o que revelam os termos obtidos pela Folha por meio dessa lei.
Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de “secreto” no ministério do Pimentel.
Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações “estratégicas”, documentos “apenas custodiados pelo ministério” e dados “cobertos por sigilo comercial”. Os atos foram assinados por Pimentel em junho de 2012, um mês após a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação. É o que revelam os termos obtidos pela Folha por meio dessa lei.
Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de “secreto” no ministério do Pimentel.
Este é o Brasil do PT, onde os responsáveis pelos desmandos com dinheiro público querem fazer plebiscito para reforma política, quando o que o povo clama nas ruas é contra a corrupção. Justamente a corrupção que deve existir debaixo da rubrica chamada "gastos secretos", que vai desde as despesas da amante de Lula no cartão corporativo até os empréstimos inexplicáveis a países que figuram entre os mais corruptos do mundo.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Dilma intervém para arquivar processos contra Pimentel
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, conseguiu apoio de sua amiga Dilma para driblar a Justiça em razão de suas CONSULTORIAS.
Palocci já havia caído pelo mesmo motivo. Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff.
Leiam matéria de Rafael Moraes Moura, no Estadão:
Após intervenção da presidente Dilma Rousseff, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira, 22, arquivar os dois processos em tramitação que tinham como alvo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O ministro é um dos interlocutores mais próximos de Dilma.
Palocci já havia caído pelo mesmo motivo. Mas a Comissão de Ética da Presidência da República perdeu dois conselheiros, que já haviam votado pela condenação de Pimentel e não foram reconduzidos ao cargo pela protetora do ministro, a presidente Dilma Rousseff.
Leiam matéria de Rafael Moraes Moura, no Estadão:
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Após intervenção da presidente Dilma Rousseff, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira, 22, arquivar os dois processos em tramitação que tinham como alvo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O ministro é um dos interlocutores mais próximos de Dilma.
A comissão analisou dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel, antes de ele assumir o cargo de ministro; e o fretamento de jatinho para viagem na Europa, quando ele já despachava na Esplanada dos Ministérios.
Em junho passado, o então conselheiro Fábio Coutinho havia defendido a aplicação de uma advertência a Pimentel por conta dos negócios de consultoria, voto acompanhado de Marília Muricy. Os dois conselheiros não foram depois reconduzidos ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, o que levou ao pedido de renúncia do então presidente da comissão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence.
Com a nova composição, formada atualmente por quatro conselheiros, a Comissão de Ética arquivou os processos em tempo recorde - a discussão dos negócios de consultoria se arrastava no órgão desde fevereiro.
(continua)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
JUSTIÇA DÁ CONTINUIDADE À FAXINA INICIADA PELA IMPRENSA (dessa vez o protegido de Dilma não escapa)
Novo inquérito do mensalão – Oposição pede o afastamento de Pimentel
E Fernando Pimentel, hein?, ministro do Desenvolvimento Industrial? Como é que fica?
Amigo de Dilma, seu ex-companheiro de grupos terroristas, o homem está na berlinda de novo.
Ele já foi flagrado chefiando — e foi ele quem contratou a turma — o grupo encarregado de forjar um falso dossiê contra o tucano José Serra na campanha eleitoral de 2010.
Depois se descobriu que tinha um estranha empresa de consultoria.
Aí veio o caso da viagem no jatinho de uma empresa privada quando estava, em tese ao menos, a serviço da Presidência.
No novo inquérito que apura outras franjas do mensalão, surge o nome de um ex-braço-direito do ministro.
Leiam o que informa a Folha:
*
Os congressistas da oposição defenderam ontem o afastamento do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) até que sejam concluídas as investigações de repasses do “valerioduto” para uma pessoa ligada a ele.
Os congressistas da oposição defenderam ontem o afastamento do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) até que sejam concluídas as investigações de repasses do “valerioduto” para uma pessoa ligada a ele.
Ontem, a Folha revelou que o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar repasses de empresas de Marcos Valério -acusado de ser o operador do mensalão- não analisados na ação julgada agora pelo STF.
Dessa nova lista constam, além do coordenador financeiro da campanha de Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004, pessoas que trabalharam em campanhas dos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), entre outras.
“Se ele [Pimentel] já não tinha condições de continuar no ministério por causa das consultorias e da viagem em jatinho de empresário à Itália [outras suspeitas levantadas contra ele, imagine agora”, disse o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
“Pimentel tem sido protegido [por Dilma]. Não dá para protegê-lo sempre”, afirmou o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que “o julgamento não vai se encerrar em si próprio”.
(…)
(…)
segunda-feira, 16 de abril de 2012
"FAXINA" NÃO ATINGE MINISTROS PETISTAS
Ideli terá de explicar compra de lanchas à Comissão de Ética
Comissão também considera insuficientes argumento de Pimentel
Luiza Damé - O Globo

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República acatou nesta segunda-feira a representação do PSDB contra a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por causa da compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca.
Além disso, na reunião desta segunda-feira da Comissão, a defesa do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, foi considerada insuficiente pelo relator do procedimento, conselheiro Fábio Coutinho. Ele pediu mais esclarecimentos a Pimentel sobre as consultorias que lhe renderam R$ 2 milhões antes de integrar o governo Dilma Rousseff, como mostrou reportagem do GLOBO em dezembro do ano passado.
- O ministro Fernando Pimentel apresentou no prazo os esclarecimentos pedidos, mas o relator pediu informações complementares - disse o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.
Com base em reportagens publicadas pelo GLOBO, o PSDB entrou com representação da Comissão de Ética Pública, no fim do ano passado, pedindo investigação das consultorias feitas por Pimentel no período entre a sua saída da prefeitura de Belo Horizonte e sua posse no ministério. Entre 2009 e 2010, Pimentel faturou R$ 2 milhões, com consultorias. Metade desse dinheiro foi pago pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras nas dez regionais da entidade. As palestras não ocorreram.
O conselheiro Américo Lacombe foi escolhido para analisar as explicações de Ideli sobre a compra das lanchas. A ministra mandou esclarecimentos à comissão espontaneamente. Em março deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidade na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. A empresa Intech Boating, fabricante das lanchas, contribuiu com recursos para a campanha do PT, em Santa Catarina, nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado. Ideli foi ministra da Pesca nos primeiros meses do governo Dilma.
Mais AQUI.
Comissão também considera insuficientes argumento de Pimentel
Luiza Damé - O Globo

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República acatou nesta segunda-feira a representação do PSDB contra a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por causa da compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca.
Além disso, na reunião desta segunda-feira da Comissão, a defesa do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, foi considerada insuficiente pelo relator do procedimento, conselheiro Fábio Coutinho. Ele pediu mais esclarecimentos a Pimentel sobre as consultorias que lhe renderam R$ 2 milhões antes de integrar o governo Dilma Rousseff, como mostrou reportagem do GLOBO em dezembro do ano passado.
- O ministro Fernando Pimentel apresentou no prazo os esclarecimentos pedidos, mas o relator pediu informações complementares - disse o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence.
Com base em reportagens publicadas pelo GLOBO, o PSDB entrou com representação da Comissão de Ética Pública, no fim do ano passado, pedindo investigação das consultorias feitas por Pimentel no período entre a sua saída da prefeitura de Belo Horizonte e sua posse no ministério. Entre 2009 e 2010, Pimentel faturou R$ 2 milhões, com consultorias. Metade desse dinheiro foi pago pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras nas dez regionais da entidade. As palestras não ocorreram.
O conselheiro Américo Lacombe foi escolhido para analisar as explicações de Ideli sobre a compra das lanchas. A ministra mandou esclarecimentos à comissão espontaneamente. Em março deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidade na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. A empresa Intech Boating, fabricante das lanchas, contribuiu com recursos para a campanha do PT, em Santa Catarina, nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado. Ideli foi ministra da Pesca nos primeiros meses do governo Dilma.
Mais AQUI.
quarta-feira, 28 de março de 2012
O DESAFIO DE PIMENTEL

Ricardo Noblat
Alto lá!
Que os apressadinhos contenham sua animação com a perspectiva de ver Aguinaldo Ribeiro, atual ministro das Cidades, demitido pela presidente Dilma Rousseff. Não verão.
O programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão, descobriu que em 2008 e 2009, na condição de deputado estadual pelo PP, Aguinaldo recebeu da Assembléia Legislativa da Paraíba RS 137 mil usados para tratamento médico dele, do pai e de uma irmã no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Por não fazer parte do contingente de pobres do Estado, Aguinaldo não tinha direito a tão generoso tipo de ajuda.
Logo... Logo rua com ele, pois a faxineira ética não é e jamais será conivente com malfeitos. Onde já se viu manter no ministério um político capaz de se beneficiar do dinheiro alheio? Com Dilma, não, violão.
Pensando melhor: com Dilma, sim. Com ela o malfeito pode ser tolerado mediante duas condições ou apenas uma: se foi cometido antes do início do seu governo; e se o autor do malfeito for seu queridinho.
Aguinaldo não é queridinho de Dilma. Mas já se passaram quatro anos do malfeito só agora denunciado. Digamos que ele prescreveu. Continuará empregado, pois. Acabou sendo salvo pelo “Fator Pimentel”, uma genuína invenção de Dilma.
No início de dezembro último, Thiago Herdy, repórter de O Globo em Belo Horizonte, publicou a primeira de uma série de reportagens sobre o negócio da vida de Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Pimentel embolsou R$ 2 milhões por consultorias não prestadas a um time reduzido de clientes. Os principais deles: a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (R$ 1 milhão) e a construtora mineira Convap (R$ 514 mil).
Herdy cobrou de Pimentel comprovantes do serviço prestado em 2009 e 2010, tão logo deixou a prefeitura de Belo Horizonte para ser candidato ao Senado. Pimentel não deu.
Cobrou comprovantes aos supostos clientes deles – os clientes negaram. Procurou dirigentes da federação – salvo o presidente da época, nenhum se lembrou de eventuais reuniões com Pimentel. Ou de estudos assinados por ele.
O atual presidente da Federação suplicou:
- Por favor, me dêem um tempo para pensar a respeito. O assunto é muito delicado.
Está pensando até hoje.
Foi aí que Dilma entrou em cena para livrar do sufoco seu ex-companheiro de luta armada contra a ditadura militar de 64. A oposição queria convocá-lo a dar explicações no Congresso.
- O governo acha estranho que o ministro preste satisfações no Congresso da sua vida privada, da vida pessoal passada dele.
Desde quando homem público tem direito a vida privada?
Pimentel foi consultor sem dar consultoria mesmo depois de estar na ativa como um dos coordenadores da campanha de Dilma à sucessão de Lula.
Novamente em socorro de Pimentel, Dilma estabeleceu por fim a jurisprudência que passa uma borracha em malfeitos praticados por seus auxiliares ou aliados antes dela assumir a presidência da República:
- Não tem nada a ver com o meu governo. O que estão acusando nada tem a ver com meu governo.
Carlos Lupi, presidente do PDT, deixou de ser ministro do Trabalho de Dilma por que usou um jatinho de empresário para viajar pelo Nordeste. A falta de decoro ocorreu durante o governo Lula.
Contraditório? E daí? Presidente da República não pode dizer uma coisa aqui, outra acolá?
Registre-se que Lupi só perdeu o ministério porque a Comissão de Ética da Presidência da República recomendou a Dilma que se livrasse dele. Pegaria mal para ela ignorar a recomendação.
A mesma comissão decidiu, agora, cobrar de Pimentel as explicações que Dilma o dispensou de oferecer.
Pimentel tem 10 dias para fazer o que não conseguiu desde dezembro do ano passado – criar uma história crível para justificar uma consultoria que jamais prestou. É de se ver.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um pedófilo aposentado poderia brilhar no Ministério da Educação Infantil
Por Augusto Nunes
Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável.
Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um ministro comete depois da posse.
Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência do Banco Central.
Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior?
Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se oferece uma segunda chance.
“O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário.
“Não é um caso de governo”, insistiu.
Faz sentido. É um caso de polícia.
Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável.
Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um ministro comete depois da posse.
Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência do Banco Central.
Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior?
Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se oferece uma segunda chance.
“O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário.
“Não é um caso de governo”, insistiu.
Faz sentido. É um caso de polícia.
Antes, pode
Ricardo Noblat

Enrascado com a história de consultorias fantasmas ou apenas suspeitas, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, demonstrou há cerca de 10 dias ser mais sensato do que a presidente Dilma Rousseff. Em conversa com ela, disse que o melhor a fazer seria pedir demissão. Pouparia o governo de novos constrangimentos. E também se pouparia.
(...)
Na conversa com Dilma onde se dispôs a ir embora, Pimentel lembrou-lhe que ainda é jovem. Amargará um prejuízo maior ficando exposto a tiros do que saindo de cena para quem sabe voltar no futuro.
A seu modo reflexivo e delicado, Dilma interrompeu o discurso de Pimentel para descartar de pronto sua sugestão.
“E você acha que vou continuar fazendo tudo o que a imprensa quer?” – devolveu a presidente.
Àquela altura, Dilma amadurecera a ideia que defenderia com desassombro quando jornalistas lhe perguntassem por que insistir em conservar Pimentel no governo. Vocês sabem a que ideia me refiro. É um tributo ao cinismo, convenhamos.
- Não tem nada a ver com o meu governo. O que estão acusando [Pimentel], não tem nada a ver com meu governo – repetiu Dilma na última sexta-feira.
Dito de outra forma: o eventual malfeito cometido por Pimentel antes de virar ministro não é da conta da presidente e de ninguém. “É um problema pessoal dele”, segundo Dilma. Que tal? Não é formidável?
Exercício de lógica só por pura diversão: e se Pimentel fosse suspeito de no passado recente ter sido sócio de Fernandinho Beira-Mar ou de Nem? Ele permaneceria no governo?
Ou a suspeita de apenas ter mentido ao distinto, distraído e volúvel público é um malfeito, digamos assim, menor, tolerável? Ou vai ver que nem malfeito é?
A ideia de Dilma para salvar Pimentel da degola foi tomada emprestada à deputada federal Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, quatro vezes governador do Distrito Federal.
O Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de Jaqueline porque ela se elegeu no ano passado com dinheiro de Caixa 2, como prova um vídeo. A deputada acabou salva por seus colegas sob a desculpa de que o crime ocorrera antes da eleição.
Na última sexta-feira, um jornalista lembrou a Dilma que Antonio Palocci deixou a Casa Civil por ter se negado a dar informações mais precisas sobre consultorias que prestou a empresas – assim como Pimentel.
Dilma rebateu: “Ele quis sair”.
Registre-se que Pimentel também quis. Por ora sua sina será viver saindo de perto de jornalistas.
Quanto a Dilma: uma vez livre do avental, está liberada para fazer o que queira, respeitadas as leis e consultado o Ibope amiúde.
Pouco importa que seja incoerente ou contraditória. Ou que mande às favas todos os escrúpulos.
Íntegra AQUI.

Enrascado com a história de consultorias fantasmas ou apenas suspeitas, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, demonstrou há cerca de 10 dias ser mais sensato do que a presidente Dilma Rousseff. Em conversa com ela, disse que o melhor a fazer seria pedir demissão. Pouparia o governo de novos constrangimentos. E também se pouparia.
(...)
Na conversa com Dilma onde se dispôs a ir embora, Pimentel lembrou-lhe que ainda é jovem. Amargará um prejuízo maior ficando exposto a tiros do que saindo de cena para quem sabe voltar no futuro.
A seu modo reflexivo e delicado, Dilma interrompeu o discurso de Pimentel para descartar de pronto sua sugestão.
“E você acha que vou continuar fazendo tudo o que a imprensa quer?” – devolveu a presidente.
Àquela altura, Dilma amadurecera a ideia que defenderia com desassombro quando jornalistas lhe perguntassem por que insistir em conservar Pimentel no governo. Vocês sabem a que ideia me refiro. É um tributo ao cinismo, convenhamos.
- Não tem nada a ver com o meu governo. O que estão acusando [Pimentel], não tem nada a ver com meu governo – repetiu Dilma na última sexta-feira.
Dito de outra forma: o eventual malfeito cometido por Pimentel antes de virar ministro não é da conta da presidente e de ninguém. “É um problema pessoal dele”, segundo Dilma. Que tal? Não é formidável?
Exercício de lógica só por pura diversão: e se Pimentel fosse suspeito de no passado recente ter sido sócio de Fernandinho Beira-Mar ou de Nem? Ele permaneceria no governo?
Ou a suspeita de apenas ter mentido ao distinto, distraído e volúvel público é um malfeito, digamos assim, menor, tolerável? Ou vai ver que nem malfeito é?
A ideia de Dilma para salvar Pimentel da degola foi tomada emprestada à deputada federal Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, quatro vezes governador do Distrito Federal.
O Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de Jaqueline porque ela se elegeu no ano passado com dinheiro de Caixa 2, como prova um vídeo. A deputada acabou salva por seus colegas sob a desculpa de que o crime ocorrera antes da eleição.
Na última sexta-feira, um jornalista lembrou a Dilma que Antonio Palocci deixou a Casa Civil por ter se negado a dar informações mais precisas sobre consultorias que prestou a empresas – assim como Pimentel.
Dilma rebateu: “Ele quis sair”.
Registre-se que Pimentel também quis. Por ora sua sina será viver saindo de perto de jornalistas.
Quanto a Dilma: uma vez livre do avental, está liberada para fazer o que queira, respeitadas as leis e consultado o Ibope amiúde.
Pouco importa que seja incoerente ou contraditória. Ou que mande às favas todos os escrúpulos.
Íntegra AQUI.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Líder do PSDB pede a Janot investigação sobre contratos do BNDES com Cuba e Angola
Por Renata Agostini, na Folha:
O líder do PSDB no senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), protocolou nesta segunda-feira (4) uma representação para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apure se houve ilegalidade por parte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ao não permitir acesso aos contratos firmados entre o BNDES e os governos de Cuba e Angola. A representação foi motivada por reportagem da Folha que revelou, em abril, a decisão do ministro Fernando Pimentel, titular da pasta, de classificar como secretos os documentos sobre os empréstimos às duas nações, o que não ocorreu com contratos de outros 13 países beneficiados por financiamentos do banco estatal.
Na ocasião, o governo alegou que os contratos com Cuba e Angola continham informações “estratégicas” e eram “cobertos por sigilo comercial”. Apenas em 2012, o BNDES desembolsou US$ 875 milhões para os dois países. Segundo a representação, é preciso apurar se houve conflito com os princípios constitucionais de publicidade e transparência no uso de recursos públicos. A reportagem da Folha tentou obter os contratos de financiamento por meio da Lei de Acesso à Informação, mas teve seu pedido negado, já que os documentos foram classificados como secretos.
O senador pede à Procuradoria-geral da República a “imediata abertura de procedimento administrativo” para apurar a conduta do ministro Fernando Pimentel, a instauração de um inquérito administrativo para averiguar “prática de atos de improbidade administrativa”, além da requisição da divulgação pública dos termos dos financiamentos feitos a Cuba e Angola. O requerimento sugere ainda o oferecimento de denúncia criminal em face de Fernando Pimentel “se for o caso”.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Dilma teria reagido com soco na mesa à autorização de Joaquim Barbosa para investigar Pimentel
UCHO

Fúria oficial – Responsável pelo relatório da Ação Penal 470 (Mensalão do PT) no Supremo Tribunal Federal, o ministroJoaquim Barbosa, que passou a materializar a esperança do povo brasileiro, tem sido duramente perseguido, em especial nos bastidores, por causa dos votos favoráveis à condenação dos réus no maior escândalo de corrupção da história do País. Barbosa, que tem enfrentado ofensas inclusive por ser negro, agora arrumou mais um estorvo. Trata-se de ninguém menos que a presidente Dilma Vana Rousseff, que recentemente emitiu nota oficial, sem respeitar o devido protocolo, desautorizando Barbosa por ter utilizado trecho de seu depoimento durante leitura do voto.
O problema que agora separa Dilma e o relator da ação que tem tirado o sono dos petistas é a recente decisão do magistrado autorizando a abertura de inquérito para investigar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e os deputados federais petistas Vicentinho (SP) e Benedita da Silva (RJ), identificados pela Polícia Federal na segunda etapa do Mensalão do PT, descoberta depois que o processo original já tramitava no Supremo.
Joaquim Barbosa autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema comandado por Marcos Valério a pessoas ligadas ao ministro Fernando Pimentel, “companheiro de armas” de Dilma Rousseff e principal pilar da porção do PT que a presidente já controla. O novo inquérito, que será instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também investigará repasses de dinheiro a alguns profissionais de campanha ligados a Benedita da Silva e Vicentinho (PT-SP), além de outras pessoas e empresas que receberam recursos do chamado “valerioduto”.
Ao saber da decisão do ministro Joaquim Barbosa, Dilma Rousseff reagiu com sua costumeira falta de diplomacia. Em virtude de a decisão ter alcançado o companheiro Pimentel, um dos seus principais assessores no governo, Dilma teria dado um forte e ruidoso murro na escrivaninha presidencial, segundo informações obtidas pelo ucho.info.
O problema que agora separa Dilma e o relator da ação que tem tirado o sono dos petistas é a recente decisão do magistrado autorizando a abertura de inquérito para investigar o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e os deputados federais petistas Vicentinho (SP) e Benedita da Silva (RJ), identificados pela Polícia Federal na segunda etapa do Mensalão do PT, descoberta depois que o processo original já tramitava no Supremo.
Joaquim Barbosa autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema comandado por Marcos Valério a pessoas ligadas ao ministro Fernando Pimentel, “companheiro de armas” de Dilma Rousseff e principal pilar da porção do PT que a presidente já controla. O novo inquérito, que será instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também investigará repasses de dinheiro a alguns profissionais de campanha ligados a Benedita da Silva e Vicentinho (PT-SP), além de outras pessoas e empresas que receberam recursos do chamado “valerioduto”.
Ao saber da decisão do ministro Joaquim Barbosa, Dilma Rousseff reagiu com sua costumeira falta de diplomacia. Em virtude de a decisão ter alcançado o companheiro Pimentel, um dos seus principais assessores no governo, Dilma teria dado um forte e ruidoso murro na escrivaninha presidencial, segundo informações obtidas pelo ucho.info.
terça-feira, 21 de abril de 2015
OS INCONFIDENTES E OS DESCONTENTES
Governador de MG é vaiado ao entregar medalha a líder do MST
A entrega da Medalha da Inconfidência, honraria mais importante de Minas Gerais, ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile foi alvo de protestos nesta terça-feira no Estado. Houve atos de repúdio à iniciativa do governador Fernando Pimentel (PT) na cidade histórica de Ouro Preto, local do evento, e em Belo Horizonte, capital mineira.
Pela manhã, grupos que protestaram contra o governo Dilma Rousseff e a corrupção nos dias 15 de março e 12 de abril, entre eles o movimento Vem Pra Rua, fizeram um enforcamento simbólico, com uma corda vermelha, de uma estátua do inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir do movimento rebelde no Brasil-Colônia e herói nacional.
Em Ouro Preto, houve um apitaço e um panelaço durante a condecoração de Stédile, do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, entre outros. Havia faixas em apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.
A cerimônia é um tradicional momento de manifestações políticas e reuniu também professores da rede estadual insatisfeitos com o governador Fernando Pimentel (PT). Mais de cem servidores, vestidos com camisas pretas e bonés da Central Única dos Trabalhadores (CUT), circularam ao redor da área fechada para a condecoração na Praça Tiradentes. Eles reclamaram do piso salarial dos professores e gritaram "Pimentel traidor".
Assista ao vídeo com as vaias e o panelaço AQUI.
sábado, 18 de outubro de 2014
CAMPANHA DE AÉCIO REAGE A BAIXARIAS DE LULA
PSDB reage a baixarias de Lula e cita 'desespero' petista
Partido critica papel exercido pelo ex-presidente, que assumiu a tarefa de fazer ataques pessoais a Aécio. Surge 'Fernando Lula de Melo', diz vice tucano
Gabriel Castro, VEJA

Luiz Inácio Lula da Silva participa de comício com Fernando Pimentel (PT),governador eleito do estado de Minas Gerais em primeiro turno, na praça Duque de Caxias, Belo Horizonte (MG) (Alex Douglas/O Tempo/Folhapress)
O PSDB reagiu neste sábado aos ataques e insultos proferidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o tucano Aécio Neves, em um comício realizado durante a manhã em Belo Horizonte. Candidato a vice na chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes Ferreira emitiu uma nota em que critica a postura do ex-presidente. "No momento em que se pede para elevar o nível do debate, o ex-presidente Lula dá as mais baixas declarações em uma campanha presidencial da história", diz a nota. O tucano atribui a postura de Lula ao "desespero" e ao risco de perder a eleição. Aloysio diz que o episódio deste sábado são mais graves que os de Fernando Collor contra Lula em 1989: "Acaba de surgir um novo personagem na política brasileira. Falta só definir um nome: Fernando Lula de Melo ou Luiz Inácio Collor da Silva."
No ato deste sábado, Lula afirmou que Aécio costuma "partir para cima agredindo" mulheres. Também mencionou o episódio em que o tucano se recusou a soprar o bafômetro em uma blitz. Lula chamou Aécio de "filhinho de papai", o comparou a Fernando Collor - o mesmo que hoje sobe em palanques com Dilma Rousseff. Lula ainda ouviu, sem se pronunciar, militantes fazendo menção ao uso de drogas por parte do tucano.
Para o cientista político Paulo Kramer, professor da Universidade de Brasília, o episódio mostra que o PT nunca se converteu totalmente ao regime democrático e ainda carrega um "DNA totalitário". "É uma postura perigosa. Mas, em se tratando do Lula, não deveríramos demonstrar tanta perplexidade, tanto espanto. Os petistas dificilmente conhecem limites quando se trata de lutar pelo poder ou conservá-lo."
O comício deste sábado deixou claro qual será o papel de Lula na reta final de campanha: o de fazer o jogo sujo petista contra o adversário. O ato comandado por ele em Belo Horizonte foi muito mais um evento contra Aécio do que um ato pela candidatura de Dilma, que não compareceu e foi pouco mencionada nos discursos. Os ataques de Lula ao tucano foram precedidos por discursos igualmente ofensivos.
Além de adotar uma postura indigna de um ex-presidente, Lula desmerece mais de duas décadas de evolução nos debates eleitorais; o uso de boatos e ataques pessoais, que parecia superado depois da tumultuada eleição de 1989, ressurgiu. Lula, que foi vítima vinte e cinco anos atrás, se transformou em agressor. E, se Collor usou um depoimento da ex-mulher de Lula para acusá-lo de ter defendido a realização de um aborto, as agressões do PT se baseiam unicamente em boatos que carecem até mesmo de um autor.
A eleição presidencial deste ano está acirrada - é impossível prever quem sairá vencedor em 26 de outubro. Mas, caso Dilma Rousseff e o PT saiam derrotados, o comício deste sábado em Belo Horizonte deve ficar marcado como o símbolo da degradação do partido que comandou a Presidência da República nos últimos doze anos.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
VITÓRIA DA MENTIRA, DERROTA DO BRASIL
Odebrecht avisou Dilma de pagamentos a marqueteiro no exterior
Dilma Rousseff foi advertida por empreiteiro de que investigações da Lava-Jato poderiam resvalar nos pagamentos secretos das campanhas eleitorais do PT. A prisão do marqueteiro João Santana revela que a ameaça não era blefe e que recursos desviados da Petrobras — “os acarajés” — podem ter financiado a eleição presidencial
Esse discurso se manteve de pé até a semana passada, quando o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava-Jato na primeira instância, determinou a prisão de João Santana, o criador dos figurinos de exaltação à honestidade da presidente, e da esposa dele, Monica Moura. O casal recebeu numa conta na Suíça, não declarada à Receita brasileira, 3 milhões de dólares da Odebrecht, acusada formalmente de participar do cartel que assaltou os cofres da Petrobras, e 4,5 milhões de dólares de Zwi Skornicki, um dos operadores do petrolão, o maior esquema de corrupção da história do país. Os detalhes da investigação sobre o marqueteiro foram revelados por VEJA em janeiro passado.
Primeira a depor, Monica declarou que parte dos pagamentos se referia a serviços prestados na campanha eleitoral em Angola, governada por aliados do PT. Aliados antigos e generosos, como ressaltou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em seu acordo de delação premiada, Cerveró contou que a Petrobras fechou um contrato milionário com a estatal angolana de petróleo e que, em retribuição, voltaram ao Brasil de 40 milhões a 50 milhões de reais para financiar ilegalmente a campanha de Lula em 2006.
Dilma Rousseff foi advertida por empreiteiro de que investigações da Lava-Jato poderiam resvalar nos pagamentos secretos das campanhas eleitorais do PT. A prisão do marqueteiro João Santana revela que a ameaça não era blefe e que recursos desviados da Petrobras — “os acarajés” — podem ter financiado a eleição presidencial
Por: Daniel Pereira - VEJA

No começo de 2015, Dilma Rousseff recebeu, no Palácio do Planalto, o petista Fernando Pimentel. Ela acabara de conquistar a reeleição. Ele, o governo de Minas Gerais. Amigos e confidentes há mais de quarenta anos, os dois tinham motivos para comemorar, mas trataram de um assunto espinhoso, capaz de tisnar os resultados obtidos por ambos nas urnas.
Pimentel trazia um recado de Emílio Odebrecht, dono da maior empreiteira do país, para a presidente da República. O empresário a advertia do risco de que os pagamentos feitos pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana, no exterior, fossem descobertos caso a Operação Lava-Jato atingisse a construtora. Emílio exigia blindagem, principalmente para evitar a prisão do filho Marcelo Odebrecht, sob pena de revelar às autoridades detalhes do esquema ilegal de financiamento da campanha à reeleição.
Diante da ameaça de retaliação, Dilma cobrou explicações de seus assessores. Deu-se, então, o ritual de negação encenado com frequência em seu governo. Como no caso da economia, cujo desmantelo foi rechaçado durante meses a fio, os auxiliares disseram que a petista havia conquistado o segundo mandato com dinheiro limpo e declarado. Tudo dentro da lei. A "faxineira ética", portanto, não teria com o que se preocupar.
Esse discurso se manteve de pé até a semana passada, quando o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava-Jato na primeira instância, determinou a prisão de João Santana, o criador dos figurinos de exaltação à honestidade da presidente, e da esposa dele, Monica Moura. O casal recebeu numa conta na Suíça, não declarada à Receita brasileira, 3 milhões de dólares da Odebrecht, acusada formalmente de participar do cartel que assaltou os cofres da Petrobras, e 4,5 milhões de dólares de Zwi Skornicki, um dos operadores do petrolão, o maior esquema de corrupção da história do país. Os detalhes da investigação sobre o marqueteiro foram revelados por VEJA em janeiro passado.
A decisão de Moro confirmou as tenebrosas transações descritas por Pimentel a mando de Emílio Odebrecht e fez recrudescer a discussão política e jurídica sobre a cassação da presidente. Pela letra fria da lei, utilizar-se de dinheiro sujo em campanha eleitoral é fator determinante para a perda do mandato. A Polícia Federal e o Ministério Público suspeitam que isso tenha ocorrido na última sucessão presidencial. Delegados e procuradores dizem ter encontrado fortes indícios de que os recursos depositados para Santana na Suíça têm origem nas propinas desviadas da Petrobras. Afirmam também que o marqueteiro embolsou a dinheirama como pagamento por serviços prestados a candidatos do PT.
Dois dados em especial chamaram a atenção dos investigadores. Em 2014, quando Dilma disputava a reeleição sob a batuta de João Santana, Skornicki fez depósitos na conta do marqueteiro na Suíça. Em outubro e novembro de 2014, entre o primeiro turno e a comemoração do novo mandato de Dilma, a Odebrecht também teria repassado outros 4 milhões de reais para Santana - dessa vez no Brasil, segundo indicações de uma planilha da empreiteira apreendida pela polícia. Todos esses valores, insistem as autoridades, têm origem no petrolão e podem ter bancado a reeleição da presidente.
Dois dados em especial chamaram a atenção dos investigadores. Em 2014, quando Dilma disputava a reeleição sob a batuta de João Santana, Skornicki fez depósitos na conta do marqueteiro na Suíça. Em outubro e novembro de 2014, entre o primeiro turno e a comemoração do novo mandato de Dilma, a Odebrecht também teria repassado outros 4 milhões de reais para Santana - dessa vez no Brasil, segundo indicações de uma planilha da empreiteira apreendida pela polícia. Todos esses valores, insistem as autoridades, têm origem no petrolão e podem ter bancado a reeleição da presidente.
Os funcionários da Odebrecht chamavam propina de "acarajé". Em depoimentos na semana passada, Santana e Monica livraram Dilma de envolvimento em qualquer irregularidade. Eles alegaram que receberam os "acarajés" na Suíça como pagamento por serviços prestados em campanhas eleitorais, mas campanhas em outros países. Tudo não passaria de um caso internacional de caixa dois, considerado um crime menor. No Brasil, o trabalho de marketing teria sido realizado como manda a legislação. A reeleição de Dilma, portanto, não carregaria a mácula do esquema de corrupção. A polícia não acreditou. Na sexta-feira, o juiz Sergio Moro prorrogou a prisão do casal.
Primeira a depor, Monica declarou que parte dos pagamentos se referia a serviços prestados na campanha eleitoral em Angola, governada por aliados do PT. Aliados antigos e generosos, como ressaltou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em seu acordo de delação premiada, Cerveró contou que a Petrobras fechou um contrato milionário com a estatal angolana de petróleo e que, em retribuição, voltaram ao Brasil de 40 milhões a 50 milhões de reais para financiar ilegalmente a campanha de Lula em 2006.
Depois da prisão de seu marqueteiro, Dilma convocou os auxiliares de sempre para uma reunião no Planalto e cobrou esclarecimentos do ministro Edinho Silva (Comunicação Social), tesoureiro de sua última campanha presidencial. Ele garantiu a lisura das contas eleitorais da presidente e disse que os pagamentos a João Santana no exterior diziam respeito a dívidas antigas do PT com o marqueteiro, relativas a campanhas de outros candidatos e à produção da propaganda partidária. Ou seja: eram esqueletos do ex-tesoureiro do PT João Vaccari, que nada tinham a ver com a reeleição da chefe.
Apesar do tradicional ritual de negação, sobram indícios e depoimentos que dão conta de que Dilma se beneficiou, no terreno eleitoral, do dinheiro sujo do petrolão.
Apesar do tradicional ritual de negação, sobram indícios e depoimentos que dão conta de que Dilma se beneficiou, no terreno eleitoral, do dinheiro sujo do petrolão.
As primeiras evidências foram encontradas em anotações no telefone do próprio Marcelo Odebrecht, confirmando o que o pai relatara antes a Fernando Pimentel: "Liberar para o Feira (...). Dizer do risco cta suíça chegar na campanha dela". O vínculo da conta na Suíça com o marqueteiro já foi descoberto. "Feira", de acordo com os agentes, era o codinome de Monica Moura. Em outra anotação, Marcelo ressaltou a necessidade de articular com o governo uma estratégia conjunta de defesa. "Ter contato ágil/permanente entre o grupo de crise do governo e nós para que informações sejam passadas e ações coordenadas. Quem?" A estratégia também se confirmou. O ex-presidente Lula defendeu a necessidade de combinar com as empreiteiras um discurso de defesa. Coube ao então líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), externar essa proposta a Dilma. "Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à campanha", disse o senador. Não deu em nada. Convencida por Edinho e pelo então chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante, ela manteve a fé cega na legalidade de sua campanha.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
ÉTICA SÓ NO DISCURSO
Este blog registrou alguns momentos da fúria de Dilma contra a Comissão de Ética.
Confiram AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, entre outros.
Notas de hoje (26/9), no blog de Cláudio Humberto, atualizam essas informações:
*
Dilma não dava a mínima para o ex-presidente
da Comissão de Ética da Presidência da República Sepúlveda Pertence. Nem
despachavam. Trocaram palavras pela última vez na posse do ministro
Carlos Ayres Britto na presidência do STF, em abril. Ela mandou dizer
pelo ministro Gilberto Carvalho, o secretário-geral, que os nomes por
ele sugeridos, de atuação independente, não seriam reconduzidos. Foi a
gota d’água.
*
Dilma se irritou com sugestões dos membros
não reconduzidos para a demitir um ministro (Carlos Lupi) e advertir
outro (Fernando Pimentel).
"Entreguei à presidência ao doutor Américo Lacombe, que é um homem com serviços à República, com uma tradição de independência que lhe custou a cassação como magistrado", afirmou.
Ele se recusou a comentar a suposta interferência da presidenta Dilma Rousseff nos trabalhos da comissão, sobretudo com relação à decisão de investigar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, pela suspeita de tráfico de influência nas consultorias que teria feito em 2009 e 2010.
"Não quero comentar o caso concreto porque ainda está submetido à comissão", disse.
Confiram AQUI, AQUI, AQUI, AQUI, entre outros.
Notas de hoje (26/9), no blog de Cláudio Humberto, atualizam essas informações:
*
Dilma ignorava Pertence e até suas indicações
*
Ética só nos outros
Sepúlveda recusa comentar suposta interferência de Dilma no caso Pimentel
Após renunciar ao cargo de presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence descartou a possibilidade de a comissão vir a ser esvaziada com sua renúncia."Entreguei à presidência ao doutor Américo Lacombe, que é um homem com serviços à República, com uma tradição de independência que lhe custou a cassação como magistrado", afirmou.
Ele se recusou a comentar a suposta interferência da presidenta Dilma Rousseff nos trabalhos da comissão, sobretudo com relação à decisão de investigar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, pela suspeita de tráfico de influência nas consultorias que teria feito em 2009 e 2010.
"Não quero comentar o caso concreto porque ainda está submetido à comissão", disse.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Trapalhada no twitter - O PT e o dossiê contra Serra

Você lembra de alguém do PT ter admitido a confecção de um dossiê contra José Serra?
Certamente que não.
Mas você lembrar que o PT sempre negou qualquer grau de parentesco com o dossiê.
E que depois de certo tempo até passou a atribuí-lo ao resultado de brigas internas do PSDB – Aécio Neves x Serra, um interessado na destruição do outro.
Muito bem.
Agora, você lerá o que mais se aproxima da confissão de um alto dirigente do PT a respeito da ligação do partido com o tal dossiê.
O dirigente: André Vargas, deputado federal pelo Paraná e Secretário de Comunicação do PT.
No último dia 7, ele postou uma série de notas em seu twitter - uma espécie de miniblog.
Vamos a elas.
“PT quer livro do Amaury (contratado pelo Diário de Minas/Aécio) na investigação da Polícia Federal”. Amaury Ribeiro Jr., jornalista, trabalhou para o jornal O Estado de Minas (não Diário de Minas).
Amaury saiu do jornal sem produzir uma única reportagem sobre o assunto.
De posse do que levantara, aproximou-se do “núcleo de inteligência” da campanha de Dilma.
Liderado pelo jornalista Luiz Lanzetta, o tal núcleo fora montado por Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, que na eleição de 2008 se aliara a Aécio para eleger o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB).
Pimentel estava de olho na vaga de Aécio, que estava de olho no apoio do PT mineiro para disputar a vaga de Lula.
Em 20 de abril passado, Lanzetta e Amaury almoçaram em Brasília com um ex-delegado da Polícia Federal.
O delegado disse que fora sondado pelos dois para espionar Serra.
Os dois desmentem. Revelado pela VEJA, o almoço custou o emprego de Lanzetta
Na véspera do desabafo de André no twitter, José Eduardo Dutra, presidente do PT, pedira à Polícia Federal que investigasse a participação Amaury na quebra do sigilo fiscal de quatro pessoas próximas a Serra – entre elas sua filha Verônica.
Dutra pretendia juntar o dossiê com a violação de sigilo e jogar tudo nas costas de Amaury.
De volta às mensagens postadas por André no twitter: “O Aécio Neves contrata Amaury através do [jornal] para detonar o Serra e contar a verdadeira história das privatizações do FHC”.
E adiante: “Amaury levanta documentos que mostram a filha de Serra e seu esposo com contas suspeitas no exterior”.
Êpa! Como André poderia saber que Verônica e seu marido tinham contas suspeitas no exterior se o PT e Amaury jamais haviam sido parceiros na tarefa de constranger Serra?
De resto, somente depois de André cometer inconfidências no twitter foi que se publicou que o sigilo fiscal do marido de Verônica também fora quebrado.
“Amaury, fora de controle de Aécio e via Pimentel, plantou no colo do PT aquilo que não temos nada a ver [o dossiê contra Serra]”.
Em resposta a um leitor que estranhou a referência a Pimentel, André ainda escreveu: “Não disse nada contra Pimentel.
Acho apenas que ele caiu no conto do Aécio.
De boa fé, mas caiu.
Adversário é adversário”.
Resumo da ópera: André acusou Aécio de contratar um jornalista para investigar fatos capazes de enlamear a imagem de Serra.
Apontou o jornalista como o verdadeiro autor do dossiê.
Por fim, entregou Pimentel como o cara que plantou o dossiê dentro da campanha de Dilma.
Nunca um líder do PT ousara ir tão longe.
Fonte: blog do Noblat.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
E aí, dona Dilma? Palestrante-fantasma não faz diferença?
Ricardo Noblat
É no que dá falar sem pensar antes. Falar sem estar suficientente informada. Ou sair em defesa de um amigo querido esquecida de que o amigo não é mais uma pessoa qualquer - é um ministro de Estado, obrigado a dar o bom exemplo.
E esquecida de que ela também não é mais uma pessoa qualquer - é simplesmente a presidente da República, a servidora pública número um, de quem se espera um compromisso rígido com o bom senso e a decência.
Porque se ela não se incomoda em afrouxar tal compromisso quem mais haverá de se incomodar?
Dilma disse há dois dias que Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, não deveria comparecer ao Congresso para dar satisfações sobre seu passado como consultor de empresas.
Tratava-se de sua vida privada quando ele não exercia mandato. E a vida privada de Pimentel somente a ele pertencia.
Mancada, dona Dilma. E das feias.
Pimentel é um homem público há muito tempo.
Exerceu a função de consultor quando havia deixado a prefeitura de Belo Horizonte e se preparava para disputar o governo do Estado ou uma vaga no Senado.
Sabia-se que ele estava destinado a ser ministro caso a senhora fosse eleita.
E foi o que aconteceu.
Sem essa de que entre a prefeitura e um novo emprego ele estava livre para fazer o que bem entendesse.
Estaria livre, como qualquer pessoa está, para agir conforme manda a lei.
Pimentel diz que deu consultoria para três empresas e a Federação das Indústrias de Minas Gerais.
Com as três empresas firmou contratos de boca.
A Federação informa que ele fez palestras em suas unidades regionais.
O Globo procurou as unidades regionais e elas não se lembram de Pimentel como palestrante.
Dedução mais do que óbvia: Pimentel ganhou por palestras fantasmas.
Dona Dilma continua achando que ninguém tem nada a ver com isso simplesmente porque ele não exercia mandato?
Para ela não faz diferença que um ministro do seu governo tenha cometido malfeitos antes de assumir o cargo?
Que lógica é essa? Que princípios são esses?
É no que dá falar sem pensar antes. Falar sem estar suficientente informada. Ou sair em defesa de um amigo querido esquecida de que o amigo não é mais uma pessoa qualquer - é um ministro de Estado, obrigado a dar o bom exemplo.
E esquecida de que ela também não é mais uma pessoa qualquer - é simplesmente a presidente da República, a servidora pública número um, de quem se espera um compromisso rígido com o bom senso e a decência.
Porque se ela não se incomoda em afrouxar tal compromisso quem mais haverá de se incomodar?
Dilma disse há dois dias que Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, não deveria comparecer ao Congresso para dar satisfações sobre seu passado como consultor de empresas.
Tratava-se de sua vida privada quando ele não exercia mandato. E a vida privada de Pimentel somente a ele pertencia.
Mancada, dona Dilma. E das feias.
Pimentel é um homem público há muito tempo.
Exerceu a função de consultor quando havia deixado a prefeitura de Belo Horizonte e se preparava para disputar o governo do Estado ou uma vaga no Senado.
Sabia-se que ele estava destinado a ser ministro caso a senhora fosse eleita.
E foi o que aconteceu.
Sem essa de que entre a prefeitura e um novo emprego ele estava livre para fazer o que bem entendesse.
Estaria livre, como qualquer pessoa está, para agir conforme manda a lei.
Pimentel diz que deu consultoria para três empresas e a Federação das Indústrias de Minas Gerais.
Com as três empresas firmou contratos de boca.
A Federação informa que ele fez palestras em suas unidades regionais.
O Globo procurou as unidades regionais e elas não se lembram de Pimentel como palestrante.
Dedução mais do que óbvia: Pimentel ganhou por palestras fantasmas.
Dona Dilma continua achando que ninguém tem nada a ver com isso simplesmente porque ele não exercia mandato?
Para ela não faz diferença que um ministro do seu governo tenha cometido malfeitos antes de assumir o cargo?
Que lógica é essa? Que princípios são esses?
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