quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

"LARANJAL" NA ROÇA DE LULA


A Polícia Federal investiga as obras em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e família. As suspeitas são que a empreiteira OAS – uma das líderes do cartel que fatiava obras na Petrobrás – tenha realizado a reforma, em 2011, como compensação por contratos no governo.

A Operação Lava Jato identificou um dos responsáveis técnicos pelo estudo que antecedeu o projeto de reforma do Sítio Santa Bárbara, no bairro Portão, zona rural de Atibaia, o técnico de agrimensura Claudio Benatti. Os investigadores também identificaram o contratante dos serviços técnicos, o empresário Jonas Leite Suassuna Filho – que é dono oficial do sítio, desde outubro de 2010. Dono do Grupo Gol de editoras, Suassuna foi sócio de um dos filhos do ex-presidente e também proprietário do imóvel onde ele mora, em São Paulo.

Nesta terça-feira, 12, o delegado Cesar de Freitas Xavier, da equipe da Lava Jato, em Curitiba, determinou que Benatti, que é de Monte Alegre do Sul (SP), seja ouvido por carta precatória. O nome do técnico foi apresentado aos investigadores da PF pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de São Paulo, no início do mês, após o órgão ser intimado a prestar esclarecimentos sobre registros de obras realizadas na propriedade.

Benatti foi responsável pelo levantamento planialtimétrico da área onde foi executada a reforma. O CREA informou à PF, em ofício no dia 4 de janeiro, que além de Benatti, assina a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) o empresário Jonas Suassuna, como contratante dos serviços de Benatti.

“Em relação ao Sítio Santa Bárbara, localizamos em nosso banco de dados a ART nº 92221220110091610 do Técnico em Agrimensura Claudio Benatti, sendo o contratante Jonas Leite Suassuna Filho”, informa o Ofício 9642/2015, assinado pelo secretário-geral do CREA-SP Nivaldo Bósio.

O CREA encaminhou à PF cópia da ART em nome de Benatti, tendo como contratante o empresário ligado à família de Lula. Pelo documento, o contrato é de 18 de dezembro de 2010, com início de vigência dos serviços em 20 de janeiro de 2011.

Leia mais aqui no Estadão.

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