quinta-feira, 30 de agosto de 2018

BOLSONARO NO JN, O JORNAL DO POVÃO


Na terça passada, dia 28 de agosto desse mês que nunca termina, o candidato à presidência da República Jair Messias Bolsonaro foi entrevistado no Jornal Nacional, na TV Globo. Um fato inédito, já que o jornalismo da emissora evita mencionar o nome de Bolsonaro nos noticiários da rede, até mesmo para informar quem é o candidato que lidera a corrida eleitoral. Dizem o "mesmo candidato" continua na dianteira, sem mencionar seu nome.

Provavelmente, uma grande parcela do eleitorado tenha ouvido o que Bolsonaro tem a dizer pela primeira vez. Para quem o acompanha, o resultado foi digno de celebração e é o que aconteceu em muitas localidades do país onde muitos brasileiros se manifestaram com apitaços, buzinaços e gritos de guerra das janelas de suas residências.

Para aqueles que viram a entrevista como novidade, certamente devem ter sofrido o impacto de suas declarações firmes e certeiras.

Como vem acontecendo em todos os programas dos quais Bolsonaro tem participado, o principal questionamento é sobre o economista responsável por seu plano de governo. Após sucessivos desgovernos que conduziram nosso país para uma recessão nunca vista por aqui, resultado de péssimas gestões e rombos causados por esquemas de corrupção, há uma preocupação compreensível sobre o nome que irá conduzir a economia a partir do próximo ano.

Paulo Guedes é o nome, reconhecido internacionalmente e preparado para recolocar o Brasil nos trilhos. Porém, como não há o que criticar sobre a honra do candidato, apelam para a possibilidade do economista não permanecer na equipe de Bolsonaro caso seja eleito.

Uma coisa temos que admitir, os jornalistas reconhecem que Paulo Guedes é o cara.



Passado esse momento que beirou ao ridículo por falta de argumentos dos entrevistadores, passaram para outro tema que também vem se repetindo ao longo do ano, a cobrança sobre declarações de Bolsonaro sobre diferenças salariais entre homens e mulheres. Bolsonaro apresentou a explicação que tem dado a todos que o questionam sobre isso, que suas declarações tratavam apenas de constatação dos fatos, mas que o presidente da República não tem o direito de interferir nas questões que se referem à iniciativa privada, é assim nas democracias.

Renata Vasconcelos se irritou quando Bolsonaro devolveu uma provocação apontando para a diferença salarial entre os dois âncoras à sua frente. Renata disse que ele não tinha esse direito, o que só reforça que não cabe ao presidente da República interferir no mercado, pois a CLT já regula a situação. A relação não é por gênero, mas por tempo de serviço e tipo de serviço prestado.

É o que Bolsonaro sempre diz, mas tá difícil de entenderem, senão parariam de insistir nesse questionamento idiota. Trecho do diálogo seguiu mais ou menos nos termos a seguir:

Aproximadamente às 11:59, Renata reage à reposta do candidato: "O senhor num cargo público não pode se meter no meu salário privado."

Um minuto depois: "Candidato, o que o senhor, se eleito, fará para diminuir a desigualdade de salário no setor privado?"



Quem quiser conquistar votos das mimizentas, apresente um discurso populista, autoritário e provavelmente mentiroso sobre diferença salarial entre gêneros. 

Quem tiver coragem de se dirigir às mulheres bem resolvidas, não ouse se intrometer nas suas relações pessoais, sejam familiares ou de trabalho, nem pensem que gostamos de ser tratadas como bichinhos de estimação que precisam de comando.

O que Lula&Dilma fizeram pela igualdade salarial entre gêneros? NADA. De repente, de acordo com a jornalista que afirmou não admitir ganhar menos que alguém na mesma função, ambos apresentadores e editores executivos, Renata passa a ganhar salário igual ao de Bonner. Bolsonaro, como candidato, conseguiu o que a esquerda não fez em décadas.

Em outro momento, o clima também esquentou quando a jornalista retrucou que seu salário não dizia respeito a ninguém. Bolsonaro, porém, lembrou que dizia, sim, porque seu salário é pago por milhões de reais que a Globo recebe do governo.

Isso é fato. Qualquer Reforma para diminuir custos poderia passar por aí, alguns bilhões seriam poupados aos cofres públicos.



As lacradas do mito não param por aí.

Questionado sobre sua posição em relação à homofobia, Jair Bolsonaro, relembrando o que o levou a agir contra certas ações do governo com a intenção de levar material pornográfico para salas de aula do ensino fundamental, sacou o livro que ensina crianças sobre relações homoafetivas, integrante do chamado “kit gay”.

Os apresentadores disseram que o candidato não poderia exibir documentos ao vivo. Bolsonaro repetiu que não é contra gays, mas contra o que considera ser a doutrinação de crianças.

Vale reproduzir trecho da conversa:

Bonner: “Bolsonaro, por que você é contra o kit gay?”
Bolsonaro: “Por isso, olha esse livro...”
Bonner : "Candidato não mostre o livro, tem crianças assistindo."
Bolsonaro: "Ué, mas não é para CRIANÇAS?"




Enfim, não permitiram que Bolsonaro mostrasse o tal livro, mas a diferença de tratamento aos candidatos ficou evidente quando deixaram Ciro Gomes mostrar seu material de campanha. 


Essa incongruência tem explicação. Como diz um amigo sobre o preconceito e os rótulos de quem julga e condena seus contrários porque acreditava que os esquerdistas tinham conquistado a hegemonia, o pensamento único: "A intolerância como meio de combater a intolerância."

Para encerrar, não podia faltar o dedo inquisidor às suas propostas para resolver o problema da violência. Como sempre, Bolsonaro nadou de braçada. Como disseram até mesmo os seus opositores, levantaram a bola para Bolsonaro marcar o gol.

O viés esquerdista dos jornalistas não os permite entender que Bolsonaro ganha mais votos quando fala contra Kit Gay e sobre segurança. Os brasileiros não aguentam mais serem usados como massa de manobra para atrair votos nem ver seus filhos sendo alvo de bandidos. Se respeitassem os valores democráticos como dizem, isso inclui respeitar a opinião popular e não apenas dos ditadores de regras, os profissionais da imprensa talvez conseguissem elevar o nível dos debates políticos e das entrevistas aos candidatos.

2 comentários:

  1. Sempre Mais do MESMO30 de agosto de 2018 às 07:24

    Bolsonaro foi brilhante ao levantar a questão das verbas bilionárias de dinheiro público que vão para TVs.

    Claro que fez muito ante o nervosismo do momento, mas teria sido absolutamente ESTONTEANTE se tivesse ainda emendado:

    Se eu e ninguém tem nada a ver com o seu saláriao, pago por uma empresa privada, PORQUE VOCÊ QUER SE METER NOS SALÁRIOS QUE TODAS EMPRESAS PRIVADAS PAGAM A SEUS FUNCIONÁRIOS???

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    1. Exatamente, esqueceram de avisar a esses setores vermelhos da imprensa que ainda estamos numa democracia.

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