terça-feira, 15 de dezembro de 2015

OS DESCOLADOS DO PT TOMARAM A AVENIDA PAULISTA DOS POBRES

Repórter chama dirigente do MBL de “otário”. Vai ver é porque ele não bate em policial, não depreda banco nem provoca incêndio

Acreditem: em dia de protesto na Paulista, houve quem resolvesse opor os “ciclofascistas” aos manifestantes

Por: Reinaldo Azevedo

Uma repórter da Folha de S.Paulo chamou Renan Santos, um dos coordenadores do MBL de “otário”. Isto mesmo: otário! Não há registro de que jornalistas da Folha ou de qualquer outro veículo tenham chamado os trogloditas do Movimento Passe Livre ou do MTST de otários.

Renan teria se irritado com as perguntas… Que rapaz malvado! O lead de uma dos textos talvez explique:

Carros de som de movimentos contrários ao governo de Dilma Rousseff, como Revoltados Online e MBL (Movimento Brasil Livre), obstruem o fluxo nas ciclovias da av. Paulista na manifestação a favor do impeachment da presidente neste domingo (13), o que gerou descontentamento dos ciclistas. “Está atrapalhando. Vai ser ruim porque todo mundo, vai ter que desviar. Existem outros espaços e dias para se manifestar”, diz o advogado Fernando Vidigal, 27, que conta utilizar a via para lazer todos os domingos.

Espantoso!

É tudo espantoso.

A pauta é espantosa.

O chororô é espantoso.

O sacrifício imposto ao pobre ciclista, obrigado a desviar do caminhão, coitadinho!, é espantoso! Que violência moral, não é mesmo?

O advogado em questão acha que “existem outros espaços e dias” para se manifestar. Lembro a ele que a manifestação das esquerdas é na quarta. Só esquerdistas protestam em dias úteis.

Recorri ao arquivo. Procurei saber quando foi que a Folha ou qualquer outro veículo se preocuparam com ciclofaixas em dia de protesto na Paulista. Que eu saiba, nunca!

Quem tomou de quem o quê?

Eu sempre soube que o cicloativismo era um ciclofascismo. Está demonstrado mais uma vez. Quem tomou de quem a Paulista? Os descolados, sob a batuta do prefeito, tomaram a Paulista dos pobres. Os ônibus foram expulsos daquele corredor, obrigando os que dependem de transporte público a se virar.


Nem num dia excepcional, de protesto, alguns fanáticos aceitam abrir mão do que devem considerar, a esta altura, um direito divino.

Opor ciclistas a manifestantes é fazer pouco caso do país. É uma forma asquerosa de militância porque não tem coragem de dizer seu nome.

Na semana passada, militantes de extrema esquerda, fantasiados de estudantes, promoveram uma manifestação violenta em São Paulo. Oito policiais ficaram feridos. Um agência bancária foi depredada. Orelhões foram danificados. Os valentes espalharam lixo pela cidade. Depois, meteram fogo.

Ninguém os chamou de “otários”.

Foram chamados de “estudantes”.

Nenhum repórter decidiu ser porta-voz do ciclofascismo.

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