quarta-feira, 16 de março de 2011

Dificuldade para disfarçar a arrogância

Descobriram que seria útil usar o discurso das igrejas, essa conversa de cuidar dos pobres, que os religiosos colocam em prática sem esperar receber algo em troca, mas no caso dos políticos rende milhões de votos.
Descobriram que dar atenção aos "porteiros de prédio" durante campanhas políticas pode garantir a vitória na eleição.
Tiveram o cuidado de conservar alguns personagens desse enredo em condições, aparentemente, de um porteiro de prédio, segundo seus critérios, com isso confundir a plateia e fazê-la crer que estão juntos de um lado, enquanto que os autênticos, que mostram a cara de quem estudou e trabalhou para conquistar o sucesso merecido, ah, esses estão do outro lado e contra eles.
Dói saber que essa encenação é só para enganar os mais humildes.
Dói mais ainda ver que funciona e as lideranças que deveriam defender essa parcela da população sustentam essa farsa.
Alguns caem, também, nessa armação e nem se dão conta do que isso representa.
Outros aderem com convicção ou por algum interesse.
Mas não contavam com os lapsos de atenção, justamente da presidente.
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(Observação: Os porteiros de prédio são mais elegantes e esclarecidos que muitos condôminos.
Recebem treinamento especializado e não merecem a citação no tom pejorativo que aparece na matéria abaixo.)
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Querem fritar Guido Mantega
Elio Gaspari, O Globo

Sinais de fumaça partidos do Planalto informam que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, entrou na lista dos ministros bisonhos, na terrível companhia de Fernando Haddad, da Educação, e Ana de Hollanda, da Cultura.

Num breve episódio ocorrido durante a reunião que teve com sindicalistas (supostos representantes dos trabalhadores), ela indicou uma ponta de insatisfação com o desempenho de seu ministro.
Falava-se do repique da inflação e a presidente reclamou da maneira como Guido Mantega discute publicamente o assunto:

"Fica dando explicação para porteiro de prédio."

"Porteiro de prédio" é sinônimo de patuleia, essa choldra que segurou a popularidade de seu antecessor, responsável pela sua eleição.

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