domingo, 13 de março de 2011

O povo precisa reaprender a escolher

O brasileiro se habituou a atender o que os donos da verdade determinam.
Elegeram uma desconhecida, sem passado, sem biografia, simplesmente porque alguém mandou, alguém que impôs a candidatura ao próprio partido e a maioria obediente engoliu.
Eu não prego a rebeldia, muito pelo contrário, a infomação fundamentada e a análise de opiniões de terceiros são cruciais para a formação da opinião de cada um de nós.
O que não podemos é ficar à mercê das ordens dos tiranos, dos donos de partidos políticos que acabam se considerando donos do país.
Por isso, alguns acontecimentos podem resgatar a capacidade do cidadão brasileiro de buscar a verdade dos fatos, pois o oba-oba midiático está relegando o eleitor à condição de fã-clube de celebridade, sem a participação ativa nos processos de escolhas e decisões fundamentais para o país.

A maioria dos que representam o povo ou categorias, no caso dos sindicatos e movimentos sociais, rendeu-se aos apelos atraentes do Executivo, distribuição de cargos e dinheiro público, sem a identificação programática que seria o meio correto para a formação de alianças e realização de acordos.
A oposição que já teve suas bandeiras usurpadas, tanto o modelo econômico como os programas sociais, oferece novas propostas ao cidadão que clama por mudanças.

AQUI e AQUI já apresentei uma das novidades.
Hoje, o noticiário apresenta mais uma proposta que o Senador Álvaro Dias já havia divulgado em seu blog.

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Dias defende primárias no PSDB para eleição de 2014
ANNE WARTH - Agência Estado

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, disse hoje que os problemas em torno das eleições para a presidência do partido, em maio, refletem na verdade a disputa do projeto político para 2014.
Para Dias, a criação de um colegiado de líderes, que teria a participação do ex-governador José Serra, e a manutenção do deputado Sérgio Guerra (PE) na presidência do partido não são o foco da divergência do PSDB.

"O que de certa forma estimula o acirramento interno é o projeto 2014, não é a presidência do partido", admitiu o senador, após participar da missa em memória do décimo aniversário de falecimento do ex-governador de São Paulo Mario Covas, no Mosteiro de São Bento, região central de São Paulo.
"Eu não creio que esse (criação de um colegiado) seja o caminho, minha tese é outra."

Para contornar as divergências entre lideranças tucanas, ele sugeriu a realização de primárias para a escolha do candidato do PSDB à Presidência nas eleições de 2014.
Na avaliação dele, é preciso ampliar a participação popular no partido, e as primárias seriam a melhor forma para que isso ocorresse.

"Nós temos no partido lideranças extremamente qualificadas e responsáveis, maduras, e isso nos autoriza a pensar na realização de primárias para a escolha do candidato para a Presidência da República, porque a questão é a Presidência da República", afirmou.

"Se nós decidirmos sobre o modelo e a estratégia para a escolha do candidato a presidente da República, fica tudo mais fácil, e a administração dos eventuais e legítimos interesses e pretensões pessoais será muito mais eficiente."

O senador defendeu que as primárias fortaleceriam o partido, facilitariam a tarefa da legenda de fazer oposição e deixariam o processo interno de escolha da direção do PSDB mais tranquilo.

"Isso seria bom para o fortalecimento do partido e também para a tarefa de se fazer oposição ao atual governo", afirmou.
"Um debate que se realiza em primárias com a participação de candidatos com perfis diferentes proporcionaria uma análise mais aprofundada do modelo vigente.
Porque há candidatos que não são muito agressivos e, ampliando, teríamos a oportunidade de ter candidatos mais agressivos para desconstruir um patrimônio que é construído muitas vezes através de mistificação e mentira.
Eu creio que o partido ganharia muito se adotasse esse modelo."

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