quinta-feira, 19 de maio de 2011

O "BOOM" Companheiro


Uma das páginas mais feias da história recente talvez não seja registrada nos livros nem transmitida nas salas de aula, pois agora já se vislumbra uma tendência em criminalizar quem considera fundamental para o conhecimento determinar o que é certo ou errado na gramática, por que haveria, então, a preocupação com a verdade dos fatos?

Refiro-me à violação do sigilo do caseiro Francenildo, cujo responsável escapou no STF em razão da formalidade jurídica, pois os excelentíssimos juízes resolveram considerar que não havia a prova de transgressão.

Outros sigilos têm sido violados e vazados com o intuitos de destruir reputações e manchar a honra de pessoas ilustres, como fizeram contra Ruth Cardoso e, durante a campanha eleitoral de 2010, contra José Serra.

Após ser absolvido, também, em outros casos indigestos, que envolviam lixo e ervilhas, reportagem da Folha revela que Antonio Palocci, um dos homens mais poderosos da República, está vinte vezes mais rico do que há quatro anos.
Segundo noticiou a Folha de S.Paulo, uma empresa de consultoria, a Projeto, com 99% do capital de R$ 102 mil registrado em nome dele, comprou por R$ 882 mil um escritório de 183 m² nas proximidades da Avenida Paulista e um apartamento de 502 m² na mesma região, pelo qual pagou R$ 6,6 milhões, em duas parcelas quitadas em pouco tempo.
A resistência em apresentar documentos e comprovantes levam muitos a questionar se a justificativa de que obteve esses recursos prestando serviços de consultoria é compatível ou não com o seu histórico de rendimentos declarados.

Matéria do Estadão informa que pelo menos cinco ministros do governo federal têm empresas de consultoria que continuam ativas em pleno exercício do cargo.
Enquanto o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, mudou o ramo de atividade de sua antiga empresa de consultoria, a Projeto, atendendo à recomendação da Comissão de Ética da Presidência, os colegas de Esplanada não fizeram o mesmo.
São eles: Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Comércio e Indústria), José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos), Leônidas Cristino (Portos) e Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional).

As consultorias prestadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, abriram polêmica no Congresso e entre especialistas sobre a legislação em vigor que permite a parlamentares manter, paralelamente aos mandatos, empresas de consultoria, desde que seus clientes não tenham vínculo com o poder público.

Os parlamentares ficam divididos.
Em sua defesa, Palocci citou ex-ministros e parlamentares que também são sócios no mesmo tipo de empresa de consultoria.

A cientista política Maria Celina D'Araújo, da Fundação Getúlio Vargas, diz que não há necessidade de mudança da legislação, mas cobra bom senso:

- Uma coisa são os ex-ministros citados pelo Palocci.
Todos deixaram a vida pública para abrir empresas.
Ele, não.
Isso para o imaginário popular é negativo: usar cargo público para enriquecer, mesmo que seja legal.
Há conflito de interesses.


Vejam outras opiniões de autoridades e especialistas AQUI.

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