sexta-feira, 22 de agosto de 2014

GREVE PROGRAMADA PARA ESCONDER DADOS ATÉ A ELEIÇÃO

Greve do IBGE está sendo alimentada pelo governo Dilma para impedir publicação de dados da economia antes da eleição.

Coturno


Há dois meses parte do IBGE está em greve. Apenas parte. Convenientemente apenas parte. E o governo não faz nada para resolver o problema. É óbvio que existe manipulação neste movimento. Os números da economia estão sendo escamoteados da população. Só serão conhecidos depois das eleições, em 6 de novembro. É o jeito PT de fazer o diabo para ficar no poder.


A greve no IBGE provocou atraso na divulgação de várias pesquisas que retratam a realidade socioeconômica do país, inclusive na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), primeiro dado oficial nacional sobre mercado de trabalho formal e informal, divulgada por trimestre.

Com dois meses de paralisação, o IBGE apresentará novos dados sobre o segundo trimestre só em 6 de novembro, após as eleições. A previsão inicial era divulgar os números no próximo dia 28. O emprego é um dos temas mais citados na campanha à Presidência em meio à estagnação do mercado de trabalho, com a baixa geração de postos e a migração de trabalhadores para a inatividade -o que sugere desalento.

Os primeiros dados foram divulgados em janeiro deste ano, retroativos a 2012. Na apresentação de março, a taxa de desemprego no país ficou em 7,1% no primeiro trimestre, acima dos 6,2% dos últimos três meses de 2013. Analistas projetam para o segundo trimestre uma taxa entre 7,5% e 8%, diante da piora do cenário econômico e da previsão de queda do PIB.

Os números da Pnad Contínua mostram uma taxa de desemprego média no país acima da Pesquisa Mensal de Emprego, restrita às seis maiores regiões metropolitanas. O último dado da média dessas áreas é de abril, com taxa de desemprego de 4,9%. A pesquisa de julho divulgada nesta quinta (21) foi a terceira seguida sem dados consolidados devido à greve.

Para Sérgio Vale, da MB Associados, a baixa taxa de desemprego "era a única coisa positiva" na economia que o governo tinha a apresentar. "Poderia confundir o eleitor mostrar uma taxa nacional mais alta do que nas regiões metropolitanas e superior à do primeiro trimestre." O economista ressalta que "não dá para dizer se houve interferência política".

À Folha a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, disse não admitir "nenhuma ilação ou insinuação" de ingerência. O prazo, afirmou, foi definido a partir de informações de técnicos dos Estados -em alguns como Rio Grande do Norte, Paraíba e Amapá nem 40% da coleta foi concluída. "A área técnica que define o prazo. Antes de eu receber um dado, 30 pessoas já conhecem o número. O corpo técnico não admitiria isso. Essas ilações afetam a credibilidade de um instituto no qual o mundo acredita."

(Folha de São Paulo)

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