quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vitória tem que ser por mérito, não é questão de piedade!

Virou hábito, ou modismo, fazer escolhas pelo rótulo, não pelo conteúdo.
Assim, não interessa quem tem mais capacidade ou realmente é melhor, seja numa eleição a um cargo público ou mesmo num concurso de talentos ou reality show.
Com essa tendência superficial, sem consistência ou noção de realidade, elege-se um presidente da República porque é pobre, agora porque é mulher, a seguir serão outras denominações que se julgam discriminadas, não importa a proposta ou a biografia.
Pior do que falta de inteligência, essa atitude é irracional.
Apenas uma observação, Obama não venceu nos Estados Unidos porque é negro, venceu por suas qualidades.


Não somos homofóbicos
Por Reinaldo Azevedo

Vamos criar um pouco de confusão?

Há homofóbicos no Brasil, mas é evidente que este não é um país homofóbico, que repudie gays ou a subcultura gay — o “sub” aqui não quer dizer “inferior”, viu, gente!
Refiro-me apenas a um conjunto de valores de um grupo que compõe os valores mais gerais da sociedade.
Homossexuais estão na política, na universidade, nas novelas, nas revistas de celebridade, em todo canto.
A parada gay brasileira, parece, é a maior do mundo. Clodovil e Dener eram figuras de destaque em plena ditadura militar.
Um gay, já lembrei aqui, venceu um dos BBBs e pode chegar agora à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (há um pendenga no TSE aí…).
No programa de TV, a chacota de alguns machões lhe foi providencial.
Na primeira vez em que foi para o paredão, Pedro Bial lhe perguntou se ele imaginava o motivo: “Acho que é porque eu sou gay”.
Selava ali a sua vitória.

Como sabemos, ninguém é contra a discriminação em si — a discriminação negativa faz as vítimas; a positiva, os vitoriosos e, às vezes, até os inimputáveis.
Lula é o caso: “Eles me discriminam porque sou operário e não sei falar inglês!”
É mentira, mas funciona.
A partir daí, ele pode falar todas as besteiras em português que lhe vêm à cachola.
Os cretinos preconceituosos mal sabem que são os principais aliados da indústria da reparação e do vitimismo triunfante.

Já chamei aqui o PL 122 de “AI-5 gay”.
E é mesmo!
Há barbaridades flagrantemente inconstitucionais contidas no projeto.

Mais de uma vez, já me disseram algo como: “Ah, diga a verdade: você diz que é católico só para escandalizar as pessoas, né?
Como um ser racional pode ser católico?”.

A graça da vida está na diversidade e na pluralidade, desde que não se justifique o mal — a justificação do mal, esta sim, é o verdadeiro reacionarismo, seja você branco, preto, gay, hétero, gordo, magro, corintiano ou flamenguista.

Pressão do lobby
A pressão do lobby da militância gay, no entanto, para caracterizar o país como homofóbico — assim como o Estatuto da (des)Igualdade Racial procurou torná-lo racista — é gigantesca.
Nos dos casos, a imprensa entra como grande aliada da causa.

(Vejam alguns exemplos aqui)

O que não é possível é tomar a manifestação de um brucutu como evidência de uma “homofobia nacional”, que precisa ser coibida pela tal lei.
E o mesmo se diga sobre as agressões que ganharam notoriedade nos últimos dias.
As leis que temos são mais do que suficientes para punir os agressores.
Ora, se cada mensagem agressiva que circula num ambiente restrito virar um símbolo, então será preciso importar tecnologia política chinesa para uma varredura na Internet.

Faremos leis para punir a discriminação de gays, mulheres, negros, gordos, magros, míopes, pobres… — e até, se for o caso, de heterossexuais brancos e cristãos, que estão no último degrau dos seres desprezíveis, ainda que não abram a boca.
Há quem os considere naturalmente propensos à discriminação, mas não se deve ver nisso um preconceito, claro…


Vivemos a era que um acadêmico já classificou de “Sociedade da Reclamação”.

Encerro
O lobby pela aprovação do PL 122 está com tudo!
As reportagens dando conta de discriminação trazem a fala de um militante favorável à aprovação da lei — que é flagrantemente autoritária à medida que, sob o pretexto de proteger minorias, restringe a liberdade de expressão e de culto religioso, igualando opinião e convicção a agressão física.
Cria-se o alarmismo para tentar emplacar o texto.
Pinta-se um país muito pior do que é com o objetivo de atender às reivindicações de uma minoria organizada.

Que os militantes reflitam um pouco — escolher a fúria é fácil!
Leiam o tal projeto.
Relacionar-se com gays passaria a ser uma coisa tão perigosa (já que quem vê gay não vê caráter, certo?) que a lei tenderia a causar mais discriminação.
Ora, a contratar um homossexual e correr o risco de ser acusado de homofobia se precisar demiti-lo (a denúncia poder feita até por uma ONG), há uma possibilidade de o empresário fazer uma escolha mais “segura”.

Não chegaremos ao ponto ótimo da educação e da civilidade agredindo direitos fundamentais para garantir… direitos fundamentais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário