sábado, 16 de abril de 2011

Feito Histórico

Feito histórico: em 11 anos, a taxa de homicídios caiu 83% no Estado de São Paulo.
No blog do André Henrique



Considero o Plano Real o maior feito governamental da história de nossa recente democracia.
Através do Plano Real implantado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o Brasil debelou a inflação e encontrou o caminho da estabilidade econômica.
O governo FHC inaugurou a era da responsabilidade fiscal e melhorou a saúde financeira dos governos que puderam colocar em prática políticas públicas mais arrojadas e sustentáveis.

Contudo, o Brasil ainda patina na questão da violência urbana.
Só em 2010 morreram 50 mil brasileiros vítimas de homicídios.
Um acinte.
Porém, alguns estados conseguiram bons resultados na área de segurança pública.

O principal destaque é o Estado de São Paulo que há 20 anos tinha índices altíssimos de homicídios e conseguiu reduzi-los a um patamar que a Organização Mundial de Saúde considera como violência não-epidêmica.

Para os leitores terem uma idéia.
A queda dos homicídios por 100 mil habitantes no Estado de São Paulo, de 1999 a 2011, foi de espantosos 83%.

No mesmo período, as taxas de homicídios cresceram 297% no Maranhão, 327,6% na Bahia, 174,8%, no Alagoas e 193,8% no Sergipe.

O Nordeste - onde Dilma venceu em todos os estados – é a região mais violenta do país.
Lamentavelmente.
Ou seja, enquanto São Paulo, em 11 anos, reduziu a taxa de homicídios em 83%, outros estados aumentaram seus índices acima de 300%.
No Rio de Janeiro, estado em que o governo federal instalou as UPP (Unidades de Polícia Pacificadoras) a taxa de homicídios é de 36 mortos por 100 mil habitantes.
O triplo da de São Paulo.
Ou seja, se o índice do Brasil fosse o mesmo de São Paulo, teríamos 18.088 mortos por ano no país inteiro, não mais 50 mil.
Seriam poupadas por ano, 31.912 vidas.
Se os números do Brasil inteiro fossem os do Rio de Janeiro, seriam 57 mil mortos por ano, não mais 50 mil.

Há uma relevante diferença entre os resultados de São Paulo e os do restante do país.
Alguns estados, sobretudo os do Sul, estão habituados a índices baixos de homicídios.
São Paulo é bem mais complexo.
O estado tem uma população bem maior que a dos estados do Sul.
Comporta imigrantes de todos os lados.
Tem de administrar o avanço de glebas ilegais e controlar os contrabandos nas dezenas de rodovias que ligam o estado a deus e o mundo.

São Paulo é um estado rico, portanto, cobiçado pelo crime.
Por isso, habituou-se à taxas altíssimas de criminalidade.
No entanto, a violência que já foi bandeira de políticos como Paulo Maluf, nas eleições de 1998 e 2002, vem diminuindo vertiginosamente no estado.
Ou seja, não se trata de números que correspondem a uma situação de normalidade histórica e sim de números que correspondem a uma conquista do governo paulista.

Muitos vigaristas tentam desvalorizar o feito que salva vidas.

O professor da USP, Paulo Sérgio Pinheiro, especialista (hahahahaha) em Segurança Pública, afirmou no Roda Viva desta semana que a violência diminuiu no estado porque a população paulista envelheceu.
Santo Deus.

O valente ignorou os investimentos do governo paulista em tecnologia e inteligência.
Todos os municípios possuem o RDO (Registro Digital de Ocorrências) e o Infocrim (Informações Criminais).
Todas as regiões contam com helicópteros águia e viaturas equipadas com sistemas de radiocomunicação digital.

Os governos tucanos construíram as cadeias mais modernas do país, diminuindo rebeliões e fugas.
Desde 1996 há uma série histórica de redução dos homicídios.
O desafio é mantê-la.

O importante é que o estado que mais prende bandidos no Brasil descobriu que o caminho para diminuir violência é investir em inteligência e tecnologia, prender bandidos, ignorar intelectuais idiotas e botar na rua os policiais corruptos.

É por isso que a taxa de homicídios que era de 37,27% em 1999 agora é de 9.52 por 100 mil habitantes.
O que, depois da derrocada da inflação, é o maior feito governamental da história de nossa recente democracia, segundo a opinião deste que voz escreve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário