Oxigênio, do amigo de Lula, deve devolver verba e perder convênio com Ministério do Trabalho
Marta Salomon, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Depois de receber R$ 24 milhões dos cofres públicos, a entidade não governamental Oxigênio, dirigida por um amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, corre o risco de ver rompido o mais recente dos contratos com o Ministério do Trabalho.
O convênio questionado pelo ministério tem como objetivo a qualificação de 1.000 operadores de telemarketing.
A Oxigênio está sob investigação desde 2006.
Em abril deste ano, foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por favorecimento e prestação indevida de contas em outros convênios com o Ministério do Trabalho para a qualificação profissional.
Além disso, desde janeiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) cobra providências do Ministério do Trabalho para irregularidades que vão de pagamentos indevidos ou superfaturados à apresentação de listas de presença assinadas por alunos "que informaram em entrevista que não fizeram os respectivos cursos".
Demora. Documentos obtidos pelo Estado mostram reiteradas cobranças feitas pela CGU, com o registro de demora do Ministério do Trabalho em tomar providências.
Para a controladoria, os últimos convênios nem deveriam ter sido assinados, dada a atuação ruim da entidade.
À noite, o Ministério do Trabalho informou que não há registro de que as aulas de telemarketing tivessem começado, apesar do pagamento de R$ 225 mil, liberado em abril.
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