segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Imposto no Brasil dá o pior retorno em bem-estar a contribuintes

Roberta Scrivano, O Globo

Entre os países que mais cobram impostos de seus cidadãos e empresas, o Brasil é o que proporciona o pior retorno em serviços públicos e bem-estar aos contribuintes dos recursos que arrecada.

É o que mostra estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que a partir de dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas (ONU) relativos a 2011, compara a carga tributária dos 30 países que mais arrecadam impostos como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
(...)

No ranking dos países mais eficientes em converter impostos em bem-estar a seus cidadãos, a Austrália aparece em primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos. O Brasil fica na lanterna, atrás de emergentes do Leste da Europa, como Eslovênia (17º) e República Tcheca (16º), e de vizinhos latino-americanos, como Uruguai (13º) e Argentina (21º).

De acordo com o estudo, o cidadão brasileiro paga em média 30% de impostos diretos quando faz compras no supermercado. Ou seja, de cada R$ 100 gastos, R$ 70 são efetivamente para pagar os produtos e R$ 30 para os tributos. Além disso, o contribuinte tem outras obrigações tributárias como IPTU, IPVA e Imposto de Renda.

Leia mais em Imposto de rico, serviço de pobre

2 comentários:

  1. Há um erro grosseiro nesse estudo do IBPT que muita gente boa está divulgando. Não se compara % de coisas diferentes. PIBs diferentes, populações diferentes... erro na comparação. Se fizer a relação %CT, PIB, População, o Brasil tem 5 vezes menos impostos por pessoa que a maioria desses países que estão a frente dele nesse estudo. Imagine comparar 10% do mercado de foguetes com 50% do mercado de acarajé. Qual a empresa que é mais rica?

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  2. O consumidor brasileiro paga muito imposto para adquirir produtos básicos, como arroz e feijão, e isso não é foguete. A carga sobre os produtos da cesta básica no Brasil é de 35%, contra 8% nos Estados Unidos e 6% no Japão. Isso só no supermercado, fora o que desconta do salário e outras taxas, como as dos bancos que estão mascarando com o marketing do juro baixo.

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