segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O BICHO ESTÁ PEGANDO CONTRA QUEM FAZ O DIABO PARA VENCER ELEIÇÕES

PRESENÇA DA IMPRENSA MUNDIAL NA COPA DEVE ESTIMULAR PROTESTOS

IMPRENSA MUNDIAL NA COPA ESTIMULARÁ ÍNDIOS, BLACK BLOCS, MST, PCC…






Uma “aliança”, ainda que não combinada, entre índios, trabalhadores sem terra, movimentos de sem teto e facções no controle de presídios às vésperas da Copa da Fifa de Futebol tem mantido o governo sob permanente tensão e obrigado ministros a uma intensa troca de informações de bastidores sobre esses “termômetros” sociais.
Os rolezinhos em shoppings e a volta do vandalismo “black bloc” nas ruas anteciparam alguns movimentos esperados para abril ou maio, época em que o Brasil estará na vitrine internacional durante 40 ou 50 dias por causa da Copa. A presença de dezenas de TVs e publicações do mundo todo, avalia-se no governo, deve estimular manifestações dos mais variados matizes.
Há um gabinete de crise informal e permanente no governo, revelou um ministro à reportagem. “A ordem é não fazer marola. A agenda está carregada e a presidente já determinou cautela”, diz. Mas boa parte dos temas é “contencioso” de muitos anos, cuja resolução não será imediata, sobretudo a crueldade comum nas penitenciárias do País. Rebeliões internas ou ataques coordenados nas ruas teriam efeito “devastador” à imagem do Brasil.
Os ministérios da Justiça, da Defesa, do Esporte, a Secretaria-Geral da Presidência, Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União (AGU) estão na linha de frente. Diariamente, a presidente Dilma Rousseff aciona auxiliares e recebe informes reservados sobre as movimentações.
Em ano eleitoral, está mais aguçado o olhar do Palácio do Planalto para o cenário social. O impacto das manifestações de junho de 2013 marcaram Dilma e estão “muito vivos” no governo, diz o auxiliar.
O futuro ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deve entrar na coordenação de algumas ações. A reportagem revelou, na quarta-feira, 29, o temor do PT com uma onda de manifestações em ano eleitoral. Uma delas é distencionar a “questão indígena”. O nó está em uma proposta de portaria do Ministério da Justiça, que torna mais rigoroso e burocrático o processo de demarcação de terras indígenas, limitando poderes da Fundação Nacional do Índio (Funai). Há uma negociação que pode resolver o tema. Isso suspenderia em definitivo outra portaria, editada pela AGU em 2002, com regras mais restritas para áreas indígenas.
Em sua agenda básica para 2014, o governo tenta evitar o desgaste potencial de sua oposição à correção das contas-poupança derivada de perdas dos planos econômicos desde a década de 1980. É um tema de forte apelo popular, assim como as recentes ações judiciais pela correção dos saldos do FGTS. Nos bastidores, projeta um empate no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse caso, ganharia sem provocar a ira dos milhares de poupadores.
No Congresso, o governo também busca atenuar “mais desgastes do que o necessário”, diz o ministro, com a reforma ministerial, que deve gerar ressentimentos e cobranças na coalizão parlamentar governista. 
(Mauro Zanatta, AGÊNCIA ESTADO)
Para complementar a matéria, postagem de Reinaldo Azevedo esclarece muito bem essa situação de baderna promovida por grupos alinhados ao PT. Trechos abaixo:

O pau volta a comer em São Paulo. Incentivo à baderna vem hoje do Palácio do Planalto e do PT. E digo por quê

Carro particular é incendiado por vândalos durante protesto (Foto: Tiago-Chiaravalloti-Futura-ress-Folhapress)Carro particular é incendiado por vândalos durante protesto (Foto: Tiago-Chiaravalloti-FuturaPress-Folhapress)

Sim, vou comentar a baderna que alguns bandidos disfarçados de manifestantes promoveram em São Paulo neste sábado, num protesto contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, que reuniu, segundo a PM, 1.500 pessoas. Como sempre, depredação de lojas e ônibus, um veículo incendiado confronto com a polícia. E, para não variar, lá estavam os mascarados. (...) Para que trate do evento de ontem, no entanto, preciso recuperar algumas coisas. Terei de falar um pouco dos rolezinhos e da reação do governo federal e dos petistas ao fenômeno. Vamos lá.

Manifestante com um lança-chamas. Ninguém vai chamá-la de "pacífica" (Foto: Ivan Pacheco)Manifestante com um lança-chamas. Ninguém vai chamá-la de “pacífica” (Foto: Ivan Pacheco)

Mas por que evoco os rolezinhos? Porque o tratamento que a imprensa, alguns acadêmicos mixurucas e os “progressitas” lhes conferiram revela o espírito do tempo. Deixados os eventos por si mesmos, com a devida contenção quando se fizesse necessária, iriam esmorecer. Os shoppings da periferia são um espaço de lazer das famílias, parentes, amigos, vizinhos — a “comunidade”, enfim — dos rolezeiros. Mas como resistir ao, digamos, “cheiro conceitual dos pobres”? Assim, foram buscar LUTA DE CLASSES onde havia, e há, desejo de ascensão de classe, que é coisa muito distinta.
As justas e corretas mobilizações dos lojistas, das respectivas direções dos shoppings, dos consumidores e da própria polícia para coibir os eventos foram tachadas de discriminação racial e de classe. Se me pedissem para listar os três traços de caráter que mais abomino, um deles é a demagogia — sim, eu a considero um desvio de caráter. E, infelizmente, está contribuindo para rebaixar o caráter do país.
Carvalho
No primeiro parágrafo do meu primeiro texto sobre o rolezinho, leiam lá, antevejo que Gilberto Carvalho vai meter os pés pelos pés e fará besteira. Batata! Na semana passada, ele afirmou: “Da mesma forma que os aeroportos lotados incomodam a classe média. Da mesma forma que, para eles, é estranho certos ambientes serem frequentados agora por essa ‘gentalha’ (…). O que não dá para entender muito é a carga do preconceito que veio forte. (…) As pessoas veem aquele bando de meninos negros e morenos e ficam meio assustadas. É o nosso preconceito“.
Reproduzo agora os dois últimos parágrafos da minha coluna na Folha desta sexta (em azul):

Enquanto a fala indecorosa do ministro circulava, uma turba fechou algumas ruas na Penha, em São Paulo, para um baile funk. A polícia, chamada pela vizinhança, acabou com a festa. Um grupo de funkeiros decidiu, então, assaltar um posto de gasolina, espancar os funcionários, depredar um hipermercado contíguo e roubar mercadorias. Na saída, um deles derramou combustível no chão e tentou riscar um fósforo. Tivesse conseguido… O “Jornal Nacional” relacionou o episódio à falta de lazer na periferia. Pobre, quando não se diverte, explode posto de gasolina, mas é essencialmente bom; a falta de um clube para o funk é que o torna um facínora. Sei. É a luta entre o Rousseau do Batidão e o Hobbes da Tropa de Choque.
Os maiores adversários do PT em 2014 não são as oposições, mas a natureza do partido e os valores que tornou influentes com seu marxismo de meia-pataca e seu coitadismo criminoso. A receita pode, sim, desandar.
Sabem qual era o primeiro parágrafo dessa coluna? Este (em azul):
“O pânico voltou a bater às portas do Palácio do Planalto, que dá como inevitáveis novos protestos durante a Copa. O PT já convocou o seu braço junto às massas, uma tal Central de Movimentos Populares (CMP), para monitorar o povaréu.”
Pronto! Com o parágrafo acima, chego aos confrontos deste sábado, em São Paulo, depois de ter caracterizado o AMBIENTE INTELECTUAL em que acontecem.
(...)

Amarro as pontas para quem, eventualmente, até aqui, ainda não uniu os vários fios deste texto: o incentivo à desordem no país vem hoje de homens e mulheres que ocupam posição de relevo nos Poderes Constituídos, seja por meio de palavras irresponsáveis, como a de Gilberto Carvalho, seja pelo silêncio. E não é diferente com entidades da sociedade civil que já chegaram a se destacar pela defesa da ordem democrática.
A OAB-RJ e a Comissão de Direitos Humanos da OAB nacional exerceram um papel detestável, vergonhoso, na proteção aos tais black blocs no Rio, por exemplo. Quando policiais de São Paulo enquadraram, por bons motivos, dois indivíduos na Lei de Segurança Nacional — que deixou de ser “coisa da ditadura” quando foi, na prática, recepcionada pela Constituição democrática (ou não foi?) —, fez-se uma gritaria dos diabos. Alguns vagabundos vão para as ruas para quebrar tudo na certeza de que nada vai lhes acontecer — e, de fato, nada tem acontecido.
Encerrando
Começo a concluir lembrando que, até que se chegasse àquele confronto do dia 13 de junho do ano passado em São Paulo, que, por assim dizer, “nacionalizou” as manifestações, houve três protestos violentos, com depredações, coquetéis molotov e incêndio a ônibus: nos dias 6, 7 e 11 de junho. A arruaça correu solta, e a Polícia Militar só apanhou dos “manifestantes”. Quando reagiu, vocês sabem o que aconteceu. É história. Fiz uma pequena memória daqueles dias aqui.
Não! O PT não inventou junho nem inventou os rolezinhos — e, obviamente, não será o criador de possíveis novos distúrbios na Copa. O que o partido e seus capas-pretas fizeram e fazem é flertar com a desordem — quando não a insuflam. Nunca é demais lembrar que os petistas Gilberto Carvalho e Luíza Bairros (ministra da Integração Racial) não hesitaram um minuto em jogar “negros e morenos” (Como disse Carvalho) contra brancos no caso dos rolezinhos. Convenham: é preciso ser de uma espantosa irresponsabilidade para brincar assim com o perigo.
O incentivo à desordem no país vem hoje do Palácio do Planalto e do PT — ainda que o problema possa cair no colo do partido e do governo. Ocorre que essa gente, como o escorpião, tem uma natureza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário