sexta-feira, 12 de setembro de 2014

GUERRILHA VIRTUAL NO PALÁCIO DO PLANALTO

Servidor que adulterou perfis de jornalistas é… petista e estava lotado no Palácio do Planalto

O servidor que mudou na Wikipédia os perfis dos jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão estava mesmo lotado (e lotando…) no Palácio do Planalto e é filiado — quem vai ficar surpreso? — ao PT. A Casa Civil o identificou: trata-se de Luiz Alberto Marques Vieira Filho, que agora vai responder a processo administrativo. Segundo o ministério, ele admitiu ter feito o servicinho sujo. O rapaz tem 32 anos e é filiado à seção do partido de Ourinhos desde 1999.
Vieira Filho é concursado do Ministério da Fazenda e era chefe da assessoria parlamentar do Ministério do Planejamento. Em razão do cargo comissionado, recebe, brutos, R$ 22.065 por mês. Segundo a Casa Civil, ele já deixou o cargo de confiança. A depredação da biografia dos jornalistas foi perpetrada em maio de 2013, quando era assessor da Secretaria de Relações Institucionais, sob o comando, então, de Ideli Salvatti. Quem o nomeou, no entanto, foi o então ministro Luiz Sérgio, antecessor de Ideli.
Atentem para o sabor da coisa: um assessor de um ministério cuja tarefa é cuidar de “relações institucionais” protagoniza uma ação tão pouco… institucional.
Por que ninguém tem o direito de se surpreender? Porque existem os blogs sujos, por exemplo, financiados por estatais, cuja tarefa é manchar a reputação de políticos da oposição e da imprensa. A canalha integra a rede da guerrilha virtual. Um dos perfis falsos atacando a honra do tucano Aécio Neves era gerenciado por Nataly Galdino Diniz, que trabalhava na Prefeitura de Guarulhos, cidade administrada pelo PT.
Por que eles fazem isso? Ora, porque acham que podem. Porque é esse o ambiente que respiram. Porque são treinados para usar a máquina pública em favor do “partido”. Reitero que essas ações difamatórias não são muito distintas das presentes em sites e blogs governistas, onde se veem estampados logotipos de estatais.
Vamos ver. A Casa Civil tem 30 dias para concluir o inquérito administrativo, prorrogados por mais 30.
Por Reinaldo Azevedo

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